Roseann Kennedy traz os bastidores da política e da economia. Com Eduardo Barretto e Iander Porcella

As vices ‘escondidas’: Marta e Antônia evitam imprensa e mantêm agendas separadas de Boulos e Marçal


Integrantes do PSOL dizem que “não se veem no direito” de pedir maior participação da petista na campanha; já Antônia, quando está sozinha, tem ido por diversas vezes a templos religiosos

Por Pedro Lima

Na corrida eleitoral para a Prefeitura de São Paulo, duas figuras opostas, e com níveis de experiência diferentes dentro do jogo político, têm adotado uma estratégia de campanha semelhante. Marta Suplicy (PT) e Antônia de Jesus (PRTB) compartilham uma abordagem que as mantêm longe dos holofotes: recusam entrevistas à imprensa e têm estabelecido certo distanciamento das agendas de rua de seus companheiros de chapa.

Desde o momento em que Marta foi anunciada como vice de Guilherme Boulos (PSOL), a Coluna do Estadão fez ao menos quatro solicitações para entrevistá-la. Todas recusadas. A mesma situação ocorreu com Antônia. Foram cinco pedidos de entrevista para a assessoria da policial, além de outras duas abordagens à própria vice em eventos nos quais ela participou. Todos negados.

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Nos bastidores de um dos debates entre os candidatos do primeiro turno, ao ser abordada pessoalmente pela Coluna, a vice de Pablo Marçal (PRTB) juntou as mãos e começou a rezar, dizendo que não poderia conversar no momento.

As duas candidatas também recusaram convites da CNN Brasil para a rodada de sabatinas com os postulantes ao cargo de vice realizada na semana passada pela emissora. Todos os outros nomes das principais chapas que concorrem ao Executivo de São Paulo aceitaram o pedido do veículo.

Embora evite os veículos de imprensa, Antônia tem participado de alguns podcasts transmitidos pela internet e ocupa parte do tempo em eventos em igrejas.

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Já Marta mal aparece nas agendas da campanha do próprio Boulos. Um levantamento realizado pela Coluna do Estadão mostra que a petista esteve apenas em cerca de 10% dos mais de 120 compromissos listados pelo psolista.

Aliados da ex-prefeita, inclusive, até defendem uma maior participação dela nessas ocasiões – especialmente nesta reta final, num contexto em que Boulos não detém mais a dianteira nos levantamentos de intenção de voto do instituto Datafolha.

Entretanto, nos bastidores, Marta é apontada como a articuladora mais importante da candidatura de Boulos. Fileiras do PSOL também declararam que ela tem colaborado muito com a direção da campanha do deputado federal. Integrantes da legenda declararam à Coluna que, pela ajuda que ela tem dado à candidatura, “não se veem no direito” de pedir que vá para o corpo a corpo com o postulante.

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Além disso, na visão da campanha, manter uma agenda independente da de Boulos, de maneira complementar, ajuda a ampliar a margem de eleitores para a chapa. A mesma tática é adotada pela vice de Marçal. Segundo sua equipe relatou à Coluna, em muitos dias, Antônia tem mais compromissos a cumprir que o próprio ex-coach.

O influenciador teve cerca de 70 compromissos oficiais de campanha, já considerando todas as mais de dez vezes em que cancelou uma de suas agendas. A policial militar esteve em ao menos 11 – de carreatas a debates em emissoras de TV. Nas ocasiões em que está “sozinha”, costuma ir a igrejas ou outros templos religiosos, de acordo com a equipe do PRTB.

Marta Suplicy (PT), vice de Guilherme Boulos (PSOL) em café da manhã na residência do psolista, e Antônia de Jesus (PRTB), vice de Pablo Marçal (PRTB) durante convenção partidária da legenda que apresentou a chapa. Foto: Werther Santana/Estadão, Tiago Queiroz/Estadão

Na corrida eleitoral para a Prefeitura de São Paulo, duas figuras opostas, e com níveis de experiência diferentes dentro do jogo político, têm adotado uma estratégia de campanha semelhante. Marta Suplicy (PT) e Antônia de Jesus (PRTB) compartilham uma abordagem que as mantêm longe dos holofotes: recusam entrevistas à imprensa e têm estabelecido certo distanciamento das agendas de rua de seus companheiros de chapa.

Desde o momento em que Marta foi anunciada como vice de Guilherme Boulos (PSOL), a Coluna do Estadão fez ao menos quatro solicitações para entrevistá-la. Todas recusadas. A mesma situação ocorreu com Antônia. Foram cinco pedidos de entrevista para a assessoria da policial, além de outras duas abordagens à própria vice em eventos nos quais ela participou. Todos negados.

Nos bastidores de um dos debates entre os candidatos do primeiro turno, ao ser abordada pessoalmente pela Coluna, a vice de Pablo Marçal (PRTB) juntou as mãos e começou a rezar, dizendo que não poderia conversar no momento.

As duas candidatas também recusaram convites da CNN Brasil para a rodada de sabatinas com os postulantes ao cargo de vice realizada na semana passada pela emissora. Todos os outros nomes das principais chapas que concorrem ao Executivo de São Paulo aceitaram o pedido do veículo.

Embora evite os veículos de imprensa, Antônia tem participado de alguns podcasts transmitidos pela internet e ocupa parte do tempo em eventos em igrejas.

Já Marta mal aparece nas agendas da campanha do próprio Boulos. Um levantamento realizado pela Coluna do Estadão mostra que a petista esteve apenas em cerca de 10% dos mais de 120 compromissos listados pelo psolista.

Aliados da ex-prefeita, inclusive, até defendem uma maior participação dela nessas ocasiões – especialmente nesta reta final, num contexto em que Boulos não detém mais a dianteira nos levantamentos de intenção de voto do instituto Datafolha.

Entretanto, nos bastidores, Marta é apontada como a articuladora mais importante da candidatura de Boulos. Fileiras do PSOL também declararam que ela tem colaborado muito com a direção da campanha do deputado federal. Integrantes da legenda declararam à Coluna que, pela ajuda que ela tem dado à candidatura, “não se veem no direito” de pedir que vá para o corpo a corpo com o postulante.

Além disso, na visão da campanha, manter uma agenda independente da de Boulos, de maneira complementar, ajuda a ampliar a margem de eleitores para a chapa. A mesma tática é adotada pela vice de Marçal. Segundo sua equipe relatou à Coluna, em muitos dias, Antônia tem mais compromissos a cumprir que o próprio ex-coach.

O influenciador teve cerca de 70 compromissos oficiais de campanha, já considerando todas as mais de dez vezes em que cancelou uma de suas agendas. A policial militar esteve em ao menos 11 – de carreatas a debates em emissoras de TV. Nas ocasiões em que está “sozinha”, costuma ir a igrejas ou outros templos religiosos, de acordo com a equipe do PRTB.

Marta Suplicy (PT), vice de Guilherme Boulos (PSOL) em café da manhã na residência do psolista, e Antônia de Jesus (PRTB), vice de Pablo Marçal (PRTB) durante convenção partidária da legenda que apresentou a chapa. Foto: Werther Santana/Estadão, Tiago Queiroz/Estadão

Na corrida eleitoral para a Prefeitura de São Paulo, duas figuras opostas, e com níveis de experiência diferentes dentro do jogo político, têm adotado uma estratégia de campanha semelhante. Marta Suplicy (PT) e Antônia de Jesus (PRTB) compartilham uma abordagem que as mantêm longe dos holofotes: recusam entrevistas à imprensa e têm estabelecido certo distanciamento das agendas de rua de seus companheiros de chapa.

Desde o momento em que Marta foi anunciada como vice de Guilherme Boulos (PSOL), a Coluna do Estadão fez ao menos quatro solicitações para entrevistá-la. Todas recusadas. A mesma situação ocorreu com Antônia. Foram cinco pedidos de entrevista para a assessoria da policial, além de outras duas abordagens à própria vice em eventos nos quais ela participou. Todos negados.

Nos bastidores de um dos debates entre os candidatos do primeiro turno, ao ser abordada pessoalmente pela Coluna, a vice de Pablo Marçal (PRTB) juntou as mãos e começou a rezar, dizendo que não poderia conversar no momento.

As duas candidatas também recusaram convites da CNN Brasil para a rodada de sabatinas com os postulantes ao cargo de vice realizada na semana passada pela emissora. Todos os outros nomes das principais chapas que concorrem ao Executivo de São Paulo aceitaram o pedido do veículo.

Embora evite os veículos de imprensa, Antônia tem participado de alguns podcasts transmitidos pela internet e ocupa parte do tempo em eventos em igrejas.

Já Marta mal aparece nas agendas da campanha do próprio Boulos. Um levantamento realizado pela Coluna do Estadão mostra que a petista esteve apenas em cerca de 10% dos mais de 120 compromissos listados pelo psolista.

Aliados da ex-prefeita, inclusive, até defendem uma maior participação dela nessas ocasiões – especialmente nesta reta final, num contexto em que Boulos não detém mais a dianteira nos levantamentos de intenção de voto do instituto Datafolha.

Entretanto, nos bastidores, Marta é apontada como a articuladora mais importante da candidatura de Boulos. Fileiras do PSOL também declararam que ela tem colaborado muito com a direção da campanha do deputado federal. Integrantes da legenda declararam à Coluna que, pela ajuda que ela tem dado à candidatura, “não se veem no direito” de pedir que vá para o corpo a corpo com o postulante.

Além disso, na visão da campanha, manter uma agenda independente da de Boulos, de maneira complementar, ajuda a ampliar a margem de eleitores para a chapa. A mesma tática é adotada pela vice de Marçal. Segundo sua equipe relatou à Coluna, em muitos dias, Antônia tem mais compromissos a cumprir que o próprio ex-coach.

O influenciador teve cerca de 70 compromissos oficiais de campanha, já considerando todas as mais de dez vezes em que cancelou uma de suas agendas. A policial militar esteve em ao menos 11 – de carreatas a debates em emissoras de TV. Nas ocasiões em que está “sozinha”, costuma ir a igrejas ou outros templos religiosos, de acordo com a equipe do PRTB.

Marta Suplicy (PT), vice de Guilherme Boulos (PSOL) em café da manhã na residência do psolista, e Antônia de Jesus (PRTB), vice de Pablo Marçal (PRTB) durante convenção partidária da legenda que apresentou a chapa. Foto: Werther Santana/Estadão, Tiago Queiroz/Estadão

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