Partidos do Centrão fizeram uma contagem preliminar do número de votos que poderia ter a PEC da Transição na Câmara e chegaram, no fim de semana, ao número de 247 apoiadores - placar insuficiente para a aprovação da medida (são necessários 308). A insatisfação tem motivos diversos, a começar pelo mal-estar no União Brasil, que vai assumir a relatoria da proposta na Câmara e tenta dobrar a resistência de Lula em entregar um ministério aos deputados da sigla. Eles alegam que, enquanto “a situação do Senado foi resolvida”, com o atendimento de indicações no futuro governo, na Câmara o tratamento não foi similar. Há ainda os que não desejam votar antes da decisão do STF sobre o orçamento secreto.
ENGROSSOU. Arthur Lira (PP-AL), que estava empenhado na proposta, decidiu entregar o trabalho ao PT nesta segunda. Na diplomação de Lula, ele disse a petistas que a “PEC estava com problemas”. Aliados do presidente da Câmara falam em empurrar a votação para semana que vem. As negociações estão em curso, e Lula deve tratar do tema com Lira nesta terça (13).
PEDIDOS. Elmar Nascimento (União-BA) tem sinalizado interesse pelo Ministério de Minas e Energia, mas não recebeu resposta do PT, que teria prometido a pasta ao MDB do Senado. Outro ministério cobiçado pelo União Brasil da Câmara é o Desenvolvimento Regional, que tem a Codevasf sob seu guarda-chuva.
FUGA. Deputados ressuscitaram a ideia de abrir créditos extraordinários para os pagamentos do governo no fim de ano, além do orçamento secreto. Mas a questão está travada no TCU e a Economia também é contra.
CLICK. Líderes sindicais. Diplomação de Lula
Ricardo Patah, da UGT, Miguel Torres e Juruna, da Força Sindical, e Antonio Neto, da CBS, assistiram à cerimônia juntos no TSE nesta segunda-feira (12).
PRONTO, FALEI! Marina Helou, deputada Estadual (Rede-SP)
“Emendas parlamentares distorcem competências dos Poderes e, no limite, são porta para a corrupção”, disse, sobre aumento de emendas para a Alesp.