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'Ainda Estou Aqui' fez País voltar a discutir ditadura, diz presidente da Comissão de Anistia


Em entrevista à Coluna do Estadão, Eneá de Stutz, de saída da chefia da Comissão de Anistia, defende debate nacional sobre ditadura por reconciliação nacional

Por Eduardo Barretto

A advogada Eneá de Stutz, presidente da Comissão de Anistia, colegiado que julga pedidos de reparação a vítimas de perseguição política da ditadura militar, afirmou nesta quinta-feira, 16, que o filme Ainda Estou Aqui fez o País voltar a discutir a ditadura, algo necessário para uma reconciliação nacional. Em entrevista à Coluna do Estadão, Stutz disse que falar do regime de exceção “não é algo tão antigo assim”, tendo em vista os atos golpistas do 8 de Janeiro.

Professora de direito da Universidade de Brasília (UnB), Stutz está de saída da presidência da comissão após dois anos. O posto será herdado pela procuradora federal aposentada Ana Maria Oliveira, decana do conselho. Stutz seguirá como conselheira. Vai se dedicar mais a seu grupo de pesquisa na UnB sobre “memória e verdade”, lema que baseia a Comissão de Anistia e que Stutz ostenta na foto de seu perfil no WhatsApp.

Ainda Estou Aqui ajudou demais no debate. Na ditadura, até as atividades mais cotidianas mudam para qualquer um. Pode ser que você não faça nada e sofra consequências terríveis. Já li processos na Comissão de Anistia de pessoas perseguidas que eram favoráveis ao regime militar. O filme mostra o cotidiano de uma família. Não são guerrilheiros ou militantes, apenas pessoas normais. Recomendo que todos assistam à obra em família”, afirmou Stutz, em referência ao filme que rendeu o Globo de Ouro à atriz Fernanda Torres neste mês.

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Eneá de Stutz Foto: Divulgação/UnB

Para a professora, o Brasil não debateu a contento a ditadura militar, que durou dos anos 1960 aos anos 1980. Por isso, Eneá de Stutz avaliou que o País carrega traumas desse passado violento, e recomendou que a solução seja conversar sobre o assunto.

“A sociedade brasileira não conversou o suficiente sobre a ditadura nos últimos 60 anos. Precisamos enfrentar nossos traumas para chegar a uma reconciliação nacional. Isso precisa ser discutido da forma mais tranquila possível, apesar do horror e das atrocidades, das torturas e dos desaparecimentos”, disse Stutz, completando:

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“Dizer que não precisamos falar da ditadura é o mesmo de dizer que falar do Holocausto é bobagem, que já faz tempo. Falar da ditadura parece coisa do passado, mas o 8 de Janeiro mostrou que não é algo tão antigo assim. Precisamos seguir vigilantes, para que nunca mais aconteça”.

A advogada Eneá de Stutz, presidente da Comissão de Anistia, colegiado que julga pedidos de reparação a vítimas de perseguição política da ditadura militar, afirmou nesta quinta-feira, 16, que o filme Ainda Estou Aqui fez o País voltar a discutir a ditadura, algo necessário para uma reconciliação nacional. Em entrevista à Coluna do Estadão, Stutz disse que falar do regime de exceção “não é algo tão antigo assim”, tendo em vista os atos golpistas do 8 de Janeiro.

Professora de direito da Universidade de Brasília (UnB), Stutz está de saída da presidência da comissão após dois anos. O posto será herdado pela procuradora federal aposentada Ana Maria Oliveira, decana do conselho. Stutz seguirá como conselheira. Vai se dedicar mais a seu grupo de pesquisa na UnB sobre “memória e verdade”, lema que baseia a Comissão de Anistia e que Stutz ostenta na foto de seu perfil no WhatsApp.

Ainda Estou Aqui ajudou demais no debate. Na ditadura, até as atividades mais cotidianas mudam para qualquer um. Pode ser que você não faça nada e sofra consequências terríveis. Já li processos na Comissão de Anistia de pessoas perseguidas que eram favoráveis ao regime militar. O filme mostra o cotidiano de uma família. Não são guerrilheiros ou militantes, apenas pessoas normais. Recomendo que todos assistam à obra em família”, afirmou Stutz, em referência ao filme que rendeu o Globo de Ouro à atriz Fernanda Torres neste mês.

Eneá de Stutz Foto: Divulgação/UnB

Para a professora, o Brasil não debateu a contento a ditadura militar, que durou dos anos 1960 aos anos 1980. Por isso, Eneá de Stutz avaliou que o País carrega traumas desse passado violento, e recomendou que a solução seja conversar sobre o assunto.

“A sociedade brasileira não conversou o suficiente sobre a ditadura nos últimos 60 anos. Precisamos enfrentar nossos traumas para chegar a uma reconciliação nacional. Isso precisa ser discutido da forma mais tranquila possível, apesar do horror e das atrocidades, das torturas e dos desaparecimentos”, disse Stutz, completando:

“Dizer que não precisamos falar da ditadura é o mesmo de dizer que falar do Holocausto é bobagem, que já faz tempo. Falar da ditadura parece coisa do passado, mas o 8 de Janeiro mostrou que não é algo tão antigo assim. Precisamos seguir vigilantes, para que nunca mais aconteça”.

A advogada Eneá de Stutz, presidente da Comissão de Anistia, colegiado que julga pedidos de reparação a vítimas de perseguição política da ditadura militar, afirmou nesta quinta-feira, 16, que o filme Ainda Estou Aqui fez o País voltar a discutir a ditadura, algo necessário para uma reconciliação nacional. Em entrevista à Coluna do Estadão, Stutz disse que falar do regime de exceção “não é algo tão antigo assim”, tendo em vista os atos golpistas do 8 de Janeiro.

Professora de direito da Universidade de Brasília (UnB), Stutz está de saída da presidência da comissão após dois anos. O posto será herdado pela procuradora federal aposentada Ana Maria Oliveira, decana do conselho. Stutz seguirá como conselheira. Vai se dedicar mais a seu grupo de pesquisa na UnB sobre “memória e verdade”, lema que baseia a Comissão de Anistia e que Stutz ostenta na foto de seu perfil no WhatsApp.

Ainda Estou Aqui ajudou demais no debate. Na ditadura, até as atividades mais cotidianas mudam para qualquer um. Pode ser que você não faça nada e sofra consequências terríveis. Já li processos na Comissão de Anistia de pessoas perseguidas que eram favoráveis ao regime militar. O filme mostra o cotidiano de uma família. Não são guerrilheiros ou militantes, apenas pessoas normais. Recomendo que todos assistam à obra em família”, afirmou Stutz, em referência ao filme que rendeu o Globo de Ouro à atriz Fernanda Torres neste mês.

Eneá de Stutz Foto: Divulgação/UnB

Para a professora, o Brasil não debateu a contento a ditadura militar, que durou dos anos 1960 aos anos 1980. Por isso, Eneá de Stutz avaliou que o País carrega traumas desse passado violento, e recomendou que a solução seja conversar sobre o assunto.

“A sociedade brasileira não conversou o suficiente sobre a ditadura nos últimos 60 anos. Precisamos enfrentar nossos traumas para chegar a uma reconciliação nacional. Isso precisa ser discutido da forma mais tranquila possível, apesar do horror e das atrocidades, das torturas e dos desaparecimentos”, disse Stutz, completando:

“Dizer que não precisamos falar da ditadura é o mesmo de dizer que falar do Holocausto é bobagem, que já faz tempo. Falar da ditadura parece coisa do passado, mas o 8 de Janeiro mostrou que não é algo tão antigo assim. Precisamos seguir vigilantes, para que nunca mais aconteça”.

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