Centrão cobiça mais cargos no governo; veja quais são e o que Lula não abre mão


Chefia de outros ministérios e de empresas públicas estão na mira do bloco conhecido por apoiar o governo de ocasião em troca de cargos e emendas

Por João Vitor Castro

SÃO PAULO – O Centrão ganhou mais espaço no governo Lula nesta quinta-feira, 13, com a indicação do deputado federal Celso Sabino (União Brasil-PA) para o comando do Ministério do Turismo. Conhecido por apoiar o governo de ocasião em troca de cargos e emendas, o bloco está longe de se dar por satisfeito e almeja novos cargos. Lula tenta blindar pastas que são caras ao PT, como a Saúde e o Desenvolvimento Social, e afirmou que novas trocas na Esplanada só serão discutidas em agosto, após o recesso parlamentar.

Na mira do Centrão estão a chefia de outros ministérios e de empresas públicas, provocando pressão por uma reforma ministerial. O Planalto, com problemas de articulação no Congresso, precisa do apoio de parlamentares do bloco para aprovar projetos de seu interesse.

Confira outros ministérios e empresas públicas que podem sofrer mudanças:

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Ministério da Saúde

Comandado pela ex-presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Nísia Trindade, a Saúde tem orçamento atual de R$ 189 bilhões. O Centrão pressiona pela substituição da chefe da pasta, mas, até o momento, a ministra está blindada pela estrutura do governo, que não quer abrir mão de ter uma liderança técnica no ministério.

O presidente Lula afirmou, no último dia 5, que a ministra permanece no posto e pode “dormir tranquila”. “Na semana passada, tinha visto uma pequena nota num jornal com alguém reivindicando o Ministério da Saúde. Fiz questão de ligar pra Nísia e dizer: Nísia, vá dormir e acorde tranquila, porque o Ministério da Saúde é do SUS”, disse Lula.

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Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome

O ministério que abriga programas sociais como o Bolsa Família foi colocado estrategicamente sob o controle de Wellington Dias, quadro histórico do Partido dos Trabalhadores. A pasta é alvo de pressão do Progressistas, partido do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que busca emplacar seu líder, o deputado André Fufuca (PP-MA), no cargo.

Ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias (PT-PI) comanda políticas assistenciais, como o Bolsa Família Foto: Roque de Sá/Agência Senado
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Em entrevista concedida para a TV Record nesta quinta, o presidente da República negou a possibilidade de mudança. “Esse ministério é meu, não sai do PT”, disse Lula. No último dia 7, a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, também defendeu a permanência de Dias, chamando a pasta de “coração do governo, a menina dos olhos de Lula”, por abrigar as políticas públicas mais caras ao PT.

Uma alternativa cogitada pelo Centrão é divisão da pasta. Com isso, seriam criados os ministérios do Desenvolvimento Social, mantido com Wellington Dias, e do Combate à Fome, com indicação do PP.

Ministério dos Esportes

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O Republicanos, que não possui nenhum ministério no governo Lula, também quer emplacar um nome na Esplanada. A tentativa do partido é convencer o governo a nomear o deputado pernambucano Silvio Costa Filho para o lugar de Ana Beatriz Moser, ex-jogadora de vôlei e empreendedora social que lidera a área do esporte desde a transição de governo, em 2022.

Embratur

Presidida por Marcelo Freixo (PSB-RJ), a Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo é ligada ao ministério que agora vai para as mãos de Celso Sabino. A pressão é para que o comando da Embratur também passe para o União Brasil, que deseja um ministério “completo”, como afirmado pelo líder do partido na Câmara, Elmar Nascimento (União Brasil-BA).

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Funasa

No começo do ano, o governo editou uma Medida Provisória para extinguir a Fundação Nacional da Saúde, órgão ligado ao Ministério da Saúde, que foi controlado pelo Centrão durante o governo Bolsonaro. Contudo, a MP não foi votada pelo Congresso e perdeu a validade.

Presidente Lula deve indicar presidente interino da Funasa  Foto: Andre Borges/EFE
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Agora, segundo o deputado Danilo Forte (União-CE), o governo deve publicar um decreto estruturando uma comissão provisória para a reestruturação da Funasa. Embora o Planalto queira mover o órgão para o Ministério das Cidades, o Centrão briga para que ele seja mantido sob o guarda-chuva da Saúde, para ser turbinado com emendas parlamentares devido ao orçamento da pasta.

Correios

Outro alvo do União Brasil são os Correios. Hoje, a empresa pública é presidida pelo advogado Fabiano Silva. Contudo, o governo tem sido firme na defesa da manutenção da estatal sob o comando do PT, pois, além de bem avaliado pela cúpula do Planalto, Silva foi uma indicação pessoal de Lula e pertence ao grupo de advogados Prerrogativas, que atuou na defesa do presidente durante a Lava Jato.

Caixa Econômica Federal

Presidida atualmente por Rita Serrano, a Caixa está na mira do PP, que quer indicar Gilberto Occhi, ex-ministro dos governos de Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB), que já presidiu o banco, também no governo do emedebista.

Turismo é segunda troca na Esplanada

A troca no Turismo foi a segunda mudança ministerial de Lula em 193 dias, desde o início da atual gestão. Em 19 de abril, o general Gonçalves Dias pediu demissão do cargo de ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), após o vazamento de um vídeo que mostrava o ex-ministro circulando entre golpistas durante a invasão ao Palácio do Planalto em 8 de janeiro.

SÃO PAULO – O Centrão ganhou mais espaço no governo Lula nesta quinta-feira, 13, com a indicação do deputado federal Celso Sabino (União Brasil-PA) para o comando do Ministério do Turismo. Conhecido por apoiar o governo de ocasião em troca de cargos e emendas, o bloco está longe de se dar por satisfeito e almeja novos cargos. Lula tenta blindar pastas que são caras ao PT, como a Saúde e o Desenvolvimento Social, e afirmou que novas trocas na Esplanada só serão discutidas em agosto, após o recesso parlamentar.

Na mira do Centrão estão a chefia de outros ministérios e de empresas públicas, provocando pressão por uma reforma ministerial. O Planalto, com problemas de articulação no Congresso, precisa do apoio de parlamentares do bloco para aprovar projetos de seu interesse.

Confira outros ministérios e empresas públicas que podem sofrer mudanças:

Ministério da Saúde

Comandado pela ex-presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Nísia Trindade, a Saúde tem orçamento atual de R$ 189 bilhões. O Centrão pressiona pela substituição da chefe da pasta, mas, até o momento, a ministra está blindada pela estrutura do governo, que não quer abrir mão de ter uma liderança técnica no ministério.

O presidente Lula afirmou, no último dia 5, que a ministra permanece no posto e pode “dormir tranquila”. “Na semana passada, tinha visto uma pequena nota num jornal com alguém reivindicando o Ministério da Saúde. Fiz questão de ligar pra Nísia e dizer: Nísia, vá dormir e acorde tranquila, porque o Ministério da Saúde é do SUS”, disse Lula.

Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome

O ministério que abriga programas sociais como o Bolsa Família foi colocado estrategicamente sob o controle de Wellington Dias, quadro histórico do Partido dos Trabalhadores. A pasta é alvo de pressão do Progressistas, partido do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que busca emplacar seu líder, o deputado André Fufuca (PP-MA), no cargo.

Ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias (PT-PI) comanda políticas assistenciais, como o Bolsa Família Foto: Roque de Sá/Agência Senado

Em entrevista concedida para a TV Record nesta quinta, o presidente da República negou a possibilidade de mudança. “Esse ministério é meu, não sai do PT”, disse Lula. No último dia 7, a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, também defendeu a permanência de Dias, chamando a pasta de “coração do governo, a menina dos olhos de Lula”, por abrigar as políticas públicas mais caras ao PT.

Uma alternativa cogitada pelo Centrão é divisão da pasta. Com isso, seriam criados os ministérios do Desenvolvimento Social, mantido com Wellington Dias, e do Combate à Fome, com indicação do PP.

Ministério dos Esportes

O Republicanos, que não possui nenhum ministério no governo Lula, também quer emplacar um nome na Esplanada. A tentativa do partido é convencer o governo a nomear o deputado pernambucano Silvio Costa Filho para o lugar de Ana Beatriz Moser, ex-jogadora de vôlei e empreendedora social que lidera a área do esporte desde a transição de governo, em 2022.

Embratur

Presidida por Marcelo Freixo (PSB-RJ), a Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo é ligada ao ministério que agora vai para as mãos de Celso Sabino. A pressão é para que o comando da Embratur também passe para o União Brasil, que deseja um ministério “completo”, como afirmado pelo líder do partido na Câmara, Elmar Nascimento (União Brasil-BA).

Funasa

No começo do ano, o governo editou uma Medida Provisória para extinguir a Fundação Nacional da Saúde, órgão ligado ao Ministério da Saúde, que foi controlado pelo Centrão durante o governo Bolsonaro. Contudo, a MP não foi votada pelo Congresso e perdeu a validade.

Presidente Lula deve indicar presidente interino da Funasa  Foto: Andre Borges/EFE

Agora, segundo o deputado Danilo Forte (União-CE), o governo deve publicar um decreto estruturando uma comissão provisória para a reestruturação da Funasa. Embora o Planalto queira mover o órgão para o Ministério das Cidades, o Centrão briga para que ele seja mantido sob o guarda-chuva da Saúde, para ser turbinado com emendas parlamentares devido ao orçamento da pasta.

Correios

Outro alvo do União Brasil são os Correios. Hoje, a empresa pública é presidida pelo advogado Fabiano Silva. Contudo, o governo tem sido firme na defesa da manutenção da estatal sob o comando do PT, pois, além de bem avaliado pela cúpula do Planalto, Silva foi uma indicação pessoal de Lula e pertence ao grupo de advogados Prerrogativas, que atuou na defesa do presidente durante a Lava Jato.

Caixa Econômica Federal

Presidida atualmente por Rita Serrano, a Caixa está na mira do PP, que quer indicar Gilberto Occhi, ex-ministro dos governos de Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB), que já presidiu o banco, também no governo do emedebista.

Turismo é segunda troca na Esplanada

A troca no Turismo foi a segunda mudança ministerial de Lula em 193 dias, desde o início da atual gestão. Em 19 de abril, o general Gonçalves Dias pediu demissão do cargo de ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), após o vazamento de um vídeo que mostrava o ex-ministro circulando entre golpistas durante a invasão ao Palácio do Planalto em 8 de janeiro.

SÃO PAULO – O Centrão ganhou mais espaço no governo Lula nesta quinta-feira, 13, com a indicação do deputado federal Celso Sabino (União Brasil-PA) para o comando do Ministério do Turismo. Conhecido por apoiar o governo de ocasião em troca de cargos e emendas, o bloco está longe de se dar por satisfeito e almeja novos cargos. Lula tenta blindar pastas que são caras ao PT, como a Saúde e o Desenvolvimento Social, e afirmou que novas trocas na Esplanada só serão discutidas em agosto, após o recesso parlamentar.

Na mira do Centrão estão a chefia de outros ministérios e de empresas públicas, provocando pressão por uma reforma ministerial. O Planalto, com problemas de articulação no Congresso, precisa do apoio de parlamentares do bloco para aprovar projetos de seu interesse.

Confira outros ministérios e empresas públicas que podem sofrer mudanças:

Ministério da Saúde

Comandado pela ex-presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Nísia Trindade, a Saúde tem orçamento atual de R$ 189 bilhões. O Centrão pressiona pela substituição da chefe da pasta, mas, até o momento, a ministra está blindada pela estrutura do governo, que não quer abrir mão de ter uma liderança técnica no ministério.

O presidente Lula afirmou, no último dia 5, que a ministra permanece no posto e pode “dormir tranquila”. “Na semana passada, tinha visto uma pequena nota num jornal com alguém reivindicando o Ministério da Saúde. Fiz questão de ligar pra Nísia e dizer: Nísia, vá dormir e acorde tranquila, porque o Ministério da Saúde é do SUS”, disse Lula.

Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome

O ministério que abriga programas sociais como o Bolsa Família foi colocado estrategicamente sob o controle de Wellington Dias, quadro histórico do Partido dos Trabalhadores. A pasta é alvo de pressão do Progressistas, partido do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que busca emplacar seu líder, o deputado André Fufuca (PP-MA), no cargo.

Ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias (PT-PI) comanda políticas assistenciais, como o Bolsa Família Foto: Roque de Sá/Agência Senado

Em entrevista concedida para a TV Record nesta quinta, o presidente da República negou a possibilidade de mudança. “Esse ministério é meu, não sai do PT”, disse Lula. No último dia 7, a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, também defendeu a permanência de Dias, chamando a pasta de “coração do governo, a menina dos olhos de Lula”, por abrigar as políticas públicas mais caras ao PT.

Uma alternativa cogitada pelo Centrão é divisão da pasta. Com isso, seriam criados os ministérios do Desenvolvimento Social, mantido com Wellington Dias, e do Combate à Fome, com indicação do PP.

Ministério dos Esportes

O Republicanos, que não possui nenhum ministério no governo Lula, também quer emplacar um nome na Esplanada. A tentativa do partido é convencer o governo a nomear o deputado pernambucano Silvio Costa Filho para o lugar de Ana Beatriz Moser, ex-jogadora de vôlei e empreendedora social que lidera a área do esporte desde a transição de governo, em 2022.

Embratur

Presidida por Marcelo Freixo (PSB-RJ), a Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo é ligada ao ministério que agora vai para as mãos de Celso Sabino. A pressão é para que o comando da Embratur também passe para o União Brasil, que deseja um ministério “completo”, como afirmado pelo líder do partido na Câmara, Elmar Nascimento (União Brasil-BA).

Funasa

No começo do ano, o governo editou uma Medida Provisória para extinguir a Fundação Nacional da Saúde, órgão ligado ao Ministério da Saúde, que foi controlado pelo Centrão durante o governo Bolsonaro. Contudo, a MP não foi votada pelo Congresso e perdeu a validade.

Presidente Lula deve indicar presidente interino da Funasa  Foto: Andre Borges/EFE

Agora, segundo o deputado Danilo Forte (União-CE), o governo deve publicar um decreto estruturando uma comissão provisória para a reestruturação da Funasa. Embora o Planalto queira mover o órgão para o Ministério das Cidades, o Centrão briga para que ele seja mantido sob o guarda-chuva da Saúde, para ser turbinado com emendas parlamentares devido ao orçamento da pasta.

Correios

Outro alvo do União Brasil são os Correios. Hoje, a empresa pública é presidida pelo advogado Fabiano Silva. Contudo, o governo tem sido firme na defesa da manutenção da estatal sob o comando do PT, pois, além de bem avaliado pela cúpula do Planalto, Silva foi uma indicação pessoal de Lula e pertence ao grupo de advogados Prerrogativas, que atuou na defesa do presidente durante a Lava Jato.

Caixa Econômica Federal

Presidida atualmente por Rita Serrano, a Caixa está na mira do PP, que quer indicar Gilberto Occhi, ex-ministro dos governos de Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB), que já presidiu o banco, também no governo do emedebista.

Turismo é segunda troca na Esplanada

A troca no Turismo foi a segunda mudança ministerial de Lula em 193 dias, desde o início da atual gestão. Em 19 de abril, o general Gonçalves Dias pediu demissão do cargo de ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), após o vazamento de um vídeo que mostrava o ex-ministro circulando entre golpistas durante a invasão ao Palácio do Planalto em 8 de janeiro.

SÃO PAULO – O Centrão ganhou mais espaço no governo Lula nesta quinta-feira, 13, com a indicação do deputado federal Celso Sabino (União Brasil-PA) para o comando do Ministério do Turismo. Conhecido por apoiar o governo de ocasião em troca de cargos e emendas, o bloco está longe de se dar por satisfeito e almeja novos cargos. Lula tenta blindar pastas que são caras ao PT, como a Saúde e o Desenvolvimento Social, e afirmou que novas trocas na Esplanada só serão discutidas em agosto, após o recesso parlamentar.

Na mira do Centrão estão a chefia de outros ministérios e de empresas públicas, provocando pressão por uma reforma ministerial. O Planalto, com problemas de articulação no Congresso, precisa do apoio de parlamentares do bloco para aprovar projetos de seu interesse.

Confira outros ministérios e empresas públicas que podem sofrer mudanças:

Ministério da Saúde

Comandado pela ex-presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Nísia Trindade, a Saúde tem orçamento atual de R$ 189 bilhões. O Centrão pressiona pela substituição da chefe da pasta, mas, até o momento, a ministra está blindada pela estrutura do governo, que não quer abrir mão de ter uma liderança técnica no ministério.

O presidente Lula afirmou, no último dia 5, que a ministra permanece no posto e pode “dormir tranquila”. “Na semana passada, tinha visto uma pequena nota num jornal com alguém reivindicando o Ministério da Saúde. Fiz questão de ligar pra Nísia e dizer: Nísia, vá dormir e acorde tranquila, porque o Ministério da Saúde é do SUS”, disse Lula.

Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome

O ministério que abriga programas sociais como o Bolsa Família foi colocado estrategicamente sob o controle de Wellington Dias, quadro histórico do Partido dos Trabalhadores. A pasta é alvo de pressão do Progressistas, partido do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que busca emplacar seu líder, o deputado André Fufuca (PP-MA), no cargo.

Ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias (PT-PI) comanda políticas assistenciais, como o Bolsa Família Foto: Roque de Sá/Agência Senado

Em entrevista concedida para a TV Record nesta quinta, o presidente da República negou a possibilidade de mudança. “Esse ministério é meu, não sai do PT”, disse Lula. No último dia 7, a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, também defendeu a permanência de Dias, chamando a pasta de “coração do governo, a menina dos olhos de Lula”, por abrigar as políticas públicas mais caras ao PT.

Uma alternativa cogitada pelo Centrão é divisão da pasta. Com isso, seriam criados os ministérios do Desenvolvimento Social, mantido com Wellington Dias, e do Combate à Fome, com indicação do PP.

Ministério dos Esportes

O Republicanos, que não possui nenhum ministério no governo Lula, também quer emplacar um nome na Esplanada. A tentativa do partido é convencer o governo a nomear o deputado pernambucano Silvio Costa Filho para o lugar de Ana Beatriz Moser, ex-jogadora de vôlei e empreendedora social que lidera a área do esporte desde a transição de governo, em 2022.

Embratur

Presidida por Marcelo Freixo (PSB-RJ), a Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo é ligada ao ministério que agora vai para as mãos de Celso Sabino. A pressão é para que o comando da Embratur também passe para o União Brasil, que deseja um ministério “completo”, como afirmado pelo líder do partido na Câmara, Elmar Nascimento (União Brasil-BA).

Funasa

No começo do ano, o governo editou uma Medida Provisória para extinguir a Fundação Nacional da Saúde, órgão ligado ao Ministério da Saúde, que foi controlado pelo Centrão durante o governo Bolsonaro. Contudo, a MP não foi votada pelo Congresso e perdeu a validade.

Presidente Lula deve indicar presidente interino da Funasa  Foto: Andre Borges/EFE

Agora, segundo o deputado Danilo Forte (União-CE), o governo deve publicar um decreto estruturando uma comissão provisória para a reestruturação da Funasa. Embora o Planalto queira mover o órgão para o Ministério das Cidades, o Centrão briga para que ele seja mantido sob o guarda-chuva da Saúde, para ser turbinado com emendas parlamentares devido ao orçamento da pasta.

Correios

Outro alvo do União Brasil são os Correios. Hoje, a empresa pública é presidida pelo advogado Fabiano Silva. Contudo, o governo tem sido firme na defesa da manutenção da estatal sob o comando do PT, pois, além de bem avaliado pela cúpula do Planalto, Silva foi uma indicação pessoal de Lula e pertence ao grupo de advogados Prerrogativas, que atuou na defesa do presidente durante a Lava Jato.

Caixa Econômica Federal

Presidida atualmente por Rita Serrano, a Caixa está na mira do PP, que quer indicar Gilberto Occhi, ex-ministro dos governos de Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB), que já presidiu o banco, também no governo do emedebista.

Turismo é segunda troca na Esplanada

A troca no Turismo foi a segunda mudança ministerial de Lula em 193 dias, desde o início da atual gestão. Em 19 de abril, o general Gonçalves Dias pediu demissão do cargo de ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), após o vazamento de um vídeo que mostrava o ex-ministro circulando entre golpistas durante a invasão ao Palácio do Planalto em 8 de janeiro.

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