Cidades com passe livre reduzem mais a abstenção no segundo turno


Queda foi de 0,54 ponto, ante 0,29 ponto registrado nas localidades que cobraram passagem no dia da eleição

Por Cindy Damasceno e Leon Ferrari

A abstenção no segundo turno da eleição caiu na comparação com a primeira votação, com redução um pouco mais acentuada em cidades que adotaram o passe livre no transporte público.

Levantamento feito pelo Estadão apontou que na porção do eleitorado em que o transporte foi cobrado, a abstenção caiu de 21,25% para 20,96% – 0,29 ponto porcentual. Já no caso dos eleitores que tiveram o transporte municipal gratuito a queda foi de 0,54 ponto porcentual – de 19,63% para 19,09%. Nas localidades em que o transporte metropolitano (entre cidades) teve as catracas liberadas, a ausência recuou de 20,06% para 19,55%, diferença de 0,51. Desde 2002, houve um aumento, em média, de 2,2 pontos porcentuais das abstenções de um turno para o outro.

Para Antônio Lavareda, a gratuidade foi importante para o recuo nas ausências, mas ainda não é o suficiente.  Foto: Nilton Fukuda/Estadão
continua após a publicidade

Especialistas disseram que a gratuidade do transporte público foi importante para o recuo no total de eleitores faltosos, mas indicaram que a polarização entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) também foi responsável pela maior mobilização do eleitorado neste ano.

Na análise, o Estadão considerou todas as 303 cidades com gratuidade exclusivamente no segundo turno, de acordo com levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), em parceria com o movimento Passe Livre Pela Democracia. A redução comparou os dados entre os turnos. As informações da segunda rodada da disputa são parciais e foram retiradas de plataformas ligadas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

continua após a publicidade

Não é a primeira vez que prefeituras liberaram as catracas nas eleições – a diferença neste ano esteve na adesão dos municípios e no envolvimento inédito do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A Corte aprovou resolução que proibia prefeitos de reduzir a oferta de transporte coletivo no segundo turno e barrava ações de crime eleitoral para os gestores que adotassem a medida.

Cientista político e professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP), Marco Antonio Teixeira disse acreditar que a queda na abstenção tenha sido fruto de uma disputa acirrada, do passe livre e também de um maior acesso à informação pelo eleitor sobre as melhorias adotadas pelo TSE de um turno para outro para facilitar a votação.

continua após a publicidade

“Tivemos um primeiro turno muito conturbado, com filas. O segundo já foi mais tranquilo. Houve uma informação muito clara de que o processo seria melhorado, não seriam mais cinco escolhas, dependendo do lugar, seriam duas. Isso também ajudou”, disse o professor da FGV.

Para o cientista político e presidente do Conselho Científico do Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe), Antônio Lavareda, a gratuidade foi importante para o recuo nas ausências, mas ainda não é o suficiente. “A abstenção afeta os mais pobres e os de menor escolaridade. O passe livre foi importante, apesar da abstenção permanecer elevada. Isso mostra que essa política é extremamente importante, mas ainda é insuficiente”, afirmou.

Lavareda disse que a redução das taxas de abstenção fortalece a cidadania. “Você deixar esse contingente todo fora do momento mais importante do sistema democrático, alguma coisa precisa ser refletida. Não se deve naturalizar a abstenção”, afirmou o cientista político.

A abstenção no segundo turno da eleição caiu na comparação com a primeira votação, com redução um pouco mais acentuada em cidades que adotaram o passe livre no transporte público.

Levantamento feito pelo Estadão apontou que na porção do eleitorado em que o transporte foi cobrado, a abstenção caiu de 21,25% para 20,96% – 0,29 ponto porcentual. Já no caso dos eleitores que tiveram o transporte municipal gratuito a queda foi de 0,54 ponto porcentual – de 19,63% para 19,09%. Nas localidades em que o transporte metropolitano (entre cidades) teve as catracas liberadas, a ausência recuou de 20,06% para 19,55%, diferença de 0,51. Desde 2002, houve um aumento, em média, de 2,2 pontos porcentuais das abstenções de um turno para o outro.

Para Antônio Lavareda, a gratuidade foi importante para o recuo nas ausências, mas ainda não é o suficiente.  Foto: Nilton Fukuda/Estadão

Especialistas disseram que a gratuidade do transporte público foi importante para o recuo no total de eleitores faltosos, mas indicaram que a polarização entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) também foi responsável pela maior mobilização do eleitorado neste ano.

Na análise, o Estadão considerou todas as 303 cidades com gratuidade exclusivamente no segundo turno, de acordo com levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), em parceria com o movimento Passe Livre Pela Democracia. A redução comparou os dados entre os turnos. As informações da segunda rodada da disputa são parciais e foram retiradas de plataformas ligadas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Não é a primeira vez que prefeituras liberaram as catracas nas eleições – a diferença neste ano esteve na adesão dos municípios e no envolvimento inédito do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A Corte aprovou resolução que proibia prefeitos de reduzir a oferta de transporte coletivo no segundo turno e barrava ações de crime eleitoral para os gestores que adotassem a medida.

Cientista político e professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP), Marco Antonio Teixeira disse acreditar que a queda na abstenção tenha sido fruto de uma disputa acirrada, do passe livre e também de um maior acesso à informação pelo eleitor sobre as melhorias adotadas pelo TSE de um turno para outro para facilitar a votação.

“Tivemos um primeiro turno muito conturbado, com filas. O segundo já foi mais tranquilo. Houve uma informação muito clara de que o processo seria melhorado, não seriam mais cinco escolhas, dependendo do lugar, seriam duas. Isso também ajudou”, disse o professor da FGV.

Para o cientista político e presidente do Conselho Científico do Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe), Antônio Lavareda, a gratuidade foi importante para o recuo nas ausências, mas ainda não é o suficiente. “A abstenção afeta os mais pobres e os de menor escolaridade. O passe livre foi importante, apesar da abstenção permanecer elevada. Isso mostra que essa política é extremamente importante, mas ainda é insuficiente”, afirmou.

Lavareda disse que a redução das taxas de abstenção fortalece a cidadania. “Você deixar esse contingente todo fora do momento mais importante do sistema democrático, alguma coisa precisa ser refletida. Não se deve naturalizar a abstenção”, afirmou o cientista político.

A abstenção no segundo turno da eleição caiu na comparação com a primeira votação, com redução um pouco mais acentuada em cidades que adotaram o passe livre no transporte público.

Levantamento feito pelo Estadão apontou que na porção do eleitorado em que o transporte foi cobrado, a abstenção caiu de 21,25% para 20,96% – 0,29 ponto porcentual. Já no caso dos eleitores que tiveram o transporte municipal gratuito a queda foi de 0,54 ponto porcentual – de 19,63% para 19,09%. Nas localidades em que o transporte metropolitano (entre cidades) teve as catracas liberadas, a ausência recuou de 20,06% para 19,55%, diferença de 0,51. Desde 2002, houve um aumento, em média, de 2,2 pontos porcentuais das abstenções de um turno para o outro.

Para Antônio Lavareda, a gratuidade foi importante para o recuo nas ausências, mas ainda não é o suficiente.  Foto: Nilton Fukuda/Estadão

Especialistas disseram que a gratuidade do transporte público foi importante para o recuo no total de eleitores faltosos, mas indicaram que a polarização entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) também foi responsável pela maior mobilização do eleitorado neste ano.

Na análise, o Estadão considerou todas as 303 cidades com gratuidade exclusivamente no segundo turno, de acordo com levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), em parceria com o movimento Passe Livre Pela Democracia. A redução comparou os dados entre os turnos. As informações da segunda rodada da disputa são parciais e foram retiradas de plataformas ligadas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Não é a primeira vez que prefeituras liberaram as catracas nas eleições – a diferença neste ano esteve na adesão dos municípios e no envolvimento inédito do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A Corte aprovou resolução que proibia prefeitos de reduzir a oferta de transporte coletivo no segundo turno e barrava ações de crime eleitoral para os gestores que adotassem a medida.

Cientista político e professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP), Marco Antonio Teixeira disse acreditar que a queda na abstenção tenha sido fruto de uma disputa acirrada, do passe livre e também de um maior acesso à informação pelo eleitor sobre as melhorias adotadas pelo TSE de um turno para outro para facilitar a votação.

“Tivemos um primeiro turno muito conturbado, com filas. O segundo já foi mais tranquilo. Houve uma informação muito clara de que o processo seria melhorado, não seriam mais cinco escolhas, dependendo do lugar, seriam duas. Isso também ajudou”, disse o professor da FGV.

Para o cientista político e presidente do Conselho Científico do Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe), Antônio Lavareda, a gratuidade foi importante para o recuo nas ausências, mas ainda não é o suficiente. “A abstenção afeta os mais pobres e os de menor escolaridade. O passe livre foi importante, apesar da abstenção permanecer elevada. Isso mostra que essa política é extremamente importante, mas ainda é insuficiente”, afirmou.

Lavareda disse que a redução das taxas de abstenção fortalece a cidadania. “Você deixar esse contingente todo fora do momento mais importante do sistema democrático, alguma coisa precisa ser refletida. Não se deve naturalizar a abstenção”, afirmou o cientista político.

A abstenção no segundo turno da eleição caiu na comparação com a primeira votação, com redução um pouco mais acentuada em cidades que adotaram o passe livre no transporte público.

Levantamento feito pelo Estadão apontou que na porção do eleitorado em que o transporte foi cobrado, a abstenção caiu de 21,25% para 20,96% – 0,29 ponto porcentual. Já no caso dos eleitores que tiveram o transporte municipal gratuito a queda foi de 0,54 ponto porcentual – de 19,63% para 19,09%. Nas localidades em que o transporte metropolitano (entre cidades) teve as catracas liberadas, a ausência recuou de 20,06% para 19,55%, diferença de 0,51. Desde 2002, houve um aumento, em média, de 2,2 pontos porcentuais das abstenções de um turno para o outro.

Para Antônio Lavareda, a gratuidade foi importante para o recuo nas ausências, mas ainda não é o suficiente.  Foto: Nilton Fukuda/Estadão

Especialistas disseram que a gratuidade do transporte público foi importante para o recuo no total de eleitores faltosos, mas indicaram que a polarização entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) também foi responsável pela maior mobilização do eleitorado neste ano.

Na análise, o Estadão considerou todas as 303 cidades com gratuidade exclusivamente no segundo turno, de acordo com levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), em parceria com o movimento Passe Livre Pela Democracia. A redução comparou os dados entre os turnos. As informações da segunda rodada da disputa são parciais e foram retiradas de plataformas ligadas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Não é a primeira vez que prefeituras liberaram as catracas nas eleições – a diferença neste ano esteve na adesão dos municípios e no envolvimento inédito do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A Corte aprovou resolução que proibia prefeitos de reduzir a oferta de transporte coletivo no segundo turno e barrava ações de crime eleitoral para os gestores que adotassem a medida.

Cientista político e professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP), Marco Antonio Teixeira disse acreditar que a queda na abstenção tenha sido fruto de uma disputa acirrada, do passe livre e também de um maior acesso à informação pelo eleitor sobre as melhorias adotadas pelo TSE de um turno para outro para facilitar a votação.

“Tivemos um primeiro turno muito conturbado, com filas. O segundo já foi mais tranquilo. Houve uma informação muito clara de que o processo seria melhorado, não seriam mais cinco escolhas, dependendo do lugar, seriam duas. Isso também ajudou”, disse o professor da FGV.

Para o cientista político e presidente do Conselho Científico do Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe), Antônio Lavareda, a gratuidade foi importante para o recuo nas ausências, mas ainda não é o suficiente. “A abstenção afeta os mais pobres e os de menor escolaridade. O passe livre foi importante, apesar da abstenção permanecer elevada. Isso mostra que essa política é extremamente importante, mas ainda é insuficiente”, afirmou.

Lavareda disse que a redução das taxas de abstenção fortalece a cidadania. “Você deixar esse contingente todo fora do momento mais importante do sistema democrático, alguma coisa precisa ser refletida. Não se deve naturalizar a abstenção”, afirmou o cientista político.

A abstenção no segundo turno da eleição caiu na comparação com a primeira votação, com redução um pouco mais acentuada em cidades que adotaram o passe livre no transporte público.

Levantamento feito pelo Estadão apontou que na porção do eleitorado em que o transporte foi cobrado, a abstenção caiu de 21,25% para 20,96% – 0,29 ponto porcentual. Já no caso dos eleitores que tiveram o transporte municipal gratuito a queda foi de 0,54 ponto porcentual – de 19,63% para 19,09%. Nas localidades em que o transporte metropolitano (entre cidades) teve as catracas liberadas, a ausência recuou de 20,06% para 19,55%, diferença de 0,51. Desde 2002, houve um aumento, em média, de 2,2 pontos porcentuais das abstenções de um turno para o outro.

Para Antônio Lavareda, a gratuidade foi importante para o recuo nas ausências, mas ainda não é o suficiente.  Foto: Nilton Fukuda/Estadão

Especialistas disseram que a gratuidade do transporte público foi importante para o recuo no total de eleitores faltosos, mas indicaram que a polarização entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) também foi responsável pela maior mobilização do eleitorado neste ano.

Na análise, o Estadão considerou todas as 303 cidades com gratuidade exclusivamente no segundo turno, de acordo com levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), em parceria com o movimento Passe Livre Pela Democracia. A redução comparou os dados entre os turnos. As informações da segunda rodada da disputa são parciais e foram retiradas de plataformas ligadas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Não é a primeira vez que prefeituras liberaram as catracas nas eleições – a diferença neste ano esteve na adesão dos municípios e no envolvimento inédito do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A Corte aprovou resolução que proibia prefeitos de reduzir a oferta de transporte coletivo no segundo turno e barrava ações de crime eleitoral para os gestores que adotassem a medida.

Cientista político e professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP), Marco Antonio Teixeira disse acreditar que a queda na abstenção tenha sido fruto de uma disputa acirrada, do passe livre e também de um maior acesso à informação pelo eleitor sobre as melhorias adotadas pelo TSE de um turno para outro para facilitar a votação.

“Tivemos um primeiro turno muito conturbado, com filas. O segundo já foi mais tranquilo. Houve uma informação muito clara de que o processo seria melhorado, não seriam mais cinco escolhas, dependendo do lugar, seriam duas. Isso também ajudou”, disse o professor da FGV.

Para o cientista político e presidente do Conselho Científico do Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe), Antônio Lavareda, a gratuidade foi importante para o recuo nas ausências, mas ainda não é o suficiente. “A abstenção afeta os mais pobres e os de menor escolaridade. O passe livre foi importante, apesar da abstenção permanecer elevada. Isso mostra que essa política é extremamente importante, mas ainda é insuficiente”, afirmou.

Lavareda disse que a redução das taxas de abstenção fortalece a cidadania. “Você deixar esse contingente todo fora do momento mais importante do sistema democrático, alguma coisa precisa ser refletida. Não se deve naturalizar a abstenção”, afirmou o cientista político.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.