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Opinião|Haddad viaja e o chá revelação do corte de gastos do governo azeda


Ministros colocam a campanha de propaganda na rua para tentar acalmar o dólar nervoso ante a proposta de reformar o Imposto de Renda sem compensações críveis

Por Carlos Andreazza

Fernando Haddad viaja. O corte de gastos fica. O ministro vai à Europa. O pacote espera. Na hipótese de que (já) exista, talvez – otimismo – decante. O chá revelação maturando.

Haddad já dissera que não haveria prazo para divulgar o conjunto. O chá revelação sem agenda. O mercado reagiu mal. Fazenda e Planejamento puseram influente blitz de comunicação na pista, prometeram o troço com urgência – e nada. Donde o mau humor. O chá revelação azedado.

Fernando Haddad viaja para a Europa enquanto governo adia anúncio sobre corte de gastos para cumprir arcabouço Foto: Wilton Junior/Estadão
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Veio, então, a conversa de convergência. Para (tentar) aliviar. O papo de harmonia com a Casa Civil – um advento. Rui Costa, a antessala de Lula, de súbito fechado com o programa do – perdão pelo oximoro – fiscalismo petista. Alinhamento de astros que fez (ao menos vendeu) a luz. Havendo concordância, ora, a lista de medidas seria apresentada na semana que vem.

O chá revelação marcado. Seria, pois, sem Haddad. É improvável. O chá revelação no telhado.

Contra informações desencontradas e os estímulos contraditórios, a memória. Botaram a campanha de propaganda na rua – apregoando o pacote consistente de corte de gastos – à espera de acalmar o dólar nervoso ante a até então prioridade do governo para este fim de ano: reformar o Imposto de Renda na porção relativa a isentar os que ganham até R$ 5 mil. Contratava-se a renúncia – o rombo arrecadatório – sem respostas compensatórias críveis.

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O mar ficou revolto. Dispararam a promessa de cortar gastos para valer. Que não estava no horizonte. Que foi ignorada. O dólar mordendo como se não houvesse. O governo captando dinheiro a custo altíssimo. Não ignorada a dificuldade para se colocar de pé algo capaz de ao menos enganar.

O governo pente-fino e reativo prometera um corte de gastos estruturais de entre R$ 30 bilhões e R$ 50 bilhões.

Desde o anúncio de que viria um anúncio de medidas para austeridade fiscal, combinaram-se improviso, mistério e blindagem. Haddad e Simone Tebet, formulando o bicho clandestinamente, blindaram o pacote. Contra quem se o blinda?

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Esta foi uma semana de reuniões destinadas a convencer Lula – ou lhe preparar o convencimento – sobre a necessidade de cortar despesas. Há versões para todos os gostos. Até agora incerto se o presidente já terá visto o cardápio de ações, sobre o qual poderia exercer o poder de veto, ou se ainda estão lhe amaciando o terreno, fazendo-lhe preliminarmente a cabeça em prol dum conceito – para só então lhe mostrarem a cousa.

Improviso, mistério e blindagem comunicam e fazem preço. Os rapapés todos, a atividade clandestina, a bateção de cabeças – todas essas prevenções e confusões para encontrar hora e forma de falar com Lula fazem comunicação e preço. E ainda nem passaram do Luiz Marinho.

Fernando Haddad viaja. O corte de gastos fica. O ministro vai à Europa. O pacote espera. Na hipótese de que (já) exista, talvez – otimismo – decante. O chá revelação maturando.

Haddad já dissera que não haveria prazo para divulgar o conjunto. O chá revelação sem agenda. O mercado reagiu mal. Fazenda e Planejamento puseram influente blitz de comunicação na pista, prometeram o troço com urgência – e nada. Donde o mau humor. O chá revelação azedado.

Fernando Haddad viaja para a Europa enquanto governo adia anúncio sobre corte de gastos para cumprir arcabouço Foto: Wilton Junior/Estadão

Veio, então, a conversa de convergência. Para (tentar) aliviar. O papo de harmonia com a Casa Civil – um advento. Rui Costa, a antessala de Lula, de súbito fechado com o programa do – perdão pelo oximoro – fiscalismo petista. Alinhamento de astros que fez (ao menos vendeu) a luz. Havendo concordância, ora, a lista de medidas seria apresentada na semana que vem.

O chá revelação marcado. Seria, pois, sem Haddad. É improvável. O chá revelação no telhado.

Contra informações desencontradas e os estímulos contraditórios, a memória. Botaram a campanha de propaganda na rua – apregoando o pacote consistente de corte de gastos – à espera de acalmar o dólar nervoso ante a até então prioridade do governo para este fim de ano: reformar o Imposto de Renda na porção relativa a isentar os que ganham até R$ 5 mil. Contratava-se a renúncia – o rombo arrecadatório – sem respostas compensatórias críveis.

O mar ficou revolto. Dispararam a promessa de cortar gastos para valer. Que não estava no horizonte. Que foi ignorada. O dólar mordendo como se não houvesse. O governo captando dinheiro a custo altíssimo. Não ignorada a dificuldade para se colocar de pé algo capaz de ao menos enganar.

O governo pente-fino e reativo prometera um corte de gastos estruturais de entre R$ 30 bilhões e R$ 50 bilhões.

Desde o anúncio de que viria um anúncio de medidas para austeridade fiscal, combinaram-se improviso, mistério e blindagem. Haddad e Simone Tebet, formulando o bicho clandestinamente, blindaram o pacote. Contra quem se o blinda?

Esta foi uma semana de reuniões destinadas a convencer Lula – ou lhe preparar o convencimento – sobre a necessidade de cortar despesas. Há versões para todos os gostos. Até agora incerto se o presidente já terá visto o cardápio de ações, sobre o qual poderia exercer o poder de veto, ou se ainda estão lhe amaciando o terreno, fazendo-lhe preliminarmente a cabeça em prol dum conceito – para só então lhe mostrarem a cousa.

Improviso, mistério e blindagem comunicam e fazem preço. Os rapapés todos, a atividade clandestina, a bateção de cabeças – todas essas prevenções e confusões para encontrar hora e forma de falar com Lula fazem comunicação e preço. E ainda nem passaram do Luiz Marinho.

Fernando Haddad viaja. O corte de gastos fica. O ministro vai à Europa. O pacote espera. Na hipótese de que (já) exista, talvez – otimismo – decante. O chá revelação maturando.

Haddad já dissera que não haveria prazo para divulgar o conjunto. O chá revelação sem agenda. O mercado reagiu mal. Fazenda e Planejamento puseram influente blitz de comunicação na pista, prometeram o troço com urgência – e nada. Donde o mau humor. O chá revelação azedado.

Fernando Haddad viaja para a Europa enquanto governo adia anúncio sobre corte de gastos para cumprir arcabouço Foto: Wilton Junior/Estadão

Veio, então, a conversa de convergência. Para (tentar) aliviar. O papo de harmonia com a Casa Civil – um advento. Rui Costa, a antessala de Lula, de súbito fechado com o programa do – perdão pelo oximoro – fiscalismo petista. Alinhamento de astros que fez (ao menos vendeu) a luz. Havendo concordância, ora, a lista de medidas seria apresentada na semana que vem.

O chá revelação marcado. Seria, pois, sem Haddad. É improvável. O chá revelação no telhado.

Contra informações desencontradas e os estímulos contraditórios, a memória. Botaram a campanha de propaganda na rua – apregoando o pacote consistente de corte de gastos – à espera de acalmar o dólar nervoso ante a até então prioridade do governo para este fim de ano: reformar o Imposto de Renda na porção relativa a isentar os que ganham até R$ 5 mil. Contratava-se a renúncia – o rombo arrecadatório – sem respostas compensatórias críveis.

O mar ficou revolto. Dispararam a promessa de cortar gastos para valer. Que não estava no horizonte. Que foi ignorada. O dólar mordendo como se não houvesse. O governo captando dinheiro a custo altíssimo. Não ignorada a dificuldade para se colocar de pé algo capaz de ao menos enganar.

O governo pente-fino e reativo prometera um corte de gastos estruturais de entre R$ 30 bilhões e R$ 50 bilhões.

Desde o anúncio de que viria um anúncio de medidas para austeridade fiscal, combinaram-se improviso, mistério e blindagem. Haddad e Simone Tebet, formulando o bicho clandestinamente, blindaram o pacote. Contra quem se o blinda?

Esta foi uma semana de reuniões destinadas a convencer Lula – ou lhe preparar o convencimento – sobre a necessidade de cortar despesas. Há versões para todos os gostos. Até agora incerto se o presidente já terá visto o cardápio de ações, sobre o qual poderia exercer o poder de veto, ou se ainda estão lhe amaciando o terreno, fazendo-lhe preliminarmente a cabeça em prol dum conceito – para só então lhe mostrarem a cousa.

Improviso, mistério e blindagem comunicam e fazem preço. Os rapapés todos, a atividade clandestina, a bateção de cabeças – todas essas prevenções e confusões para encontrar hora e forma de falar com Lula fazem comunicação e preço. E ainda nem passaram do Luiz Marinho.

Fernando Haddad viaja. O corte de gastos fica. O ministro vai à Europa. O pacote espera. Na hipótese de que (já) exista, talvez – otimismo – decante. O chá revelação maturando.

Haddad já dissera que não haveria prazo para divulgar o conjunto. O chá revelação sem agenda. O mercado reagiu mal. Fazenda e Planejamento puseram influente blitz de comunicação na pista, prometeram o troço com urgência – e nada. Donde o mau humor. O chá revelação azedado.

Fernando Haddad viaja para a Europa enquanto governo adia anúncio sobre corte de gastos para cumprir arcabouço Foto: Wilton Junior/Estadão

Veio, então, a conversa de convergência. Para (tentar) aliviar. O papo de harmonia com a Casa Civil – um advento. Rui Costa, a antessala de Lula, de súbito fechado com o programa do – perdão pelo oximoro – fiscalismo petista. Alinhamento de astros que fez (ao menos vendeu) a luz. Havendo concordância, ora, a lista de medidas seria apresentada na semana que vem.

O chá revelação marcado. Seria, pois, sem Haddad. É improvável. O chá revelação no telhado.

Contra informações desencontradas e os estímulos contraditórios, a memória. Botaram a campanha de propaganda na rua – apregoando o pacote consistente de corte de gastos – à espera de acalmar o dólar nervoso ante a até então prioridade do governo para este fim de ano: reformar o Imposto de Renda na porção relativa a isentar os que ganham até R$ 5 mil. Contratava-se a renúncia – o rombo arrecadatório – sem respostas compensatórias críveis.

O mar ficou revolto. Dispararam a promessa de cortar gastos para valer. Que não estava no horizonte. Que foi ignorada. O dólar mordendo como se não houvesse. O governo captando dinheiro a custo altíssimo. Não ignorada a dificuldade para se colocar de pé algo capaz de ao menos enganar.

O governo pente-fino e reativo prometera um corte de gastos estruturais de entre R$ 30 bilhões e R$ 50 bilhões.

Desde o anúncio de que viria um anúncio de medidas para austeridade fiscal, combinaram-se improviso, mistério e blindagem. Haddad e Simone Tebet, formulando o bicho clandestinamente, blindaram o pacote. Contra quem se o blinda?

Esta foi uma semana de reuniões destinadas a convencer Lula – ou lhe preparar o convencimento – sobre a necessidade de cortar despesas. Há versões para todos os gostos. Até agora incerto se o presidente já terá visto o cardápio de ações, sobre o qual poderia exercer o poder de veto, ou se ainda estão lhe amaciando o terreno, fazendo-lhe preliminarmente a cabeça em prol dum conceito – para só então lhe mostrarem a cousa.

Improviso, mistério e blindagem comunicam e fazem preço. Os rapapés todos, a atividade clandestina, a bateção de cabeças – todas essas prevenções e confusões para encontrar hora e forma de falar com Lula fazem comunicação e preço. E ainda nem passaram do Luiz Marinho.

Opinião por Carlos Andreazza

Andreazza foi colunista do jornal O Globo e âncora da Rádio CBN Rio, além de ter colaborado com a Rádio BandNews e com o Grupo Jovem Pan. Formado em jornalismo pela PUC-Rio, escreve às segundas e sextas.

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