Irmãos Brazão infiltraram miliciano em reunião do PSOL para espionar Marielle, diz Lessa em delação


Delator diz que Chiquinho e Domingos Brazão colocaram um miliciano de Rio das Pedras para monitorar Marielle em reunião onde ela pediu para que a população carioca não aderisse a loteamentos feitos por milicianos; irmãos alegam não ter envolvimento com o crime

Por Gabriel de Sousa
Atualização:

BRASÍLIA - O ex-policial militar Ronnie Lessa, executor da vereadora do Rio Marielle Franco (PSOL), afirmou em delação premiada que o deputado federal Chiquinho Brazão (União-RJ) e o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) Domingos Brazão infiltraram um miliciano de Rio das Pedras (RJ), uma comunidade pobre da Barra da Tijuca, para monitorar a parlamentar em uma reunião do PSOL.

A vereadora Marielle Franco, executada no Rio de Janeiro em março de 2018 Foto: Renan Olaz/CMRJ

De acordo com o relatório do ministro, divulgado neste domingo, 24, Chiquinho e Domingos Brazão colocaram o miliciano Laerte Silva de Lima para levantar informações sobre a atuação de Marielle contra a expansão imobiliária da milícia na Zona Oeste do Rio.

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Durante o encontro do PSOL, Marielle pediu para a população cariosa não aderisse a novos loteamentos situados em áreas de milícia. O relatório estabeleceu que o motivo da execução da vereadora foi a sua oposição a um projeto de Chiquinho Brazão, na época vereador, que visava a regularização de condomínios irregulares em regiões dominadas por grupos paramilitares.

O relatório do magistrado cita também uma reunião que os irmãos Brazão tiveram com Lessa e Robson Calixto Fonseca, mais conhecido como “Peixe”, que é assessor do TCE-RJ. No encontro, foi apresentada uma exigência do ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa, que seria a de não assassinar a vereadora se ele estivesse saindo da Câmara Municipal do Rio.

“Dessa primeira reunião, extraem-se três pontos: os Irmãos Brazão infiltraram o nacional Laerte Silva de Lima nas fileiras do PSOL para levantamento interno de informações, o que resultou na indicação de que Marielle pediu para a população não aderir a novos loteamentos situados em áreas de milícia. Foi apresentada aos sicários a proposta de recompensa pelo crime e estabelecida a única exigência, qual seja, a execução não poderia se originar da Câmara dos Vereadores”, diz o trecho da decisão de Moraes.

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Neste domingo, 24, Chiquinho e Domingos foram presos pela PF por serem considerados os mandantes da execução. Rinaldo Barbosa também foi preso por obstruir as investigações e participar do planejamento do crime. Já Robson Calixto Fonseca foi alvo de busca e apreensão e foi afastado das funções públicas por Moraes.

O advogado Ubiratan Guedes, que representa Domingos, e o advogado Alexandre Dumans, que representa Barbosa, negam a participação deles no assassinato da vereadora. A defesa de Chiquinho Brazão foi procurada neste domingo, mas não se manifestou. No último dia 20, em nota, ele se disse “surpreendido por especulações que buscam lhe envolver no crime”.

Laerte é miliciano de região onde Domingos Brazão tem influência política

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Laerte foi preso em março de 2019 por participar de uma organização criminosa que realizava grilagem de terras em Rio das Pedras, que fica na Zona Oeste do Rio. Naquela época, a expansão fundiária das milícias já era apontada como a possível motivação da execução de Marielle.

Em 2008, quando a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) divulgou o relatório da CPI das Milícias, o primeiro depoente, o vereador Josinaldo Francisco da Cruz, o Nadinho de Rio das Pedras (DEM), afirmou que Domingos Brazão, então deputado estadual pelo PMDB, teria sido eleito com o apoio da milícia de Rio das Pedras. Apesar da citação, o conselheiro não foi indiciado pelo colegiado.

O Estadão tentou localizar a defesa de Laerte Silva de Lima, mas não teve retorno. O espaço segue aberto.

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BRASÍLIA - O ex-policial militar Ronnie Lessa, executor da vereadora do Rio Marielle Franco (PSOL), afirmou em delação premiada que o deputado federal Chiquinho Brazão (União-RJ) e o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) Domingos Brazão infiltraram um miliciano de Rio das Pedras (RJ), uma comunidade pobre da Barra da Tijuca, para monitorar a parlamentar em uma reunião do PSOL.

A vereadora Marielle Franco, executada no Rio de Janeiro em março de 2018 Foto: Renan Olaz/CMRJ

De acordo com o relatório do ministro, divulgado neste domingo, 24, Chiquinho e Domingos Brazão colocaram o miliciano Laerte Silva de Lima para levantar informações sobre a atuação de Marielle contra a expansão imobiliária da milícia na Zona Oeste do Rio.

Durante o encontro do PSOL, Marielle pediu para a população cariosa não aderisse a novos loteamentos situados em áreas de milícia. O relatório estabeleceu que o motivo da execução da vereadora foi a sua oposição a um projeto de Chiquinho Brazão, na época vereador, que visava a regularização de condomínios irregulares em regiões dominadas por grupos paramilitares.

O relatório do magistrado cita também uma reunião que os irmãos Brazão tiveram com Lessa e Robson Calixto Fonseca, mais conhecido como “Peixe”, que é assessor do TCE-RJ. No encontro, foi apresentada uma exigência do ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa, que seria a de não assassinar a vereadora se ele estivesse saindo da Câmara Municipal do Rio.

“Dessa primeira reunião, extraem-se três pontos: os Irmãos Brazão infiltraram o nacional Laerte Silva de Lima nas fileiras do PSOL para levantamento interno de informações, o que resultou na indicação de que Marielle pediu para a população não aderir a novos loteamentos situados em áreas de milícia. Foi apresentada aos sicários a proposta de recompensa pelo crime e estabelecida a única exigência, qual seja, a execução não poderia se originar da Câmara dos Vereadores”, diz o trecho da decisão de Moraes.

Neste domingo, 24, Chiquinho e Domingos foram presos pela PF por serem considerados os mandantes da execução. Rinaldo Barbosa também foi preso por obstruir as investigações e participar do planejamento do crime. Já Robson Calixto Fonseca foi alvo de busca e apreensão e foi afastado das funções públicas por Moraes.

O advogado Ubiratan Guedes, que representa Domingos, e o advogado Alexandre Dumans, que representa Barbosa, negam a participação deles no assassinato da vereadora. A defesa de Chiquinho Brazão foi procurada neste domingo, mas não se manifestou. No último dia 20, em nota, ele se disse “surpreendido por especulações que buscam lhe envolver no crime”.

Laerte é miliciano de região onde Domingos Brazão tem influência política

Laerte foi preso em março de 2019 por participar de uma organização criminosa que realizava grilagem de terras em Rio das Pedras, que fica na Zona Oeste do Rio. Naquela época, a expansão fundiária das milícias já era apontada como a possível motivação da execução de Marielle.

Em 2008, quando a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) divulgou o relatório da CPI das Milícias, o primeiro depoente, o vereador Josinaldo Francisco da Cruz, o Nadinho de Rio das Pedras (DEM), afirmou que Domingos Brazão, então deputado estadual pelo PMDB, teria sido eleito com o apoio da milícia de Rio das Pedras. Apesar da citação, o conselheiro não foi indiciado pelo colegiado.

O Estadão tentou localizar a defesa de Laerte Silva de Lima, mas não teve retorno. O espaço segue aberto.

BRASÍLIA - O ex-policial militar Ronnie Lessa, executor da vereadora do Rio Marielle Franco (PSOL), afirmou em delação premiada que o deputado federal Chiquinho Brazão (União-RJ) e o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) Domingos Brazão infiltraram um miliciano de Rio das Pedras (RJ), uma comunidade pobre da Barra da Tijuca, para monitorar a parlamentar em uma reunião do PSOL.

A vereadora Marielle Franco, executada no Rio de Janeiro em março de 2018 Foto: Renan Olaz/CMRJ

De acordo com o relatório do ministro, divulgado neste domingo, 24, Chiquinho e Domingos Brazão colocaram o miliciano Laerte Silva de Lima para levantar informações sobre a atuação de Marielle contra a expansão imobiliária da milícia na Zona Oeste do Rio.

Durante o encontro do PSOL, Marielle pediu para a população cariosa não aderisse a novos loteamentos situados em áreas de milícia. O relatório estabeleceu que o motivo da execução da vereadora foi a sua oposição a um projeto de Chiquinho Brazão, na época vereador, que visava a regularização de condomínios irregulares em regiões dominadas por grupos paramilitares.

O relatório do magistrado cita também uma reunião que os irmãos Brazão tiveram com Lessa e Robson Calixto Fonseca, mais conhecido como “Peixe”, que é assessor do TCE-RJ. No encontro, foi apresentada uma exigência do ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa, que seria a de não assassinar a vereadora se ele estivesse saindo da Câmara Municipal do Rio.

“Dessa primeira reunião, extraem-se três pontos: os Irmãos Brazão infiltraram o nacional Laerte Silva de Lima nas fileiras do PSOL para levantamento interno de informações, o que resultou na indicação de que Marielle pediu para a população não aderir a novos loteamentos situados em áreas de milícia. Foi apresentada aos sicários a proposta de recompensa pelo crime e estabelecida a única exigência, qual seja, a execução não poderia se originar da Câmara dos Vereadores”, diz o trecho da decisão de Moraes.

Neste domingo, 24, Chiquinho e Domingos foram presos pela PF por serem considerados os mandantes da execução. Rinaldo Barbosa também foi preso por obstruir as investigações e participar do planejamento do crime. Já Robson Calixto Fonseca foi alvo de busca e apreensão e foi afastado das funções públicas por Moraes.

O advogado Ubiratan Guedes, que representa Domingos, e o advogado Alexandre Dumans, que representa Barbosa, negam a participação deles no assassinato da vereadora. A defesa de Chiquinho Brazão foi procurada neste domingo, mas não se manifestou. No último dia 20, em nota, ele se disse “surpreendido por especulações que buscam lhe envolver no crime”.

Laerte é miliciano de região onde Domingos Brazão tem influência política

Laerte foi preso em março de 2019 por participar de uma organização criminosa que realizava grilagem de terras em Rio das Pedras, que fica na Zona Oeste do Rio. Naquela época, a expansão fundiária das milícias já era apontada como a possível motivação da execução de Marielle.

Em 2008, quando a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) divulgou o relatório da CPI das Milícias, o primeiro depoente, o vereador Josinaldo Francisco da Cruz, o Nadinho de Rio das Pedras (DEM), afirmou que Domingos Brazão, então deputado estadual pelo PMDB, teria sido eleito com o apoio da milícia de Rio das Pedras. Apesar da citação, o conselheiro não foi indiciado pelo colegiado.

O Estadão tentou localizar a defesa de Laerte Silva de Lima, mas não teve retorno. O espaço segue aberto.

BRASÍLIA - O ex-policial militar Ronnie Lessa, executor da vereadora do Rio Marielle Franco (PSOL), afirmou em delação premiada que o deputado federal Chiquinho Brazão (União-RJ) e o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) Domingos Brazão infiltraram um miliciano de Rio das Pedras (RJ), uma comunidade pobre da Barra da Tijuca, para monitorar a parlamentar em uma reunião do PSOL.

A vereadora Marielle Franco, executada no Rio de Janeiro em março de 2018 Foto: Renan Olaz/CMRJ

De acordo com o relatório do ministro, divulgado neste domingo, 24, Chiquinho e Domingos Brazão colocaram o miliciano Laerte Silva de Lima para levantar informações sobre a atuação de Marielle contra a expansão imobiliária da milícia na Zona Oeste do Rio.

Durante o encontro do PSOL, Marielle pediu para a população cariosa não aderisse a novos loteamentos situados em áreas de milícia. O relatório estabeleceu que o motivo da execução da vereadora foi a sua oposição a um projeto de Chiquinho Brazão, na época vereador, que visava a regularização de condomínios irregulares em regiões dominadas por grupos paramilitares.

O relatório do magistrado cita também uma reunião que os irmãos Brazão tiveram com Lessa e Robson Calixto Fonseca, mais conhecido como “Peixe”, que é assessor do TCE-RJ. No encontro, foi apresentada uma exigência do ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa, que seria a de não assassinar a vereadora se ele estivesse saindo da Câmara Municipal do Rio.

“Dessa primeira reunião, extraem-se três pontos: os Irmãos Brazão infiltraram o nacional Laerte Silva de Lima nas fileiras do PSOL para levantamento interno de informações, o que resultou na indicação de que Marielle pediu para a população não aderir a novos loteamentos situados em áreas de milícia. Foi apresentada aos sicários a proposta de recompensa pelo crime e estabelecida a única exigência, qual seja, a execução não poderia se originar da Câmara dos Vereadores”, diz o trecho da decisão de Moraes.

Neste domingo, 24, Chiquinho e Domingos foram presos pela PF por serem considerados os mandantes da execução. Rinaldo Barbosa também foi preso por obstruir as investigações e participar do planejamento do crime. Já Robson Calixto Fonseca foi alvo de busca e apreensão e foi afastado das funções públicas por Moraes.

O advogado Ubiratan Guedes, que representa Domingos, e o advogado Alexandre Dumans, que representa Barbosa, negam a participação deles no assassinato da vereadora. A defesa de Chiquinho Brazão foi procurada neste domingo, mas não se manifestou. No último dia 20, em nota, ele se disse “surpreendido por especulações que buscam lhe envolver no crime”.

Laerte é miliciano de região onde Domingos Brazão tem influência política

Laerte foi preso em março de 2019 por participar de uma organização criminosa que realizava grilagem de terras em Rio das Pedras, que fica na Zona Oeste do Rio. Naquela época, a expansão fundiária das milícias já era apontada como a possível motivação da execução de Marielle.

Em 2008, quando a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) divulgou o relatório da CPI das Milícias, o primeiro depoente, o vereador Josinaldo Francisco da Cruz, o Nadinho de Rio das Pedras (DEM), afirmou que Domingos Brazão, então deputado estadual pelo PMDB, teria sido eleito com o apoio da milícia de Rio das Pedras. Apesar da citação, o conselheiro não foi indiciado pelo colegiado.

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