Carlos e Eduardo não vão à convenção de Bolsonaro, assim como presidente do Republicanos e ministros


Ausências chamaram a atenção em meio a clima festivo do ato político que reuniu milhares de pessoas no ginásio do Maracanãzinho

Por Felipe Frazão, Eduardo Gayer, Rayanderson Guerra e Vinicius Neder
Atualização:

RIO DE JANEIRO - Filhos do presidente Jair Bolsonaro (PL), o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) faltaram à convenção nacional do PL que oficializou a candidatura do pai à reeleição neste domingo, 24. Além deles, o presidente nacional do Republicanos, Marcos Pereira, partido que integra a aliança eleitoral do Palácio do Planalto, também se ausentou, algo incomum em convenções nacionais dessa magnitude.

Ministros palacianos da ala militar, Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e Luiz Eduardo Ramos (Secretaria-Geral da Presidência) não foram ao megaevento no Maracanãzinho. Em 2018, Heleno ficou marcado por cantar na convenção bolsonarista o refrão “Se gritar pega Centrão”, associando políticos que hoje apoiam o presidente a ladrões. Um dos fiadores de Bolsonaro junto ao mercado financeiro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, não compareceu, bem como o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira. Em meio ao clima festivo do evento, que reuniu milhares de apoiadores do presidente, as ausências chamaram a atenção.

continua após a publicidade
Jair Bolsonaro entre seu filho Flávio e sua esposa, Michelle. Eduardo e Carlos, também filhos do presidente, não estiveram no evento de lançamento de sua candidatura neste domingo, 24. Foto: Pedro Kirilos/Estadão Conteúdo

Pivô do esquema das rachadinhas, o ex-policial militar e ex-assessor de confiança da família, Fabrício Queiroz, não apareceu à convenção, apesar de ter feito uma convocação aos “patriotas” para lotar o ginásio. Cabos eleitorais de Queiroz, futuro candidato a deputado estadual pelo PTB, circularam no entorno do Maracanãzinho empunhando bandeiras dele. O advogado Frederick Wassef (PL-SP), que deve disputar uma vaga na Câmara, teve espaço no palco.

O presidente Jair Bolsonaro e seu vice em chapa, general Braga Netto, entraram no ginásio acompanhados das esposas e de Flávio Bolsonaro (PL-RJ), senador e um dos coordenadores da campanha do pai. Flávio integra o núcleo político da campanha à reeleição, ao lado de Braga Netto e de nomes como o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, o marqueteiro Duda Lima e José Trabulo, homem de confiança do ministro Ciro Nogueira (Casa Civil).

continua após a publicidade

Os apoiadores do presidente encheram o Maracanãzinho, mas o ginásio não estava lotado. Pelo contrário, havia uma série de assentos não ocupados na arquibancada e espaço na área de militantes mais próxima ao palco, onde foi possível assistir à convenção de pé. O ginásio tem capacidade para 11.800 pessoas sentadas e, pelos cálculos do partido, havia pouco menos de 8 mil no setor. Ao todo, segundo o PL, havia 12 mil pessoas presentes, mas esse cálculo inclui imprensa, prestadores de serviço, membros do partido, políticos e autoridades. As filas começaram antes das 8h da manhã e enquanto o presidente começava a discursar os últimos militantes ainda ingressavam no ginásio.

Um dos momentos mais intensos foram os aplausos ao deputado Daniel Silveira (PL-RJ), ícone da ala ideológica, que foi condenado pelo Supremo e perdoado por Bolsonaro. Ele foi ovacionado, enquanto houve vaias misturadas a aplausos para o senador Romário (PL-RJ) e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Os militantes levaram faixas do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, cartazes contra o Supremo Tribunal Federal e contra a cantora Anitta, que declarou apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato do PT. Integrantes da campanha disseram que o cantor Latino fez contato para se apresentar, mas só os sertanejos Mateus e Cristiano cantaram o jingle “Capitão do Povo”.

Divergências na campanha de Bolsonaro

continua após a publicidade

A ausência dos filhos expõe algumas divergências nos bastidores da campanha. Carlos e Eduardo são mais ligados à base ideológica de apoiadores do presidente. Eles praticamente ignoraram conteúdos sobre a convenção nas redes sociais. A única postagem do vereador relacionada à convenção foi uma resposta ao ex-deputado Jean Wyllys. Dos Estados Unidos, Eduardo compartilhou um link para o evento.

Carlos segue à frente do controle de perfis do presidente, mas tem agora a companhia do publicitário Sérgio Lima na função, que faz a ponte no comitê de campanha. Ele já reclamou publicamente da condução do marketing profissional da campanha, tendo como alvo a equipe de confiança do PL, mas Flávio minimizou a disputa entre eles. Eduardo não tem uma função específica.

continua após a publicidade

Segundo assessores, Marcos Pereira, que é deputado por São Paulo, cumpria agenda no interior do Estado, em cidades como Itapeva. O Estadão apurou que o partido ficou incomodado com o fato de Bolsonaro ter rifado a candidatura da filiada e ex-ministra Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos) ao Senado, no Distrito Federal. No entanto, a sigla ligada à Igreja Universal não deve romper o acordo. “Bolsonaro estará na convenção do Republicanos no próximo sábado e como tinha compromissos agendados aqui resolvi não ir”, disse Pereira.

Como chefe do GSI, Heleno é o responsável pela segurança pessoal do presidente. Ainda mais afastado da campanha, Ramos deve se aproximar da equipe que trabalha com o general Braga Netto, segundo integrantes do comitê.

Entre os ministros atualmente no governo, compareceram Ciro Nogueira (Casa Civil), Marcelo Queiroga (Saúde), Fábio Faria (Comunicações), Célio Faria Junior (Secretaria de Governo), Anderson Torres (Justiça e Segurança Pública), Carlos Brito (Turismo) e Victor Godoy (Educação).

continua após a publicidade

Rifada na formação do palanque bolsonarista do DF, a ex-ministra Damares Alves assistiu à convenção de casa. A pastora evangélica alegou recomendações médicas para evitar viagens. Damares era pré-candidata a senadora, mas recuou após intervenção direta de Bolsonaro, que terá a ex-ministra Flávia Arruda (PL) na disputa em chapa com o governador do DF e pré-candidato à reeleição, Ibaneis Rocha (MDB).

A assessoria de Ramos disse que ele não compareceu por razões familiares. Heleno não comentou o motivo da ausência. Procurados, Carlos e Eduardo Bolsonaro não se manifestaram.

RIO DE JANEIRO - Filhos do presidente Jair Bolsonaro (PL), o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) faltaram à convenção nacional do PL que oficializou a candidatura do pai à reeleição neste domingo, 24. Além deles, o presidente nacional do Republicanos, Marcos Pereira, partido que integra a aliança eleitoral do Palácio do Planalto, também se ausentou, algo incomum em convenções nacionais dessa magnitude.

Ministros palacianos da ala militar, Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e Luiz Eduardo Ramos (Secretaria-Geral da Presidência) não foram ao megaevento no Maracanãzinho. Em 2018, Heleno ficou marcado por cantar na convenção bolsonarista o refrão “Se gritar pega Centrão”, associando políticos que hoje apoiam o presidente a ladrões. Um dos fiadores de Bolsonaro junto ao mercado financeiro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, não compareceu, bem como o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira. Em meio ao clima festivo do evento, que reuniu milhares de apoiadores do presidente, as ausências chamaram a atenção.

Jair Bolsonaro entre seu filho Flávio e sua esposa, Michelle. Eduardo e Carlos, também filhos do presidente, não estiveram no evento de lançamento de sua candidatura neste domingo, 24. Foto: Pedro Kirilos/Estadão Conteúdo

Pivô do esquema das rachadinhas, o ex-policial militar e ex-assessor de confiança da família, Fabrício Queiroz, não apareceu à convenção, apesar de ter feito uma convocação aos “patriotas” para lotar o ginásio. Cabos eleitorais de Queiroz, futuro candidato a deputado estadual pelo PTB, circularam no entorno do Maracanãzinho empunhando bandeiras dele. O advogado Frederick Wassef (PL-SP), que deve disputar uma vaga na Câmara, teve espaço no palco.

O presidente Jair Bolsonaro e seu vice em chapa, general Braga Netto, entraram no ginásio acompanhados das esposas e de Flávio Bolsonaro (PL-RJ), senador e um dos coordenadores da campanha do pai. Flávio integra o núcleo político da campanha à reeleição, ao lado de Braga Netto e de nomes como o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, o marqueteiro Duda Lima e José Trabulo, homem de confiança do ministro Ciro Nogueira (Casa Civil).

Os apoiadores do presidente encheram o Maracanãzinho, mas o ginásio não estava lotado. Pelo contrário, havia uma série de assentos não ocupados na arquibancada e espaço na área de militantes mais próxima ao palco, onde foi possível assistir à convenção de pé. O ginásio tem capacidade para 11.800 pessoas sentadas e, pelos cálculos do partido, havia pouco menos de 8 mil no setor. Ao todo, segundo o PL, havia 12 mil pessoas presentes, mas esse cálculo inclui imprensa, prestadores de serviço, membros do partido, políticos e autoridades. As filas começaram antes das 8h da manhã e enquanto o presidente começava a discursar os últimos militantes ainda ingressavam no ginásio.

Um dos momentos mais intensos foram os aplausos ao deputado Daniel Silveira (PL-RJ), ícone da ala ideológica, que foi condenado pelo Supremo e perdoado por Bolsonaro. Ele foi ovacionado, enquanto houve vaias misturadas a aplausos para o senador Romário (PL-RJ) e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Os militantes levaram faixas do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, cartazes contra o Supremo Tribunal Federal e contra a cantora Anitta, que declarou apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato do PT. Integrantes da campanha disseram que o cantor Latino fez contato para se apresentar, mas só os sertanejos Mateus e Cristiano cantaram o jingle “Capitão do Povo”.

Divergências na campanha de Bolsonaro

A ausência dos filhos expõe algumas divergências nos bastidores da campanha. Carlos e Eduardo são mais ligados à base ideológica de apoiadores do presidente. Eles praticamente ignoraram conteúdos sobre a convenção nas redes sociais. A única postagem do vereador relacionada à convenção foi uma resposta ao ex-deputado Jean Wyllys. Dos Estados Unidos, Eduardo compartilhou um link para o evento.

Carlos segue à frente do controle de perfis do presidente, mas tem agora a companhia do publicitário Sérgio Lima na função, que faz a ponte no comitê de campanha. Ele já reclamou publicamente da condução do marketing profissional da campanha, tendo como alvo a equipe de confiança do PL, mas Flávio minimizou a disputa entre eles. Eduardo não tem uma função específica.

Segundo assessores, Marcos Pereira, que é deputado por São Paulo, cumpria agenda no interior do Estado, em cidades como Itapeva. O Estadão apurou que o partido ficou incomodado com o fato de Bolsonaro ter rifado a candidatura da filiada e ex-ministra Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos) ao Senado, no Distrito Federal. No entanto, a sigla ligada à Igreja Universal não deve romper o acordo. “Bolsonaro estará na convenção do Republicanos no próximo sábado e como tinha compromissos agendados aqui resolvi não ir”, disse Pereira.

Como chefe do GSI, Heleno é o responsável pela segurança pessoal do presidente. Ainda mais afastado da campanha, Ramos deve se aproximar da equipe que trabalha com o general Braga Netto, segundo integrantes do comitê.

Entre os ministros atualmente no governo, compareceram Ciro Nogueira (Casa Civil), Marcelo Queiroga (Saúde), Fábio Faria (Comunicações), Célio Faria Junior (Secretaria de Governo), Anderson Torres (Justiça e Segurança Pública), Carlos Brito (Turismo) e Victor Godoy (Educação).

Rifada na formação do palanque bolsonarista do DF, a ex-ministra Damares Alves assistiu à convenção de casa. A pastora evangélica alegou recomendações médicas para evitar viagens. Damares era pré-candidata a senadora, mas recuou após intervenção direta de Bolsonaro, que terá a ex-ministra Flávia Arruda (PL) na disputa em chapa com o governador do DF e pré-candidato à reeleição, Ibaneis Rocha (MDB).

A assessoria de Ramos disse que ele não compareceu por razões familiares. Heleno não comentou o motivo da ausência. Procurados, Carlos e Eduardo Bolsonaro não se manifestaram.

RIO DE JANEIRO - Filhos do presidente Jair Bolsonaro (PL), o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) faltaram à convenção nacional do PL que oficializou a candidatura do pai à reeleição neste domingo, 24. Além deles, o presidente nacional do Republicanos, Marcos Pereira, partido que integra a aliança eleitoral do Palácio do Planalto, também se ausentou, algo incomum em convenções nacionais dessa magnitude.

Ministros palacianos da ala militar, Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e Luiz Eduardo Ramos (Secretaria-Geral da Presidência) não foram ao megaevento no Maracanãzinho. Em 2018, Heleno ficou marcado por cantar na convenção bolsonarista o refrão “Se gritar pega Centrão”, associando políticos que hoje apoiam o presidente a ladrões. Um dos fiadores de Bolsonaro junto ao mercado financeiro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, não compareceu, bem como o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira. Em meio ao clima festivo do evento, que reuniu milhares de apoiadores do presidente, as ausências chamaram a atenção.

Jair Bolsonaro entre seu filho Flávio e sua esposa, Michelle. Eduardo e Carlos, também filhos do presidente, não estiveram no evento de lançamento de sua candidatura neste domingo, 24. Foto: Pedro Kirilos/Estadão Conteúdo

Pivô do esquema das rachadinhas, o ex-policial militar e ex-assessor de confiança da família, Fabrício Queiroz, não apareceu à convenção, apesar de ter feito uma convocação aos “patriotas” para lotar o ginásio. Cabos eleitorais de Queiroz, futuro candidato a deputado estadual pelo PTB, circularam no entorno do Maracanãzinho empunhando bandeiras dele. O advogado Frederick Wassef (PL-SP), que deve disputar uma vaga na Câmara, teve espaço no palco.

O presidente Jair Bolsonaro e seu vice em chapa, general Braga Netto, entraram no ginásio acompanhados das esposas e de Flávio Bolsonaro (PL-RJ), senador e um dos coordenadores da campanha do pai. Flávio integra o núcleo político da campanha à reeleição, ao lado de Braga Netto e de nomes como o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, o marqueteiro Duda Lima e José Trabulo, homem de confiança do ministro Ciro Nogueira (Casa Civil).

Os apoiadores do presidente encheram o Maracanãzinho, mas o ginásio não estava lotado. Pelo contrário, havia uma série de assentos não ocupados na arquibancada e espaço na área de militantes mais próxima ao palco, onde foi possível assistir à convenção de pé. O ginásio tem capacidade para 11.800 pessoas sentadas e, pelos cálculos do partido, havia pouco menos de 8 mil no setor. Ao todo, segundo o PL, havia 12 mil pessoas presentes, mas esse cálculo inclui imprensa, prestadores de serviço, membros do partido, políticos e autoridades. As filas começaram antes das 8h da manhã e enquanto o presidente começava a discursar os últimos militantes ainda ingressavam no ginásio.

Um dos momentos mais intensos foram os aplausos ao deputado Daniel Silveira (PL-RJ), ícone da ala ideológica, que foi condenado pelo Supremo e perdoado por Bolsonaro. Ele foi ovacionado, enquanto houve vaias misturadas a aplausos para o senador Romário (PL-RJ) e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Os militantes levaram faixas do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, cartazes contra o Supremo Tribunal Federal e contra a cantora Anitta, que declarou apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato do PT. Integrantes da campanha disseram que o cantor Latino fez contato para se apresentar, mas só os sertanejos Mateus e Cristiano cantaram o jingle “Capitão do Povo”.

Divergências na campanha de Bolsonaro

A ausência dos filhos expõe algumas divergências nos bastidores da campanha. Carlos e Eduardo são mais ligados à base ideológica de apoiadores do presidente. Eles praticamente ignoraram conteúdos sobre a convenção nas redes sociais. A única postagem do vereador relacionada à convenção foi uma resposta ao ex-deputado Jean Wyllys. Dos Estados Unidos, Eduardo compartilhou um link para o evento.

Carlos segue à frente do controle de perfis do presidente, mas tem agora a companhia do publicitário Sérgio Lima na função, que faz a ponte no comitê de campanha. Ele já reclamou publicamente da condução do marketing profissional da campanha, tendo como alvo a equipe de confiança do PL, mas Flávio minimizou a disputa entre eles. Eduardo não tem uma função específica.

Segundo assessores, Marcos Pereira, que é deputado por São Paulo, cumpria agenda no interior do Estado, em cidades como Itapeva. O Estadão apurou que o partido ficou incomodado com o fato de Bolsonaro ter rifado a candidatura da filiada e ex-ministra Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos) ao Senado, no Distrito Federal. No entanto, a sigla ligada à Igreja Universal não deve romper o acordo. “Bolsonaro estará na convenção do Republicanos no próximo sábado e como tinha compromissos agendados aqui resolvi não ir”, disse Pereira.

Como chefe do GSI, Heleno é o responsável pela segurança pessoal do presidente. Ainda mais afastado da campanha, Ramos deve se aproximar da equipe que trabalha com o general Braga Netto, segundo integrantes do comitê.

Entre os ministros atualmente no governo, compareceram Ciro Nogueira (Casa Civil), Marcelo Queiroga (Saúde), Fábio Faria (Comunicações), Célio Faria Junior (Secretaria de Governo), Anderson Torres (Justiça e Segurança Pública), Carlos Brito (Turismo) e Victor Godoy (Educação).

Rifada na formação do palanque bolsonarista do DF, a ex-ministra Damares Alves assistiu à convenção de casa. A pastora evangélica alegou recomendações médicas para evitar viagens. Damares era pré-candidata a senadora, mas recuou após intervenção direta de Bolsonaro, que terá a ex-ministra Flávia Arruda (PL) na disputa em chapa com o governador do DF e pré-candidato à reeleição, Ibaneis Rocha (MDB).

A assessoria de Ramos disse que ele não compareceu por razões familiares. Heleno não comentou o motivo da ausência. Procurados, Carlos e Eduardo Bolsonaro não se manifestaram.

RIO DE JANEIRO - Filhos do presidente Jair Bolsonaro (PL), o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) faltaram à convenção nacional do PL que oficializou a candidatura do pai à reeleição neste domingo, 24. Além deles, o presidente nacional do Republicanos, Marcos Pereira, partido que integra a aliança eleitoral do Palácio do Planalto, também se ausentou, algo incomum em convenções nacionais dessa magnitude.

Ministros palacianos da ala militar, Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e Luiz Eduardo Ramos (Secretaria-Geral da Presidência) não foram ao megaevento no Maracanãzinho. Em 2018, Heleno ficou marcado por cantar na convenção bolsonarista o refrão “Se gritar pega Centrão”, associando políticos que hoje apoiam o presidente a ladrões. Um dos fiadores de Bolsonaro junto ao mercado financeiro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, não compareceu, bem como o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira. Em meio ao clima festivo do evento, que reuniu milhares de apoiadores do presidente, as ausências chamaram a atenção.

Jair Bolsonaro entre seu filho Flávio e sua esposa, Michelle. Eduardo e Carlos, também filhos do presidente, não estiveram no evento de lançamento de sua candidatura neste domingo, 24. Foto: Pedro Kirilos/Estadão Conteúdo

Pivô do esquema das rachadinhas, o ex-policial militar e ex-assessor de confiança da família, Fabrício Queiroz, não apareceu à convenção, apesar de ter feito uma convocação aos “patriotas” para lotar o ginásio. Cabos eleitorais de Queiroz, futuro candidato a deputado estadual pelo PTB, circularam no entorno do Maracanãzinho empunhando bandeiras dele. O advogado Frederick Wassef (PL-SP), que deve disputar uma vaga na Câmara, teve espaço no palco.

O presidente Jair Bolsonaro e seu vice em chapa, general Braga Netto, entraram no ginásio acompanhados das esposas e de Flávio Bolsonaro (PL-RJ), senador e um dos coordenadores da campanha do pai. Flávio integra o núcleo político da campanha à reeleição, ao lado de Braga Netto e de nomes como o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, o marqueteiro Duda Lima e José Trabulo, homem de confiança do ministro Ciro Nogueira (Casa Civil).

Os apoiadores do presidente encheram o Maracanãzinho, mas o ginásio não estava lotado. Pelo contrário, havia uma série de assentos não ocupados na arquibancada e espaço na área de militantes mais próxima ao palco, onde foi possível assistir à convenção de pé. O ginásio tem capacidade para 11.800 pessoas sentadas e, pelos cálculos do partido, havia pouco menos de 8 mil no setor. Ao todo, segundo o PL, havia 12 mil pessoas presentes, mas esse cálculo inclui imprensa, prestadores de serviço, membros do partido, políticos e autoridades. As filas começaram antes das 8h da manhã e enquanto o presidente começava a discursar os últimos militantes ainda ingressavam no ginásio.

Um dos momentos mais intensos foram os aplausos ao deputado Daniel Silveira (PL-RJ), ícone da ala ideológica, que foi condenado pelo Supremo e perdoado por Bolsonaro. Ele foi ovacionado, enquanto houve vaias misturadas a aplausos para o senador Romário (PL-RJ) e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Os militantes levaram faixas do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, cartazes contra o Supremo Tribunal Federal e contra a cantora Anitta, que declarou apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato do PT. Integrantes da campanha disseram que o cantor Latino fez contato para se apresentar, mas só os sertanejos Mateus e Cristiano cantaram o jingle “Capitão do Povo”.

Divergências na campanha de Bolsonaro

A ausência dos filhos expõe algumas divergências nos bastidores da campanha. Carlos e Eduardo são mais ligados à base ideológica de apoiadores do presidente. Eles praticamente ignoraram conteúdos sobre a convenção nas redes sociais. A única postagem do vereador relacionada à convenção foi uma resposta ao ex-deputado Jean Wyllys. Dos Estados Unidos, Eduardo compartilhou um link para o evento.

Carlos segue à frente do controle de perfis do presidente, mas tem agora a companhia do publicitário Sérgio Lima na função, que faz a ponte no comitê de campanha. Ele já reclamou publicamente da condução do marketing profissional da campanha, tendo como alvo a equipe de confiança do PL, mas Flávio minimizou a disputa entre eles. Eduardo não tem uma função específica.

Segundo assessores, Marcos Pereira, que é deputado por São Paulo, cumpria agenda no interior do Estado, em cidades como Itapeva. O Estadão apurou que o partido ficou incomodado com o fato de Bolsonaro ter rifado a candidatura da filiada e ex-ministra Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos) ao Senado, no Distrito Federal. No entanto, a sigla ligada à Igreja Universal não deve romper o acordo. “Bolsonaro estará na convenção do Republicanos no próximo sábado e como tinha compromissos agendados aqui resolvi não ir”, disse Pereira.

Como chefe do GSI, Heleno é o responsável pela segurança pessoal do presidente. Ainda mais afastado da campanha, Ramos deve se aproximar da equipe que trabalha com o general Braga Netto, segundo integrantes do comitê.

Entre os ministros atualmente no governo, compareceram Ciro Nogueira (Casa Civil), Marcelo Queiroga (Saúde), Fábio Faria (Comunicações), Célio Faria Junior (Secretaria de Governo), Anderson Torres (Justiça e Segurança Pública), Carlos Brito (Turismo) e Victor Godoy (Educação).

Rifada na formação do palanque bolsonarista do DF, a ex-ministra Damares Alves assistiu à convenção de casa. A pastora evangélica alegou recomendações médicas para evitar viagens. Damares era pré-candidata a senadora, mas recuou após intervenção direta de Bolsonaro, que terá a ex-ministra Flávia Arruda (PL) na disputa em chapa com o governador do DF e pré-candidato à reeleição, Ibaneis Rocha (MDB).

A assessoria de Ramos disse que ele não compareceu por razões familiares. Heleno não comentou o motivo da ausência. Procurados, Carlos e Eduardo Bolsonaro não se manifestaram.

RIO DE JANEIRO - Filhos do presidente Jair Bolsonaro (PL), o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) faltaram à convenção nacional do PL que oficializou a candidatura do pai à reeleição neste domingo, 24. Além deles, o presidente nacional do Republicanos, Marcos Pereira, partido que integra a aliança eleitoral do Palácio do Planalto, também se ausentou, algo incomum em convenções nacionais dessa magnitude.

Ministros palacianos da ala militar, Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e Luiz Eduardo Ramos (Secretaria-Geral da Presidência) não foram ao megaevento no Maracanãzinho. Em 2018, Heleno ficou marcado por cantar na convenção bolsonarista o refrão “Se gritar pega Centrão”, associando políticos que hoje apoiam o presidente a ladrões. Um dos fiadores de Bolsonaro junto ao mercado financeiro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, não compareceu, bem como o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira. Em meio ao clima festivo do evento, que reuniu milhares de apoiadores do presidente, as ausências chamaram a atenção.

Jair Bolsonaro entre seu filho Flávio e sua esposa, Michelle. Eduardo e Carlos, também filhos do presidente, não estiveram no evento de lançamento de sua candidatura neste domingo, 24. Foto: Pedro Kirilos/Estadão Conteúdo

Pivô do esquema das rachadinhas, o ex-policial militar e ex-assessor de confiança da família, Fabrício Queiroz, não apareceu à convenção, apesar de ter feito uma convocação aos “patriotas” para lotar o ginásio. Cabos eleitorais de Queiroz, futuro candidato a deputado estadual pelo PTB, circularam no entorno do Maracanãzinho empunhando bandeiras dele. O advogado Frederick Wassef (PL-SP), que deve disputar uma vaga na Câmara, teve espaço no palco.

O presidente Jair Bolsonaro e seu vice em chapa, general Braga Netto, entraram no ginásio acompanhados das esposas e de Flávio Bolsonaro (PL-RJ), senador e um dos coordenadores da campanha do pai. Flávio integra o núcleo político da campanha à reeleição, ao lado de Braga Netto e de nomes como o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, o marqueteiro Duda Lima e José Trabulo, homem de confiança do ministro Ciro Nogueira (Casa Civil).

Os apoiadores do presidente encheram o Maracanãzinho, mas o ginásio não estava lotado. Pelo contrário, havia uma série de assentos não ocupados na arquibancada e espaço na área de militantes mais próxima ao palco, onde foi possível assistir à convenção de pé. O ginásio tem capacidade para 11.800 pessoas sentadas e, pelos cálculos do partido, havia pouco menos de 8 mil no setor. Ao todo, segundo o PL, havia 12 mil pessoas presentes, mas esse cálculo inclui imprensa, prestadores de serviço, membros do partido, políticos e autoridades. As filas começaram antes das 8h da manhã e enquanto o presidente começava a discursar os últimos militantes ainda ingressavam no ginásio.

Um dos momentos mais intensos foram os aplausos ao deputado Daniel Silveira (PL-RJ), ícone da ala ideológica, que foi condenado pelo Supremo e perdoado por Bolsonaro. Ele foi ovacionado, enquanto houve vaias misturadas a aplausos para o senador Romário (PL-RJ) e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Os militantes levaram faixas do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, cartazes contra o Supremo Tribunal Federal e contra a cantora Anitta, que declarou apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato do PT. Integrantes da campanha disseram que o cantor Latino fez contato para se apresentar, mas só os sertanejos Mateus e Cristiano cantaram o jingle “Capitão do Povo”.

Divergências na campanha de Bolsonaro

A ausência dos filhos expõe algumas divergências nos bastidores da campanha. Carlos e Eduardo são mais ligados à base ideológica de apoiadores do presidente. Eles praticamente ignoraram conteúdos sobre a convenção nas redes sociais. A única postagem do vereador relacionada à convenção foi uma resposta ao ex-deputado Jean Wyllys. Dos Estados Unidos, Eduardo compartilhou um link para o evento.

Carlos segue à frente do controle de perfis do presidente, mas tem agora a companhia do publicitário Sérgio Lima na função, que faz a ponte no comitê de campanha. Ele já reclamou publicamente da condução do marketing profissional da campanha, tendo como alvo a equipe de confiança do PL, mas Flávio minimizou a disputa entre eles. Eduardo não tem uma função específica.

Segundo assessores, Marcos Pereira, que é deputado por São Paulo, cumpria agenda no interior do Estado, em cidades como Itapeva. O Estadão apurou que o partido ficou incomodado com o fato de Bolsonaro ter rifado a candidatura da filiada e ex-ministra Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos) ao Senado, no Distrito Federal. No entanto, a sigla ligada à Igreja Universal não deve romper o acordo. “Bolsonaro estará na convenção do Republicanos no próximo sábado e como tinha compromissos agendados aqui resolvi não ir”, disse Pereira.

Como chefe do GSI, Heleno é o responsável pela segurança pessoal do presidente. Ainda mais afastado da campanha, Ramos deve se aproximar da equipe que trabalha com o general Braga Netto, segundo integrantes do comitê.

Entre os ministros atualmente no governo, compareceram Ciro Nogueira (Casa Civil), Marcelo Queiroga (Saúde), Fábio Faria (Comunicações), Célio Faria Junior (Secretaria de Governo), Anderson Torres (Justiça e Segurança Pública), Carlos Brito (Turismo) e Victor Godoy (Educação).

Rifada na formação do palanque bolsonarista do DF, a ex-ministra Damares Alves assistiu à convenção de casa. A pastora evangélica alegou recomendações médicas para evitar viagens. Damares era pré-candidata a senadora, mas recuou após intervenção direta de Bolsonaro, que terá a ex-ministra Flávia Arruda (PL) na disputa em chapa com o governador do DF e pré-candidato à reeleição, Ibaneis Rocha (MDB).

A assessoria de Ramos disse que ele não compareceu por razões familiares. Heleno não comentou o motivo da ausência. Procurados, Carlos e Eduardo Bolsonaro não se manifestaram.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.