Roseann Kennedy traz os bastidores da política e da economia. Com Eduardo Barretto e Iander Porcella

Bastidor: Lula avalia ‘erro’ de ter dado três ministérios para PSD, União e MDB


Reforma ministerial deixa pouca margem de manobra; PT não aceita perder espaço

Por Eduardo Gayer

O presidente Lula notou que tem pouca margem de manobra para acomodar o Centrão na reforma ministerial a ser deflagrada em agosto. No entorno do petista, uma percepção: o erro original, ainda no governo de transição, foi entregar três ministérios para MDB, União Brasil e PSD, sem reservar uma “gordura” para acomodações futuras.

Em meio a esse mea culpa de bastidores, ainda discreto, um líder afirmou à Coluna que o ideal seria ter dado apenas duas pastas para as três legendas supracitadas.

Presidente Lula - 13/07/2023 Foto: Andre Borges/EFE
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Por isso, no Palácio do Planalto, é cada vez mais forte o entendimento de que será necessário cortar na própria carne para consumar o casamento com PP e Republicanos - isso signifca cortar espaços do PT e de outros setores da esquerda.

Partido de Lula, o PT tem nove pastas e resiste à perda de espaço. A presidente da sigla, Gleisi Hoffmann, afirmou a interlocutores que não concorda em ceder para afagar o Centrão.

Quem pode sair perdendo é o PSB do vice-presidente Geraldo Alckmin. Como registrou a Coluna, existe a possibilidade de o ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, deixar o cargo para o deputado Silvio Costa Filho (Republicanos-PE).

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Entre as mulheres, circula ainda a possibilidade de a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, quadro ligado ao PT, ser demitida. A ministra de Ciência e Tecnologia, Luciana Santos, também pode trocar de área, embora não deva ficar sem espaço por ser a única representante do PCdoB na Esplanada.

Histórico de distribuição de cargos no governo Lula

O MDB tem três pastas na Esplanada: Transportes, com Renan Filho; Cidades, com Jader Filho; e Planejamento, com Simone Tebet.

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O PSD controla Agricultura, com Carlos Favaro; Pesca, com André de Paula; e Minas e Energia, com Alexandre Silveira.

Já o União Brasil, partido que vive às turras com Planalto apesar de ter três ministérios, ficou com Comunicações (Juscelino Filho), Integração Regional (Waldez Góes) e Turismo (Celso Sabino) Agora ex-ministra do Turismo, a deputada federal Daniela Carneiro (União Brasil-RJ) foi substituída por Sabino na semana passada justamente para tentar melhorar a articulação política do governo.

Sobre o União Brasil, uma fonte ainda tem outra leitura sobre o “pecado original” especulado nos bastidores: “nada disso estaria acontecendo se Elmar Nascimento fosse ministro desde o começo”.

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O líder do União Brasil na Câmara, Elmar Nascimento, foi vetado pelo PT para assumir a Integração Nacional por fazer críticas a Lula na Bahia, seu reduto político, e ser adversário por lá do ministro da Casa Civil, Rui Costa. A aproximação com o Planalto veio há pouco, com intermédio do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), mas tem custado caro a Lula.

O presidente Lula notou que tem pouca margem de manobra para acomodar o Centrão na reforma ministerial a ser deflagrada em agosto. No entorno do petista, uma percepção: o erro original, ainda no governo de transição, foi entregar três ministérios para MDB, União Brasil e PSD, sem reservar uma “gordura” para acomodações futuras.

Em meio a esse mea culpa de bastidores, ainda discreto, um líder afirmou à Coluna que o ideal seria ter dado apenas duas pastas para as três legendas supracitadas.

Presidente Lula - 13/07/2023 Foto: Andre Borges/EFE

Por isso, no Palácio do Planalto, é cada vez mais forte o entendimento de que será necessário cortar na própria carne para consumar o casamento com PP e Republicanos - isso signifca cortar espaços do PT e de outros setores da esquerda.

Partido de Lula, o PT tem nove pastas e resiste à perda de espaço. A presidente da sigla, Gleisi Hoffmann, afirmou a interlocutores que não concorda em ceder para afagar o Centrão.

Quem pode sair perdendo é o PSB do vice-presidente Geraldo Alckmin. Como registrou a Coluna, existe a possibilidade de o ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, deixar o cargo para o deputado Silvio Costa Filho (Republicanos-PE).

Entre as mulheres, circula ainda a possibilidade de a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, quadro ligado ao PT, ser demitida. A ministra de Ciência e Tecnologia, Luciana Santos, também pode trocar de área, embora não deva ficar sem espaço por ser a única representante do PCdoB na Esplanada.

Histórico de distribuição de cargos no governo Lula

O MDB tem três pastas na Esplanada: Transportes, com Renan Filho; Cidades, com Jader Filho; e Planejamento, com Simone Tebet.

O PSD controla Agricultura, com Carlos Favaro; Pesca, com André de Paula; e Minas e Energia, com Alexandre Silveira.

Já o União Brasil, partido que vive às turras com Planalto apesar de ter três ministérios, ficou com Comunicações (Juscelino Filho), Integração Regional (Waldez Góes) e Turismo (Celso Sabino) Agora ex-ministra do Turismo, a deputada federal Daniela Carneiro (União Brasil-RJ) foi substituída por Sabino na semana passada justamente para tentar melhorar a articulação política do governo.

Sobre o União Brasil, uma fonte ainda tem outra leitura sobre o “pecado original” especulado nos bastidores: “nada disso estaria acontecendo se Elmar Nascimento fosse ministro desde o começo”.

O líder do União Brasil na Câmara, Elmar Nascimento, foi vetado pelo PT para assumir a Integração Nacional por fazer críticas a Lula na Bahia, seu reduto político, e ser adversário por lá do ministro da Casa Civil, Rui Costa. A aproximação com o Planalto veio há pouco, com intermédio do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), mas tem custado caro a Lula.

O presidente Lula notou que tem pouca margem de manobra para acomodar o Centrão na reforma ministerial a ser deflagrada em agosto. No entorno do petista, uma percepção: o erro original, ainda no governo de transição, foi entregar três ministérios para MDB, União Brasil e PSD, sem reservar uma “gordura” para acomodações futuras.

Em meio a esse mea culpa de bastidores, ainda discreto, um líder afirmou à Coluna que o ideal seria ter dado apenas duas pastas para as três legendas supracitadas.

Presidente Lula - 13/07/2023 Foto: Andre Borges/EFE

Por isso, no Palácio do Planalto, é cada vez mais forte o entendimento de que será necessário cortar na própria carne para consumar o casamento com PP e Republicanos - isso signifca cortar espaços do PT e de outros setores da esquerda.

Partido de Lula, o PT tem nove pastas e resiste à perda de espaço. A presidente da sigla, Gleisi Hoffmann, afirmou a interlocutores que não concorda em ceder para afagar o Centrão.

Quem pode sair perdendo é o PSB do vice-presidente Geraldo Alckmin. Como registrou a Coluna, existe a possibilidade de o ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, deixar o cargo para o deputado Silvio Costa Filho (Republicanos-PE).

Entre as mulheres, circula ainda a possibilidade de a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, quadro ligado ao PT, ser demitida. A ministra de Ciência e Tecnologia, Luciana Santos, também pode trocar de área, embora não deva ficar sem espaço por ser a única representante do PCdoB na Esplanada.

Histórico de distribuição de cargos no governo Lula

O MDB tem três pastas na Esplanada: Transportes, com Renan Filho; Cidades, com Jader Filho; e Planejamento, com Simone Tebet.

O PSD controla Agricultura, com Carlos Favaro; Pesca, com André de Paula; e Minas e Energia, com Alexandre Silveira.

Já o União Brasil, partido que vive às turras com Planalto apesar de ter três ministérios, ficou com Comunicações (Juscelino Filho), Integração Regional (Waldez Góes) e Turismo (Celso Sabino) Agora ex-ministra do Turismo, a deputada federal Daniela Carneiro (União Brasil-RJ) foi substituída por Sabino na semana passada justamente para tentar melhorar a articulação política do governo.

Sobre o União Brasil, uma fonte ainda tem outra leitura sobre o “pecado original” especulado nos bastidores: “nada disso estaria acontecendo se Elmar Nascimento fosse ministro desde o começo”.

O líder do União Brasil na Câmara, Elmar Nascimento, foi vetado pelo PT para assumir a Integração Nacional por fazer críticas a Lula na Bahia, seu reduto político, e ser adversário por lá do ministro da Casa Civil, Rui Costa. A aproximação com o Planalto veio há pouco, com intermédio do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), mas tem custado caro a Lula.

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