Os candidatos às Prefeituras do ABC Paulista esperam pela presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas agendas de campanhas para impulsioná-los nas disputas eleitorais. Mas, sem a garantia de que o líder comparecerá e sem tempo de televisão, os postulantes apostam em inserções de falas antigas do presidente nas rádios, enquanto aguardam na “fila” a presença do presidente. Procuradas, as assessorias de Lula e da presidência nacional do PT não retornaram para falar sobre as agendas.
Das sete cidades que compõem a região do ABC, o Partido dos Trabalhadores lançou candidatos em seis municípios. No entanto, o cenário apresentado pelas últimas pesquisas eleitorais é favorável à sigla somente em Mauá e Diadema - locais já comandados pelo PT. A expectativa dos postulantes era de que o presidente Lula pudesse ajudá-los.
À Coluna do Estadão, o presidente estadual do PT, deputado federal Kiko Celeguim, admitiu que presença de Lula em agendas na região ainda é incerta. Ele confirmou a participação do presidente na capital paulista, onde apoia Guilherme Boulos (PSOL), e disse acreditar que a ida a São Paulo pode ecoar para toda a região metropolitana. “Não se trata de gostar mais de um ou de outro, se trata de você dar uma ressonância maior para a agenda”, afirmou.
Celeguim afirmou, ainda, que Mauá e Diadema têm espaço para apostar em suas próprias particularidades para concretizar suas chances. Lula até participou da inauguração de um Centro Educacional Unificado (CEU) em Diadema ao lado do candidato José Filippi (PT), mas em 5 de julho, portanto antes de poder pedir voto para o petista.
Em São Bernardo do Campo, berço político do PT, a estratégia será transferir os votos dos eleitores que elegeram Lula em 2022. O presidente participou da convenção partidária que oficializou a candidatura de Luiz Fernando Teixeira (PT), irmão do ministro do desenvolvimento agrário, Paulo Teixeira (PT).