Um dia depois de deixar a presidência da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), o deputado Cauê Macris (PSDB) assume nesta segunda-feira, 15, o comando da secretaria da Casa Civil do Palácio dos Bandeirantes. Em 2018, Cauê liderou o movimento no PSDB que defendia a candidatura de João Doria a governador em vez do apoio do partido ao vice de Geraldo Alckmin (PSDB), Márcio França (PSB). O deputado reuniu o apoio de 16 dos 20 deputados estaduais.
O secretário que se despediu ontem do cargo, Antonio Carlos Rizeque Malufe, é ligado ao ex-ministro Gilberto Kassab, que foi escolhido por Doria para chefiar a Casa Civil em 2018, mas se afastou antes mesmo de tomar posse. A decisão foi tomada após Kassab, que é a principal liderança do PSD, se tornar alvo de uma operação de busca e apreensão da Polícia Federal decorrente de uma delação do grupo J&F, que o acusou em acordo de leniência de receber propina entre 2010 e 2016. A PF encontrou R$ 300 mil em dinheiro na casa do ministro.
Só no dia 18 de dezembro, Kassab oficializou sua saída definitiva da Casa Civil. Cauê Macris assume o posto com o objetivo de organizar uma ofensiva de Doria no Estado para tentar reverter a crise política causada pelas medidas de isolamento social. "Cauê irá trazer inovação e dinamismo para o Governo de São Paulo. Ele é um político jovem que conquistou uma rápida ascensão no Poder Público. Tenho certeza de que irá contribuir muito neste momento decisivo que vivemos, com um combate ferrenho à pandemia ao coronavírus”, disse o governador de São Paulo, João Doria.
Macris tem 37 anos, está no seu terceiro mandato de deputado estadual e foi presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo nas duas últimas legislaturas (2017/2019 e 2019/2021).