Roseann Kennedy traz os bastidores da política e da economia. Com Eduardo Barretto e Iander Porcella

Ataque do Congresso ao STF encontra a tempestade perfeita: interesses políticos e apoio popular


Julgamentos de casos como marco temporal, aborto e drogas contrariaram parlamentares, enquanto a população desconfia da atuação dos ministros

Por Roseann Kennedy

A ofensiva de deputados e senadores com pautas que limitam os poderes dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) encontrou a tempestade perfeita. A Suprema Corte feriu interesses de bancadas inteiras em julgamentos recentes, como a derrubada do marco temporal, e os congressistas conseguiram se juntar em grupos majoritários para reagir. Ao mesmo tempo, eles também viram que a população dá apoio ao emparedamento do STF, pois manifesta insatisfação com a ação de ministros.

O cientista político, Bruno Soller, analista de dados sobre o comportamento do eleitor, ressalta que a confiança na instituição é baixa e estável nos últimos anos. “O que se percebe é uma mudança na característica de quem rejeita ou confia pouco. Antes do bolsonarismo, os lulistas eram os principais críticos. Depois, com a soltura de Lula e os revezes de Sergio Moro, além da relação conflituosa do STF com Bolsonaro, eles começaram a confiar. E, a partir da ascensão do bolsonarismo ao poder, a critica ao Supremo fica nessa faixa dos 40% que não confiam”, afirmou à Coluna.

Escultura " A Justiça" localizada em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), na Praça dos Três Poderes, em Brasília. FOTO: WILTON JUNIOR/ ESTADÃO Foto: WILTON JUNIOR
continua após a publicidade

Bruno ainda ressalta que, apesar de também fazer críticas ao Congresso, é no Legislativo que a população encontra espaço para suas queixas. “O Congresso, por pior que seja a imagem que possui perante à sociedade, é sempre a tábua de salvação da democracia. Quando um presidente vai mal, é ao Congresso que se exclama por impeachment. Quando o STF impõe alguma decisão polêmica, é ao Congresso que se pede ajuda”, concluiu.

Somente de 2019 a 2023, o Senado recebeu 85 pedidos de impeachment de ministros do STF, principalmente contra Alexandre de Moraes e o atual presidente da Corte, Luís Roberto Barroso. Os presidentes da Casa no período, Davi Alcolumbre e Rodrigo Pacheco, não deram andamento a nenhum deles.

Agora, em resposta aos pares que estão insatisfeitos com o STF e aos eleitores que cobram freios à Corte, os dois estão à frente da reação do Senado ao Supremo. Foi Pacheco quem resgatou esta semana a proposta de mandato para ministros do STF. E coube a Alcolumbre presidir uma votação relâmpago, em 40 segundos, na Comissão de Constituição e Justiça, nesta quarta, 4, aprovando uma proposta de emenda à Constituição que limita as decisões monocráticas (tomadas por um único ministro) do Supremo Tribunal Federal e o prazo para os pedidos de vista. O texto segue, agora, para o plenário da Casa.

A ofensiva de deputados e senadores com pautas que limitam os poderes dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) encontrou a tempestade perfeita. A Suprema Corte feriu interesses de bancadas inteiras em julgamentos recentes, como a derrubada do marco temporal, e os congressistas conseguiram se juntar em grupos majoritários para reagir. Ao mesmo tempo, eles também viram que a população dá apoio ao emparedamento do STF, pois manifesta insatisfação com a ação de ministros.

O cientista político, Bruno Soller, analista de dados sobre o comportamento do eleitor, ressalta que a confiança na instituição é baixa e estável nos últimos anos. “O que se percebe é uma mudança na característica de quem rejeita ou confia pouco. Antes do bolsonarismo, os lulistas eram os principais críticos. Depois, com a soltura de Lula e os revezes de Sergio Moro, além da relação conflituosa do STF com Bolsonaro, eles começaram a confiar. E, a partir da ascensão do bolsonarismo ao poder, a critica ao Supremo fica nessa faixa dos 40% que não confiam”, afirmou à Coluna.

Escultura " A Justiça" localizada em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), na Praça dos Três Poderes, em Brasília. FOTO: WILTON JUNIOR/ ESTADÃO Foto: WILTON JUNIOR

Bruno ainda ressalta que, apesar de também fazer críticas ao Congresso, é no Legislativo que a população encontra espaço para suas queixas. “O Congresso, por pior que seja a imagem que possui perante à sociedade, é sempre a tábua de salvação da democracia. Quando um presidente vai mal, é ao Congresso que se exclama por impeachment. Quando o STF impõe alguma decisão polêmica, é ao Congresso que se pede ajuda”, concluiu.

Somente de 2019 a 2023, o Senado recebeu 85 pedidos de impeachment de ministros do STF, principalmente contra Alexandre de Moraes e o atual presidente da Corte, Luís Roberto Barroso. Os presidentes da Casa no período, Davi Alcolumbre e Rodrigo Pacheco, não deram andamento a nenhum deles.

Agora, em resposta aos pares que estão insatisfeitos com o STF e aos eleitores que cobram freios à Corte, os dois estão à frente da reação do Senado ao Supremo. Foi Pacheco quem resgatou esta semana a proposta de mandato para ministros do STF. E coube a Alcolumbre presidir uma votação relâmpago, em 40 segundos, na Comissão de Constituição e Justiça, nesta quarta, 4, aprovando uma proposta de emenda à Constituição que limita as decisões monocráticas (tomadas por um único ministro) do Supremo Tribunal Federal e o prazo para os pedidos de vista. O texto segue, agora, para o plenário da Casa.

A ofensiva de deputados e senadores com pautas que limitam os poderes dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) encontrou a tempestade perfeita. A Suprema Corte feriu interesses de bancadas inteiras em julgamentos recentes, como a derrubada do marco temporal, e os congressistas conseguiram se juntar em grupos majoritários para reagir. Ao mesmo tempo, eles também viram que a população dá apoio ao emparedamento do STF, pois manifesta insatisfação com a ação de ministros.

O cientista político, Bruno Soller, analista de dados sobre o comportamento do eleitor, ressalta que a confiança na instituição é baixa e estável nos últimos anos. “O que se percebe é uma mudança na característica de quem rejeita ou confia pouco. Antes do bolsonarismo, os lulistas eram os principais críticos. Depois, com a soltura de Lula e os revezes de Sergio Moro, além da relação conflituosa do STF com Bolsonaro, eles começaram a confiar. E, a partir da ascensão do bolsonarismo ao poder, a critica ao Supremo fica nessa faixa dos 40% que não confiam”, afirmou à Coluna.

Escultura " A Justiça" localizada em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), na Praça dos Três Poderes, em Brasília. FOTO: WILTON JUNIOR/ ESTADÃO Foto: WILTON JUNIOR

Bruno ainda ressalta que, apesar de também fazer críticas ao Congresso, é no Legislativo que a população encontra espaço para suas queixas. “O Congresso, por pior que seja a imagem que possui perante à sociedade, é sempre a tábua de salvação da democracia. Quando um presidente vai mal, é ao Congresso que se exclama por impeachment. Quando o STF impõe alguma decisão polêmica, é ao Congresso que se pede ajuda”, concluiu.

Somente de 2019 a 2023, o Senado recebeu 85 pedidos de impeachment de ministros do STF, principalmente contra Alexandre de Moraes e o atual presidente da Corte, Luís Roberto Barroso. Os presidentes da Casa no período, Davi Alcolumbre e Rodrigo Pacheco, não deram andamento a nenhum deles.

Agora, em resposta aos pares que estão insatisfeitos com o STF e aos eleitores que cobram freios à Corte, os dois estão à frente da reação do Senado ao Supremo. Foi Pacheco quem resgatou esta semana a proposta de mandato para ministros do STF. E coube a Alcolumbre presidir uma votação relâmpago, em 40 segundos, na Comissão de Constituição e Justiça, nesta quarta, 4, aprovando uma proposta de emenda à Constituição que limita as decisões monocráticas (tomadas por um único ministro) do Supremo Tribunal Federal e o prazo para os pedidos de vista. O texto segue, agora, para o plenário da Casa.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.