Caso de Flávio Bolsonaro não tem nada a ver com governo, diz Mourão


Vice-presidente minimizou o impacto das investigações em entrevista à agência de notícias Reuters

Por Reuters
Atualização:

O caso envolvendo as movimentações financeiras atípicas do senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) e de seu ex-assessor Fabrício Queiroz não é assunto do governo que começou em 1º janeiro, apesar de o parlamentar ser filho do presidente Jair Bolsonaro, avaliou neste domingo, 20, o vice-presidente da República, general da reserva Hamilton Mourão. As declarações foram dadas para a agência de notícias Reuters

"É preciso dizer que o caso Flávio Bolsonaro não tem nada a ver com o governo", disse Mourão, que assume interinamente a Presidência da República enquanto Bolsonaro participa do Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça. Para Mourão, é preciso aguardar o andamento dos fatos e investigações antes de se tirar conclusões.

Flávio Bolsonaro é investigado na esfera cível da Justiça do Rio de Janeiro por suspeita de movimentação atípica detectada pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

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O vice-presidente Hamilton Mourão em sua mesa de trabalho Foto: Dida Sampaio/Estadão

Segundo reportagens do Jornal Nacional, da TV Globo, o Coaf identificou 48 depósitos de 2 mil reais entre junho e julho de 2017 e um pagamento de pouco mais de 1 milhão de reais de um título bancário da Caixa Econômica Federal na conta de Flávio Bolsonaro, então deputado estadual.

Neste domingo, o jornal O Globo destacou ainda que Queiroz chegou a movimentar em sua conta, além de 1,2 milhão de reais já divulgados, outros 5,8 milhões de reais, totalizando 7 milhões de reais em três anos. Procurada, a assessoria de imprensa de Flávio Bolsonaro disse que o senador eleito não comentaria o assunto.

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Câmara dos Deputados

O vice-presidente aproveitou também para elogiar o atual presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que tenta a reeleição para o comando da Casa. Maia já obteve apoio de vários partidos, incluindo o PSL de Bolsonaro, e teria a simpatia de integrantes da equipe econômica do governo, incluindo o próprio ministro da Economia, Paulo Guedes, que tentará emplacar projetos relevantes como a reforma da Previdência, já em discussão no governo.

"O Rodrigo Maia tem noção do tamanho do problema (do País)", disse. O vice-presidente também afirmou não ver problema na escolha de um deputado novato, major Vitor Hugo (PSL-GO), para ser o líder do governo na Câmara, conforme anúncio feito recentemente. "Vitor Hugo tem capacidade e competência para essa missão", avaliou ele. Ao ser questionado como ficaria a reforma da Previdência para as Forças Armadas, Mourão declarou que "os militares estão discutindo o tema com a equipe econômica". / REUTERS

O caso envolvendo as movimentações financeiras atípicas do senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) e de seu ex-assessor Fabrício Queiroz não é assunto do governo que começou em 1º janeiro, apesar de o parlamentar ser filho do presidente Jair Bolsonaro, avaliou neste domingo, 20, o vice-presidente da República, general da reserva Hamilton Mourão. As declarações foram dadas para a agência de notícias Reuters

"É preciso dizer que o caso Flávio Bolsonaro não tem nada a ver com o governo", disse Mourão, que assume interinamente a Presidência da República enquanto Bolsonaro participa do Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça. Para Mourão, é preciso aguardar o andamento dos fatos e investigações antes de se tirar conclusões.

Flávio Bolsonaro é investigado na esfera cível da Justiça do Rio de Janeiro por suspeita de movimentação atípica detectada pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

O vice-presidente Hamilton Mourão em sua mesa de trabalho Foto: Dida Sampaio/Estadão

Segundo reportagens do Jornal Nacional, da TV Globo, o Coaf identificou 48 depósitos de 2 mil reais entre junho e julho de 2017 e um pagamento de pouco mais de 1 milhão de reais de um título bancário da Caixa Econômica Federal na conta de Flávio Bolsonaro, então deputado estadual.

Neste domingo, o jornal O Globo destacou ainda que Queiroz chegou a movimentar em sua conta, além de 1,2 milhão de reais já divulgados, outros 5,8 milhões de reais, totalizando 7 milhões de reais em três anos. Procurada, a assessoria de imprensa de Flávio Bolsonaro disse que o senador eleito não comentaria o assunto.

Câmara dos Deputados

O vice-presidente aproveitou também para elogiar o atual presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que tenta a reeleição para o comando da Casa. Maia já obteve apoio de vários partidos, incluindo o PSL de Bolsonaro, e teria a simpatia de integrantes da equipe econômica do governo, incluindo o próprio ministro da Economia, Paulo Guedes, que tentará emplacar projetos relevantes como a reforma da Previdência, já em discussão no governo.

"O Rodrigo Maia tem noção do tamanho do problema (do País)", disse. O vice-presidente também afirmou não ver problema na escolha de um deputado novato, major Vitor Hugo (PSL-GO), para ser o líder do governo na Câmara, conforme anúncio feito recentemente. "Vitor Hugo tem capacidade e competência para essa missão", avaliou ele. Ao ser questionado como ficaria a reforma da Previdência para as Forças Armadas, Mourão declarou que "os militares estão discutindo o tema com a equipe econômica". / REUTERS

O caso envolvendo as movimentações financeiras atípicas do senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) e de seu ex-assessor Fabrício Queiroz não é assunto do governo que começou em 1º janeiro, apesar de o parlamentar ser filho do presidente Jair Bolsonaro, avaliou neste domingo, 20, o vice-presidente da República, general da reserva Hamilton Mourão. As declarações foram dadas para a agência de notícias Reuters

"É preciso dizer que o caso Flávio Bolsonaro não tem nada a ver com o governo", disse Mourão, que assume interinamente a Presidência da República enquanto Bolsonaro participa do Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça. Para Mourão, é preciso aguardar o andamento dos fatos e investigações antes de se tirar conclusões.

Flávio Bolsonaro é investigado na esfera cível da Justiça do Rio de Janeiro por suspeita de movimentação atípica detectada pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

O vice-presidente Hamilton Mourão em sua mesa de trabalho Foto: Dida Sampaio/Estadão

Segundo reportagens do Jornal Nacional, da TV Globo, o Coaf identificou 48 depósitos de 2 mil reais entre junho e julho de 2017 e um pagamento de pouco mais de 1 milhão de reais de um título bancário da Caixa Econômica Federal na conta de Flávio Bolsonaro, então deputado estadual.

Neste domingo, o jornal O Globo destacou ainda que Queiroz chegou a movimentar em sua conta, além de 1,2 milhão de reais já divulgados, outros 5,8 milhões de reais, totalizando 7 milhões de reais em três anos. Procurada, a assessoria de imprensa de Flávio Bolsonaro disse que o senador eleito não comentaria o assunto.

Câmara dos Deputados

O vice-presidente aproveitou também para elogiar o atual presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que tenta a reeleição para o comando da Casa. Maia já obteve apoio de vários partidos, incluindo o PSL de Bolsonaro, e teria a simpatia de integrantes da equipe econômica do governo, incluindo o próprio ministro da Economia, Paulo Guedes, que tentará emplacar projetos relevantes como a reforma da Previdência, já em discussão no governo.

"O Rodrigo Maia tem noção do tamanho do problema (do País)", disse. O vice-presidente também afirmou não ver problema na escolha de um deputado novato, major Vitor Hugo (PSL-GO), para ser o líder do governo na Câmara, conforme anúncio feito recentemente. "Vitor Hugo tem capacidade e competência para essa missão", avaliou ele. Ao ser questionado como ficaria a reforma da Previdência para as Forças Armadas, Mourão declarou que "os militares estão discutindo o tema com a equipe econômica". / REUTERS

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