Interpretação crítica e científica das instituições e do comportamento político

Opinião|A noiva em fuga


A trajetória majoritária via candidatura de Bolsonaro à reeleição é de alto risco para o Centrão

Por Carlos Pereira

Partidos que não têm condições de lançar um candidato competitivo à Presidência possuem como segunda melhor alternativa concentrar esforços e recursos nas campanhas proporcionais, mirando alcançar um bom desempenho para a Câmara dos Deputados.

Presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira e presidente Jair Bolsonaro. Os partidos do Centrão, sob a liderança de Lira, têm jogado o jogo do partido coadjuvante do governo Foto: Evaristo Sá/AFP

Ao ocupar um maior número de cadeiras na Câmara, tal partido, além de ter acesso a uma maior parcela dos fundos Partidário e eleitoral no novo ciclo legislativo, poderá se posicionar como o partido pivotal de qualquer governo que venha a se tornar vitorioso na eleição presidencial.

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Muito provavelmente, o partido do candidato que vencer a eleição presidencial, e tampouco a sua coligação eleitoral, não terá maioria legislativa para governar. Necessitará, portanto, convidar outros partidos para fazer parte da sua coalizão.

O partido pivô, especialmente se for ideologicamente amorfo e não tiver disputado a Presidência, será quase sempre a alternativa de “coadjuvante perfeito” pelo majoritário vencedor.

Os partidos do Centrão, sob a liderança do presidente da Câmara, Arthur Lira, têm jogado o jogo do partido coadjuvante do governo Bolsonaro quase à perfeição. Não aderiu ao governo num primeiro momento. Quando foi convidado para fazer parte da coalizão em 2020, Bolsonaro já estava vulnerável, com popularidade declinante, denúncias de rachadinha envolvendo familiares, vários pedidos de impeachment e em plena pandemia.

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O Centrão, portanto, ao ter poder de barganha, pôde estabelecer os termos de troca. Além de passar a ocupar vários e importantes ministérios e diretorias de estatais, passou a ter a discricionariedade na elaboração e na execução de uma “nova” moeda de troca: as emendas de relator. Só no ano eleitoral de 2022 foram previstos R$ 16,5 bilhões para serem executados via “orçamento secreto”, o que pode gerar uma alta taxa de reeleição para seus deputados.

Mas parece que a ambição do Centrão ainda não foi saciada. Com a filiação de Bolsonaro ao PL, seus partidos mudaram de trajetória e agora seguem a trilha majoritária via candidatura à reeleição do presidente. Embora inicialmente atrativa, se transformou em uma jogada de altíssimo risco com a perda de competitividade eleitoral de Bolsonaro, especialmente após o escândalo de corrupção no MEC, de sua tentativa de interferência na PF e de obstrução da Justiça.

Se derrotado, como apontam as pesquisas de opinião, o Centrão pode sair do céu e ir direto para o inferno. Lira precisa ser lembrado de que, embora constrangedor, noivos ainda podem ser abandonados no altar. Abandonar Bolsonaro pode, portanto, ser um caminho mais seguro e relativamente mais vantajoso para o Centrão no próximo governo

Partidos que não têm condições de lançar um candidato competitivo à Presidência possuem como segunda melhor alternativa concentrar esforços e recursos nas campanhas proporcionais, mirando alcançar um bom desempenho para a Câmara dos Deputados.

Presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira e presidente Jair Bolsonaro. Os partidos do Centrão, sob a liderança de Lira, têm jogado o jogo do partido coadjuvante do governo Foto: Evaristo Sá/AFP

Ao ocupar um maior número de cadeiras na Câmara, tal partido, além de ter acesso a uma maior parcela dos fundos Partidário e eleitoral no novo ciclo legislativo, poderá se posicionar como o partido pivotal de qualquer governo que venha a se tornar vitorioso na eleição presidencial.

Muito provavelmente, o partido do candidato que vencer a eleição presidencial, e tampouco a sua coligação eleitoral, não terá maioria legislativa para governar. Necessitará, portanto, convidar outros partidos para fazer parte da sua coalizão.

O partido pivô, especialmente se for ideologicamente amorfo e não tiver disputado a Presidência, será quase sempre a alternativa de “coadjuvante perfeito” pelo majoritário vencedor.

Os partidos do Centrão, sob a liderança do presidente da Câmara, Arthur Lira, têm jogado o jogo do partido coadjuvante do governo Bolsonaro quase à perfeição. Não aderiu ao governo num primeiro momento. Quando foi convidado para fazer parte da coalizão em 2020, Bolsonaro já estava vulnerável, com popularidade declinante, denúncias de rachadinha envolvendo familiares, vários pedidos de impeachment e em plena pandemia.

O Centrão, portanto, ao ter poder de barganha, pôde estabelecer os termos de troca. Além de passar a ocupar vários e importantes ministérios e diretorias de estatais, passou a ter a discricionariedade na elaboração e na execução de uma “nova” moeda de troca: as emendas de relator. Só no ano eleitoral de 2022 foram previstos R$ 16,5 bilhões para serem executados via “orçamento secreto”, o que pode gerar uma alta taxa de reeleição para seus deputados.

Mas parece que a ambição do Centrão ainda não foi saciada. Com a filiação de Bolsonaro ao PL, seus partidos mudaram de trajetória e agora seguem a trilha majoritária via candidatura à reeleição do presidente. Embora inicialmente atrativa, se transformou em uma jogada de altíssimo risco com a perda de competitividade eleitoral de Bolsonaro, especialmente após o escândalo de corrupção no MEC, de sua tentativa de interferência na PF e de obstrução da Justiça.

Se derrotado, como apontam as pesquisas de opinião, o Centrão pode sair do céu e ir direto para o inferno. Lira precisa ser lembrado de que, embora constrangedor, noivos ainda podem ser abandonados no altar. Abandonar Bolsonaro pode, portanto, ser um caminho mais seguro e relativamente mais vantajoso para o Centrão no próximo governo

Partidos que não têm condições de lançar um candidato competitivo à Presidência possuem como segunda melhor alternativa concentrar esforços e recursos nas campanhas proporcionais, mirando alcançar um bom desempenho para a Câmara dos Deputados.

Presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira e presidente Jair Bolsonaro. Os partidos do Centrão, sob a liderança de Lira, têm jogado o jogo do partido coadjuvante do governo Foto: Evaristo Sá/AFP

Ao ocupar um maior número de cadeiras na Câmara, tal partido, além de ter acesso a uma maior parcela dos fundos Partidário e eleitoral no novo ciclo legislativo, poderá se posicionar como o partido pivotal de qualquer governo que venha a se tornar vitorioso na eleição presidencial.

Muito provavelmente, o partido do candidato que vencer a eleição presidencial, e tampouco a sua coligação eleitoral, não terá maioria legislativa para governar. Necessitará, portanto, convidar outros partidos para fazer parte da sua coalizão.

O partido pivô, especialmente se for ideologicamente amorfo e não tiver disputado a Presidência, será quase sempre a alternativa de “coadjuvante perfeito” pelo majoritário vencedor.

Os partidos do Centrão, sob a liderança do presidente da Câmara, Arthur Lira, têm jogado o jogo do partido coadjuvante do governo Bolsonaro quase à perfeição. Não aderiu ao governo num primeiro momento. Quando foi convidado para fazer parte da coalizão em 2020, Bolsonaro já estava vulnerável, com popularidade declinante, denúncias de rachadinha envolvendo familiares, vários pedidos de impeachment e em plena pandemia.

O Centrão, portanto, ao ter poder de barganha, pôde estabelecer os termos de troca. Além de passar a ocupar vários e importantes ministérios e diretorias de estatais, passou a ter a discricionariedade na elaboração e na execução de uma “nova” moeda de troca: as emendas de relator. Só no ano eleitoral de 2022 foram previstos R$ 16,5 bilhões para serem executados via “orçamento secreto”, o que pode gerar uma alta taxa de reeleição para seus deputados.

Mas parece que a ambição do Centrão ainda não foi saciada. Com a filiação de Bolsonaro ao PL, seus partidos mudaram de trajetória e agora seguem a trilha majoritária via candidatura à reeleição do presidente. Embora inicialmente atrativa, se transformou em uma jogada de altíssimo risco com a perda de competitividade eleitoral de Bolsonaro, especialmente após o escândalo de corrupção no MEC, de sua tentativa de interferência na PF e de obstrução da Justiça.

Se derrotado, como apontam as pesquisas de opinião, o Centrão pode sair do céu e ir direto para o inferno. Lira precisa ser lembrado de que, embora constrangedor, noivos ainda podem ser abandonados no altar. Abandonar Bolsonaro pode, portanto, ser um caminho mais seguro e relativamente mais vantajoso para o Centrão no próximo governo

Partidos que não têm condições de lançar um candidato competitivo à Presidência possuem como segunda melhor alternativa concentrar esforços e recursos nas campanhas proporcionais, mirando alcançar um bom desempenho para a Câmara dos Deputados.

Presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira e presidente Jair Bolsonaro. Os partidos do Centrão, sob a liderança de Lira, têm jogado o jogo do partido coadjuvante do governo Foto: Evaristo Sá/AFP

Ao ocupar um maior número de cadeiras na Câmara, tal partido, além de ter acesso a uma maior parcela dos fundos Partidário e eleitoral no novo ciclo legislativo, poderá se posicionar como o partido pivotal de qualquer governo que venha a se tornar vitorioso na eleição presidencial.

Muito provavelmente, o partido do candidato que vencer a eleição presidencial, e tampouco a sua coligação eleitoral, não terá maioria legislativa para governar. Necessitará, portanto, convidar outros partidos para fazer parte da sua coalizão.

O partido pivô, especialmente se for ideologicamente amorfo e não tiver disputado a Presidência, será quase sempre a alternativa de “coadjuvante perfeito” pelo majoritário vencedor.

Os partidos do Centrão, sob a liderança do presidente da Câmara, Arthur Lira, têm jogado o jogo do partido coadjuvante do governo Bolsonaro quase à perfeição. Não aderiu ao governo num primeiro momento. Quando foi convidado para fazer parte da coalizão em 2020, Bolsonaro já estava vulnerável, com popularidade declinante, denúncias de rachadinha envolvendo familiares, vários pedidos de impeachment e em plena pandemia.

O Centrão, portanto, ao ter poder de barganha, pôde estabelecer os termos de troca. Além de passar a ocupar vários e importantes ministérios e diretorias de estatais, passou a ter a discricionariedade na elaboração e na execução de uma “nova” moeda de troca: as emendas de relator. Só no ano eleitoral de 2022 foram previstos R$ 16,5 bilhões para serem executados via “orçamento secreto”, o que pode gerar uma alta taxa de reeleição para seus deputados.

Mas parece que a ambição do Centrão ainda não foi saciada. Com a filiação de Bolsonaro ao PL, seus partidos mudaram de trajetória e agora seguem a trilha majoritária via candidatura à reeleição do presidente. Embora inicialmente atrativa, se transformou em uma jogada de altíssimo risco com a perda de competitividade eleitoral de Bolsonaro, especialmente após o escândalo de corrupção no MEC, de sua tentativa de interferência na PF e de obstrução da Justiça.

Se derrotado, como apontam as pesquisas de opinião, o Centrão pode sair do céu e ir direto para o inferno. Lira precisa ser lembrado de que, embora constrangedor, noivos ainda podem ser abandonados no altar. Abandonar Bolsonaro pode, portanto, ser um caminho mais seguro e relativamente mais vantajoso para o Centrão no próximo governo

Partidos que não têm condições de lançar um candidato competitivo à Presidência possuem como segunda melhor alternativa concentrar esforços e recursos nas campanhas proporcionais, mirando alcançar um bom desempenho para a Câmara dos Deputados.

Presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira e presidente Jair Bolsonaro. Os partidos do Centrão, sob a liderança de Lira, têm jogado o jogo do partido coadjuvante do governo Foto: Evaristo Sá/AFP

Ao ocupar um maior número de cadeiras na Câmara, tal partido, além de ter acesso a uma maior parcela dos fundos Partidário e eleitoral no novo ciclo legislativo, poderá se posicionar como o partido pivotal de qualquer governo que venha a se tornar vitorioso na eleição presidencial.

Muito provavelmente, o partido do candidato que vencer a eleição presidencial, e tampouco a sua coligação eleitoral, não terá maioria legislativa para governar. Necessitará, portanto, convidar outros partidos para fazer parte da sua coalizão.

O partido pivô, especialmente se for ideologicamente amorfo e não tiver disputado a Presidência, será quase sempre a alternativa de “coadjuvante perfeito” pelo majoritário vencedor.

Os partidos do Centrão, sob a liderança do presidente da Câmara, Arthur Lira, têm jogado o jogo do partido coadjuvante do governo Bolsonaro quase à perfeição. Não aderiu ao governo num primeiro momento. Quando foi convidado para fazer parte da coalizão em 2020, Bolsonaro já estava vulnerável, com popularidade declinante, denúncias de rachadinha envolvendo familiares, vários pedidos de impeachment e em plena pandemia.

O Centrão, portanto, ao ter poder de barganha, pôde estabelecer os termos de troca. Além de passar a ocupar vários e importantes ministérios e diretorias de estatais, passou a ter a discricionariedade na elaboração e na execução de uma “nova” moeda de troca: as emendas de relator. Só no ano eleitoral de 2022 foram previstos R$ 16,5 bilhões para serem executados via “orçamento secreto”, o que pode gerar uma alta taxa de reeleição para seus deputados.

Mas parece que a ambição do Centrão ainda não foi saciada. Com a filiação de Bolsonaro ao PL, seus partidos mudaram de trajetória e agora seguem a trilha majoritária via candidatura à reeleição do presidente. Embora inicialmente atrativa, se transformou em uma jogada de altíssimo risco com a perda de competitividade eleitoral de Bolsonaro, especialmente após o escândalo de corrupção no MEC, de sua tentativa de interferência na PF e de obstrução da Justiça.

Se derrotado, como apontam as pesquisas de opinião, o Centrão pode sair do céu e ir direto para o inferno. Lira precisa ser lembrado de que, embora constrangedor, noivos ainda podem ser abandonados no altar. Abandonar Bolsonaro pode, portanto, ser um caminho mais seguro e relativamente mais vantajoso para o Centrão no próximo governo

Opinião por Carlos Pereira

Cientista político e professor titular da Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas (FGV EBAPE) e sênior fellow do CEBRI.

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