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Ação da PM no Guarujá tem reação negativa para o governo Tarcísio na redes, aponta pesquisa


Ao menos 16 pessoas morreram em decorrência de abordagem da Polícia Militar de São Paulo na região após morte de oficial da Rota; moradores relatam casos de agressão e tortura

Por Adriana Ferraz

A Operação Escudo, iniciada pela Polícia Militar de São Paulo no Guarujá, na Baixada Santista, em 28 de julho, gerou mais de 227 mil menções nas redes sociais, segundo levantamento feito pelo instituto de pesquisa Quaest até às 13h do dia 1º de agosto. Desse total, 81% das citações foram negativas ao governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos). Ao menos 16 pessoas morreram em decorrência de abordagem policial, segundo balanço oficial. Há também relatos de agressões e tortura pela população.

Movimentação de policiais militares no distrito de Vicente de Carvalho, em Guarujá, litoral de São Paulo. FOTO TABA BENEDICTO/ ESTADAO Foto: TABA BENEDICTO/ESTADÃO

A operação teve início na sexta-feira, 28, após a morte do soldado da Rota Patrick Bastos Reis, de 30 anos, baleado quando fazia patrulhamento em uma comunidade no Guarujá. Desde então, 58 suspeitos de praticar crimes na região foram presos, segundo a Secretaria da Segurança Pública. O órgão afirma que todos os casos em que houve óbitos estão sendo investigados.

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Segundo aponta a Quaest, a ação da PM de São Paulo logo se tornou uma guerra de narrativas na internet, ampliada a partir de comentários de representantes de governos de direita e de esquerda. Usuários do Twitter (atual X), Instagram, Facebook e YouTube ampliaram seu interesse pelo tema após as falas do governador paulista e do ministro da Justiça, Flávio Dino. Ambos inflamaram as redes sociais em 31 de julho ao citaram o caso.

Para Tarcísio, não houve excessos na ação que deixou 16 mortos. “Não podemos permitir que a população seja usada, não podemos sucumbir às narrativas. Estamos enfrentando o tráfico de drogas, o crime organizado. A gente tem que ter consciência disso. A gente tem uma polícia extremamente profissional que sabe usar a força na medida que ela tem que ser usada. Não houve hostilidade, excesso, houve atuação profissional que resultou em prisões e vamos continuar com as operações”, disse o governador.

A declaração imediatamente ampliou o volume de menções relacionadas ao tema. Na comparação com o dia anterior, a alta foi de 731%. Mais autores únicos comentaram o caso, com um aumento de 367% e uma ampliação de alcance de 1,540%.

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De acordo com a análise da Quaest, “os autores contrários (à fala de Tarcísio) chamam a operação de chacina, compartilham denúncias de moradores de abusos cometidos pelos policiais e reforçam a pauta do uso de câmeras nos uniformes dos policiais - a retirada dessa medida, apesar dos comprovados benefícios, foi proposta de campanha de Tarcísio. Além disso, face este episódio, os autores contrários mencionam o caráter “real” de Tarcísio, que se mostraria como moderado e, na verdade, seria da extrema-direita bolsonarista”, destaca o levantamento.

Já os apoiadores do governo paulista usaram a declaração de Dino, que afirmou ter dúvidas sobre a “proporcionalidade” das mortes, para retomar a narrativa de que a esquerda defende bandidos. “Os autores favoráveis às ações da PM parabenizam o governador do Estado, criticam falas de Flávio Dino sobre o tema e acusam o governo petista de não demonstrar solidariedade pelo soldado morto, apenas pelos “bandidos” mortos.

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O ex-presidente Jair Bolsonaro é um dos milhares de usuários das plataformas a comentar o tema e usá-lo como forma de opor políticos de esquerda e de direita. A Defensoria Pública do Estado de São Paulo enviou ofícios à Secretaria da Segurança Pública (SSP) e ao Ministério Público nesta quarta, 2, pedindo o fim da Operação Escudo.

Os documentos são assinados pelo Núcleo Especializado de Cidadania e Direitos Humanos (NCDH) da Defensoria, que também fez outras recomendações à Secretaria da Segurança Pública e ao Ministério Público. “Recomenda-se que esta secretaria adote as providências necessárias para que a operação citada seja imediatamente interrompida ou, caso haja alguma excepcionalidade que a justifique, que seja devidamente apresentada por escrito, ao Ministério Público, inclusive com a identificação dos responsáveis pelo comando da operação”, diz o ofício encaminhado à SSP.

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A Defensoria solicitou, entre outros itens, que sejam usadas câmeras corporais no uniforme de todos os policiais militares e civis envolvidos na operação, para que as abordagens passem por controle pelas autoridades competentes, e que ocorra o afastamento temporário das funções de policiamento ostensivo dos agentes envolvidos em mortes nas operações.

A Operação Escudo, iniciada pela Polícia Militar de São Paulo no Guarujá, na Baixada Santista, em 28 de julho, gerou mais de 227 mil menções nas redes sociais, segundo levantamento feito pelo instituto de pesquisa Quaest até às 13h do dia 1º de agosto. Desse total, 81% das citações foram negativas ao governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos). Ao menos 16 pessoas morreram em decorrência de abordagem policial, segundo balanço oficial. Há também relatos de agressões e tortura pela população.

Movimentação de policiais militares no distrito de Vicente de Carvalho, em Guarujá, litoral de São Paulo. FOTO TABA BENEDICTO/ ESTADAO Foto: TABA BENEDICTO/ESTADÃO

A operação teve início na sexta-feira, 28, após a morte do soldado da Rota Patrick Bastos Reis, de 30 anos, baleado quando fazia patrulhamento em uma comunidade no Guarujá. Desde então, 58 suspeitos de praticar crimes na região foram presos, segundo a Secretaria da Segurança Pública. O órgão afirma que todos os casos em que houve óbitos estão sendo investigados.

Segundo aponta a Quaest, a ação da PM de São Paulo logo se tornou uma guerra de narrativas na internet, ampliada a partir de comentários de representantes de governos de direita e de esquerda. Usuários do Twitter (atual X), Instagram, Facebook e YouTube ampliaram seu interesse pelo tema após as falas do governador paulista e do ministro da Justiça, Flávio Dino. Ambos inflamaram as redes sociais em 31 de julho ao citaram o caso.

Para Tarcísio, não houve excessos na ação que deixou 16 mortos. “Não podemos permitir que a população seja usada, não podemos sucumbir às narrativas. Estamos enfrentando o tráfico de drogas, o crime organizado. A gente tem que ter consciência disso. A gente tem uma polícia extremamente profissional que sabe usar a força na medida que ela tem que ser usada. Não houve hostilidade, excesso, houve atuação profissional que resultou em prisões e vamos continuar com as operações”, disse o governador.

A declaração imediatamente ampliou o volume de menções relacionadas ao tema. Na comparação com o dia anterior, a alta foi de 731%. Mais autores únicos comentaram o caso, com um aumento de 367% e uma ampliação de alcance de 1,540%.

De acordo com a análise da Quaest, “os autores contrários (à fala de Tarcísio) chamam a operação de chacina, compartilham denúncias de moradores de abusos cometidos pelos policiais e reforçam a pauta do uso de câmeras nos uniformes dos policiais - a retirada dessa medida, apesar dos comprovados benefícios, foi proposta de campanha de Tarcísio. Além disso, face este episódio, os autores contrários mencionam o caráter “real” de Tarcísio, que se mostraria como moderado e, na verdade, seria da extrema-direita bolsonarista”, destaca o levantamento.

Já os apoiadores do governo paulista usaram a declaração de Dino, que afirmou ter dúvidas sobre a “proporcionalidade” das mortes, para retomar a narrativa de que a esquerda defende bandidos. “Os autores favoráveis às ações da PM parabenizam o governador do Estado, criticam falas de Flávio Dino sobre o tema e acusam o governo petista de não demonstrar solidariedade pelo soldado morto, apenas pelos “bandidos” mortos.

O ex-presidente Jair Bolsonaro é um dos milhares de usuários das plataformas a comentar o tema e usá-lo como forma de opor políticos de esquerda e de direita. A Defensoria Pública do Estado de São Paulo enviou ofícios à Secretaria da Segurança Pública (SSP) e ao Ministério Público nesta quarta, 2, pedindo o fim da Operação Escudo.

Os documentos são assinados pelo Núcleo Especializado de Cidadania e Direitos Humanos (NCDH) da Defensoria, que também fez outras recomendações à Secretaria da Segurança Pública e ao Ministério Público. “Recomenda-se que esta secretaria adote as providências necessárias para que a operação citada seja imediatamente interrompida ou, caso haja alguma excepcionalidade que a justifique, que seja devidamente apresentada por escrito, ao Ministério Público, inclusive com a identificação dos responsáveis pelo comando da operação”, diz o ofício encaminhado à SSP.

A Defensoria solicitou, entre outros itens, que sejam usadas câmeras corporais no uniforme de todos os policiais militares e civis envolvidos na operação, para que as abordagens passem por controle pelas autoridades competentes, e que ocorra o afastamento temporário das funções de policiamento ostensivo dos agentes envolvidos em mortes nas operações.

A Operação Escudo, iniciada pela Polícia Militar de São Paulo no Guarujá, na Baixada Santista, em 28 de julho, gerou mais de 227 mil menções nas redes sociais, segundo levantamento feito pelo instituto de pesquisa Quaest até às 13h do dia 1º de agosto. Desse total, 81% das citações foram negativas ao governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos). Ao menos 16 pessoas morreram em decorrência de abordagem policial, segundo balanço oficial. Há também relatos de agressões e tortura pela população.

Movimentação de policiais militares no distrito de Vicente de Carvalho, em Guarujá, litoral de São Paulo. FOTO TABA BENEDICTO/ ESTADAO Foto: TABA BENEDICTO/ESTADÃO

A operação teve início na sexta-feira, 28, após a morte do soldado da Rota Patrick Bastos Reis, de 30 anos, baleado quando fazia patrulhamento em uma comunidade no Guarujá. Desde então, 58 suspeitos de praticar crimes na região foram presos, segundo a Secretaria da Segurança Pública. O órgão afirma que todos os casos em que houve óbitos estão sendo investigados.

Segundo aponta a Quaest, a ação da PM de São Paulo logo se tornou uma guerra de narrativas na internet, ampliada a partir de comentários de representantes de governos de direita e de esquerda. Usuários do Twitter (atual X), Instagram, Facebook e YouTube ampliaram seu interesse pelo tema após as falas do governador paulista e do ministro da Justiça, Flávio Dino. Ambos inflamaram as redes sociais em 31 de julho ao citaram o caso.

Para Tarcísio, não houve excessos na ação que deixou 16 mortos. “Não podemos permitir que a população seja usada, não podemos sucumbir às narrativas. Estamos enfrentando o tráfico de drogas, o crime organizado. A gente tem que ter consciência disso. A gente tem uma polícia extremamente profissional que sabe usar a força na medida que ela tem que ser usada. Não houve hostilidade, excesso, houve atuação profissional que resultou em prisões e vamos continuar com as operações”, disse o governador.

A declaração imediatamente ampliou o volume de menções relacionadas ao tema. Na comparação com o dia anterior, a alta foi de 731%. Mais autores únicos comentaram o caso, com um aumento de 367% e uma ampliação de alcance de 1,540%.

De acordo com a análise da Quaest, “os autores contrários (à fala de Tarcísio) chamam a operação de chacina, compartilham denúncias de moradores de abusos cometidos pelos policiais e reforçam a pauta do uso de câmeras nos uniformes dos policiais - a retirada dessa medida, apesar dos comprovados benefícios, foi proposta de campanha de Tarcísio. Além disso, face este episódio, os autores contrários mencionam o caráter “real” de Tarcísio, que se mostraria como moderado e, na verdade, seria da extrema-direita bolsonarista”, destaca o levantamento.

Já os apoiadores do governo paulista usaram a declaração de Dino, que afirmou ter dúvidas sobre a “proporcionalidade” das mortes, para retomar a narrativa de que a esquerda defende bandidos. “Os autores favoráveis às ações da PM parabenizam o governador do Estado, criticam falas de Flávio Dino sobre o tema e acusam o governo petista de não demonstrar solidariedade pelo soldado morto, apenas pelos “bandidos” mortos.

O ex-presidente Jair Bolsonaro é um dos milhares de usuários das plataformas a comentar o tema e usá-lo como forma de opor políticos de esquerda e de direita. A Defensoria Pública do Estado de São Paulo enviou ofícios à Secretaria da Segurança Pública (SSP) e ao Ministério Público nesta quarta, 2, pedindo o fim da Operação Escudo.

Os documentos são assinados pelo Núcleo Especializado de Cidadania e Direitos Humanos (NCDH) da Defensoria, que também fez outras recomendações à Secretaria da Segurança Pública e ao Ministério Público. “Recomenda-se que esta secretaria adote as providências necessárias para que a operação citada seja imediatamente interrompida ou, caso haja alguma excepcionalidade que a justifique, que seja devidamente apresentada por escrito, ao Ministério Público, inclusive com a identificação dos responsáveis pelo comando da operação”, diz o ofício encaminhado à SSP.

A Defensoria solicitou, entre outros itens, que sejam usadas câmeras corporais no uniforme de todos os policiais militares e civis envolvidos na operação, para que as abordagens passem por controle pelas autoridades competentes, e que ocorra o afastamento temporário das funções de policiamento ostensivo dos agentes envolvidos em mortes nas operações.

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