Campanha gastou R$ 1,5 milhão com empresas que produziram dossiê das rádios


Audiency Brasil Tecnologia, de Santa Catarina, tem entre seus clientes a Havan, do empresário bolsonarista Luciano Hang

Por Vinícius Valfré, Felipe Frazão e Julia Affonso
Atualização:

BRASÍLIA - A campanha do candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) gastou cerca de R$ 1,5 milhão com a produção de dossiê que apontava um suposto privilégio ao candidato petista Luiz Inácio Lula da Silva na veiculação de inserções de rádios (propagandas eleitorais de 30 segundos) no segundo turno. A informação sobre o custo da “auditoria” é do ministro das Comunicações, Fábio Faria (PP), responsável por anunciar à imprensa no dia 24, em tom de denúncia, o que chamou naquela data de “fato grave” na campanha.

“A campanha pagou R$ 1 milhão, contratou a empresa que faz isso, que tem 5 mil rádios no escopo”, disse o ministro ao Estadão. A empresa citada por Faria é a Audiency Brasil Tecnologia, de Santa Catarina. Os serviços de uma segunda empresa, a Soundview Tecnologia Ltda, foram contratados por outros R$ 501,5 mil. A despesa foi custeada com recursos do fundo partidário e não aparece na prestação de contas eleitorais de Bolsonaro. O ministro admitiu que o trabalho de auditoria nas rádios foi feito tardiamente pela campanha. “Foi um erro da campanha não ter visto isso no primeiro turno, não ter monitorado desde o começo”, disse.

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No dia 31 de agosto, a Soundview recebeu metade do valor, R$ 250,75 mil com recursos do fundo partidário do PL, partido de Bolsonaro. O trabalho da empresa era fazer uma “checagem de rádio e TV”, tarefa que costuma ser contratada pelas campanhas para monitorar programas levados ao ar por adversários.

Com sede em Minas Gerais, a Soundview Tecnologia não aparece no relatório sobre as supostas irregularidades na veiculação de propagandas eleitorais em rádios do Norte e Nordeste do País que foi apresentado pela campanha ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Contudo, a atuação da Soundview para a elaboração de relatórios foi citada no Twitter por Fabio Wajngarten, um dos coordenadores da campanha de Bolsonaro.

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Fábio Faria confirmou, ainda, que a Audiency presta serviços para o empresário bolsonarista Luciano Hang. Ele negou, no entanto, que o dono das lojas Havan tenha encomendado os relatórios usados pela campanha.

A denúncia de veiculação de propaganda que supostamente favoreceria o candidato petista já foi rejeitada pelo TSE por “inépcia”, mas aliados do atual presidente usaram os relatórios para sugerir o adiamento do segundo turno. O presidente da Corte, Alexandre de Moraes, pediu para que a Procuradoria-Geral Eleitoral avalie possível crime eleitoral por tentativa de tumultuar o segundo turno e “desvio de finalidade” com recursos do fundo partidário. Moraes também vai investigar o caso no inquérito das fake news que tramita no Supremo Tribunal Federal sob sua relatoria.

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Após a apresentação dos relatórios de “auditoria” apontando a veiculação de mais anúncios de Lula do que de Bolsonaro, emissoras negaram ter beneficiado o petista. O levantamento da empresa Audiency incluiu até mesmo emissora comandada por apoiadores de Bolsonaro.

O ministro Fábio Faria se disse arrependido de ter participado da divulgação do dossiê das rádios depois que o caso passou a ser usado por bolsonaristas para defender o adiamento da votação no segundo turno. Faria disse que essa estratégia prejudica o próprio candidato à reeleição. O deputado Eduardo Bolsonaro, filho do presidente, deu entrevista numa rádio da Bahia defendendo a ideia do adiamento sob justificativa que deveria ser dado mais tempo para que as propagandas fosse veiculadas pelas rádios.

Procurador, o dono da Audiency, Anacleto Ortigara, responsável técnico pelo dossiê, não quis comentar o valor nem a data de assinatura do contrato.

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“Tudo estará disponível na prestação de contas da Campanha no tempo certo. Neste momento estamos trabalhando intensamente para concluir os trabalhos de captura de dados e geração de relatórios”, disse.

A Audiency manifestou-se em texto e vídeo na quinta-feira, 27, e informou que atua em 18 países e tem um sistema com mais de seis mil emissoras de rádios cadastradas. Segundo a empresa, os áudios permanecem no acervo por pelo menos trinta dias.

“Tudo o que checamos foi espelhado do plano de mídia que foi disponibilizado no repositório do TSE para todas as emissoras de rádio do Brasil. Nós seguimos à risca o mapa das veiculações programadas para cada dia no segundo turno dada a importância da estratégia de cada partido, de cada candidato”, disse Ortigara.

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A empresa relatou ter em seu portfólio clientes como a Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina (Alesc), varejistas, atacadistas, cooperativas de crédito, fintechs, rede de farmácias, multinacionais e empresas públicas. “A empresa refuta veementemente as insinuações de inconsistências de seus relatórios e dados apresentados e está disponível para prestar qualquer prova que o judiciário julgar necessário”, assinalou. “A contratação da empresa para monitorar a campanha eleitoral decorre de sua expertise e capacidade técnica instalada.”

Acompanhe ao vivo a reta final do segundo turno das Eleições 2022 para presidente e governador

BRASÍLIA - A campanha do candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) gastou cerca de R$ 1,5 milhão com a produção de dossiê que apontava um suposto privilégio ao candidato petista Luiz Inácio Lula da Silva na veiculação de inserções de rádios (propagandas eleitorais de 30 segundos) no segundo turno. A informação sobre o custo da “auditoria” é do ministro das Comunicações, Fábio Faria (PP), responsável por anunciar à imprensa no dia 24, em tom de denúncia, o que chamou naquela data de “fato grave” na campanha.

“A campanha pagou R$ 1 milhão, contratou a empresa que faz isso, que tem 5 mil rádios no escopo”, disse o ministro ao Estadão. A empresa citada por Faria é a Audiency Brasil Tecnologia, de Santa Catarina. Os serviços de uma segunda empresa, a Soundview Tecnologia Ltda, foram contratados por outros R$ 501,5 mil. A despesa foi custeada com recursos do fundo partidário e não aparece na prestação de contas eleitorais de Bolsonaro. O ministro admitiu que o trabalho de auditoria nas rádios foi feito tardiamente pela campanha. “Foi um erro da campanha não ter visto isso no primeiro turno, não ter monitorado desde o começo”, disse.

No dia 31 de agosto, a Soundview recebeu metade do valor, R$ 250,75 mil com recursos do fundo partidário do PL, partido de Bolsonaro. O trabalho da empresa era fazer uma “checagem de rádio e TV”, tarefa que costuma ser contratada pelas campanhas para monitorar programas levados ao ar por adversários.

Com sede em Minas Gerais, a Soundview Tecnologia não aparece no relatório sobre as supostas irregularidades na veiculação de propagandas eleitorais em rádios do Norte e Nordeste do País que foi apresentado pela campanha ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Contudo, a atuação da Soundview para a elaboração de relatórios foi citada no Twitter por Fabio Wajngarten, um dos coordenadores da campanha de Bolsonaro.

Fábio Faria confirmou, ainda, que a Audiency presta serviços para o empresário bolsonarista Luciano Hang. Ele negou, no entanto, que o dono das lojas Havan tenha encomendado os relatórios usados pela campanha.

A denúncia de veiculação de propaganda que supostamente favoreceria o candidato petista já foi rejeitada pelo TSE por “inépcia”, mas aliados do atual presidente usaram os relatórios para sugerir o adiamento do segundo turno. O presidente da Corte, Alexandre de Moraes, pediu para que a Procuradoria-Geral Eleitoral avalie possível crime eleitoral por tentativa de tumultuar o segundo turno e “desvio de finalidade” com recursos do fundo partidário. Moraes também vai investigar o caso no inquérito das fake news que tramita no Supremo Tribunal Federal sob sua relatoria.

Após a apresentação dos relatórios de “auditoria” apontando a veiculação de mais anúncios de Lula do que de Bolsonaro, emissoras negaram ter beneficiado o petista. O levantamento da empresa Audiency incluiu até mesmo emissora comandada por apoiadores de Bolsonaro.

O ministro Fábio Faria se disse arrependido de ter participado da divulgação do dossiê das rádios depois que o caso passou a ser usado por bolsonaristas para defender o adiamento da votação no segundo turno. Faria disse que essa estratégia prejudica o próprio candidato à reeleição. O deputado Eduardo Bolsonaro, filho do presidente, deu entrevista numa rádio da Bahia defendendo a ideia do adiamento sob justificativa que deveria ser dado mais tempo para que as propagandas fosse veiculadas pelas rádios.

Procurador, o dono da Audiency, Anacleto Ortigara, responsável técnico pelo dossiê, não quis comentar o valor nem a data de assinatura do contrato.

“Tudo estará disponível na prestação de contas da Campanha no tempo certo. Neste momento estamos trabalhando intensamente para concluir os trabalhos de captura de dados e geração de relatórios”, disse.

A Audiency manifestou-se em texto e vídeo na quinta-feira, 27, e informou que atua em 18 países e tem um sistema com mais de seis mil emissoras de rádios cadastradas. Segundo a empresa, os áudios permanecem no acervo por pelo menos trinta dias.

“Tudo o que checamos foi espelhado do plano de mídia que foi disponibilizado no repositório do TSE para todas as emissoras de rádio do Brasil. Nós seguimos à risca o mapa das veiculações programadas para cada dia no segundo turno dada a importância da estratégia de cada partido, de cada candidato”, disse Ortigara.

A empresa relatou ter em seu portfólio clientes como a Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina (Alesc), varejistas, atacadistas, cooperativas de crédito, fintechs, rede de farmácias, multinacionais e empresas públicas. “A empresa refuta veementemente as insinuações de inconsistências de seus relatórios e dados apresentados e está disponível para prestar qualquer prova que o judiciário julgar necessário”, assinalou. “A contratação da empresa para monitorar a campanha eleitoral decorre de sua expertise e capacidade técnica instalada.”

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BRASÍLIA - A campanha do candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) gastou cerca de R$ 1,5 milhão com a produção de dossiê que apontava um suposto privilégio ao candidato petista Luiz Inácio Lula da Silva na veiculação de inserções de rádios (propagandas eleitorais de 30 segundos) no segundo turno. A informação sobre o custo da “auditoria” é do ministro das Comunicações, Fábio Faria (PP), responsável por anunciar à imprensa no dia 24, em tom de denúncia, o que chamou naquela data de “fato grave” na campanha.

“A campanha pagou R$ 1 milhão, contratou a empresa que faz isso, que tem 5 mil rádios no escopo”, disse o ministro ao Estadão. A empresa citada por Faria é a Audiency Brasil Tecnologia, de Santa Catarina. Os serviços de uma segunda empresa, a Soundview Tecnologia Ltda, foram contratados por outros R$ 501,5 mil. A despesa foi custeada com recursos do fundo partidário e não aparece na prestação de contas eleitorais de Bolsonaro. O ministro admitiu que o trabalho de auditoria nas rádios foi feito tardiamente pela campanha. “Foi um erro da campanha não ter visto isso no primeiro turno, não ter monitorado desde o começo”, disse.

No dia 31 de agosto, a Soundview recebeu metade do valor, R$ 250,75 mil com recursos do fundo partidário do PL, partido de Bolsonaro. O trabalho da empresa era fazer uma “checagem de rádio e TV”, tarefa que costuma ser contratada pelas campanhas para monitorar programas levados ao ar por adversários.

Com sede em Minas Gerais, a Soundview Tecnologia não aparece no relatório sobre as supostas irregularidades na veiculação de propagandas eleitorais em rádios do Norte e Nordeste do País que foi apresentado pela campanha ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Contudo, a atuação da Soundview para a elaboração de relatórios foi citada no Twitter por Fabio Wajngarten, um dos coordenadores da campanha de Bolsonaro.

Fábio Faria confirmou, ainda, que a Audiency presta serviços para o empresário bolsonarista Luciano Hang. Ele negou, no entanto, que o dono das lojas Havan tenha encomendado os relatórios usados pela campanha.

A denúncia de veiculação de propaganda que supostamente favoreceria o candidato petista já foi rejeitada pelo TSE por “inépcia”, mas aliados do atual presidente usaram os relatórios para sugerir o adiamento do segundo turno. O presidente da Corte, Alexandre de Moraes, pediu para que a Procuradoria-Geral Eleitoral avalie possível crime eleitoral por tentativa de tumultuar o segundo turno e “desvio de finalidade” com recursos do fundo partidário. Moraes também vai investigar o caso no inquérito das fake news que tramita no Supremo Tribunal Federal sob sua relatoria.

Após a apresentação dos relatórios de “auditoria” apontando a veiculação de mais anúncios de Lula do que de Bolsonaro, emissoras negaram ter beneficiado o petista. O levantamento da empresa Audiency incluiu até mesmo emissora comandada por apoiadores de Bolsonaro.

O ministro Fábio Faria se disse arrependido de ter participado da divulgação do dossiê das rádios depois que o caso passou a ser usado por bolsonaristas para defender o adiamento da votação no segundo turno. Faria disse que essa estratégia prejudica o próprio candidato à reeleição. O deputado Eduardo Bolsonaro, filho do presidente, deu entrevista numa rádio da Bahia defendendo a ideia do adiamento sob justificativa que deveria ser dado mais tempo para que as propagandas fosse veiculadas pelas rádios.

Procurador, o dono da Audiency, Anacleto Ortigara, responsável técnico pelo dossiê, não quis comentar o valor nem a data de assinatura do contrato.

“Tudo estará disponível na prestação de contas da Campanha no tempo certo. Neste momento estamos trabalhando intensamente para concluir os trabalhos de captura de dados e geração de relatórios”, disse.

A Audiency manifestou-se em texto e vídeo na quinta-feira, 27, e informou que atua em 18 países e tem um sistema com mais de seis mil emissoras de rádios cadastradas. Segundo a empresa, os áudios permanecem no acervo por pelo menos trinta dias.

“Tudo o que checamos foi espelhado do plano de mídia que foi disponibilizado no repositório do TSE para todas as emissoras de rádio do Brasil. Nós seguimos à risca o mapa das veiculações programadas para cada dia no segundo turno dada a importância da estratégia de cada partido, de cada candidato”, disse Ortigara.

A empresa relatou ter em seu portfólio clientes como a Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina (Alesc), varejistas, atacadistas, cooperativas de crédito, fintechs, rede de farmácias, multinacionais e empresas públicas. “A empresa refuta veementemente as insinuações de inconsistências de seus relatórios e dados apresentados e está disponível para prestar qualquer prova que o judiciário julgar necessário”, assinalou. “A contratação da empresa para monitorar a campanha eleitoral decorre de sua expertise e capacidade técnica instalada.”

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BRASÍLIA - A campanha do candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) gastou cerca de R$ 1,5 milhão com a produção de dossiê que apontava um suposto privilégio ao candidato petista Luiz Inácio Lula da Silva na veiculação de inserções de rádios (propagandas eleitorais de 30 segundos) no segundo turno. A informação sobre o custo da “auditoria” é do ministro das Comunicações, Fábio Faria (PP), responsável por anunciar à imprensa no dia 24, em tom de denúncia, o que chamou naquela data de “fato grave” na campanha.

“A campanha pagou R$ 1 milhão, contratou a empresa que faz isso, que tem 5 mil rádios no escopo”, disse o ministro ao Estadão. A empresa citada por Faria é a Audiency Brasil Tecnologia, de Santa Catarina. Os serviços de uma segunda empresa, a Soundview Tecnologia Ltda, foram contratados por outros R$ 501,5 mil. A despesa foi custeada com recursos do fundo partidário e não aparece na prestação de contas eleitorais de Bolsonaro. O ministro admitiu que o trabalho de auditoria nas rádios foi feito tardiamente pela campanha. “Foi um erro da campanha não ter visto isso no primeiro turno, não ter monitorado desde o começo”, disse.

No dia 31 de agosto, a Soundview recebeu metade do valor, R$ 250,75 mil com recursos do fundo partidário do PL, partido de Bolsonaro. O trabalho da empresa era fazer uma “checagem de rádio e TV”, tarefa que costuma ser contratada pelas campanhas para monitorar programas levados ao ar por adversários.

Com sede em Minas Gerais, a Soundview Tecnologia não aparece no relatório sobre as supostas irregularidades na veiculação de propagandas eleitorais em rádios do Norte e Nordeste do País que foi apresentado pela campanha ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Contudo, a atuação da Soundview para a elaboração de relatórios foi citada no Twitter por Fabio Wajngarten, um dos coordenadores da campanha de Bolsonaro.

Fábio Faria confirmou, ainda, que a Audiency presta serviços para o empresário bolsonarista Luciano Hang. Ele negou, no entanto, que o dono das lojas Havan tenha encomendado os relatórios usados pela campanha.

A denúncia de veiculação de propaganda que supostamente favoreceria o candidato petista já foi rejeitada pelo TSE por “inépcia”, mas aliados do atual presidente usaram os relatórios para sugerir o adiamento do segundo turno. O presidente da Corte, Alexandre de Moraes, pediu para que a Procuradoria-Geral Eleitoral avalie possível crime eleitoral por tentativa de tumultuar o segundo turno e “desvio de finalidade” com recursos do fundo partidário. Moraes também vai investigar o caso no inquérito das fake news que tramita no Supremo Tribunal Federal sob sua relatoria.

Após a apresentação dos relatórios de “auditoria” apontando a veiculação de mais anúncios de Lula do que de Bolsonaro, emissoras negaram ter beneficiado o petista. O levantamento da empresa Audiency incluiu até mesmo emissora comandada por apoiadores de Bolsonaro.

O ministro Fábio Faria se disse arrependido de ter participado da divulgação do dossiê das rádios depois que o caso passou a ser usado por bolsonaristas para defender o adiamento da votação no segundo turno. Faria disse que essa estratégia prejudica o próprio candidato à reeleição. O deputado Eduardo Bolsonaro, filho do presidente, deu entrevista numa rádio da Bahia defendendo a ideia do adiamento sob justificativa que deveria ser dado mais tempo para que as propagandas fosse veiculadas pelas rádios.

Procurador, o dono da Audiency, Anacleto Ortigara, responsável técnico pelo dossiê, não quis comentar o valor nem a data de assinatura do contrato.

“Tudo estará disponível na prestação de contas da Campanha no tempo certo. Neste momento estamos trabalhando intensamente para concluir os trabalhos de captura de dados e geração de relatórios”, disse.

A Audiency manifestou-se em texto e vídeo na quinta-feira, 27, e informou que atua em 18 países e tem um sistema com mais de seis mil emissoras de rádios cadastradas. Segundo a empresa, os áudios permanecem no acervo por pelo menos trinta dias.

“Tudo o que checamos foi espelhado do plano de mídia que foi disponibilizado no repositório do TSE para todas as emissoras de rádio do Brasil. Nós seguimos à risca o mapa das veiculações programadas para cada dia no segundo turno dada a importância da estratégia de cada partido, de cada candidato”, disse Ortigara.

A empresa relatou ter em seu portfólio clientes como a Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina (Alesc), varejistas, atacadistas, cooperativas de crédito, fintechs, rede de farmácias, multinacionais e empresas públicas. “A empresa refuta veementemente as insinuações de inconsistências de seus relatórios e dados apresentados e está disponível para prestar qualquer prova que o judiciário julgar necessário”, assinalou. “A contratação da empresa para monitorar a campanha eleitoral decorre de sua expertise e capacidade técnica instalada.”

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BRASÍLIA - A campanha do candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) gastou cerca de R$ 1,5 milhão com a produção de dossiê que apontava um suposto privilégio ao candidato petista Luiz Inácio Lula da Silva na veiculação de inserções de rádios (propagandas eleitorais de 30 segundos) no segundo turno. A informação sobre o custo da “auditoria” é do ministro das Comunicações, Fábio Faria (PP), responsável por anunciar à imprensa no dia 24, em tom de denúncia, o que chamou naquela data de “fato grave” na campanha.

“A campanha pagou R$ 1 milhão, contratou a empresa que faz isso, que tem 5 mil rádios no escopo”, disse o ministro ao Estadão. A empresa citada por Faria é a Audiency Brasil Tecnologia, de Santa Catarina. Os serviços de uma segunda empresa, a Soundview Tecnologia Ltda, foram contratados por outros R$ 501,5 mil. A despesa foi custeada com recursos do fundo partidário e não aparece na prestação de contas eleitorais de Bolsonaro. O ministro admitiu que o trabalho de auditoria nas rádios foi feito tardiamente pela campanha. “Foi um erro da campanha não ter visto isso no primeiro turno, não ter monitorado desde o começo”, disse.

No dia 31 de agosto, a Soundview recebeu metade do valor, R$ 250,75 mil com recursos do fundo partidário do PL, partido de Bolsonaro. O trabalho da empresa era fazer uma “checagem de rádio e TV”, tarefa que costuma ser contratada pelas campanhas para monitorar programas levados ao ar por adversários.

Com sede em Minas Gerais, a Soundview Tecnologia não aparece no relatório sobre as supostas irregularidades na veiculação de propagandas eleitorais em rádios do Norte e Nordeste do País que foi apresentado pela campanha ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Contudo, a atuação da Soundview para a elaboração de relatórios foi citada no Twitter por Fabio Wajngarten, um dos coordenadores da campanha de Bolsonaro.

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Após a apresentação dos relatórios de “auditoria” apontando a veiculação de mais anúncios de Lula do que de Bolsonaro, emissoras negaram ter beneficiado o petista. O levantamento da empresa Audiency incluiu até mesmo emissora comandada por apoiadores de Bolsonaro.

O ministro Fábio Faria se disse arrependido de ter participado da divulgação do dossiê das rádios depois que o caso passou a ser usado por bolsonaristas para defender o adiamento da votação no segundo turno. Faria disse que essa estratégia prejudica o próprio candidato à reeleição. O deputado Eduardo Bolsonaro, filho do presidente, deu entrevista numa rádio da Bahia defendendo a ideia do adiamento sob justificativa que deveria ser dado mais tempo para que as propagandas fosse veiculadas pelas rádios.

Procurador, o dono da Audiency, Anacleto Ortigara, responsável técnico pelo dossiê, não quis comentar o valor nem a data de assinatura do contrato.

“Tudo estará disponível na prestação de contas da Campanha no tempo certo. Neste momento estamos trabalhando intensamente para concluir os trabalhos de captura de dados e geração de relatórios”, disse.

A Audiency manifestou-se em texto e vídeo na quinta-feira, 27, e informou que atua em 18 países e tem um sistema com mais de seis mil emissoras de rádios cadastradas. Segundo a empresa, os áudios permanecem no acervo por pelo menos trinta dias.

“Tudo o que checamos foi espelhado do plano de mídia que foi disponibilizado no repositório do TSE para todas as emissoras de rádio do Brasil. Nós seguimos à risca o mapa das veiculações programadas para cada dia no segundo turno dada a importância da estratégia de cada partido, de cada candidato”, disse Ortigara.

A empresa relatou ter em seu portfólio clientes como a Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina (Alesc), varejistas, atacadistas, cooperativas de crédito, fintechs, rede de farmácias, multinacionais e empresas públicas. “A empresa refuta veementemente as insinuações de inconsistências de seus relatórios e dados apresentados e está disponível para prestar qualquer prova que o judiciário julgar necessário”, assinalou. “A contratação da empresa para monitorar a campanha eleitoral decorre de sua expertise e capacidade técnica instalada.”

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