O cenário eleitoral em seis capitais está indefinido às vésperas deste segundo turno da disputa pelo comando das prefeituras, segundo os levantamentos mais recentes dos principais institutos de pesquisa do País. Em Campo Grande (MS), Manaus (AM), Palmas (TO) e Porto Velho (RO), embora um dos adversários esteja numericamente à frente, os candidatos estão empatados tecnicamente.
Em outras duas, Belo Horizonte (MG) e Fortaleza (CE), além do empate, a possibilidade é de uma reviravolta: o candidato que terminou a primeira etapa do pleito atrás, agora acumula numericamente mais intenções de voto do que o adversário. O segundo turno ocorre em 51 cidades do País, sendo 15 capitais.
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Em Campo Grande (MS), uma das capitais do agronegócio brasileiro, a atual prefeita Adriane Lopes (PP) tem 42% das intenções de voto, conforme o último levantamento da Quaest, divulgado na quarta-feira, 16. A ex-deputada federal Rose Modesto (União) aparece com 39%. A margem de erro do levantamento é de três pontos porcentuais. Adriane teve 31,67% dos votos válidos no primeiro turno, enquanto Rose, 29,56%, uma diferença de menos de 10 mil votos.
A disputa em Manaus, capital do Amazonas, está ainda mais apertada. Segundo o levantamento mais recente do Paraná Pesquisas, divulgado na terça-feira, 22, o atual prefeito, David Almeida (Avante), tem 46% das intenções de voto, enquanto o adversário, o deputado federal Capitão Alberto Neto (PL), 45,5%. A margem de erro do levantamento é de 3,5 pontos porcentuais.
Em Palmas, no Tocantins, o cenário eleitoral do segundo turno, conforme pesquisa mais recente do instituto Real Time Big Data, de terça-feira, 22, mostra que a deputada estadual Janad Valcari (PL) tem 45% das intenções de voto e o ex-prefeito Eduardo Siqueira Campos (Podemos), 43%. Com a margem de erro de três pontos porcentuais, os dois seguem empatados na disputa.
No primeiro turno, Janad saiu com 39,22% dos votos válidos das urnas, e o adversário com 32,42% – uma diferença de 10.782 votos.
Com apenas um ponto porcentual de diferença entre os dois candidatos, o cenário de Porto Velho também segue indefinido. A pesquisa Quaest divulgada na última sexta-feira, 18, aponta a ex-deputada federal Mariana Carvalho (União) com 43% das intenções de voto e o ex-deputado federal Léo Moraes (Podemos) com 42%. A margem é de 3,7 pontos. Mariana terminou o primeiro turno com 111.329 votos, que representam 44,53%, ante 25,65% do adversário.
Os resultados das pesquisas mais recentes em duas capitais, Belo Horizonte e Fortaleza, indicam um cenário oposto ao resultado do primeiro turno. Ou seja, quem terminou em segundo lugar, agora aparece liderando numericamente as pesquisas.
No primeiro turno na capital mineira, o deputado estadual Bruno Engler (PL) teve 435.853 votos (34,38% dos votos válidos), enquanto o prefeito e candidato à reeleição, Fuad Noman (PSD), 336.442 votos (26,54%).
Segundo a pesquisa mais recente Quaest, divulgada nesta quarta-feira, 23, Fuad é quem aparece numericamente à frente agora, com 46% das intenções de voto, contra 40% do bolsonarista. A margem de erro é de três pontos porcentuais para mais ou para menos.
Na capital do Ceará, Fortaleza, a última pesquisa Quaest também sinaliza empate técnico a quatro dias do segundo turno. O levantamento divulgado nesta quarta, 23, aponta Evandro Leitão (PT), com 44% de preferência, e André Fernandes (PL), com 42%.
No primeiro turno, Evandro Leitão terminou em segundo, com 34,33% dos votos válidos, enquanto Fernandes fez 40,20% – 82.131 votos a mais.
Como mostrou a Coluna do Estadão, a eleição da cidade também influencia o futuro comando nacional do PT, uma vez que uma possível vitória na capital vai virar capital político para alavancar o nome do líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), como preferido na sucessão.
Já em Goiânia, outra capital do agronegócio, apenas um décimo não coloca os dois adversários, o ex-deputado federal Sandro Mabel (União) e o ex-deputado estadual Fred Rodrigues (PL), em empate técnico.
Apesar da pequena diferença apontada na pesquisa Atlas desta terça, 22, de 50,7% para Mabel e 46,6% para Rodrigues, os números são inversos à posição em que os candidatos terminaram o primeiro turno – o candidato do PL fez 31,14% dos votos válidos, enquanto o concorrente, que agora lidera as intenções de voto, 27,66%.