Certificado de vacinação de Bolsonaro foi emitido por coronel Cid e computador do Planalto


Cartão obtido pelo aplicativo ConecteSUS indica que ex-presidente teria tomado três doses contra a covid-19, o que ele nega; investigação diz que documento foi fraudado; DOCUMENTOS: Leia a decisão do ministro Alexandre de Moraes e a manifestação da PGR

Por , Pepita Ortega, Julia Affonso e Fausto Macedo
Atualização:

O certificado de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi emitido pelo aplicativo ConecteSUS por um computador cadastrado no Palácio do Planalto.

LEIA A DECISÃO DE ALEXANDRE

LEIA A MANIFESTAÇÃO DA PGR

continua após a publicidade

O cartão aponta que o ex-presidente teria recebido três doses da vacina contra a covid-19: uma Janssen e duas Pfizer. Bolsonaro nega ter se vacinado.

A Polícia Federal (PF) identificou que o computador usado para acessar o aplicativo em duas ocasiões, nos dias 22 e 27 de dezembro de 2022, pertence à Presidência da República e está cadastrado no Palácio do Planalto.

Um relatório enviado pela PF ao Supremo Tribunal Federal (PF) afirma que o certificado é ‘ideologicamente falso’ e que, pelas provas reunidas até o momento, Bolsonaro teria ‘plena ciência’ da inserção fraudulenta dos dados de vacinação.

continua após a publicidade
Certificado de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro foi emitido pelo aplicativo ConecteSUS. Foto: Reprodução Foto: Foto: Reprodução

A investigação aponta ainda que um terceiro acesso ao aplicativo foi feito no dia 30 de dezembro pelo celular do ex-ajudante de ordens presidencial, o tenente-coronel Mauro Cid, preso preventivamente nesta quarta-feira, 3, na Operação Venire.

A PF acredita que era Mauro Cid quem administrava a conta do ex-presidente no ConecteSUS. Isso porque o e-mail funcional do ex-assessor estava vinculado ao perfil.

continua após a publicidade

Após gerar o primeiro certificado de vacinação, o endereço de e-mail foi trocado. Passou a constar um e-mail pessoal do coronel do Exército Marcelo Costa Câmara, ex-assessor especial da Presidência da República.

“A alteração cadastral pode ser atribuída ao fato de que Mauro César Cid deixaria de assessorar o ex-Presidente Jair Bolsonaro a partir de 01 de janeiro de 2023, passando tal função a ser exercida por outras pessoas, dentre elas, Marcelo Câmara, que inclusive viajou para a cidade de Orlando em três oportunidades para acompanhar Jair Bolsonaro. Isso explicaria a mudança no cadastro do aplicativo ConecteSUS do ex-presidente, que deveria ficar a cargo de alguém que estivesse mais próximo, no caso, o Assessor Marcelo Costa Câmara”, afirma a PF.

Em representação enviada ao Supremo, PF afirma que certificado de vacinação de Bolsonaro emitido pelo ConecteSUS é ‘ideologicamente falso’ Foto: Foto
continua após a publicidade

Autorizados pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), policiais federais fizeram buscas na casa de Bolsonaro na manhã de hoje e apreenderam o celular do ex-presidente. O aparelho vai passar por perícia nos próximos dias.

COM A PALAVRA, O EX-PRESIDENTE JAIR BOLSONARO

“A defesa do ex-presidente da República, Jair Bolsonaro, reitera que este, em linha com a posição que sempre manteve, nunca recebeu qualquer imunizante contra covid-19. Na constância de seu mandato somente ingressou em países estrangeiros que aceitassem tal condição ou se dessem por satisfeitos com a realização de teste viral, procedimento adotado em diversas ocasiões. A ex-primeira-dama, Dona Michelle, conforme amplamente divulgado, foi vacinada, com imunizante de dose única, no ano de 2021. A filha menor do casal, por sua vez, foi proibida de receber qualquer imunizante em razão de comorbidades preexistentes, situação sempre e devidamente atestada por médicos. A contrario sensu do quanto amplamente noticiado na data de hoje, não haveria qualquer motivo para que o ex-presidente promovesse ou determinasse a confecção de certificados falsos.”

continua após a publicidade

Paulo Amador da Cunha Bueno, Daniel Bettamio Tesser e Fábio Wajngarten

O certificado de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi emitido pelo aplicativo ConecteSUS por um computador cadastrado no Palácio do Planalto.

LEIA A DECISÃO DE ALEXANDRE

LEIA A MANIFESTAÇÃO DA PGR

O cartão aponta que o ex-presidente teria recebido três doses da vacina contra a covid-19: uma Janssen e duas Pfizer. Bolsonaro nega ter se vacinado.

A Polícia Federal (PF) identificou que o computador usado para acessar o aplicativo em duas ocasiões, nos dias 22 e 27 de dezembro de 2022, pertence à Presidência da República e está cadastrado no Palácio do Planalto.

Um relatório enviado pela PF ao Supremo Tribunal Federal (PF) afirma que o certificado é ‘ideologicamente falso’ e que, pelas provas reunidas até o momento, Bolsonaro teria ‘plena ciência’ da inserção fraudulenta dos dados de vacinação.

Certificado de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro foi emitido pelo aplicativo ConecteSUS. Foto: Reprodução Foto: Foto: Reprodução

A investigação aponta ainda que um terceiro acesso ao aplicativo foi feito no dia 30 de dezembro pelo celular do ex-ajudante de ordens presidencial, o tenente-coronel Mauro Cid, preso preventivamente nesta quarta-feira, 3, na Operação Venire.

A PF acredita que era Mauro Cid quem administrava a conta do ex-presidente no ConecteSUS. Isso porque o e-mail funcional do ex-assessor estava vinculado ao perfil.

Após gerar o primeiro certificado de vacinação, o endereço de e-mail foi trocado. Passou a constar um e-mail pessoal do coronel do Exército Marcelo Costa Câmara, ex-assessor especial da Presidência da República.

“A alteração cadastral pode ser atribuída ao fato de que Mauro César Cid deixaria de assessorar o ex-Presidente Jair Bolsonaro a partir de 01 de janeiro de 2023, passando tal função a ser exercida por outras pessoas, dentre elas, Marcelo Câmara, que inclusive viajou para a cidade de Orlando em três oportunidades para acompanhar Jair Bolsonaro. Isso explicaria a mudança no cadastro do aplicativo ConecteSUS do ex-presidente, que deveria ficar a cargo de alguém que estivesse mais próximo, no caso, o Assessor Marcelo Costa Câmara”, afirma a PF.

Em representação enviada ao Supremo, PF afirma que certificado de vacinação de Bolsonaro emitido pelo ConecteSUS é ‘ideologicamente falso’ Foto: Foto

Autorizados pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), policiais federais fizeram buscas na casa de Bolsonaro na manhã de hoje e apreenderam o celular do ex-presidente. O aparelho vai passar por perícia nos próximos dias.

COM A PALAVRA, O EX-PRESIDENTE JAIR BOLSONARO

“A defesa do ex-presidente da República, Jair Bolsonaro, reitera que este, em linha com a posição que sempre manteve, nunca recebeu qualquer imunizante contra covid-19. Na constância de seu mandato somente ingressou em países estrangeiros que aceitassem tal condição ou se dessem por satisfeitos com a realização de teste viral, procedimento adotado em diversas ocasiões. A ex-primeira-dama, Dona Michelle, conforme amplamente divulgado, foi vacinada, com imunizante de dose única, no ano de 2021. A filha menor do casal, por sua vez, foi proibida de receber qualquer imunizante em razão de comorbidades preexistentes, situação sempre e devidamente atestada por médicos. A contrario sensu do quanto amplamente noticiado na data de hoje, não haveria qualquer motivo para que o ex-presidente promovesse ou determinasse a confecção de certificados falsos.”

Paulo Amador da Cunha Bueno, Daniel Bettamio Tesser e Fábio Wajngarten

O certificado de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi emitido pelo aplicativo ConecteSUS por um computador cadastrado no Palácio do Planalto.

LEIA A DECISÃO DE ALEXANDRE

LEIA A MANIFESTAÇÃO DA PGR

O cartão aponta que o ex-presidente teria recebido três doses da vacina contra a covid-19: uma Janssen e duas Pfizer. Bolsonaro nega ter se vacinado.

A Polícia Federal (PF) identificou que o computador usado para acessar o aplicativo em duas ocasiões, nos dias 22 e 27 de dezembro de 2022, pertence à Presidência da República e está cadastrado no Palácio do Planalto.

Um relatório enviado pela PF ao Supremo Tribunal Federal (PF) afirma que o certificado é ‘ideologicamente falso’ e que, pelas provas reunidas até o momento, Bolsonaro teria ‘plena ciência’ da inserção fraudulenta dos dados de vacinação.

Certificado de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro foi emitido pelo aplicativo ConecteSUS. Foto: Reprodução Foto: Foto: Reprodução

A investigação aponta ainda que um terceiro acesso ao aplicativo foi feito no dia 30 de dezembro pelo celular do ex-ajudante de ordens presidencial, o tenente-coronel Mauro Cid, preso preventivamente nesta quarta-feira, 3, na Operação Venire.

A PF acredita que era Mauro Cid quem administrava a conta do ex-presidente no ConecteSUS. Isso porque o e-mail funcional do ex-assessor estava vinculado ao perfil.

Após gerar o primeiro certificado de vacinação, o endereço de e-mail foi trocado. Passou a constar um e-mail pessoal do coronel do Exército Marcelo Costa Câmara, ex-assessor especial da Presidência da República.

“A alteração cadastral pode ser atribuída ao fato de que Mauro César Cid deixaria de assessorar o ex-Presidente Jair Bolsonaro a partir de 01 de janeiro de 2023, passando tal função a ser exercida por outras pessoas, dentre elas, Marcelo Câmara, que inclusive viajou para a cidade de Orlando em três oportunidades para acompanhar Jair Bolsonaro. Isso explicaria a mudança no cadastro do aplicativo ConecteSUS do ex-presidente, que deveria ficar a cargo de alguém que estivesse mais próximo, no caso, o Assessor Marcelo Costa Câmara”, afirma a PF.

Em representação enviada ao Supremo, PF afirma que certificado de vacinação de Bolsonaro emitido pelo ConecteSUS é ‘ideologicamente falso’ Foto: Foto

Autorizados pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), policiais federais fizeram buscas na casa de Bolsonaro na manhã de hoje e apreenderam o celular do ex-presidente. O aparelho vai passar por perícia nos próximos dias.

COM A PALAVRA, O EX-PRESIDENTE JAIR BOLSONARO

“A defesa do ex-presidente da República, Jair Bolsonaro, reitera que este, em linha com a posição que sempre manteve, nunca recebeu qualquer imunizante contra covid-19. Na constância de seu mandato somente ingressou em países estrangeiros que aceitassem tal condição ou se dessem por satisfeitos com a realização de teste viral, procedimento adotado em diversas ocasiões. A ex-primeira-dama, Dona Michelle, conforme amplamente divulgado, foi vacinada, com imunizante de dose única, no ano de 2021. A filha menor do casal, por sua vez, foi proibida de receber qualquer imunizante em razão de comorbidades preexistentes, situação sempre e devidamente atestada por médicos. A contrario sensu do quanto amplamente noticiado na data de hoje, não haveria qualquer motivo para que o ex-presidente promovesse ou determinasse a confecção de certificados falsos.”

Paulo Amador da Cunha Bueno, Daniel Bettamio Tesser e Fábio Wajngarten

O certificado de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi emitido pelo aplicativo ConecteSUS por um computador cadastrado no Palácio do Planalto.

LEIA A DECISÃO DE ALEXANDRE

LEIA A MANIFESTAÇÃO DA PGR

O cartão aponta que o ex-presidente teria recebido três doses da vacina contra a covid-19: uma Janssen e duas Pfizer. Bolsonaro nega ter se vacinado.

A Polícia Federal (PF) identificou que o computador usado para acessar o aplicativo em duas ocasiões, nos dias 22 e 27 de dezembro de 2022, pertence à Presidência da República e está cadastrado no Palácio do Planalto.

Um relatório enviado pela PF ao Supremo Tribunal Federal (PF) afirma que o certificado é ‘ideologicamente falso’ e que, pelas provas reunidas até o momento, Bolsonaro teria ‘plena ciência’ da inserção fraudulenta dos dados de vacinação.

Certificado de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro foi emitido pelo aplicativo ConecteSUS. Foto: Reprodução Foto: Foto: Reprodução

A investigação aponta ainda que um terceiro acesso ao aplicativo foi feito no dia 30 de dezembro pelo celular do ex-ajudante de ordens presidencial, o tenente-coronel Mauro Cid, preso preventivamente nesta quarta-feira, 3, na Operação Venire.

A PF acredita que era Mauro Cid quem administrava a conta do ex-presidente no ConecteSUS. Isso porque o e-mail funcional do ex-assessor estava vinculado ao perfil.

Após gerar o primeiro certificado de vacinação, o endereço de e-mail foi trocado. Passou a constar um e-mail pessoal do coronel do Exército Marcelo Costa Câmara, ex-assessor especial da Presidência da República.

“A alteração cadastral pode ser atribuída ao fato de que Mauro César Cid deixaria de assessorar o ex-Presidente Jair Bolsonaro a partir de 01 de janeiro de 2023, passando tal função a ser exercida por outras pessoas, dentre elas, Marcelo Câmara, que inclusive viajou para a cidade de Orlando em três oportunidades para acompanhar Jair Bolsonaro. Isso explicaria a mudança no cadastro do aplicativo ConecteSUS do ex-presidente, que deveria ficar a cargo de alguém que estivesse mais próximo, no caso, o Assessor Marcelo Costa Câmara”, afirma a PF.

Em representação enviada ao Supremo, PF afirma que certificado de vacinação de Bolsonaro emitido pelo ConecteSUS é ‘ideologicamente falso’ Foto: Foto

Autorizados pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), policiais federais fizeram buscas na casa de Bolsonaro na manhã de hoje e apreenderam o celular do ex-presidente. O aparelho vai passar por perícia nos próximos dias.

COM A PALAVRA, O EX-PRESIDENTE JAIR BOLSONARO

“A defesa do ex-presidente da República, Jair Bolsonaro, reitera que este, em linha com a posição que sempre manteve, nunca recebeu qualquer imunizante contra covid-19. Na constância de seu mandato somente ingressou em países estrangeiros que aceitassem tal condição ou se dessem por satisfeitos com a realização de teste viral, procedimento adotado em diversas ocasiões. A ex-primeira-dama, Dona Michelle, conforme amplamente divulgado, foi vacinada, com imunizante de dose única, no ano de 2021. A filha menor do casal, por sua vez, foi proibida de receber qualquer imunizante em razão de comorbidades preexistentes, situação sempre e devidamente atestada por médicos. A contrario sensu do quanto amplamente noticiado na data de hoje, não haveria qualquer motivo para que o ex-presidente promovesse ou determinasse a confecção de certificados falsos.”

Paulo Amador da Cunha Bueno, Daniel Bettamio Tesser e Fábio Wajngarten

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.