Roseann Kennedy traz os bastidores da política e da economia. Com Eduardo Barretto e Iander Porcella

Bastidor: líderes governistas pedem para Lula baixar o tom para conter dólar


Parlamentares consideram que ofensiva por diminuição da taxa de juros continuará inócua e só colabora para instabilidade no câmbio

Por Augusto Tenório
Atualização:

Lideranças governistas na Câmara solicitaram, nos bastidores, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fale menos sobre economia e diminua a ofensiva contra o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Os parlamentares consideram que a beligerância é inócua, não ajuda a baixar a taxa básica de juros, hoje em 10,5%, e também contribui para a alta do dólar, que influencia negativamente a inflação. O cenário, reclamam os líderes, pode impactar na eleição municipal e dificulta a defesa do governo em plenário.

Procurado, o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), defendeu a política econômica do Planalto, mas reconheceu que o momento requer cautela. “O governo faz um esforço para equilibrar as contas públicas. Aprovamos o arcabouço fiscal, por exemplo. O momento não é de colocar gasolina, mas água. Todos sabem a nossa posição em defesa da redução das taxas de juros, pois o governo, principalmente o ministro Fernando Haddad (Fazenda), fez sua parte”, afirma Guimarães.

A moeda norteamericana bateu R$ 5,69 nesta terça-feira, 2, o maior nível em dois anos e meio. A alta ocorreu após Lula criticar Roberto Campos Neto e afirmar que o próximo presidente da instituição, a ser indicado pelo presidente neste ano, verá o Brasil “do jeito que ele é, e não do jeito que o sistema financeiro fala”.

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A política monetária tem sido um tema frequente em entrevistas de Lula às mídias regionais durante suas viagens pelo País, que compõem a nova estratégia de comunicação do governo.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).  Foto: Pedro Kirilos/Estadão

Lideranças governistas na Câmara solicitaram, nos bastidores, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fale menos sobre economia e diminua a ofensiva contra o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Os parlamentares consideram que a beligerância é inócua, não ajuda a baixar a taxa básica de juros, hoje em 10,5%, e também contribui para a alta do dólar, que influencia negativamente a inflação. O cenário, reclamam os líderes, pode impactar na eleição municipal e dificulta a defesa do governo em plenário.

Procurado, o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), defendeu a política econômica do Planalto, mas reconheceu que o momento requer cautela. “O governo faz um esforço para equilibrar as contas públicas. Aprovamos o arcabouço fiscal, por exemplo. O momento não é de colocar gasolina, mas água. Todos sabem a nossa posição em defesa da redução das taxas de juros, pois o governo, principalmente o ministro Fernando Haddad (Fazenda), fez sua parte”, afirma Guimarães.

A moeda norteamericana bateu R$ 5,69 nesta terça-feira, 2, o maior nível em dois anos e meio. A alta ocorreu após Lula criticar Roberto Campos Neto e afirmar que o próximo presidente da instituição, a ser indicado pelo presidente neste ano, verá o Brasil “do jeito que ele é, e não do jeito que o sistema financeiro fala”.

A política monetária tem sido um tema frequente em entrevistas de Lula às mídias regionais durante suas viagens pelo País, que compõem a nova estratégia de comunicação do governo.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).  Foto: Pedro Kirilos/Estadão

Lideranças governistas na Câmara solicitaram, nos bastidores, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fale menos sobre economia e diminua a ofensiva contra o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Os parlamentares consideram que a beligerância é inócua, não ajuda a baixar a taxa básica de juros, hoje em 10,5%, e também contribui para a alta do dólar, que influencia negativamente a inflação. O cenário, reclamam os líderes, pode impactar na eleição municipal e dificulta a defesa do governo em plenário.

Procurado, o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), defendeu a política econômica do Planalto, mas reconheceu que o momento requer cautela. “O governo faz um esforço para equilibrar as contas públicas. Aprovamos o arcabouço fiscal, por exemplo. O momento não é de colocar gasolina, mas água. Todos sabem a nossa posição em defesa da redução das taxas de juros, pois o governo, principalmente o ministro Fernando Haddad (Fazenda), fez sua parte”, afirma Guimarães.

A moeda norteamericana bateu R$ 5,69 nesta terça-feira, 2, o maior nível em dois anos e meio. A alta ocorreu após Lula criticar Roberto Campos Neto e afirmar que o próximo presidente da instituição, a ser indicado pelo presidente neste ano, verá o Brasil “do jeito que ele é, e não do jeito que o sistema financeiro fala”.

A política monetária tem sido um tema frequente em entrevistas de Lula às mídias regionais durante suas viagens pelo País, que compõem a nova estratégia de comunicação do governo.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).  Foto: Pedro Kirilos/Estadão

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