Candidato de Ciro em SP diz que Lula é ‘grande homem que fracassou’


Pré-candidato do PDT ao governo de São Paulo, Elvis Cezar afirma querer atrair o voto moderado

Por Pedro Venceslau e William Castanho
Atualização:

Ex-prefeito de Santana de Parnaíba por dois mandatos, o advogado imobiliário Elvis Cezar, de 45 anos, fez sua carreira por 19 anos no PSDB antes de migrar para o PDT para disputar o Palácio dos Bandeirantes e dar um palanque para Ciro Gomes no major colégio eleitoral do Brasil.

Em entrevista ao Estadão, o pré-candidato mimetiza o discurso do presidenciável do PDT e faz críticas ao ex-presidente Luiz Inácio da Silva (PT), classificado por ele como “um grande homem que fracassou”. A seguir os principais trechos da entrevista:

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O sr. foi do PSDB por 13 anos e migrou para o PDT. Por que mudou de partido?

Saí pelo convite para disputar o governo do Estado de São Paulo. Estava afastado das decisões do partido. O PSDB se distanciou muito do povo. Está chegando numa situação muito triste. Quando poucos decidem numa coletividade, ela começa a ficar em risco.

Elvis Cezar, pré-candidato do PDT ao governo de São Paulo: "PSDB se distanciou do povo". Foto: Marcelo Chello/Estadão
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O sr. passou 13 anos defendendo governos do PSDB. Não fica desconfortável em criticar agora?

Defendi, votei e fui militante. Mas não fico desconfortável de forma alguma. O modelo de gestão do último governo é totalmente inapropriado. São Paulo é um Estado que teve superávit de R$ 54 bilhões de 2021 para 2022, mas tem gente morrendo na rua. Não tem crédito para a retomada econômica. Governo bom é o governo aprovado. Aquele que se reelegeu é bom.

O discurso de Ciro Gomes é muito duro contra o PT e o Lula. O que acha dessa estratégia?

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Às vezes ele até chama o Lula de amigo. Mas tem uma estratégia: 20% dos votos do Lula são de quem só está com ele porque odeia o Bolsonaro, e 8% dos votos do Bolsonaro só votam nele porque odeiam o Lula. Então são 28% de votos “soft”. Vamos habilitar a candidatura do Ciro para atrair o voto mais moderado. Há uma polarização de ódio e exceção. Queremos estimular o voto por convicção. Criticar Lula e Bolsonaro é uma estratégia, mas também uma verdade.

Qual a sua opinião sobre os governos do PT?

O Lula é um grande homem que fracassou.

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Fracassou por quê? Esse fracasso vai impactar o cenário em São Paulo?

Ele (Lula) está liderando em São Paulo. A esquerda nunca foi tão forte em São Paulo, por incrível que pareça. Mas a situação econômica, o preço do combustível, a inflação da cesta básica acima de 20% e a taxa Selic fazem o povo lembrar da época do Lula. O desarranjo econômico do País gera saudade.

Mas qual foi o fracasso?

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Talvez eleger a Dilma? Colocar aqueles moços na Petrobras? Qual foi o fracasso do Lula? Então.

Com essa narrativa, o senhor busca trair o eleitor antipetista de esquerda em São Paulo?

Estou em busca de todos os eleitores. Quero me apresentar como uma proposta nova dentro de um segmento.

Ex-prefeito de Santana de Parnaíba por dois mandatos, o advogado imobiliário Elvis Cezar, de 45 anos, fez sua carreira por 19 anos no PSDB antes de migrar para o PDT para disputar o Palácio dos Bandeirantes e dar um palanque para Ciro Gomes no major colégio eleitoral do Brasil.

Em entrevista ao Estadão, o pré-candidato mimetiza o discurso do presidenciável do PDT e faz críticas ao ex-presidente Luiz Inácio da Silva (PT), classificado por ele como “um grande homem que fracassou”. A seguir os principais trechos da entrevista:

O sr. foi do PSDB por 13 anos e migrou para o PDT. Por que mudou de partido?

Saí pelo convite para disputar o governo do Estado de São Paulo. Estava afastado das decisões do partido. O PSDB se distanciou muito do povo. Está chegando numa situação muito triste. Quando poucos decidem numa coletividade, ela começa a ficar em risco.

Elvis Cezar, pré-candidato do PDT ao governo de São Paulo: "PSDB se distanciou do povo". Foto: Marcelo Chello/Estadão

O sr. passou 13 anos defendendo governos do PSDB. Não fica desconfortável em criticar agora?

Defendi, votei e fui militante. Mas não fico desconfortável de forma alguma. O modelo de gestão do último governo é totalmente inapropriado. São Paulo é um Estado que teve superávit de R$ 54 bilhões de 2021 para 2022, mas tem gente morrendo na rua. Não tem crédito para a retomada econômica. Governo bom é o governo aprovado. Aquele que se reelegeu é bom.

O discurso de Ciro Gomes é muito duro contra o PT e o Lula. O que acha dessa estratégia?

Às vezes ele até chama o Lula de amigo. Mas tem uma estratégia: 20% dos votos do Lula são de quem só está com ele porque odeia o Bolsonaro, e 8% dos votos do Bolsonaro só votam nele porque odeiam o Lula. Então são 28% de votos “soft”. Vamos habilitar a candidatura do Ciro para atrair o voto mais moderado. Há uma polarização de ódio e exceção. Queremos estimular o voto por convicção. Criticar Lula e Bolsonaro é uma estratégia, mas também uma verdade.

Qual a sua opinião sobre os governos do PT?

O Lula é um grande homem que fracassou.

Fracassou por quê? Esse fracasso vai impactar o cenário em São Paulo?

Ele (Lula) está liderando em São Paulo. A esquerda nunca foi tão forte em São Paulo, por incrível que pareça. Mas a situação econômica, o preço do combustível, a inflação da cesta básica acima de 20% e a taxa Selic fazem o povo lembrar da época do Lula. O desarranjo econômico do País gera saudade.

Mas qual foi o fracasso?

Talvez eleger a Dilma? Colocar aqueles moços na Petrobras? Qual foi o fracasso do Lula? Então.

Com essa narrativa, o senhor busca trair o eleitor antipetista de esquerda em São Paulo?

Estou em busca de todos os eleitores. Quero me apresentar como uma proposta nova dentro de um segmento.

Ex-prefeito de Santana de Parnaíba por dois mandatos, o advogado imobiliário Elvis Cezar, de 45 anos, fez sua carreira por 19 anos no PSDB antes de migrar para o PDT para disputar o Palácio dos Bandeirantes e dar um palanque para Ciro Gomes no major colégio eleitoral do Brasil.

Em entrevista ao Estadão, o pré-candidato mimetiza o discurso do presidenciável do PDT e faz críticas ao ex-presidente Luiz Inácio da Silva (PT), classificado por ele como “um grande homem que fracassou”. A seguir os principais trechos da entrevista:

O sr. foi do PSDB por 13 anos e migrou para o PDT. Por que mudou de partido?

Saí pelo convite para disputar o governo do Estado de São Paulo. Estava afastado das decisões do partido. O PSDB se distanciou muito do povo. Está chegando numa situação muito triste. Quando poucos decidem numa coletividade, ela começa a ficar em risco.

Elvis Cezar, pré-candidato do PDT ao governo de São Paulo: "PSDB se distanciou do povo". Foto: Marcelo Chello/Estadão

O sr. passou 13 anos defendendo governos do PSDB. Não fica desconfortável em criticar agora?

Defendi, votei e fui militante. Mas não fico desconfortável de forma alguma. O modelo de gestão do último governo é totalmente inapropriado. São Paulo é um Estado que teve superávit de R$ 54 bilhões de 2021 para 2022, mas tem gente morrendo na rua. Não tem crédito para a retomada econômica. Governo bom é o governo aprovado. Aquele que se reelegeu é bom.

O discurso de Ciro Gomes é muito duro contra o PT e o Lula. O que acha dessa estratégia?

Às vezes ele até chama o Lula de amigo. Mas tem uma estratégia: 20% dos votos do Lula são de quem só está com ele porque odeia o Bolsonaro, e 8% dos votos do Bolsonaro só votam nele porque odeiam o Lula. Então são 28% de votos “soft”. Vamos habilitar a candidatura do Ciro para atrair o voto mais moderado. Há uma polarização de ódio e exceção. Queremos estimular o voto por convicção. Criticar Lula e Bolsonaro é uma estratégia, mas também uma verdade.

Qual a sua opinião sobre os governos do PT?

O Lula é um grande homem que fracassou.

Fracassou por quê? Esse fracasso vai impactar o cenário em São Paulo?

Ele (Lula) está liderando em São Paulo. A esquerda nunca foi tão forte em São Paulo, por incrível que pareça. Mas a situação econômica, o preço do combustível, a inflação da cesta básica acima de 20% e a taxa Selic fazem o povo lembrar da época do Lula. O desarranjo econômico do País gera saudade.

Mas qual foi o fracasso?

Talvez eleger a Dilma? Colocar aqueles moços na Petrobras? Qual foi o fracasso do Lula? Então.

Com essa narrativa, o senhor busca trair o eleitor antipetista de esquerda em São Paulo?

Estou em busca de todos os eleitores. Quero me apresentar como uma proposta nova dentro de um segmento.

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