Antes do horário marcado, os sócios da 123 Milhas comunicaram à CPI das Pirâmides Financeiras que faltariam ao depoimento no colegiado agendado para às 18h desta quarta-feira, 30. Em ofício, Ramiro Júlio Soares Madureira e Augusto Júlio Soares Madureira avisaram ao presidente da comissão, o deputado Áureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), que não compareceriam porque tinham numa agenda com o ministro do Turismo, Celso Sabino. O deputado pediu condução coercitiva para retirá-los do ministério e conduzi-los ao colegiado ainda nesta quarta, o que não foi possível.
O encontro da dupla de empresários com Celso Sabino estava marcado para as 18h30, como consta de e-mail da pasta anexado pela defesa dos sócios em ofício à CPI, e obtido pela Coluna. A reunião não consta da agenda oficial do ministro. No ofício, o advogado de Ramiro e Augusto afirma que a dupla estará disponível para prestar depoimento à CPI apenas a partir do dia 4 de setembro.
A Coluna tentou contato com o Ministério do Turismo, mas não obteve sucesso. Ramiro e Augusto já faltaram ao depoimento marcado para essa terça, 29. Os empresários alegaram que tinham outros compromissos em órgãos judiciais. Eles estão munidos de um habeas corpus do Supremo Tribunal Federal (STF), mas não poderiam faltar.
Dessa forma, a reunião desta quarta foi encerrada antes que a Justiça respondesse ao pedido de condução coercitiva. Nesta quinta, 31, a CPI vai expedir um novo pedido, para que os sócios sejam ouvidos na próxima quarta-feira, 6 de setembro.
Caso da 123 Milhas
A 123 Milhas é alvo da CPI porque a empresa suspendeu a emissão de diversas passagens já compradas pelos consumidores.