Roseann Kennedy traz os bastidores da política e da economia. Com Eduardo Barretto e Iander Porcella

Após nova ameaça, Abin avalia que acesso a câmeras poderia ter evitado atentado em frente ao STF


Polícia monitorou e prendeu suspeito de planejar ataques em Brasília; em novembro, quando STF foi alvo de atentado, Abin havia perdido acesso a imagens da Esplanada dos Ministérios

Por Eduardo Barretto
Atualização:

Após a prisão de um suspeito de planejar ataques em Brasília no domingo, 29, autoridades voltaram a discutir o atentado que deixou um homem morto em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), em novembro. Para servidores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), o episódio poderia ter sido evitado caso a Abin tivesse acesso em tempo real a imagens da Esplanada dos Ministérios. O convênio foi encerrado em julho por decisão da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), durante a fase de testes.

Procurada, a ABDI não respondeu por que cancelou o convênio com a Abin, e afirmou que o projeto passou para a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal.

No sábado, 28, a Polícia Civil do Distrito Federal recebeu denúncias anônimas de que um homem viajaria a Brasília para cometer atentados. A corporação afirmou que, desde então, fez “monitoramento ininterrupto” do suspeito – o corretor Lucas Ribeiro Leitão – até prendê-lo no dia seguinte em um caminhão na Bahia, onde pegava carona a caminho da capital federal.

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Corpo de Francisco Wanderley Luiz, que se explodiu em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF). Foto: WILTON JUNIOR/Estadão

Esse monitoramento não ocorreu no atentado de novembro, que causou explosões em frente ao STF e à Câmara dos Deputados. Antes do ataque e de armazenar explosivos em seu carro, Francisco Wanderley publicou ameaças em redes sociais e alugou um apartamento no Distrito Federal. O carro dele circulava em Brasília havia quatro meses.

Desde 2022, no fim do governo Bolsonaro, a Abin testava o acesso a imagens de alta resolução da Esplanada dos Ministérios, área próxima à Praça dos Três Poderes. Durante o planejamento do projeto, os ministérios tiveram de autorizar a instalação dos equipamentos.

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Em julho de 2024, a ABDI, ligada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, cancelou o convênio com a Abin, fato que provocou críticas entre os servidores da Inteligência. A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, que herdou o acesso às imagens, é alvo de investigações no STF por suposta omissão nos atos golpistas do 8 de Janeiro. A cúpula da segurança pública do DF foi presa no ano passado.

Para servidores da Abin, a continuação do convênio das imagens daria ao governo mais chances de impedir Francisco Wanderley Luiz de soltar explosivos em frente ao STF, onde ele morreu, em novembro. Antes de entrar na Praça dos Três Poderes, Francisco caminhou por um anexo da Câmara, localizado ao lado da Esplanada.

“A ABDI desenvolve testes com câmeras de vigilância de alta tecnologia na Esplanada dos Ministérios desde 2022. A partir de julho de 2024, a ABDI mantém esse projeto com a Secretaria de Segurança Pública do DF, responsável pelo policiamento ostensivo na região”, informou a agência. Procurada, a Abin não respondeu.

Após a prisão de um suspeito de planejar ataques em Brasília no domingo, 29, autoridades voltaram a discutir o atentado que deixou um homem morto em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), em novembro. Para servidores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), o episódio poderia ter sido evitado caso a Abin tivesse acesso em tempo real a imagens da Esplanada dos Ministérios. O convênio foi encerrado em julho por decisão da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), durante a fase de testes.

Procurada, a ABDI não respondeu por que cancelou o convênio com a Abin, e afirmou que o projeto passou para a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal.

No sábado, 28, a Polícia Civil do Distrito Federal recebeu denúncias anônimas de que um homem viajaria a Brasília para cometer atentados. A corporação afirmou que, desde então, fez “monitoramento ininterrupto” do suspeito – o corretor Lucas Ribeiro Leitão – até prendê-lo no dia seguinte em um caminhão na Bahia, onde pegava carona a caminho da capital federal.

Corpo de Francisco Wanderley Luiz, que se explodiu em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF). Foto: WILTON JUNIOR/Estadão

Esse monitoramento não ocorreu no atentado de novembro, que causou explosões em frente ao STF e à Câmara dos Deputados. Antes do ataque e de armazenar explosivos em seu carro, Francisco Wanderley publicou ameaças em redes sociais e alugou um apartamento no Distrito Federal. O carro dele circulava em Brasília havia quatro meses.

Desde 2022, no fim do governo Bolsonaro, a Abin testava o acesso a imagens de alta resolução da Esplanada dos Ministérios, área próxima à Praça dos Três Poderes. Durante o planejamento do projeto, os ministérios tiveram de autorizar a instalação dos equipamentos.

Em julho de 2024, a ABDI, ligada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, cancelou o convênio com a Abin, fato que provocou críticas entre os servidores da Inteligência. A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, que herdou o acesso às imagens, é alvo de investigações no STF por suposta omissão nos atos golpistas do 8 de Janeiro. A cúpula da segurança pública do DF foi presa no ano passado.

Para servidores da Abin, a continuação do convênio das imagens daria ao governo mais chances de impedir Francisco Wanderley Luiz de soltar explosivos em frente ao STF, onde ele morreu, em novembro. Antes de entrar na Praça dos Três Poderes, Francisco caminhou por um anexo da Câmara, localizado ao lado da Esplanada.

“A ABDI desenvolve testes com câmeras de vigilância de alta tecnologia na Esplanada dos Ministérios desde 2022. A partir de julho de 2024, a ABDI mantém esse projeto com a Secretaria de Segurança Pública do DF, responsável pelo policiamento ostensivo na região”, informou a agência. Procurada, a Abin não respondeu.

Após a prisão de um suspeito de planejar ataques em Brasília no domingo, 29, autoridades voltaram a discutir o atentado que deixou um homem morto em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), em novembro. Para servidores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), o episódio poderia ter sido evitado caso a Abin tivesse acesso em tempo real a imagens da Esplanada dos Ministérios. O convênio foi encerrado em julho por decisão da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), durante a fase de testes.

Procurada, a ABDI não respondeu por que cancelou o convênio com a Abin, e afirmou que o projeto passou para a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal.

No sábado, 28, a Polícia Civil do Distrito Federal recebeu denúncias anônimas de que um homem viajaria a Brasília para cometer atentados. A corporação afirmou que, desde então, fez “monitoramento ininterrupto” do suspeito – o corretor Lucas Ribeiro Leitão – até prendê-lo no dia seguinte em um caminhão na Bahia, onde pegava carona a caminho da capital federal.

Corpo de Francisco Wanderley Luiz, que se explodiu em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF). Foto: WILTON JUNIOR/Estadão

Esse monitoramento não ocorreu no atentado de novembro, que causou explosões em frente ao STF e à Câmara dos Deputados. Antes do ataque e de armazenar explosivos em seu carro, Francisco Wanderley publicou ameaças em redes sociais e alugou um apartamento no Distrito Federal. O carro dele circulava em Brasília havia quatro meses.

Desde 2022, no fim do governo Bolsonaro, a Abin testava o acesso a imagens de alta resolução da Esplanada dos Ministérios, área próxima à Praça dos Três Poderes. Durante o planejamento do projeto, os ministérios tiveram de autorizar a instalação dos equipamentos.

Em julho de 2024, a ABDI, ligada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, cancelou o convênio com a Abin, fato que provocou críticas entre os servidores da Inteligência. A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, que herdou o acesso às imagens, é alvo de investigações no STF por suposta omissão nos atos golpistas do 8 de Janeiro. A cúpula da segurança pública do DF foi presa no ano passado.

Para servidores da Abin, a continuação do convênio das imagens daria ao governo mais chances de impedir Francisco Wanderley Luiz de soltar explosivos em frente ao STF, onde ele morreu, em novembro. Antes de entrar na Praça dos Três Poderes, Francisco caminhou por um anexo da Câmara, localizado ao lado da Esplanada.

“A ABDI desenvolve testes com câmeras de vigilância de alta tecnologia na Esplanada dos Ministérios desde 2022. A partir de julho de 2024, a ABDI mantém esse projeto com a Secretaria de Segurança Pública do DF, responsável pelo policiamento ostensivo na região”, informou a agência. Procurada, a Abin não respondeu.

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