O presidente do União Brasil, Luciano Bivar, coleciona inimizades no partido e é alvo de uma articulação, capitaneada por dirigentes do antigo DEM, para isolá-lo na presidência de honra. Na prática, o deputado federal seria uma “rainha da Inglaterra” na legenda, resume uma liderança. Ou seja, ele teria um cargo mais simbólico do que prático.
A eleição interna do União Brasil será em fevereiro, e a “turma do DEM” pretende alçar à presidência o atual vice-presidente do partido, o advogado Antônio Rueda. Nesse grupo, a promessa é que a eleição está garantida. Mas Bivar, embora isolado, tem afirmado que será candidato à reeleição e não entregará a presidência de barato.
Desafetos de Luciano Bivar dizem que ele cavou a própria cova ao tentar comandar o partido como fazia com o PSL, fundado por ele em 1994 e administrado a pulso firme até a fusão com o DEM, que formou o União Brasil. O PSL era um partido nanico e pouco conhecido até a filiação do ex-presidente Jair Bolsonaro para as eleições de 2018, o que fez seu quadro de filiados — e o fundo eleitoral — explodirem como nunca antes.