Cartão corporativo de Bolsonaro: Notas fiscais revelam viagens de Michelle, Carlos e Jair Renan


Governo gastou R$ 16,2 mil para bancar a hospedagem de uma equipe de servidores que foi para Alagoas dar proteção à ex-primeira-dama numa viagem de lazer

Por Katia Brembatti
Atualização:

BRASÍLIA - Notas fiscais do cartão corporativo da Presidência da República revelam que o governo gastou R$ 16,2 mil para bancar a hospedagem de uma equipe de servidores que foi para Alagoas dar proteção a Michelle Bolsonaro, numa viagem de lazer. A ex-primeira-dama foi passear na região conhecida como rota ecológica do litoral nordestino, no município de São Miguel dos Milagres. Agentes de segurança foram junto e as despesas desses funcionários públicos foram custeadas com esse modelo de pagamento.

Nota fiscal da pousada onde ficaram os seguranças que acompanharam Michelle Bolsonaro em São Miguel dos Milagres. Foto: Reprodução

Os documentos de prestação de contas analisados pelo Estadão apontam ainda gastos do mesmo gênero em viagens privadas de Carlos e Jair Renan, filhos de Jair Bolsonaro. Somente em abril de 2021 há registros de notas emitidas em sete viagens de parentes do então presidente.

continua após a publicidade

As notas se referem aos gastos dos servidores públicos, que têm a missão de proteger a família do presidente da República. Não foram localizadas despesas de Michelle ou dos filhos de Bolsonaro pagas com cartão corporativo.

Cartão corporativo bancou equipe de segurança para viagem de lazer da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Foto: Marcos Correa/PR
continua após a publicidade

Os documentos foram consultados por repórteres do Estadão e da agência Fiquem Sabendo, como resposta a um pedido de Lei de Acesso à Informação (LAI). O Estadão revelou ontem que, durante a gestão Bolsonaro, há registros de gastos com camarão e picanha, em contraposição à imagem de homem de gosto simples passada pelo então presidente em suas aparições públicas. Bolsonaro disse ao menos 15 vezes em lives que não usava o cartão corporativo.

O Estadão não localizou a assessoria do ex-presidente para comentar o assunto.

Registro de despesa com equipe de segurança de Carlos Bolsonaro em Brasília e Michelle Bolsonaro no Rio de Janeiro Foto: Reprodução
continua após a publicidade

Thermas

Além de Alagoas, a mulher do então presidente foi a mais quatro cidades durante o mesmo mês de abril de 2021: Presidente Prudente, Araçatuba, São José do Rio Preto, em São Paulo, e por três dias em Caldas Novas (GO), conhecida por ser um destino turístico por águas termais, onde a equipe ficou no Hotel Thermas di Roma. O processo de prestação de contas mostra que foram feitas consultas prévias sobre o preço da hospedagem em busca de opções mais baratas.

No mesmo mês, Jair Renan Bolsonaro foi para Resende (RJ). Os custos da equipe de segurança também foram pagos com o cartão corporativo. Situação semelhante ocorreu com vereador Carlos Bolsonaro, quando viajou a Brasília e também foi acompanhado de seguranças. l

BRASÍLIA - Notas fiscais do cartão corporativo da Presidência da República revelam que o governo gastou R$ 16,2 mil para bancar a hospedagem de uma equipe de servidores que foi para Alagoas dar proteção a Michelle Bolsonaro, numa viagem de lazer. A ex-primeira-dama foi passear na região conhecida como rota ecológica do litoral nordestino, no município de São Miguel dos Milagres. Agentes de segurança foram junto e as despesas desses funcionários públicos foram custeadas com esse modelo de pagamento.

Nota fiscal da pousada onde ficaram os seguranças que acompanharam Michelle Bolsonaro em São Miguel dos Milagres. Foto: Reprodução

Os documentos de prestação de contas analisados pelo Estadão apontam ainda gastos do mesmo gênero em viagens privadas de Carlos e Jair Renan, filhos de Jair Bolsonaro. Somente em abril de 2021 há registros de notas emitidas em sete viagens de parentes do então presidente.

As notas se referem aos gastos dos servidores públicos, que têm a missão de proteger a família do presidente da República. Não foram localizadas despesas de Michelle ou dos filhos de Bolsonaro pagas com cartão corporativo.

Cartão corporativo bancou equipe de segurança para viagem de lazer da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Foto: Marcos Correa/PR

Os documentos foram consultados por repórteres do Estadão e da agência Fiquem Sabendo, como resposta a um pedido de Lei de Acesso à Informação (LAI). O Estadão revelou ontem que, durante a gestão Bolsonaro, há registros de gastos com camarão e picanha, em contraposição à imagem de homem de gosto simples passada pelo então presidente em suas aparições públicas. Bolsonaro disse ao menos 15 vezes em lives que não usava o cartão corporativo.

O Estadão não localizou a assessoria do ex-presidente para comentar o assunto.

Registro de despesa com equipe de segurança de Carlos Bolsonaro em Brasília e Michelle Bolsonaro no Rio de Janeiro Foto: Reprodução

Thermas

Além de Alagoas, a mulher do então presidente foi a mais quatro cidades durante o mesmo mês de abril de 2021: Presidente Prudente, Araçatuba, São José do Rio Preto, em São Paulo, e por três dias em Caldas Novas (GO), conhecida por ser um destino turístico por águas termais, onde a equipe ficou no Hotel Thermas di Roma. O processo de prestação de contas mostra que foram feitas consultas prévias sobre o preço da hospedagem em busca de opções mais baratas.

No mesmo mês, Jair Renan Bolsonaro foi para Resende (RJ). Os custos da equipe de segurança também foram pagos com o cartão corporativo. Situação semelhante ocorreu com vereador Carlos Bolsonaro, quando viajou a Brasília e também foi acompanhado de seguranças. l

BRASÍLIA - Notas fiscais do cartão corporativo da Presidência da República revelam que o governo gastou R$ 16,2 mil para bancar a hospedagem de uma equipe de servidores que foi para Alagoas dar proteção a Michelle Bolsonaro, numa viagem de lazer. A ex-primeira-dama foi passear na região conhecida como rota ecológica do litoral nordestino, no município de São Miguel dos Milagres. Agentes de segurança foram junto e as despesas desses funcionários públicos foram custeadas com esse modelo de pagamento.

Nota fiscal da pousada onde ficaram os seguranças que acompanharam Michelle Bolsonaro em São Miguel dos Milagres. Foto: Reprodução

Os documentos de prestação de contas analisados pelo Estadão apontam ainda gastos do mesmo gênero em viagens privadas de Carlos e Jair Renan, filhos de Jair Bolsonaro. Somente em abril de 2021 há registros de notas emitidas em sete viagens de parentes do então presidente.

As notas se referem aos gastos dos servidores públicos, que têm a missão de proteger a família do presidente da República. Não foram localizadas despesas de Michelle ou dos filhos de Bolsonaro pagas com cartão corporativo.

Cartão corporativo bancou equipe de segurança para viagem de lazer da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Foto: Marcos Correa/PR

Os documentos foram consultados por repórteres do Estadão e da agência Fiquem Sabendo, como resposta a um pedido de Lei de Acesso à Informação (LAI). O Estadão revelou ontem que, durante a gestão Bolsonaro, há registros de gastos com camarão e picanha, em contraposição à imagem de homem de gosto simples passada pelo então presidente em suas aparições públicas. Bolsonaro disse ao menos 15 vezes em lives que não usava o cartão corporativo.

O Estadão não localizou a assessoria do ex-presidente para comentar o assunto.

Registro de despesa com equipe de segurança de Carlos Bolsonaro em Brasília e Michelle Bolsonaro no Rio de Janeiro Foto: Reprodução

Thermas

Além de Alagoas, a mulher do então presidente foi a mais quatro cidades durante o mesmo mês de abril de 2021: Presidente Prudente, Araçatuba, São José do Rio Preto, em São Paulo, e por três dias em Caldas Novas (GO), conhecida por ser um destino turístico por águas termais, onde a equipe ficou no Hotel Thermas di Roma. O processo de prestação de contas mostra que foram feitas consultas prévias sobre o preço da hospedagem em busca de opções mais baratas.

No mesmo mês, Jair Renan Bolsonaro foi para Resende (RJ). Os custos da equipe de segurança também foram pagos com o cartão corporativo. Situação semelhante ocorreu com vereador Carlos Bolsonaro, quando viajou a Brasília e também foi acompanhado de seguranças. l

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.