Ciro diz lamentar 'mal-entendidos' com judeus após declaração polêmica


Ex-presidenciável do PDT associou judeus à corrupção em entrevista publicada em abri; após nova manifestação, comunidade judaica diz que vai reavaliar ação judicial movida contra ele por antissemitismo

Por Fabio Leite
Ex-candidato ao Planalto, Ciro Gomes (PDT) Foto: Andre Penner/AP

O ex-presidenciável Ciro Gomes (PDT-CE) divulgou nesta sexta-feira, 30, um texto nas redes sociais no qual lamenta “mal-entendidos” com a comunidade judaica após ter associado judeus à corrupção em uma entrevista publicada em abril deste ano. As declarações fizeram com que duas entidades israelitas movessem um processo judicial contra o pedetista por antissemetismo. 

A fala de Ciro ocorreu durante uma entrevista ao site HuffPost Brasil, publicada no dia 20 de abril, na qual ele criticava a relação do presidente Jair Bolsonaro com "grupos de interesse" que o apoiam. "Por exemplo, para os amigos dele aí, esses corruptos da comunidade judaica, que acham que, porque são da comunidade judaica, têm direito de ser corrupto. Corrupto, para mim, não interessa se é curdo ou cearense. Corrupto é corrupto, ladrão é ladrão”, disse na ocasião.

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Agora, mais de quatro meses após o episódio, Ciro voltou a tocar no assunto publicamente e disse lamentar se ofendeu alguém com a declaração. "Lamento mal-entendidos que possam ter havido, produtos de desonestidade jornalística ou de mal (sic) emprego eventual da língua portuguesa. Sei também que generalizações podem eventualmente levar a injustiças. Lamento se tiver ofendido alguém. Judeus podem contar comigo na luta contra o antissemitismo", escreveu em sua página no Facebook.

A nova manifestação ocorreu após um encontro do pedetista com integrantes do grupo Judeus pela Democracia, no Rio de Janeiro. "Sempre respeitei a tradição judaica, admirei a história dos judeus e nunca admiti o antissemitismo. Com relação a Israel, sempre defendi a solução pacífica do conflito e a construção de dois estados, palestino e israelense, vivendo lado a lado. Sei da sociedade pulsante e progressista que há em Israel, estado que pretendo visitar em breve", disse Ciro.

O presidente da Confederação Israelita do Brasil (Conib), Fernando Lottenberg, disse que a nova manifestação do ex-ministro era um “gesto importante de reconhecimento de seu erro” e que vai reavaliar a ação judicial que foi movida contra ele junto com a Federação Israelita do Ceará, onde Ciro reside.

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“A declaração de Ciro Gomes é um gesto importante de reconhecimento de seu erro e da necessidade de combater o antissemitismo. Diante disso, a Conib vai reavaliar a ação judicial que abriu junto com a Federação Israelita do Ceará. É preciso tomar muito cuidado com as palavras sempre, mais ainda nesses tempos de estímulo à intolerância e ao ódio contra judeus e outros grupos", afirmou Lottenberg em nota.

Ex-candidato ao Planalto, Ciro Gomes (PDT) Foto: Andre Penner/AP

O ex-presidenciável Ciro Gomes (PDT-CE) divulgou nesta sexta-feira, 30, um texto nas redes sociais no qual lamenta “mal-entendidos” com a comunidade judaica após ter associado judeus à corrupção em uma entrevista publicada em abril deste ano. As declarações fizeram com que duas entidades israelitas movessem um processo judicial contra o pedetista por antissemetismo. 

A fala de Ciro ocorreu durante uma entrevista ao site HuffPost Brasil, publicada no dia 20 de abril, na qual ele criticava a relação do presidente Jair Bolsonaro com "grupos de interesse" que o apoiam. "Por exemplo, para os amigos dele aí, esses corruptos da comunidade judaica, que acham que, porque são da comunidade judaica, têm direito de ser corrupto. Corrupto, para mim, não interessa se é curdo ou cearense. Corrupto é corrupto, ladrão é ladrão”, disse na ocasião.

Agora, mais de quatro meses após o episódio, Ciro voltou a tocar no assunto publicamente e disse lamentar se ofendeu alguém com a declaração. "Lamento mal-entendidos que possam ter havido, produtos de desonestidade jornalística ou de mal (sic) emprego eventual da língua portuguesa. Sei também que generalizações podem eventualmente levar a injustiças. Lamento se tiver ofendido alguém. Judeus podem contar comigo na luta contra o antissemitismo", escreveu em sua página no Facebook.

A nova manifestação ocorreu após um encontro do pedetista com integrantes do grupo Judeus pela Democracia, no Rio de Janeiro. "Sempre respeitei a tradição judaica, admirei a história dos judeus e nunca admiti o antissemitismo. Com relação a Israel, sempre defendi a solução pacífica do conflito e a construção de dois estados, palestino e israelense, vivendo lado a lado. Sei da sociedade pulsante e progressista que há em Israel, estado que pretendo visitar em breve", disse Ciro.

O presidente da Confederação Israelita do Brasil (Conib), Fernando Lottenberg, disse que a nova manifestação do ex-ministro era um “gesto importante de reconhecimento de seu erro” e que vai reavaliar a ação judicial que foi movida contra ele junto com a Federação Israelita do Ceará, onde Ciro reside.

“A declaração de Ciro Gomes é um gesto importante de reconhecimento de seu erro e da necessidade de combater o antissemitismo. Diante disso, a Conib vai reavaliar a ação judicial que abriu junto com a Federação Israelita do Ceará. É preciso tomar muito cuidado com as palavras sempre, mais ainda nesses tempos de estímulo à intolerância e ao ódio contra judeus e outros grupos", afirmou Lottenberg em nota.

Ex-candidato ao Planalto, Ciro Gomes (PDT) Foto: Andre Penner/AP

O ex-presidenciável Ciro Gomes (PDT-CE) divulgou nesta sexta-feira, 30, um texto nas redes sociais no qual lamenta “mal-entendidos” com a comunidade judaica após ter associado judeus à corrupção em uma entrevista publicada em abril deste ano. As declarações fizeram com que duas entidades israelitas movessem um processo judicial contra o pedetista por antissemetismo. 

A fala de Ciro ocorreu durante uma entrevista ao site HuffPost Brasil, publicada no dia 20 de abril, na qual ele criticava a relação do presidente Jair Bolsonaro com "grupos de interesse" que o apoiam. "Por exemplo, para os amigos dele aí, esses corruptos da comunidade judaica, que acham que, porque são da comunidade judaica, têm direito de ser corrupto. Corrupto, para mim, não interessa se é curdo ou cearense. Corrupto é corrupto, ladrão é ladrão”, disse na ocasião.

Agora, mais de quatro meses após o episódio, Ciro voltou a tocar no assunto publicamente e disse lamentar se ofendeu alguém com a declaração. "Lamento mal-entendidos que possam ter havido, produtos de desonestidade jornalística ou de mal (sic) emprego eventual da língua portuguesa. Sei também que generalizações podem eventualmente levar a injustiças. Lamento se tiver ofendido alguém. Judeus podem contar comigo na luta contra o antissemitismo", escreveu em sua página no Facebook.

A nova manifestação ocorreu após um encontro do pedetista com integrantes do grupo Judeus pela Democracia, no Rio de Janeiro. "Sempre respeitei a tradição judaica, admirei a história dos judeus e nunca admiti o antissemitismo. Com relação a Israel, sempre defendi a solução pacífica do conflito e a construção de dois estados, palestino e israelense, vivendo lado a lado. Sei da sociedade pulsante e progressista que há em Israel, estado que pretendo visitar em breve", disse Ciro.

O presidente da Confederação Israelita do Brasil (Conib), Fernando Lottenberg, disse que a nova manifestação do ex-ministro era um “gesto importante de reconhecimento de seu erro” e que vai reavaliar a ação judicial que foi movida contra ele junto com a Federação Israelita do Ceará, onde Ciro reside.

“A declaração de Ciro Gomes é um gesto importante de reconhecimento de seu erro e da necessidade de combater o antissemitismo. Diante disso, a Conib vai reavaliar a ação judicial que abriu junto com a Federação Israelita do Ceará. É preciso tomar muito cuidado com as palavras sempre, mais ainda nesses tempos de estímulo à intolerância e ao ódio contra judeus e outros grupos", afirmou Lottenberg em nota.

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