Candidatos do PL dosam presença de Bolsonaro nas campanhas e encaram risco da alta rejeição


Apesar da expectativa para que o ex-presidente participe das agendas, correligionários têm receio de que a aparição do principal padrinho político da sigla possa atrapalhar

Por Adriana Victorino
Atualização:

Os candidatos do PL que disputaram as eleições municipais nas capitais do País dosaram as aparições do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante a campanha. Para o segundo turno, a expectativa é de que Bolsonaro reforce a presença nas agendas. No entanto, integrantes da sigla têm receio de que a alta rejeição do ex-presidente possa atrapalhar.

O partido disputa o segundo turno em oito capitais: Aracaju (Emília Correa), Belém (Éder Mauro), Belo Horizonte (Bruno Engler), Cuiabá (Abílio), Fortaleza (André Fernandes), Goiânia (Fred Rodrigues), Manaus (Alberto Neto) e Palmas (Janad Valcari).

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No primeiro turno, a atuação de Bolsonaro nas campanhas serviu para agrupar os votos da direita fragmentados entre candidatos do mesmo espectro político. Em Fortaleza, a presença do ex-presidente teve como objetivo trazer os votos bolsonaristas que estavam direcionados ao candidato do União Brasil, Capitão Wagner, para André Fernandes (PL).

Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante evento de campanha de Alexandre Ramagem (PL), no Rio de Janeiro. Foto: Bruna Prado

Wagner terminou a corrida eleitoral em quarto lugar com 11,4% dos votos. O candidato do PL foi para o segundo turno à frente do petista Evandro Leitão com uma diferença de 82.131 votos.

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Em São Paulo, a aparição - ainda que tímida - de Bolsonaro na campanha de Ricardo Nunes (MDB) teve como objetivo não deixar que o eleitorado de direita migrasse para Pablo Marçal (PRTB), como as pesquisas eleitorais apontavam. Às vésperas da eleição, Nunes aparecia atrás do empresário e influenciador e tinha 34% das intenções de voto dos bolsonaristas enquanto Marçal alcançava 51%.

As estatísticas levaram Bolsonaro a fazer uma live ao lado do candidato a vice na chapa, coronel Mello Araújo (PL), declarando voto no emedebista. Nunes obteve 81.865 votos a mais que Marçal. Na avaliação de integrantes da campanha, a margem estreita mostrou a importância da presença do ex-presidente.

Por outro lado, a imagem do antigo mandatário também serviu para alavancar votos de candidatos do PL ainda desconhecidos. Em Belo Horizonte, o deputado estadual Bruno Engler (PL) contou com o apoio do ex-presidente para apresentá-lo aos eleitores mineiros.

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No início da disputa, Engler era desconhecido por 65% dos eleitores, segundo a pesquisa Datafolha divulgada em julho. Em setembro, Bolsonaro participou de um comício ao lado do candidato do PL e do deputado federal Nikolas Ferreira (PL). Engler avançou na disputa em primeiro lugar, com 34,38% dos votos contra 26,54% de Fuad Noman (PSD).

Apesar da participação do ex-presidente, o resultado dos candidatos que tiveram Bolsonaro como cabo eleitoral não foi tão satisfatório como previam. Dos 154 postulantes apoiados oficialmente pelo ex-presidente, 56 nomes venceram no primeiro turno e 26 estarão nas urnas no dia 27 de outubro.

Bolsonaro evita presença em capitais onde foi derrotado em 2022

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Para o segundo turno, a presença de Bolsonaro servirá para cristalizar os votos do eleitorado de direita. Embora integrantes do PL apostem que o ex-presidente marcará presença em todos os 23 municípios em que o partido disputa o segundo turno, até o momento, ele tem agendas confirmadas apenas em João Pessoa, Belo Horizonte, São Paulo e Santarém, no Pará.

Capitais onde o ex-presidente obteve mais de 60% dos votos contra o presidente Lula em 2022 são prioridade. Na última sexta-feira, 11, Bolsonaro esteve em Goiânia para apoiar o candidato do PL, Fred Rodrigues que enfrenta Sandro Mabel (União Brasil). Na capital, o ex-presidente venceu o petista por 63,95% contra 39,68% dos votos.

No início desta semana, o ex-presidente também participou de um comício em Cuiabá ao lado de Abílio Brunini (PL), onde Bolsonaro obteve 61,28% dos votos. O candidato disputa o segundo turno contra Lúdio Cabral (PT). Em seguida, o principal padrinho político do PL viajou para Manaus e acompanhou uma motociata de Alberto Neto (PL). No município, 61,5% dos eleitores escolheram Bolsonaro nas eleições presidenciais. Neto enfrentará David Almeida (Avante).

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Nesses municípios, os integrantes das campanhas comemoram a presença do ex-presidente e estão seguros de que surtirá um efeito positivo para os candidatos. Em Palmas, Bolsonaro é esperado com bastante ânimo pela equipe de Janad Valcari (PL), que tentará vencer Eduardo Siqueira (Podemos). A capital também votou pela reeleição do candidato do PL (60,32%).

Em João Pessoa, apesar de Bolsonaro ter perdido, a margem pequena - 49,90% a 50,10% - encoraja a campanha a aceitar a visita do ex-presidente. A eleição na capital paraibana é simbólica para Bolsonaro, que lançou seu ex-ministro da Saúde Marcelo Queiroga (PL) ao pleito. A estratégia de Queiroga para enfrentar o atual prefeito, Cícero Lucena (PP), é ressaltar a prisão da primeira-dama da cidade, Maria Lauremília Lucena, investigada por ter suposta ligação com um esquema de coação violenta de eleitores em troca de apoio político que teria a participação da facção Nova Okaida.

Já nas regiões em que Bolsonaro perdeu para Lula, a rejeição do ex-presidente tem pautado as discussões entre integrantes das campanhas. Apesar de haver o convite para que Bolsonaro visite as capitais, a análise é de que ele poderia afastar o eleitorado. Em Fortaleza, correligionários se dividem entre acreditar que Bolsonaro pode ajudar André Fernandes e dosar as aparições do ex-presidente na cidade onde a esquerda tem hegemonia.

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As campanhas enxergam a disputa na cidade como uma das mais simbólicas em todo o País, já que Fernandes pode romper décadas de governos de esquerda. O presidente Lula, que também reforçará sua atuação nas agendas dos candidatos, esteve na capital cearense para participar de uma entrega de unidades habitacionais do programa Minha Casa, Minha Vida, na última sexta-feira, 11. O ministro da Educação, Camilo Santana, tirou férias para ajudar na campanha de Evandro Leitão (PT).

Na análise dos integrantes da campanha de Fernandes, o ideal seria apostar no deputado federal Nikolas Ferreira para agitar os votos do eleitorado, principalmente jovem. O deputado federal tem sido o principal cabo eleitoral do PL. Ferreira deve ir a Belém para impulsionar a candidatura do delegado Elder Mauro, que disputa a prefeitura com Igor Normando (MDB). Lá, assim como em Aracajú, o ex-presidente não confirmou agenda.

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Os candidatos do PL que disputaram as eleições municipais nas capitais do País dosaram as aparições do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante a campanha. Para o segundo turno, a expectativa é de que Bolsonaro reforce a presença nas agendas. No entanto, integrantes da sigla têm receio de que a alta rejeição do ex-presidente possa atrapalhar.

O partido disputa o segundo turno em oito capitais: Aracaju (Emília Correa), Belém (Éder Mauro), Belo Horizonte (Bruno Engler), Cuiabá (Abílio), Fortaleza (André Fernandes), Goiânia (Fred Rodrigues), Manaus (Alberto Neto) e Palmas (Janad Valcari).

No primeiro turno, a atuação de Bolsonaro nas campanhas serviu para agrupar os votos da direita fragmentados entre candidatos do mesmo espectro político. Em Fortaleza, a presença do ex-presidente teve como objetivo trazer os votos bolsonaristas que estavam direcionados ao candidato do União Brasil, Capitão Wagner, para André Fernandes (PL).

Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante evento de campanha de Alexandre Ramagem (PL), no Rio de Janeiro. Foto: Bruna Prado

Wagner terminou a corrida eleitoral em quarto lugar com 11,4% dos votos. O candidato do PL foi para o segundo turno à frente do petista Evandro Leitão com uma diferença de 82.131 votos.

Em São Paulo, a aparição - ainda que tímida - de Bolsonaro na campanha de Ricardo Nunes (MDB) teve como objetivo não deixar que o eleitorado de direita migrasse para Pablo Marçal (PRTB), como as pesquisas eleitorais apontavam. Às vésperas da eleição, Nunes aparecia atrás do empresário e influenciador e tinha 34% das intenções de voto dos bolsonaristas enquanto Marçal alcançava 51%.

As estatísticas levaram Bolsonaro a fazer uma live ao lado do candidato a vice na chapa, coronel Mello Araújo (PL), declarando voto no emedebista. Nunes obteve 81.865 votos a mais que Marçal. Na avaliação de integrantes da campanha, a margem estreita mostrou a importância da presença do ex-presidente.

Por outro lado, a imagem do antigo mandatário também serviu para alavancar votos de candidatos do PL ainda desconhecidos. Em Belo Horizonte, o deputado estadual Bruno Engler (PL) contou com o apoio do ex-presidente para apresentá-lo aos eleitores mineiros.

No início da disputa, Engler era desconhecido por 65% dos eleitores, segundo a pesquisa Datafolha divulgada em julho. Em setembro, Bolsonaro participou de um comício ao lado do candidato do PL e do deputado federal Nikolas Ferreira (PL). Engler avançou na disputa em primeiro lugar, com 34,38% dos votos contra 26,54% de Fuad Noman (PSD).

Apesar da participação do ex-presidente, o resultado dos candidatos que tiveram Bolsonaro como cabo eleitoral não foi tão satisfatório como previam. Dos 154 postulantes apoiados oficialmente pelo ex-presidente, 56 nomes venceram no primeiro turno e 26 estarão nas urnas no dia 27 de outubro.

Bolsonaro evita presença em capitais onde foi derrotado em 2022

Para o segundo turno, a presença de Bolsonaro servirá para cristalizar os votos do eleitorado de direita. Embora integrantes do PL apostem que o ex-presidente marcará presença em todos os 23 municípios em que o partido disputa o segundo turno, até o momento, ele tem agendas confirmadas apenas em João Pessoa, Belo Horizonte, São Paulo e Santarém, no Pará.

Capitais onde o ex-presidente obteve mais de 60% dos votos contra o presidente Lula em 2022 são prioridade. Na última sexta-feira, 11, Bolsonaro esteve em Goiânia para apoiar o candidato do PL, Fred Rodrigues que enfrenta Sandro Mabel (União Brasil). Na capital, o ex-presidente venceu o petista por 63,95% contra 39,68% dos votos.

No início desta semana, o ex-presidente também participou de um comício em Cuiabá ao lado de Abílio Brunini (PL), onde Bolsonaro obteve 61,28% dos votos. O candidato disputa o segundo turno contra Lúdio Cabral (PT). Em seguida, o principal padrinho político do PL viajou para Manaus e acompanhou uma motociata de Alberto Neto (PL). No município, 61,5% dos eleitores escolheram Bolsonaro nas eleições presidenciais. Neto enfrentará David Almeida (Avante).

Nesses municípios, os integrantes das campanhas comemoram a presença do ex-presidente e estão seguros de que surtirá um efeito positivo para os candidatos. Em Palmas, Bolsonaro é esperado com bastante ânimo pela equipe de Janad Valcari (PL), que tentará vencer Eduardo Siqueira (Podemos). A capital também votou pela reeleição do candidato do PL (60,32%).

Em João Pessoa, apesar de Bolsonaro ter perdido, a margem pequena - 49,90% a 50,10% - encoraja a campanha a aceitar a visita do ex-presidente. A eleição na capital paraibana é simbólica para Bolsonaro, que lançou seu ex-ministro da Saúde Marcelo Queiroga (PL) ao pleito. A estratégia de Queiroga para enfrentar o atual prefeito, Cícero Lucena (PP), é ressaltar a prisão da primeira-dama da cidade, Maria Lauremília Lucena, investigada por ter suposta ligação com um esquema de coação violenta de eleitores em troca de apoio político que teria a participação da facção Nova Okaida.

Já nas regiões em que Bolsonaro perdeu para Lula, a rejeição do ex-presidente tem pautado as discussões entre integrantes das campanhas. Apesar de haver o convite para que Bolsonaro visite as capitais, a análise é de que ele poderia afastar o eleitorado. Em Fortaleza, correligionários se dividem entre acreditar que Bolsonaro pode ajudar André Fernandes e dosar as aparições do ex-presidente na cidade onde a esquerda tem hegemonia.

As campanhas enxergam a disputa na cidade como uma das mais simbólicas em todo o País, já que Fernandes pode romper décadas de governos de esquerda. O presidente Lula, que também reforçará sua atuação nas agendas dos candidatos, esteve na capital cearense para participar de uma entrega de unidades habitacionais do programa Minha Casa, Minha Vida, na última sexta-feira, 11. O ministro da Educação, Camilo Santana, tirou férias para ajudar na campanha de Evandro Leitão (PT).

Na análise dos integrantes da campanha de Fernandes, o ideal seria apostar no deputado federal Nikolas Ferreira para agitar os votos do eleitorado, principalmente jovem. O deputado federal tem sido o principal cabo eleitoral do PL. Ferreira deve ir a Belém para impulsionar a candidatura do delegado Elder Mauro, que disputa a prefeitura com Igor Normando (MDB). Lá, assim como em Aracajú, o ex-presidente não confirmou agenda.

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Os candidatos do PL que disputaram as eleições municipais nas capitais do País dosaram as aparições do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante a campanha. Para o segundo turno, a expectativa é de que Bolsonaro reforce a presença nas agendas. No entanto, integrantes da sigla têm receio de que a alta rejeição do ex-presidente possa atrapalhar.

O partido disputa o segundo turno em oito capitais: Aracaju (Emília Correa), Belém (Éder Mauro), Belo Horizonte (Bruno Engler), Cuiabá (Abílio), Fortaleza (André Fernandes), Goiânia (Fred Rodrigues), Manaus (Alberto Neto) e Palmas (Janad Valcari).

No primeiro turno, a atuação de Bolsonaro nas campanhas serviu para agrupar os votos da direita fragmentados entre candidatos do mesmo espectro político. Em Fortaleza, a presença do ex-presidente teve como objetivo trazer os votos bolsonaristas que estavam direcionados ao candidato do União Brasil, Capitão Wagner, para André Fernandes (PL).

Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante evento de campanha de Alexandre Ramagem (PL), no Rio de Janeiro. Foto: Bruna Prado

Wagner terminou a corrida eleitoral em quarto lugar com 11,4% dos votos. O candidato do PL foi para o segundo turno à frente do petista Evandro Leitão com uma diferença de 82.131 votos.

Em São Paulo, a aparição - ainda que tímida - de Bolsonaro na campanha de Ricardo Nunes (MDB) teve como objetivo não deixar que o eleitorado de direita migrasse para Pablo Marçal (PRTB), como as pesquisas eleitorais apontavam. Às vésperas da eleição, Nunes aparecia atrás do empresário e influenciador e tinha 34% das intenções de voto dos bolsonaristas enquanto Marçal alcançava 51%.

As estatísticas levaram Bolsonaro a fazer uma live ao lado do candidato a vice na chapa, coronel Mello Araújo (PL), declarando voto no emedebista. Nunes obteve 81.865 votos a mais que Marçal. Na avaliação de integrantes da campanha, a margem estreita mostrou a importância da presença do ex-presidente.

Por outro lado, a imagem do antigo mandatário também serviu para alavancar votos de candidatos do PL ainda desconhecidos. Em Belo Horizonte, o deputado estadual Bruno Engler (PL) contou com o apoio do ex-presidente para apresentá-lo aos eleitores mineiros.

No início da disputa, Engler era desconhecido por 65% dos eleitores, segundo a pesquisa Datafolha divulgada em julho. Em setembro, Bolsonaro participou de um comício ao lado do candidato do PL e do deputado federal Nikolas Ferreira (PL). Engler avançou na disputa em primeiro lugar, com 34,38% dos votos contra 26,54% de Fuad Noman (PSD).

Apesar da participação do ex-presidente, o resultado dos candidatos que tiveram Bolsonaro como cabo eleitoral não foi tão satisfatório como previam. Dos 154 postulantes apoiados oficialmente pelo ex-presidente, 56 nomes venceram no primeiro turno e 26 estarão nas urnas no dia 27 de outubro.

Bolsonaro evita presença em capitais onde foi derrotado em 2022

Para o segundo turno, a presença de Bolsonaro servirá para cristalizar os votos do eleitorado de direita. Embora integrantes do PL apostem que o ex-presidente marcará presença em todos os 23 municípios em que o partido disputa o segundo turno, até o momento, ele tem agendas confirmadas apenas em João Pessoa, Belo Horizonte, São Paulo e Santarém, no Pará.

Capitais onde o ex-presidente obteve mais de 60% dos votos contra o presidente Lula em 2022 são prioridade. Na última sexta-feira, 11, Bolsonaro esteve em Goiânia para apoiar o candidato do PL, Fred Rodrigues que enfrenta Sandro Mabel (União Brasil). Na capital, o ex-presidente venceu o petista por 63,95% contra 39,68% dos votos.

No início desta semana, o ex-presidente também participou de um comício em Cuiabá ao lado de Abílio Brunini (PL), onde Bolsonaro obteve 61,28% dos votos. O candidato disputa o segundo turno contra Lúdio Cabral (PT). Em seguida, o principal padrinho político do PL viajou para Manaus e acompanhou uma motociata de Alberto Neto (PL). No município, 61,5% dos eleitores escolheram Bolsonaro nas eleições presidenciais. Neto enfrentará David Almeida (Avante).

Nesses municípios, os integrantes das campanhas comemoram a presença do ex-presidente e estão seguros de que surtirá um efeito positivo para os candidatos. Em Palmas, Bolsonaro é esperado com bastante ânimo pela equipe de Janad Valcari (PL), que tentará vencer Eduardo Siqueira (Podemos). A capital também votou pela reeleição do candidato do PL (60,32%).

Em João Pessoa, apesar de Bolsonaro ter perdido, a margem pequena - 49,90% a 50,10% - encoraja a campanha a aceitar a visita do ex-presidente. A eleição na capital paraibana é simbólica para Bolsonaro, que lançou seu ex-ministro da Saúde Marcelo Queiroga (PL) ao pleito. A estratégia de Queiroga para enfrentar o atual prefeito, Cícero Lucena (PP), é ressaltar a prisão da primeira-dama da cidade, Maria Lauremília Lucena, investigada por ter suposta ligação com um esquema de coação violenta de eleitores em troca de apoio político que teria a participação da facção Nova Okaida.

Já nas regiões em que Bolsonaro perdeu para Lula, a rejeição do ex-presidente tem pautado as discussões entre integrantes das campanhas. Apesar de haver o convite para que Bolsonaro visite as capitais, a análise é de que ele poderia afastar o eleitorado. Em Fortaleza, correligionários se dividem entre acreditar que Bolsonaro pode ajudar André Fernandes e dosar as aparições do ex-presidente na cidade onde a esquerda tem hegemonia.

As campanhas enxergam a disputa na cidade como uma das mais simbólicas em todo o País, já que Fernandes pode romper décadas de governos de esquerda. O presidente Lula, que também reforçará sua atuação nas agendas dos candidatos, esteve na capital cearense para participar de uma entrega de unidades habitacionais do programa Minha Casa, Minha Vida, na última sexta-feira, 11. O ministro da Educação, Camilo Santana, tirou férias para ajudar na campanha de Evandro Leitão (PT).

Na análise dos integrantes da campanha de Fernandes, o ideal seria apostar no deputado federal Nikolas Ferreira para agitar os votos do eleitorado, principalmente jovem. O deputado federal tem sido o principal cabo eleitoral do PL. Ferreira deve ir a Belém para impulsionar a candidatura do delegado Elder Mauro, que disputa a prefeitura com Igor Normando (MDB). Lá, assim como em Aracajú, o ex-presidente não confirmou agenda.

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