Enquanto o bolsonarismo vê seu principal capitão começar a naufragar nas águas turbulentas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Jair Bolsonaro (PL) repete a conduta negacionista que marcou sua gestão e faz de conta que não se importa com o julgamento no TSE.
O ex-presidente dá a última cartada e vai para perto de seu eleitorado mais ideológico no Rio Grande do Sul, antes do veredicto da Corte Eleitoral. Uma tentativa de mostrar força política e reforçar a narrativa de que “o povo está com ele”, embora tenha deixado o governo com popularidade baixíssima.
Bolsonaro sabe que seu espólio político já está sendo disputado por representantes da direita e quer mostrar que ‘o mito’ e o ‘bolsonarismo’ não morreram. Portanto, mesmo se for banido das disputas eleitorais por oito anos, não vai sair das discussões e das escolhas.
Foi ele mesmo que pediu para antecipar a viagem ao Estado para participar de atos do PL nesta quinta. Inicialmente, a agenda seria apenas na sexta, quando haverá uma série de filiações partidárias.
No Rio Grande do Sul, Bolsonaro não conseguiu eleger governador seu ex-ministro Onyx Lorenzoni. Mas teve mais de 56% dos votos na corrida presidencial.