Roseann Kennedy traz os bastidores da política e da economia. Com Eduardo Barretto e Iander Porcella

Equipe de Boulos rechaça associação de ato com Marina Silva à ‘confusão’ de pesquisa


Em recente Datafolha, a pré-candidata Marina Helena (Novo) apareceu com 7%, e eleitores teriam confundido nomes; integrantes do PSOL ressaltam que chegada da ministra é para contribuir nas propostas ambientais

Por Roseann Kennedy
Atualização:

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede), participa neste sábado, 23, de um ato de adesão à pré-candidatura de Guilherme Boulos (PSOL) à Prefeitura de São Paulo. Nos bastidores, há preocupação entre os psolistas em dissociar o evento da suposta confusão dos eleitores em recente Datafolha, na qual teriam confundido a pré-candidata do Novo, Marina Helena, com a ministra.

Ninguém nega que o pré-candidato deseja deixar claro que “Marina é Boulos”. Mas sua equipe ressalta: a programação estava prevista antes da divulgação da pesquisa e o foco é mostrar a contribuição de Marina Silva nas propostas ambientais para a cidade.

A pré-candidata do Novo também tenta se distanciar da suposta confusão e diz que se isso ocorresse, na disputa passada a então candidata da Rede à prefeitura, Marina Helou, também teria sido beneficiada.

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“Sinceramente achei até curiosa essa insistência na hipótese da confusão de nomes. Não faz o menor sentido. Marina Silva, a própria, teve 95.428 votos na capital em 2022. Marina Helou da Rede, mesmo partido da ministra, teve 22.073 votos para prefeitura em 2020 (0,4 % dos votos válidos). Se a própria Marina Silva e seu partido não se beneficiaram dessa “confusão”, como é que eu me beneficiaria?”, indagou à Coluna do Estadão.

O Deputado Federal e pré-candidato à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL).  Foto: FOTO TABA BENEDICTO/ESTADÃO

“A verdade é que o eleitor de São Paulo não está confuso, ele está cansado. Cansado das mesmas figurinhas batidas de sempre. Eu represento essa mudança e já apareço com 7% das intenções de voto mesmo sendo ainda muito pouco conhecida pelo eleitor. Quanto mais avançarmos, com o início da campanha, tenho certeza de que haverá um grande crescimento”, apostou Marina Helena.

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O próprio Datafolha, porém, faz análises internas de outros recortes da pesquisa que sugerem que o eleitorado se atrapalhou nos nomes. Um dos motivos é que 72% dos que declararam voto em Marina Helena disseram que não votariam num candidato apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de jeito nenhum. Marina Helena esteve no ato pró-Bolsonaro na Avenida Paulista, em fevereiro, e também integrou a equipe do Ministério da Economia na gestão de Paulo Guedes.

Marina Silva reforça associação da pré-campanha de Boulos com governo Lula

Com a chegada da ministra num momento em que Boulos aparece empatado com seu principal na corrida municipal, o prefeito Ricardo Nunes (MDB), é vista como uma forma de ampliar a polarização e reforçar a associação Boulos-Lula e Nunes-Bolsonaro.

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede), participa neste sábado, 23, de um ato de adesão à pré-candidatura de Guilherme Boulos (PSOL) à Prefeitura de São Paulo. Nos bastidores, há preocupação entre os psolistas em dissociar o evento da suposta confusão dos eleitores em recente Datafolha, na qual teriam confundido a pré-candidata do Novo, Marina Helena, com a ministra.

Ninguém nega que o pré-candidato deseja deixar claro que “Marina é Boulos”. Mas sua equipe ressalta: a programação estava prevista antes da divulgação da pesquisa e o foco é mostrar a contribuição de Marina Silva nas propostas ambientais para a cidade.

A pré-candidata do Novo também tenta se distanciar da suposta confusão e diz que se isso ocorresse, na disputa passada a então candidata da Rede à prefeitura, Marina Helou, também teria sido beneficiada.

“Sinceramente achei até curiosa essa insistência na hipótese da confusão de nomes. Não faz o menor sentido. Marina Silva, a própria, teve 95.428 votos na capital em 2022. Marina Helou da Rede, mesmo partido da ministra, teve 22.073 votos para prefeitura em 2020 (0,4 % dos votos válidos). Se a própria Marina Silva e seu partido não se beneficiaram dessa “confusão”, como é que eu me beneficiaria?”, indagou à Coluna do Estadão.

O Deputado Federal e pré-candidato à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL).  Foto: FOTO TABA BENEDICTO/ESTADÃO

“A verdade é que o eleitor de São Paulo não está confuso, ele está cansado. Cansado das mesmas figurinhas batidas de sempre. Eu represento essa mudança e já apareço com 7% das intenções de voto mesmo sendo ainda muito pouco conhecida pelo eleitor. Quanto mais avançarmos, com o início da campanha, tenho certeza de que haverá um grande crescimento”, apostou Marina Helena.

O próprio Datafolha, porém, faz análises internas de outros recortes da pesquisa que sugerem que o eleitorado se atrapalhou nos nomes. Um dos motivos é que 72% dos que declararam voto em Marina Helena disseram que não votariam num candidato apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de jeito nenhum. Marina Helena esteve no ato pró-Bolsonaro na Avenida Paulista, em fevereiro, e também integrou a equipe do Ministério da Economia na gestão de Paulo Guedes.

Marina Silva reforça associação da pré-campanha de Boulos com governo Lula

Com a chegada da ministra num momento em que Boulos aparece empatado com seu principal na corrida municipal, o prefeito Ricardo Nunes (MDB), é vista como uma forma de ampliar a polarização e reforçar a associação Boulos-Lula e Nunes-Bolsonaro.

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede), participa neste sábado, 23, de um ato de adesão à pré-candidatura de Guilherme Boulos (PSOL) à Prefeitura de São Paulo. Nos bastidores, há preocupação entre os psolistas em dissociar o evento da suposta confusão dos eleitores em recente Datafolha, na qual teriam confundido a pré-candidata do Novo, Marina Helena, com a ministra.

Ninguém nega que o pré-candidato deseja deixar claro que “Marina é Boulos”. Mas sua equipe ressalta: a programação estava prevista antes da divulgação da pesquisa e o foco é mostrar a contribuição de Marina Silva nas propostas ambientais para a cidade.

A pré-candidata do Novo também tenta se distanciar da suposta confusão e diz que se isso ocorresse, na disputa passada a então candidata da Rede à prefeitura, Marina Helou, também teria sido beneficiada.

“Sinceramente achei até curiosa essa insistência na hipótese da confusão de nomes. Não faz o menor sentido. Marina Silva, a própria, teve 95.428 votos na capital em 2022. Marina Helou da Rede, mesmo partido da ministra, teve 22.073 votos para prefeitura em 2020 (0,4 % dos votos válidos). Se a própria Marina Silva e seu partido não se beneficiaram dessa “confusão”, como é que eu me beneficiaria?”, indagou à Coluna do Estadão.

O Deputado Federal e pré-candidato à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL).  Foto: FOTO TABA BENEDICTO/ESTADÃO

“A verdade é que o eleitor de São Paulo não está confuso, ele está cansado. Cansado das mesmas figurinhas batidas de sempre. Eu represento essa mudança e já apareço com 7% das intenções de voto mesmo sendo ainda muito pouco conhecida pelo eleitor. Quanto mais avançarmos, com o início da campanha, tenho certeza de que haverá um grande crescimento”, apostou Marina Helena.

O próprio Datafolha, porém, faz análises internas de outros recortes da pesquisa que sugerem que o eleitorado se atrapalhou nos nomes. Um dos motivos é que 72% dos que declararam voto em Marina Helena disseram que não votariam num candidato apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de jeito nenhum. Marina Helena esteve no ato pró-Bolsonaro na Avenida Paulista, em fevereiro, e também integrou a equipe do Ministério da Economia na gestão de Paulo Guedes.

Marina Silva reforça associação da pré-campanha de Boulos com governo Lula

Com a chegada da ministra num momento em que Boulos aparece empatado com seu principal na corrida municipal, o prefeito Ricardo Nunes (MDB), é vista como uma forma de ampliar a polarização e reforçar a associação Boulos-Lula e Nunes-Bolsonaro.

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