O PL se prepara para lançar, ainda neste mês, podcasts próprios. A Coluna apurou que a estrutura já está sendo montada na sede do partido, em Brasília, e na Câmara dos Deputados. A ideia é criar pelo menos um programa fixo, com o presidente da legenda, Valdemar Costa Neto, como âncora, e participações eventuais do ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL).
Integrantes da legenda envolvidos no projeto, ouvidos sob reserva pela Coluna, defendem que Valdemar Costa Neto não passe por treinamento, para falar de maneira natural. O mesmo, porém, não é defendido em relação a Bolsonaro. A ideia é preparar o ex-presidente para conter seus “arroubos” e não dar mais munição à Justiça e aos adversários.
Bolsonaro não faz mais suas tradicionais lives, famosas na campanha e ao longo do mandato presidencial. Também não tem o contato direto e diário com seus apoiadores, no cercadinho do Palácio da Alvorada. O podcast, defendem parlamentares, seria a forma ideal para “ficar mais falante”, porém, num ambiente mais controlado. Com a produção gravada é possível editar e orientar o conteúdo a ser abordado com mais segurança.
Primeira-dama e general Braga Neto também poderão fazer podcasts
Também espera-se que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, que é presidente do PL Mulher e a principal aposta do partido com o público feminino, possa ter seu podcast. O mesmo também é cogitado para o general Braga Netto, que foi vice de Bolsonaro na campanha de 2022. “Isso caberá às assessorias deles decidir”, explica a fonte, afirmando que a estrutura poderá contemplar diversos programas.
A estrutura de gravações na sede do partido está sendo montada, já com espuma de isolamento sonoro. Falta organizar a decoração do cenário e alguns equipamentos técnicos. Na Câmara, segundo fonte do partido, a montagem está mais adiantada.
“São podcasts independentes. No Congresso, deputados e senadores se revezam, a linguagem é outra. Os parlamentares podem bater mais no presidente Lula e no PT, principalmente os mais bolsonaristas. Mas o da sede do PL deverá ter perfil mais institucional, focado nos personagens da cúpula do partido”, explica um interlocutor.
A assessoria de Bolsonaro ainda não se manifestou sobre a possibilidade de ele começar as gravações e qual formato defende.