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Opinião|O governo de Cláudio Castro acabou sem ter começado


Há limites para até onde o esforço de comunicação-propaganda consegue ocultar a incompetência. Ninguém governa com Dr. Luizinho, Washington Reis e Flávio Bolsonaro sem consequências

Por Carlos Andreazza

O governo Cláudio Castro, do Rio de Janeiro, acabou. Acabou sem ter começado, mantido enganando enquanto havia dinheiros da concessão da Cedae e, sobretudo, por influente (e cara) campanha de, digamos, comunicação.

A casa cai de vez quando se descobre que o Estado entregou a um laboratório safado — empresa de parente do ex-secretário de Saúde, padrinho da atual secretária — o contrato para testar a saúde de órgãos a serem transplantados. Transplantados, afinal, órgãos infectados com HIV.

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL) Foto: Pedro Kirilos/Estadão
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O governador tendo sido informado sobre essa barbárie — segundo ele mesmo — no mesmo dia que a imprensa, quase um mês depois de a secretária que sustenta intocável haver tomado conhecimento da tragédia. Exemplo de autoridade.

Especula-se sobre o que se fez nesse quase mês até que governador fraco e sociedade traída soubessem do que se passara. E, depois, sobre o que se terá feito, por dentro, nos dez dias até que a diretoria da Fundação Saúde entregasse os cargos.

Há limites para até onde o esforço de comunicação-propaganda consegue ocultar a — o cronista está generoso hoje — incompetência. Ninguém governa com Dr. Luizinho, Washington Reis e Flávio Bolsonaro sem consequências. Ninguém lhes entrega em vão Saúde, Transportes e Segurança de um Estado problemático que cumpre indigentemente suas obrigações. O ruim piora.

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Piora assim. Na forma de organização criminosa, Povo de Israel, que nasce, cresce e atua dentro dos presídios. Protegida pelo estado. Comunicando-se livremente — com sinais de telefonia e internet liberados — com o exterior.

Antes este governo sem identidade operasse enxugando gelo somente. Opera sem planejamento, sem inteligência, sem calcular reações, para que afinal um cidadão inocente morresse — com balaço na cabeça — a caminho do trabalho.

Saldo da irresponsabilidade de quinta: um preso e duas granadas apreendidas. Saldo eterno: três trabalhadores mortos. Intervenção policial desaparelhada, tecnicamente indefensável, às margens da Avenida Brasil, em horário máximo de circulação de pessoas, para então o Estado recuar, fugir, expostos ao improviso também os policiais — o Estado derrotado.

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Reeleito em 2022, vendendo saúde fiscal maquiada, o governador teve um outubro de 24 para que não restassem dúvidas: acabou. Faltando-lhe ainda dois anos e dois meses, acabou. Agora é feira.

Agora é xepa. Intensificação da xepa. Aprofundamento-aceleração da partilha dos restos. Multiplicadas e distribuídas secretarias àqueles que poderão dar a Castro condições mínimas de sobreviver.

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Sobrevivência lato sensu, para além da política. Sobrevida entendida nos termos do que tem sido o destino frequente de governantes no Rio de Janeiro.

O governo Cláudio Castro, do Rio de Janeiro, acabou. Acabou sem ter começado, mantido enganando enquanto havia dinheiros da concessão da Cedae e, sobretudo, por influente (e cara) campanha de, digamos, comunicação.

A casa cai de vez quando se descobre que o Estado entregou a um laboratório safado — empresa de parente do ex-secretário de Saúde, padrinho da atual secretária — o contrato para testar a saúde de órgãos a serem transplantados. Transplantados, afinal, órgãos infectados com HIV.

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL) Foto: Pedro Kirilos/Estadão

O governador tendo sido informado sobre essa barbárie — segundo ele mesmo — no mesmo dia que a imprensa, quase um mês depois de a secretária que sustenta intocável haver tomado conhecimento da tragédia. Exemplo de autoridade.

Especula-se sobre o que se fez nesse quase mês até que governador fraco e sociedade traída soubessem do que se passara. E, depois, sobre o que se terá feito, por dentro, nos dez dias até que a diretoria da Fundação Saúde entregasse os cargos.

Há limites para até onde o esforço de comunicação-propaganda consegue ocultar a — o cronista está generoso hoje — incompetência. Ninguém governa com Dr. Luizinho, Washington Reis e Flávio Bolsonaro sem consequências. Ninguém lhes entrega em vão Saúde, Transportes e Segurança de um Estado problemático que cumpre indigentemente suas obrigações. O ruim piora.

Piora assim. Na forma de organização criminosa, Povo de Israel, que nasce, cresce e atua dentro dos presídios. Protegida pelo estado. Comunicando-se livremente — com sinais de telefonia e internet liberados — com o exterior.

Antes este governo sem identidade operasse enxugando gelo somente. Opera sem planejamento, sem inteligência, sem calcular reações, para que afinal um cidadão inocente morresse — com balaço na cabeça — a caminho do trabalho.

Saldo da irresponsabilidade de quinta: um preso e duas granadas apreendidas. Saldo eterno: três trabalhadores mortos. Intervenção policial desaparelhada, tecnicamente indefensável, às margens da Avenida Brasil, em horário máximo de circulação de pessoas, para então o Estado recuar, fugir, expostos ao improviso também os policiais — o Estado derrotado.

Reeleito em 2022, vendendo saúde fiscal maquiada, o governador teve um outubro de 24 para que não restassem dúvidas: acabou. Faltando-lhe ainda dois anos e dois meses, acabou. Agora é feira.

Agora é xepa. Intensificação da xepa. Aprofundamento-aceleração da partilha dos restos. Multiplicadas e distribuídas secretarias àqueles que poderão dar a Castro condições mínimas de sobreviver.

Sobrevivência lato sensu, para além da política. Sobrevida entendida nos termos do que tem sido o destino frequente de governantes no Rio de Janeiro.

O governo Cláudio Castro, do Rio de Janeiro, acabou. Acabou sem ter começado, mantido enganando enquanto havia dinheiros da concessão da Cedae e, sobretudo, por influente (e cara) campanha de, digamos, comunicação.

A casa cai de vez quando se descobre que o Estado entregou a um laboratório safado — empresa de parente do ex-secretário de Saúde, padrinho da atual secretária — o contrato para testar a saúde de órgãos a serem transplantados. Transplantados, afinal, órgãos infectados com HIV.

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL) Foto: Pedro Kirilos/Estadão

O governador tendo sido informado sobre essa barbárie — segundo ele mesmo — no mesmo dia que a imprensa, quase um mês depois de a secretária que sustenta intocável haver tomado conhecimento da tragédia. Exemplo de autoridade.

Especula-se sobre o que se fez nesse quase mês até que governador fraco e sociedade traída soubessem do que se passara. E, depois, sobre o que se terá feito, por dentro, nos dez dias até que a diretoria da Fundação Saúde entregasse os cargos.

Há limites para até onde o esforço de comunicação-propaganda consegue ocultar a — o cronista está generoso hoje — incompetência. Ninguém governa com Dr. Luizinho, Washington Reis e Flávio Bolsonaro sem consequências. Ninguém lhes entrega em vão Saúde, Transportes e Segurança de um Estado problemático que cumpre indigentemente suas obrigações. O ruim piora.

Piora assim. Na forma de organização criminosa, Povo de Israel, que nasce, cresce e atua dentro dos presídios. Protegida pelo estado. Comunicando-se livremente — com sinais de telefonia e internet liberados — com o exterior.

Antes este governo sem identidade operasse enxugando gelo somente. Opera sem planejamento, sem inteligência, sem calcular reações, para que afinal um cidadão inocente morresse — com balaço na cabeça — a caminho do trabalho.

Saldo da irresponsabilidade de quinta: um preso e duas granadas apreendidas. Saldo eterno: três trabalhadores mortos. Intervenção policial desaparelhada, tecnicamente indefensável, às margens da Avenida Brasil, em horário máximo de circulação de pessoas, para então o Estado recuar, fugir, expostos ao improviso também os policiais — o Estado derrotado.

Reeleito em 2022, vendendo saúde fiscal maquiada, o governador teve um outubro de 24 para que não restassem dúvidas: acabou. Faltando-lhe ainda dois anos e dois meses, acabou. Agora é feira.

Agora é xepa. Intensificação da xepa. Aprofundamento-aceleração da partilha dos restos. Multiplicadas e distribuídas secretarias àqueles que poderão dar a Castro condições mínimas de sobreviver.

Sobrevivência lato sensu, para além da política. Sobrevida entendida nos termos do que tem sido o destino frequente de governantes no Rio de Janeiro.

O governo Cláudio Castro, do Rio de Janeiro, acabou. Acabou sem ter começado, mantido enganando enquanto havia dinheiros da concessão da Cedae e, sobretudo, por influente (e cara) campanha de, digamos, comunicação.

A casa cai de vez quando se descobre que o Estado entregou a um laboratório safado — empresa de parente do ex-secretário de Saúde, padrinho da atual secretária — o contrato para testar a saúde de órgãos a serem transplantados. Transplantados, afinal, órgãos infectados com HIV.

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL) Foto: Pedro Kirilos/Estadão

O governador tendo sido informado sobre essa barbárie — segundo ele mesmo — no mesmo dia que a imprensa, quase um mês depois de a secretária que sustenta intocável haver tomado conhecimento da tragédia. Exemplo de autoridade.

Especula-se sobre o que se fez nesse quase mês até que governador fraco e sociedade traída soubessem do que se passara. E, depois, sobre o que se terá feito, por dentro, nos dez dias até que a diretoria da Fundação Saúde entregasse os cargos.

Há limites para até onde o esforço de comunicação-propaganda consegue ocultar a — o cronista está generoso hoje — incompetência. Ninguém governa com Dr. Luizinho, Washington Reis e Flávio Bolsonaro sem consequências. Ninguém lhes entrega em vão Saúde, Transportes e Segurança de um Estado problemático que cumpre indigentemente suas obrigações. O ruim piora.

Piora assim. Na forma de organização criminosa, Povo de Israel, que nasce, cresce e atua dentro dos presídios. Protegida pelo estado. Comunicando-se livremente — com sinais de telefonia e internet liberados — com o exterior.

Antes este governo sem identidade operasse enxugando gelo somente. Opera sem planejamento, sem inteligência, sem calcular reações, para que afinal um cidadão inocente morresse — com balaço na cabeça — a caminho do trabalho.

Saldo da irresponsabilidade de quinta: um preso e duas granadas apreendidas. Saldo eterno: três trabalhadores mortos. Intervenção policial desaparelhada, tecnicamente indefensável, às margens da Avenida Brasil, em horário máximo de circulação de pessoas, para então o Estado recuar, fugir, expostos ao improviso também os policiais — o Estado derrotado.

Reeleito em 2022, vendendo saúde fiscal maquiada, o governador teve um outubro de 24 para que não restassem dúvidas: acabou. Faltando-lhe ainda dois anos e dois meses, acabou. Agora é feira.

Agora é xepa. Intensificação da xepa. Aprofundamento-aceleração da partilha dos restos. Multiplicadas e distribuídas secretarias àqueles que poderão dar a Castro condições mínimas de sobreviver.

Sobrevivência lato sensu, para além da política. Sobrevida entendida nos termos do que tem sido o destino frequente de governantes no Rio de Janeiro.

Opinião por Carlos Andreazza

Andreazza foi colunista do jornal O Globo e âncora da Rádio CBN Rio, além de ter colaborado com a Rádio BandNews e com o Grupo Jovem Pan. Formado em jornalismo pela PUC-Rio, escreve às segundas e sextas.

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