Campanhas veem saldo negativo para Marçal em reação após cadeirada: ‘passou do ponto na simulação’


Integrantes das principais campanhas apontam que eleitores perceberam exagero do candidato do PRTB na exploração da agressão cometida por Datena

Por Bianca Gomes, Hugo Henud e Zeca Ferreira
Atualização:

Para as campanhas dos principais candidatos à Prefeitura de São Paulo, o influenciador Pablo Marçal (PRTB) exagerou na exploração da cadeirada que recebeu do apresentador José Luiz Datena (PSDB) no debate de ontem na TV Cultura, e deve colher um saldo negativo do episódio.

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Assessores que atuam na linha de frente das campanhas de Datena, Ricardo Nunes (MDB), Guilherme Boulos (PSOL), e Tabata Amaral (PSB) avaliam que Marçal “passou da dose” ao comparar a agressão sofrida por ele no debate aos atentados contra Jair Bolsonaro (PL) e Donald Trump. Bolsonaro foi esfaqueado durante a campanha presidencial de 2018, enquanto Trump foi alvo de um atentado a tiros em um comício na Pensilvânia este ano.

Momento em que Marçal é agredido por Datena Foto: REPRODUCAO TV CULTURA

As análises iniciais das campanhas indicam que a comparação com Trump e Bolsonaro, aliada à tentativa de vitimização, foi malvista nas redes sociais. Além disso, há um entendimento de que Marçal exagerou na superprodução de conteúdos sobre o caso, atribuindo uma gravidade maior do que a realidade à agressão. Um exemplo citado pelas campanhas é o vídeo em que ele aparece dentro de uma ambulância usando uma máquina de oxigênio. “Boa parte dos seguidores do Marçal entendem que ele passou do ponto na simulação”, diz um assessor de uma das campanhas.

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Os comentários na postagem de Marçal dentro de uma ambulância refletem essa percepção. “Tá parecendo eu fingindo pra minha mãe só pra faltar na aula”, escreveu um usuário, recebendo quase 8 mil curtidas. “Meu filho depois de eu falar um ‘não’ pra ele”, brincou outro, com 3,5 mil curtidas. “Gosto dele. Mas todos percebem que esse drama é mentira”, comentou a apoiadora do ex-coach, com 1,3 mil curtidas.

Marçal chamou a cadeirada de “tentativa de homicídio” e postou diversos conteúdos sendo atendido no hospital Sírio-Libanês. Em uma das fotos divulgadas, ele aparece com uma pulseira verde, que indica que sua condição não era grave. Em nota divulgada nesta segunda-feira, o Hospital Sírio-Libanês diz que Marçal sofreu traumatismo na região do tórax à direita e em punho direito, sem maiores complicações associadas.

Segundo apurou o Estadão, uma das campanhas realizou uma pesquisa qualitativa em tempo real para medir a reação dos eleitores ao debate. O entendimento predominante foi que a saída de Marçal do debate pareceu encenada e forçada.

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Na avaliação dos estrategistas das campanhas, ainda é cedo para definir o impacto do episódio nas pesquisas. Embora a tendência, segundo esses analistas, seja acreditar que o ocorrido foi desfavorável para Marçal, as narrativas ainda estão em construção e será necessário aguardar que se consolidem. Além disso, os desdobramentos, incluindo o próximo debate com a presença de todos os candidatos no palco, entre eles Marçal e Datena, podem influenciar o cenário.

Marçal tem adotado a estratégia de apresentar a direita como o principal alvo de ataques, enquanto tenta associar a esquerda a atitudes violentas.

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Para as campanhas dos principais candidatos à Prefeitura de São Paulo, o influenciador Pablo Marçal (PRTB) exagerou na exploração da cadeirada que recebeu do apresentador José Luiz Datena (PSDB) no debate de ontem na TV Cultura, e deve colher um saldo negativo do episódio.

Assessores que atuam na linha de frente das campanhas de Datena, Ricardo Nunes (MDB), Guilherme Boulos (PSOL), e Tabata Amaral (PSB) avaliam que Marçal “passou da dose” ao comparar a agressão sofrida por ele no debate aos atentados contra Jair Bolsonaro (PL) e Donald Trump. Bolsonaro foi esfaqueado durante a campanha presidencial de 2018, enquanto Trump foi alvo de um atentado a tiros em um comício na Pensilvânia este ano.

Momento em que Marçal é agredido por Datena Foto: REPRODUCAO TV CULTURA

As análises iniciais das campanhas indicam que a comparação com Trump e Bolsonaro, aliada à tentativa de vitimização, foi malvista nas redes sociais. Além disso, há um entendimento de que Marçal exagerou na superprodução de conteúdos sobre o caso, atribuindo uma gravidade maior do que a realidade à agressão. Um exemplo citado pelas campanhas é o vídeo em que ele aparece dentro de uma ambulância usando uma máquina de oxigênio. “Boa parte dos seguidores do Marçal entendem que ele passou do ponto na simulação”, diz um assessor de uma das campanhas.

Os comentários na postagem de Marçal dentro de uma ambulância refletem essa percepção. “Tá parecendo eu fingindo pra minha mãe só pra faltar na aula”, escreveu um usuário, recebendo quase 8 mil curtidas. “Meu filho depois de eu falar um ‘não’ pra ele”, brincou outro, com 3,5 mil curtidas. “Gosto dele. Mas todos percebem que esse drama é mentira”, comentou a apoiadora do ex-coach, com 1,3 mil curtidas.

Marçal chamou a cadeirada de “tentativa de homicídio” e postou diversos conteúdos sendo atendido no hospital Sírio-Libanês. Em uma das fotos divulgadas, ele aparece com uma pulseira verde, que indica que sua condição não era grave. Em nota divulgada nesta segunda-feira, o Hospital Sírio-Libanês diz que Marçal sofreu traumatismo na região do tórax à direita e em punho direito, sem maiores complicações associadas.

Segundo apurou o Estadão, uma das campanhas realizou uma pesquisa qualitativa em tempo real para medir a reação dos eleitores ao debate. O entendimento predominante foi que a saída de Marçal do debate pareceu encenada e forçada.

Na avaliação dos estrategistas das campanhas, ainda é cedo para definir o impacto do episódio nas pesquisas. Embora a tendência, segundo esses analistas, seja acreditar que o ocorrido foi desfavorável para Marçal, as narrativas ainda estão em construção e será necessário aguardar que se consolidem. Além disso, os desdobramentos, incluindo o próximo debate com a presença de todos os candidatos no palco, entre eles Marçal e Datena, podem influenciar o cenário.

Marçal tem adotado a estratégia de apresentar a direita como o principal alvo de ataques, enquanto tenta associar a esquerda a atitudes violentas.

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Assessores que atuam na linha de frente das campanhas de Datena, Ricardo Nunes (MDB), Guilherme Boulos (PSOL), e Tabata Amaral (PSB) avaliam que Marçal “passou da dose” ao comparar a agressão sofrida por ele no debate aos atentados contra Jair Bolsonaro (PL) e Donald Trump. Bolsonaro foi esfaqueado durante a campanha presidencial de 2018, enquanto Trump foi alvo de um atentado a tiros em um comício na Pensilvânia este ano.

Momento em que Marçal é agredido por Datena Foto: REPRODUCAO TV CULTURA

As análises iniciais das campanhas indicam que a comparação com Trump e Bolsonaro, aliada à tentativa de vitimização, foi malvista nas redes sociais. Além disso, há um entendimento de que Marçal exagerou na superprodução de conteúdos sobre o caso, atribuindo uma gravidade maior do que a realidade à agressão. Um exemplo citado pelas campanhas é o vídeo em que ele aparece dentro de uma ambulância usando uma máquina de oxigênio. “Boa parte dos seguidores do Marçal entendem que ele passou do ponto na simulação”, diz um assessor de uma das campanhas.

Os comentários na postagem de Marçal dentro de uma ambulância refletem essa percepção. “Tá parecendo eu fingindo pra minha mãe só pra faltar na aula”, escreveu um usuário, recebendo quase 8 mil curtidas. “Meu filho depois de eu falar um ‘não’ pra ele”, brincou outro, com 3,5 mil curtidas. “Gosto dele. Mas todos percebem que esse drama é mentira”, comentou a apoiadora do ex-coach, com 1,3 mil curtidas.

Marçal chamou a cadeirada de “tentativa de homicídio” e postou diversos conteúdos sendo atendido no hospital Sírio-Libanês. Em uma das fotos divulgadas, ele aparece com uma pulseira verde, que indica que sua condição não era grave. Em nota divulgada nesta segunda-feira, o Hospital Sírio-Libanês diz que Marçal sofreu traumatismo na região do tórax à direita e em punho direito, sem maiores complicações associadas.

Segundo apurou o Estadão, uma das campanhas realizou uma pesquisa qualitativa em tempo real para medir a reação dos eleitores ao debate. O entendimento predominante foi que a saída de Marçal do debate pareceu encenada e forçada.

Na avaliação dos estrategistas das campanhas, ainda é cedo para definir o impacto do episódio nas pesquisas. Embora a tendência, segundo esses analistas, seja acreditar que o ocorrido foi desfavorável para Marçal, as narrativas ainda estão em construção e será necessário aguardar que se consolidem. Além disso, os desdobramentos, incluindo o próximo debate com a presença de todos os candidatos no palco, entre eles Marçal e Datena, podem influenciar o cenário.

Marçal tem adotado a estratégia de apresentar a direita como o principal alvo de ataques, enquanto tenta associar a esquerda a atitudes violentas.

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