Deputados de esquerda vão ocupar 8 das 34 vagas na Comissão Especial criada pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para analisar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que pretende criminalizar o porte e a posse de drogas em qualquer quantidade. O colegiado será instalado em uma reação ao Supremo Tribunal Federal (STF), que descriminalizou a maconha para uso pessoal. O Congresso viu uma invasão de prerrogativas parlamentares.
Na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, a esquerda votou contra a PEC das drogas e foi derrotada por 47 votos a 17. No Senado, a esquerda ficou dividida.
Os critérios de distribuição de vagas na comissão especial levam em consideração a formação dos blocos partidários. Nesse desenho, serão oito assentos repartidos entre a federação PT-PCdoB-PV, a federação PSOL-Rede, PDT e PSB. O restante ficará com partidos de centro-direita e direita.
Até o momento, apenas o Podemos indicou representantes: o vice-líder da oposição Mauricio Marcon (RS) para integrante titular e Sargento Portugal (RJ) para suplente.