Depois de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro furarem o bloqueio de segurança e invadirem o Congresso Nacional na tarde deste domingo, 5, o secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, afirmou que determinou ao setor de operações da Secretaria de Estado de Segurança Pública do Distrito Federal (SSPDF) “providências imediatas para o restabelecimento da ordem no centro de Brasília”.
“Cenas lamentáveis agora na Esplanada dos Ministérios”, afirmo o secretário, que foi ministro da Justiça e Segurança Pública do governo Bolsonaro.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou via assessora que está em Brasília e “acompanhando a situação, ao mesmo tempo que mantém diálogo com o Governo do Distrito Federal”. No sábado, 7, Dino autorizou o uso da Força Nacional para conter os atos e a Esplanada dos Ministérios foi fechada para veículos. Os manifestantes, porém, caminharam a pé do quartel general do Exército e foram até o Congresso Nacional, com faixas pedindo “Lula na cadeia”, “intervenção militar” e “Bolsonaro presidente”.
Críticas ao governo do DF
Políticos criticam o governo do Distrito Federal, de Ibaneis Rocha, por não agirem com firmeza contra os invasores. A presidente do PT, Gleisi Hoffman, afirma que o governo foi “irresponsável” em conter esse “crime anunciado contra a democracia”.
O deputado federal Guilherme Boulos diz que a Polícia Militar do Distrito Federal “permitiu absurdamente a entrada de bolsonaristas no Congresso Nacional e a aproximação ao Palácio do Planalto”.
A deputada federal Joice Hasselman, que já foi apoiadora de Bolsonaro, disse que o governo do DF “não colocou o contingente necessário de policiais” e afirmou que “Anderson Torres não pode ser o secretário de Segurança Pública do DF”.