Clima é prioridade de Obama com Dilma


Presidente brasileira deve anunciar como meta de programa conjunto com os Estados Unidos o fim do desmatamento ilegal em dez anos no País

Por Tania Monteiro, CLÁUDIA TREVISAN e NOVA YORK

O encontro que os presidentes Dilma Rousseff e Barack Obama terão hoje em Washington deverá terminar com o anúncio de um ambicioso programa de reflorestamento no Brasil, que contribuirá para a redução de emissões e sinalizará o compromisso do País com o sucesso da conferência do clima marcada para dezembro em Paris. Concluir a visita com uma declaração forte sobre o assunto é prioritário para Obama, que pretende deixar um legado em torno do combate ao aquecimento global. Dilma indicou ontem que poderia ir além e aceitar o anúncio de metas de redução de emissões, algo que os americanos gostariam de ver. "Este ano você tem a COP 21 e, dentro da COP 21, nós pretendemos fazer anúncios conjuntos, o Brasil e o governo americano", declarou, usando a sigla pela qual a conferência do clima de Paris é conhecida. Questionada se haveria a divulgação de metas específicas, respondeu: "Essa é a ideia". Em seguida, ressaltou: "Veja bem o que eu disse: ideia". A expectativa é que a presidente Dilma anuncie como meta acabar com o desmatamento ilegal em dez anos. No encontro, Dilma pretende antecipar também alguns pontos do plano de contribuição voluntária para conter o aquecimento global. A expectativa era de que essas contribuições fossem informadas apenas em outubro, quando os países vão apresentar suas reduções voluntárias. O Brasil ainda não apresentou seus compromissos de corte de emissões para a conferência e resistia a fazer isso no âmbito de uma reunião bilateral com os Estados Unidos. Os americanos pressionam para que a visita de Dilma termine com um anúncio semelhante ao realizado no ano passado por EUA e China, os maiores poluidores do mundo. Durante viagem de Obama a Pequim, os dois países assumiram o compromisso de reduzir emissões de gases que provocam o efeito estufa. Mas integrantes do governo observam que não faz sentido o Brasil apresentar um compromisso multilateral em uma visita de Dilma aos EUA. Os dois presidentes terão uma reunião de trabalho na manhã de hoje, na Casa Branca. Em seguida, darão entrevista coletiva na qual devem anunciar os acordos fechados. Os americanos fizeram um gesto de boa vontade ontem, ao anunciar a abertura do mercado às importações de carne in natura do Brasil, colocando fim a bloqueio de 15 anos. Também deve ser adotada uma série de medidas de simplificação e facilitação do comércio bilateral. Na estimativa do governo brasileiro, as mudanças têm potencial de elevar em 10% os embarques do Brasil para a maior economia do mundo. Em 2014 o comércio bilateral foi de US$ 62 bilhões, uma fração dos quase US$ 600 bilhões registrados entre EUA e China. Cooperação em educação e ciência e tecnologia será tema de alguns dos acordos a serem anunciados, o que reflete a visão do governo Dilma de que os EUA são fundamentais para fomentar a inovação no Brasil. A visita marca a retomada da relação entre os dois países, abalada com a revelação de que a NSA, agência americana, monitorou comunicações de Dilma. Com a economia em recessão, a viagem também é tentativa de resgatar a credibilidade do País. Para os americanos, a reconstrução dos laços com o Brasil é peça importante de sua política para a América Latina. "A relação com o Brasil tem de ser o elemento-chave da política externa americana no Hemisfério Ocidental. Eu acredito que sempre há alguns problemas, mas o importante é o espírito (em que a relação é conduzida)", disse o ex-secretário de Estado dos EUA Henry Kissinger, após se reunirem em Nova York.  

O encontro que os presidentes Dilma Rousseff e Barack Obama terão hoje em Washington deverá terminar com o anúncio de um ambicioso programa de reflorestamento no Brasil, que contribuirá para a redução de emissões e sinalizará o compromisso do País com o sucesso da conferência do clima marcada para dezembro em Paris. Concluir a visita com uma declaração forte sobre o assunto é prioritário para Obama, que pretende deixar um legado em torno do combate ao aquecimento global. Dilma indicou ontem que poderia ir além e aceitar o anúncio de metas de redução de emissões, algo que os americanos gostariam de ver. "Este ano você tem a COP 21 e, dentro da COP 21, nós pretendemos fazer anúncios conjuntos, o Brasil e o governo americano", declarou, usando a sigla pela qual a conferência do clima de Paris é conhecida. Questionada se haveria a divulgação de metas específicas, respondeu: "Essa é a ideia". Em seguida, ressaltou: "Veja bem o que eu disse: ideia". A expectativa é que a presidente Dilma anuncie como meta acabar com o desmatamento ilegal em dez anos. No encontro, Dilma pretende antecipar também alguns pontos do plano de contribuição voluntária para conter o aquecimento global. A expectativa era de que essas contribuições fossem informadas apenas em outubro, quando os países vão apresentar suas reduções voluntárias. O Brasil ainda não apresentou seus compromissos de corte de emissões para a conferência e resistia a fazer isso no âmbito de uma reunião bilateral com os Estados Unidos. Os americanos pressionam para que a visita de Dilma termine com um anúncio semelhante ao realizado no ano passado por EUA e China, os maiores poluidores do mundo. Durante viagem de Obama a Pequim, os dois países assumiram o compromisso de reduzir emissões de gases que provocam o efeito estufa. Mas integrantes do governo observam que não faz sentido o Brasil apresentar um compromisso multilateral em uma visita de Dilma aos EUA. Os dois presidentes terão uma reunião de trabalho na manhã de hoje, na Casa Branca. Em seguida, darão entrevista coletiva na qual devem anunciar os acordos fechados. Os americanos fizeram um gesto de boa vontade ontem, ao anunciar a abertura do mercado às importações de carne in natura do Brasil, colocando fim a bloqueio de 15 anos. Também deve ser adotada uma série de medidas de simplificação e facilitação do comércio bilateral. Na estimativa do governo brasileiro, as mudanças têm potencial de elevar em 10% os embarques do Brasil para a maior economia do mundo. Em 2014 o comércio bilateral foi de US$ 62 bilhões, uma fração dos quase US$ 600 bilhões registrados entre EUA e China. Cooperação em educação e ciência e tecnologia será tema de alguns dos acordos a serem anunciados, o que reflete a visão do governo Dilma de que os EUA são fundamentais para fomentar a inovação no Brasil. A visita marca a retomada da relação entre os dois países, abalada com a revelação de que a NSA, agência americana, monitorou comunicações de Dilma. Com a economia em recessão, a viagem também é tentativa de resgatar a credibilidade do País. Para os americanos, a reconstrução dos laços com o Brasil é peça importante de sua política para a América Latina. "A relação com o Brasil tem de ser o elemento-chave da política externa americana no Hemisfério Ocidental. Eu acredito que sempre há alguns problemas, mas o importante é o espírito (em que a relação é conduzida)", disse o ex-secretário de Estado dos EUA Henry Kissinger, após se reunirem em Nova York.  

O encontro que os presidentes Dilma Rousseff e Barack Obama terão hoje em Washington deverá terminar com o anúncio de um ambicioso programa de reflorestamento no Brasil, que contribuirá para a redução de emissões e sinalizará o compromisso do País com o sucesso da conferência do clima marcada para dezembro em Paris. Concluir a visita com uma declaração forte sobre o assunto é prioritário para Obama, que pretende deixar um legado em torno do combate ao aquecimento global. Dilma indicou ontem que poderia ir além e aceitar o anúncio de metas de redução de emissões, algo que os americanos gostariam de ver. "Este ano você tem a COP 21 e, dentro da COP 21, nós pretendemos fazer anúncios conjuntos, o Brasil e o governo americano", declarou, usando a sigla pela qual a conferência do clima de Paris é conhecida. Questionada se haveria a divulgação de metas específicas, respondeu: "Essa é a ideia". Em seguida, ressaltou: "Veja bem o que eu disse: ideia". A expectativa é que a presidente Dilma anuncie como meta acabar com o desmatamento ilegal em dez anos. No encontro, Dilma pretende antecipar também alguns pontos do plano de contribuição voluntária para conter o aquecimento global. A expectativa era de que essas contribuições fossem informadas apenas em outubro, quando os países vão apresentar suas reduções voluntárias. O Brasil ainda não apresentou seus compromissos de corte de emissões para a conferência e resistia a fazer isso no âmbito de uma reunião bilateral com os Estados Unidos. Os americanos pressionam para que a visita de Dilma termine com um anúncio semelhante ao realizado no ano passado por EUA e China, os maiores poluidores do mundo. Durante viagem de Obama a Pequim, os dois países assumiram o compromisso de reduzir emissões de gases que provocam o efeito estufa. Mas integrantes do governo observam que não faz sentido o Brasil apresentar um compromisso multilateral em uma visita de Dilma aos EUA. Os dois presidentes terão uma reunião de trabalho na manhã de hoje, na Casa Branca. Em seguida, darão entrevista coletiva na qual devem anunciar os acordos fechados. Os americanos fizeram um gesto de boa vontade ontem, ao anunciar a abertura do mercado às importações de carne in natura do Brasil, colocando fim a bloqueio de 15 anos. Também deve ser adotada uma série de medidas de simplificação e facilitação do comércio bilateral. Na estimativa do governo brasileiro, as mudanças têm potencial de elevar em 10% os embarques do Brasil para a maior economia do mundo. Em 2014 o comércio bilateral foi de US$ 62 bilhões, uma fração dos quase US$ 600 bilhões registrados entre EUA e China. Cooperação em educação e ciência e tecnologia será tema de alguns dos acordos a serem anunciados, o que reflete a visão do governo Dilma de que os EUA são fundamentais para fomentar a inovação no Brasil. A visita marca a retomada da relação entre os dois países, abalada com a revelação de que a NSA, agência americana, monitorou comunicações de Dilma. Com a economia em recessão, a viagem também é tentativa de resgatar a credibilidade do País. Para os americanos, a reconstrução dos laços com o Brasil é peça importante de sua política para a América Latina. "A relação com o Brasil tem de ser o elemento-chave da política externa americana no Hemisfério Ocidental. Eu acredito que sempre há alguns problemas, mas o importante é o espírito (em que a relação é conduzida)", disse o ex-secretário de Estado dos EUA Henry Kissinger, após se reunirem em Nova York.  

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