Cláudio Castro se afasta da base radical e racha PL no Rio entre moderados e ‘bolsonaristas-raiz’


Racha ficou evidente na eleição para a presidência da Alerj; dos 17 deputados da sigla na Casa, oito apoiam Bolsonaro

Por Rayanderson Guerra

RIO - Reeleito com o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro, o governador Cláudio Castro (PL) busca uma marca própria à frente do Palácio Guanabara e, aos poucos, se afasta da base bolsonarista radical no Estado, berço político do clã Bolsonaro. A movimentação de Castro para o centro dividiu o seu próprio partido, o PL, na disputa pelo comando da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), na semana passada. E ameaça se aprofundar, deixando sequelas na relação do mandatário com o bolsonarismo.

Sem falar com o ex-presidente, que está nos Estados Unidos desde o fim do ano passado, Castro tenta equilibrar o afastamento com a manutenção da base bolsonarista. A estratégia expôs o racha no PL e a perda de força de Bolsonaro no Rio. A bancada aliada a ele é a maior da Alerj, mas começa a sentir a força do governador.

Dos 17 deputados estaduais do PL, Bolsonaro ainda tem apoio de ao menos oito: Doutor Serginho, Douglas Ruas, Anderson Moraes, Samuel Malafaia, Jair Bittencourt, Márcio Gualberto, Thiago Gagliasso e Fillipe Poubell.

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Cláudio Castro se afasta do bolsonarismo radical Foto: Pedro Kirilos / Estadão

Um dos símbolos do bolsonarismo raiz, o deputado Rodrigo Amorim se aproximou do governador, interessado em presidir a Comissão de Constituição e Justiça, desejo que deve oficializar nos próximos dias.

Inconformado, um grupo do PL lançou a candidatura de Jair Bittencourt à presidência da Casa contra o candidato de Castro, Rodrigo Bacellar (PL), ex-secretário de Governo. A escolha do governador foi resultado de uma articulação iniciada ainda no ano passado. Já Bittencourt teria a simpatia do ex-presidente. Às vésperas da votação para a Mesa Diretora, porém, o deputado recuou e decidiu apoiar a chapa única de Bacellar, que acabou eleito com ampla maioria dos votos.

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Atritos

Fiel a Bolsonaro, Poubell minimiza os atritos na bancada e diz que não ficou ruído após o racha interno: “Unidade total”. Parlamentares aliados do ex-presidente ainda aguardam um sinal de Bolsonaro ou da direção do PL no Rio para “calibrar” o nível de resistência que devem aplicar às pautas de Castro na Alerj.

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Paz

De sua parte, o governador tem procurado demonstrar distância de pautas caras ao bolsonarismo. Durante seminário do Grupo de Líderes Empresariais, em Lisboa, ontem, ele afirmou que o “verdadeiro povo brasileiro” apoia o Judiciário. “Contem com os governos e com governadores. O que queremos é paz para esse País”, afirmou, citando os ministros do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski e o presidente do Superior Tribunal de Justiça, Humberto Martins, que estavam na plateia do evento.

RIO - Reeleito com o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro, o governador Cláudio Castro (PL) busca uma marca própria à frente do Palácio Guanabara e, aos poucos, se afasta da base bolsonarista radical no Estado, berço político do clã Bolsonaro. A movimentação de Castro para o centro dividiu o seu próprio partido, o PL, na disputa pelo comando da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), na semana passada. E ameaça se aprofundar, deixando sequelas na relação do mandatário com o bolsonarismo.

Sem falar com o ex-presidente, que está nos Estados Unidos desde o fim do ano passado, Castro tenta equilibrar o afastamento com a manutenção da base bolsonarista. A estratégia expôs o racha no PL e a perda de força de Bolsonaro no Rio. A bancada aliada a ele é a maior da Alerj, mas começa a sentir a força do governador.

Dos 17 deputados estaduais do PL, Bolsonaro ainda tem apoio de ao menos oito: Doutor Serginho, Douglas Ruas, Anderson Moraes, Samuel Malafaia, Jair Bittencourt, Márcio Gualberto, Thiago Gagliasso e Fillipe Poubell.

Cláudio Castro se afasta do bolsonarismo radical Foto: Pedro Kirilos / Estadão

Um dos símbolos do bolsonarismo raiz, o deputado Rodrigo Amorim se aproximou do governador, interessado em presidir a Comissão de Constituição e Justiça, desejo que deve oficializar nos próximos dias.

Inconformado, um grupo do PL lançou a candidatura de Jair Bittencourt à presidência da Casa contra o candidato de Castro, Rodrigo Bacellar (PL), ex-secretário de Governo. A escolha do governador foi resultado de uma articulação iniciada ainda no ano passado. Já Bittencourt teria a simpatia do ex-presidente. Às vésperas da votação para a Mesa Diretora, porém, o deputado recuou e decidiu apoiar a chapa única de Bacellar, que acabou eleito com ampla maioria dos votos.

Atritos

Fiel a Bolsonaro, Poubell minimiza os atritos na bancada e diz que não ficou ruído após o racha interno: “Unidade total”. Parlamentares aliados do ex-presidente ainda aguardam um sinal de Bolsonaro ou da direção do PL no Rio para “calibrar” o nível de resistência que devem aplicar às pautas de Castro na Alerj.

Paz

De sua parte, o governador tem procurado demonstrar distância de pautas caras ao bolsonarismo. Durante seminário do Grupo de Líderes Empresariais, em Lisboa, ontem, ele afirmou que o “verdadeiro povo brasileiro” apoia o Judiciário. “Contem com os governos e com governadores. O que queremos é paz para esse País”, afirmou, citando os ministros do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski e o presidente do Superior Tribunal de Justiça, Humberto Martins, que estavam na plateia do evento.

RIO - Reeleito com o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro, o governador Cláudio Castro (PL) busca uma marca própria à frente do Palácio Guanabara e, aos poucos, se afasta da base bolsonarista radical no Estado, berço político do clã Bolsonaro. A movimentação de Castro para o centro dividiu o seu próprio partido, o PL, na disputa pelo comando da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), na semana passada. E ameaça se aprofundar, deixando sequelas na relação do mandatário com o bolsonarismo.

Sem falar com o ex-presidente, que está nos Estados Unidos desde o fim do ano passado, Castro tenta equilibrar o afastamento com a manutenção da base bolsonarista. A estratégia expôs o racha no PL e a perda de força de Bolsonaro no Rio. A bancada aliada a ele é a maior da Alerj, mas começa a sentir a força do governador.

Dos 17 deputados estaduais do PL, Bolsonaro ainda tem apoio de ao menos oito: Doutor Serginho, Douglas Ruas, Anderson Moraes, Samuel Malafaia, Jair Bittencourt, Márcio Gualberto, Thiago Gagliasso e Fillipe Poubell.

Cláudio Castro se afasta do bolsonarismo radical Foto: Pedro Kirilos / Estadão

Um dos símbolos do bolsonarismo raiz, o deputado Rodrigo Amorim se aproximou do governador, interessado em presidir a Comissão de Constituição e Justiça, desejo que deve oficializar nos próximos dias.

Inconformado, um grupo do PL lançou a candidatura de Jair Bittencourt à presidência da Casa contra o candidato de Castro, Rodrigo Bacellar (PL), ex-secretário de Governo. A escolha do governador foi resultado de uma articulação iniciada ainda no ano passado. Já Bittencourt teria a simpatia do ex-presidente. Às vésperas da votação para a Mesa Diretora, porém, o deputado recuou e decidiu apoiar a chapa única de Bacellar, que acabou eleito com ampla maioria dos votos.

Atritos

Fiel a Bolsonaro, Poubell minimiza os atritos na bancada e diz que não ficou ruído após o racha interno: “Unidade total”. Parlamentares aliados do ex-presidente ainda aguardam um sinal de Bolsonaro ou da direção do PL no Rio para “calibrar” o nível de resistência que devem aplicar às pautas de Castro na Alerj.

Paz

De sua parte, o governador tem procurado demonstrar distância de pautas caras ao bolsonarismo. Durante seminário do Grupo de Líderes Empresariais, em Lisboa, ontem, ele afirmou que o “verdadeiro povo brasileiro” apoia o Judiciário. “Contem com os governos e com governadores. O que queremos é paz para esse País”, afirmou, citando os ministros do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski e o presidente do Superior Tribunal de Justiça, Humberto Martins, que estavam na plateia do evento.

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