Roseann Kennedy traz os bastidores da política e da economia. Com Eduardo Barretto e Iander Porcella

Cenário político em Minas impõe a Lula dependência de Silveira que vence resistência do PT


‘Minas continua sendo o campo de batalha mais importante da eleição nacional’, disse à Coluna do Estadão o diretor da Quaest, Felipe Nunes

Por Roseann Kennedy
Atualização:

O fortalecimento da direita em Minas Gerais nos últimos anos e a ausência de quadros fortes do PT no Estado impuseram ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva uma dependência do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. A mais recente pesquisa Genial/Quaest mostra que a estratégia rendeu frutos e confirma que Lula e Silveira estabeleceram uma relação ganha-ganha que vence até a resistência do PT ao ministro.

No levantamento da Quaest de abril, Lula marcou 52% de aprovação em Minas Gerais, acima dos 38% dos votos totais na disputa eleitoral de 2022. No entanto, petista não chega nem perto da aprovação do governador mineiro, Romeu Zema (Novo), que foi reeleito em primeiro turno e alcança 62%. Por outro lado, o opositor perdeu tração, de acordo com o levantamento.

“Minas continua sendo o campo de batalha mais importante da eleição nacional. Talvez por isso essa pesquisa traga algum refresco ao governo. Em Minas, Zema aparenta estar mais fraco que seus colegas governadores, e Lula com uma avaliação melhor que nos outros estados. Embora falte um nome para disputar o governo de Minas, Lula ainda tem capital político por lá”, disse à Coluna do Estadão o diretor do instituto de pesquisas, Felipe Nunes.

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O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, com o presidente Lula. Os dois se aproximaram por uma aliança de centro-esquerda dem Minas Gerais.  Foto: FOTO: WILTON JUNIOR / ESTADÃO

O ministro de Minas e Energia é o único chefe da Esplanada que vem de Minas Gerais, uma espécie de “colégio eleitoral de ouro” para quem quer ocupar o Palácio do Planalto. Desde a primeira eleição presidencial direta após a ditadura militar, em 1989, quem vence em solo mineiro leva a Presidência da República. Mexer no tabuleiro num cenário político tão importante e apertado seria um risco.

Cumprindo a tradição, Lula ganhou por lá em 2022, mas não emplacou aliados no governo ou no Senado, vaga para a qual seu candidato era o próprio Alexandre Silveira. O fato de Minas ter se transformado em terreno árido para o PT, relatam fontes do Congresso, dá fôlego às articulações do ministro de Minas e Energia, que fez um reposicionamento para a centro-esquerda. O PT perdeu força em Minas após o governo Fernando Pimentel.

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Além disso, Silveira se tornou o articulador político de Lula em Minas. Em 2022, o ministro coordenou a campanha presidencial do PT no Estado. Para 2026, a função deve se repetir: o chefe do MME monta desde já o palanque de centro-esquerda para a reeleição de Lula em solo mineiro, com Rodrigo Pacheco candidato a governador, e ele mesmo ao Senado.

O fortalecimento da direita em Minas Gerais nos últimos anos e a ausência de quadros fortes do PT no Estado impuseram ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva uma dependência do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. A mais recente pesquisa Genial/Quaest mostra que a estratégia rendeu frutos e confirma que Lula e Silveira estabeleceram uma relação ganha-ganha que vence até a resistência do PT ao ministro.

No levantamento da Quaest de abril, Lula marcou 52% de aprovação em Minas Gerais, acima dos 38% dos votos totais na disputa eleitoral de 2022. No entanto, petista não chega nem perto da aprovação do governador mineiro, Romeu Zema (Novo), que foi reeleito em primeiro turno e alcança 62%. Por outro lado, o opositor perdeu tração, de acordo com o levantamento.

“Minas continua sendo o campo de batalha mais importante da eleição nacional. Talvez por isso essa pesquisa traga algum refresco ao governo. Em Minas, Zema aparenta estar mais fraco que seus colegas governadores, e Lula com uma avaliação melhor que nos outros estados. Embora falte um nome para disputar o governo de Minas, Lula ainda tem capital político por lá”, disse à Coluna do Estadão o diretor do instituto de pesquisas, Felipe Nunes.

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, com o presidente Lula. Os dois se aproximaram por uma aliança de centro-esquerda dem Minas Gerais.  Foto: FOTO: WILTON JUNIOR / ESTADÃO

O ministro de Minas e Energia é o único chefe da Esplanada que vem de Minas Gerais, uma espécie de “colégio eleitoral de ouro” para quem quer ocupar o Palácio do Planalto. Desde a primeira eleição presidencial direta após a ditadura militar, em 1989, quem vence em solo mineiro leva a Presidência da República. Mexer no tabuleiro num cenário político tão importante e apertado seria um risco.

Cumprindo a tradição, Lula ganhou por lá em 2022, mas não emplacou aliados no governo ou no Senado, vaga para a qual seu candidato era o próprio Alexandre Silveira. O fato de Minas ter se transformado em terreno árido para o PT, relatam fontes do Congresso, dá fôlego às articulações do ministro de Minas e Energia, que fez um reposicionamento para a centro-esquerda. O PT perdeu força em Minas após o governo Fernando Pimentel.

Além disso, Silveira se tornou o articulador político de Lula em Minas. Em 2022, o ministro coordenou a campanha presidencial do PT no Estado. Para 2026, a função deve se repetir: o chefe do MME monta desde já o palanque de centro-esquerda para a reeleição de Lula em solo mineiro, com Rodrigo Pacheco candidato a governador, e ele mesmo ao Senado.

O fortalecimento da direita em Minas Gerais nos últimos anos e a ausência de quadros fortes do PT no Estado impuseram ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva uma dependência do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. A mais recente pesquisa Genial/Quaest mostra que a estratégia rendeu frutos e confirma que Lula e Silveira estabeleceram uma relação ganha-ganha que vence até a resistência do PT ao ministro.

No levantamento da Quaest de abril, Lula marcou 52% de aprovação em Minas Gerais, acima dos 38% dos votos totais na disputa eleitoral de 2022. No entanto, petista não chega nem perto da aprovação do governador mineiro, Romeu Zema (Novo), que foi reeleito em primeiro turno e alcança 62%. Por outro lado, o opositor perdeu tração, de acordo com o levantamento.

“Minas continua sendo o campo de batalha mais importante da eleição nacional. Talvez por isso essa pesquisa traga algum refresco ao governo. Em Minas, Zema aparenta estar mais fraco que seus colegas governadores, e Lula com uma avaliação melhor que nos outros estados. Embora falte um nome para disputar o governo de Minas, Lula ainda tem capital político por lá”, disse à Coluna do Estadão o diretor do instituto de pesquisas, Felipe Nunes.

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, com o presidente Lula. Os dois se aproximaram por uma aliança de centro-esquerda dem Minas Gerais.  Foto: FOTO: WILTON JUNIOR / ESTADÃO

O ministro de Minas e Energia é o único chefe da Esplanada que vem de Minas Gerais, uma espécie de “colégio eleitoral de ouro” para quem quer ocupar o Palácio do Planalto. Desde a primeira eleição presidencial direta após a ditadura militar, em 1989, quem vence em solo mineiro leva a Presidência da República. Mexer no tabuleiro num cenário político tão importante e apertado seria um risco.

Cumprindo a tradição, Lula ganhou por lá em 2022, mas não emplacou aliados no governo ou no Senado, vaga para a qual seu candidato era o próprio Alexandre Silveira. O fato de Minas ter se transformado em terreno árido para o PT, relatam fontes do Congresso, dá fôlego às articulações do ministro de Minas e Energia, que fez um reposicionamento para a centro-esquerda. O PT perdeu força em Minas após o governo Fernando Pimentel.

Além disso, Silveira se tornou o articulador político de Lula em Minas. Em 2022, o ministro coordenou a campanha presidencial do PT no Estado. Para 2026, a função deve se repetir: o chefe do MME monta desde já o palanque de centro-esquerda para a reeleição de Lula em solo mineiro, com Rodrigo Pacheco candidato a governador, e ele mesmo ao Senado.

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