Candidaturas ligadas a militares e a forças de segurança crescem 27%


Informações do TSE apontam que 2.030 nomes estarão nas urnas neste ano ante 1.598 registrados nas eleições de 2018

Por Cecília do Lago
Atualização:

A onda de militares entrando na política partidária está mais intensa em 2022. Candidaturas que explicitamente se anunciam como militares, membros das forças de segurança, ou que fazem alusão ao militarismo em seus nomes de urna aumentaram 27% desde as últimas eleições. Passaram de 1.598 em 2018 para 2.030 em 2022, segundo dados das candidaturas cadastradas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Os números podem sofrer atualizações.

O levantamento do Estadão também fez a comparação com 2014. Naquela eleição havia 1.205 dessas candidaturas que aludem ao militarismo. Com a onda bolsonarista de 2018, eles passaram por um incremento de 32,7%. Em 2022, segue a tendência de alta. Em oito anos, o crescimento acumulado foi de 68,4%.

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O Estado com mais candidatos do militarismo é o Rio de Janeiro, domicílio eleitoral do presidente Jair Bolsonaro (PL), com 275 nomes. Em 2014, quem liderava era o Distrito Federal, sede das Forças Armadas e com maior prevalência dos servidores militares frente ao total da população. Hoje, o DF registra 99 dessas candidaturas, uma queda de 55%, mais da metade.

Bolsonaro ao lado do general Braga Netto, escolhido como vice na chapa que disputa a reeleição ao Planalto Foto: Gabriela Biló/Estadão - 22/7/2021

O crescimento do número de candidaturas “militarizadas” acompanha o foco cada vez maior do governo Bolsonaro na pauta. Seu partido, o PL, hoje abriga 233 dessas candidaturas, mas nas últimas duas eleições gerais não teve nenhuma.

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A expansão dos militares ocorreu em todos os cargos. Os governadores foram um em 2014, nove em 2018 e, agora, 14 em 2022. Houve um aumento de 72% da presença de militares disputando as cadeiras da Câmara.

O Estadão coletou todas as candidaturas que, em seu nome de urna, contivessem uma patente militar, policial, bombeiro, policial civil ou alusão a forças de segurança e suas siglas e grafias variantes. Também coletou todos aqueles que declararam essas profissões como ocupação no momento de registrar a ficha no TSE.

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CACs

O crescimento do número de candidatos vinculados às forças de segurança acompanha um investimento cada vez maior do governo Bolsonaro nessa pauta. Como mostrou o Estadão, na Câmara dos Deputados, bolsonaristas querem ampliar o porte de armas para servidores públicos e afrouxar regras para aquisição de armamento por colecionadores, atiradores e caçadores (CACs).

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Apesar do esforço, a pauta armamentista pouco avançou no Congresso, e parte das propostas emperrou em comissões ou foi engavetada. Sem sucesso na via legislativa, o presidente investiu em decretos e portarias para afrouxar a regra e ampliar o acesso a armas e munições no País.

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O presidente Jair Bolsonaro e o ex-presidente Lula compareceram na posse do ministro Alexandre de Moraes como presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A onda de militares entrando na política partidária está mais intensa em 2022. Candidaturas que explicitamente se anunciam como militares, membros das forças de segurança, ou que fazem alusão ao militarismo em seus nomes de urna aumentaram 27% desde as últimas eleições. Passaram de 1.598 em 2018 para 2.030 em 2022, segundo dados das candidaturas cadastradas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Os números podem sofrer atualizações.

O levantamento do Estadão também fez a comparação com 2014. Naquela eleição havia 1.205 dessas candidaturas que aludem ao militarismo. Com a onda bolsonarista de 2018, eles passaram por um incremento de 32,7%. Em 2022, segue a tendência de alta. Em oito anos, o crescimento acumulado foi de 68,4%.

O Estado com mais candidatos do militarismo é o Rio de Janeiro, domicílio eleitoral do presidente Jair Bolsonaro (PL), com 275 nomes. Em 2014, quem liderava era o Distrito Federal, sede das Forças Armadas e com maior prevalência dos servidores militares frente ao total da população. Hoje, o DF registra 99 dessas candidaturas, uma queda de 55%, mais da metade.

Bolsonaro ao lado do general Braga Netto, escolhido como vice na chapa que disputa a reeleição ao Planalto Foto: Gabriela Biló/Estadão - 22/7/2021

O crescimento do número de candidaturas “militarizadas” acompanha o foco cada vez maior do governo Bolsonaro na pauta. Seu partido, o PL, hoje abriga 233 dessas candidaturas, mas nas últimas duas eleições gerais não teve nenhuma.

A expansão dos militares ocorreu em todos os cargos. Os governadores foram um em 2014, nove em 2018 e, agora, 14 em 2022. Houve um aumento de 72% da presença de militares disputando as cadeiras da Câmara.

O Estadão coletou todas as candidaturas que, em seu nome de urna, contivessem uma patente militar, policial, bombeiro, policial civil ou alusão a forças de segurança e suas siglas e grafias variantes. Também coletou todos aqueles que declararam essas profissões como ocupação no momento de registrar a ficha no TSE.

CACs

O crescimento do número de candidatos vinculados às forças de segurança acompanha um investimento cada vez maior do governo Bolsonaro nessa pauta. Como mostrou o Estadão, na Câmara dos Deputados, bolsonaristas querem ampliar o porte de armas para servidores públicos e afrouxar regras para aquisição de armamento por colecionadores, atiradores e caçadores (CACs).

Apesar do esforço, a pauta armamentista pouco avançou no Congresso, e parte das propostas emperrou em comissões ou foi engavetada. Sem sucesso na via legislativa, o presidente investiu em decretos e portarias para afrouxar a regra e ampliar o acesso a armas e munições no País.

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O presidente Jair Bolsonaro e o ex-presidente Lula compareceram na posse do ministro Alexandre de Moraes como presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A onda de militares entrando na política partidária está mais intensa em 2022. Candidaturas que explicitamente se anunciam como militares, membros das forças de segurança, ou que fazem alusão ao militarismo em seus nomes de urna aumentaram 27% desde as últimas eleições. Passaram de 1.598 em 2018 para 2.030 em 2022, segundo dados das candidaturas cadastradas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Os números podem sofrer atualizações.

O levantamento do Estadão também fez a comparação com 2014. Naquela eleição havia 1.205 dessas candidaturas que aludem ao militarismo. Com a onda bolsonarista de 2018, eles passaram por um incremento de 32,7%. Em 2022, segue a tendência de alta. Em oito anos, o crescimento acumulado foi de 68,4%.

O Estado com mais candidatos do militarismo é o Rio de Janeiro, domicílio eleitoral do presidente Jair Bolsonaro (PL), com 275 nomes. Em 2014, quem liderava era o Distrito Federal, sede das Forças Armadas e com maior prevalência dos servidores militares frente ao total da população. Hoje, o DF registra 99 dessas candidaturas, uma queda de 55%, mais da metade.

Bolsonaro ao lado do general Braga Netto, escolhido como vice na chapa que disputa a reeleição ao Planalto Foto: Gabriela Biló/Estadão - 22/7/2021

O crescimento do número de candidaturas “militarizadas” acompanha o foco cada vez maior do governo Bolsonaro na pauta. Seu partido, o PL, hoje abriga 233 dessas candidaturas, mas nas últimas duas eleições gerais não teve nenhuma.

A expansão dos militares ocorreu em todos os cargos. Os governadores foram um em 2014, nove em 2018 e, agora, 14 em 2022. Houve um aumento de 72% da presença de militares disputando as cadeiras da Câmara.

O Estadão coletou todas as candidaturas que, em seu nome de urna, contivessem uma patente militar, policial, bombeiro, policial civil ou alusão a forças de segurança e suas siglas e grafias variantes. Também coletou todos aqueles que declararam essas profissões como ocupação no momento de registrar a ficha no TSE.

CACs

O crescimento do número de candidatos vinculados às forças de segurança acompanha um investimento cada vez maior do governo Bolsonaro nessa pauta. Como mostrou o Estadão, na Câmara dos Deputados, bolsonaristas querem ampliar o porte de armas para servidores públicos e afrouxar regras para aquisição de armamento por colecionadores, atiradores e caçadores (CACs).

Apesar do esforço, a pauta armamentista pouco avançou no Congresso, e parte das propostas emperrou em comissões ou foi engavetada. Sem sucesso na via legislativa, o presidente investiu em decretos e portarias para afrouxar a regra e ampliar o acesso a armas e munições no País.

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