Roseann Kennedy traz os bastidores da política e da economia

Fala de Janja gera ruído mas não tem tamanho para afetar relação comercial com EUA


‘O Brasil seguramente vai ter problemas com Donald Trump, mas em razão da aproximação com a China, da competição por mercados agrícolas, de tarifas sobre produtos relevantes’, avalia Welber Barral; procurada pelo Estadão, assessoria de Janja afirmou que não haverá qualquer comentário sobre o caso

Por Roseann Kennedy
Atualização:

É fato que a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, causou constrangimento à diplomacia brasileira ao xingar o empresário Elon Musk, futuro integrante do governo Donald Trump. Mas o impacto da sua declaração, por ora, ficará apenas no ambiente político e das redes sociais. Agentes que atuam na relações comerciais entre os dois países afirmam que o risco de reprimenda norte-americana por esse motivo, quando o novo presidente assumir, é zero. O ruído gerado por Janja não tem tamanho para isso.

O caso é tratado como “parte do pitoresco” dos eventos paralelos do G20 no Brasil e dará combustível para os embates entre esquerda e direita. Mas se converter em força motriz de política de governo americano é considerado impensável. Por mais que ações do empresário Elon Musk cheguem a ser consideradas imponderáveis entre integrantes do governo, predomina a leitura de que acordos de comércio jamais serão tratados na superficialidade. Eventuais medidas que prejudiquem o Brasil serão adotadas por outros fatores e critérios.

”O Brasil seguramente vai ter problemas com Donald Trump, mas em razão da aproximação com a China, da competição por mercados agrícolas, de tarifas sobre produtos relevantes. A lógica de Trump é muito transacional, enquanto ofensa gratuita é infelizmente aceita como um mecanismo político”, afirma o consultor em comércio internacional, PhD em Direito Internacional pela Universidade de São Paulo (USP), Welber Barral.

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Ninguém tem dúvidas, também, de que haverá pressão em razão da relação do governo Lula com a Venezuela, pela aproximação de Trump com o ex-presidente Jair Bolsonaro e com o presidente da Argentina, Javier Milei.

Procurada pelo Estadão, a assessoria da primeira-dama informou que haverá qualquer comentário sobre o caso.

Primeira-dama Rosângela da Silva, Janja  Foto: Luis Robayo/LUIS ROBAYO
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A ofensa de Janja, a resposta de Musk e a reação de Lula

No sábado 16, Janja participava de uma mesa de debates com o influenciador Felipe Neto sobre combate à desinformação no Cria G-20, um dos eventos paralelos à Cúpula de Líderes, quando pediu palavra para destacar a dificuldade de aprovação de leis para regulamentar plataformas de mídias sociais. Então, sem razão aparente, abaixou-se por causa do que parecia ser um ruído no ambiente onde estava. Ela interrompeu o discurso e disparou: “Acho que é o Elon Musk. Eu não tenho medo de você. Inclusive, fuck you, Elon Musk”, disse Janja.

O bilionário reagiu em seu perfil no X momentos depois, indicando por meio da sigla “lol” - “laughing out loud” - que estava rindo alto. Ao comentar outro post na plataforma, Musk afirmou que “eles”, em indicação ao governo atual, vão perder as próximas eleições.

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O maior sinal de reprovação a Janja veio do próprio Lula. Horas depois da fala de sua mulher, ele a desautorizou em público, embora sem fazer uma menção direta a ela. “Eu queria dizer para vocês que essa é uma campanha em que a gente não tem que ofender ninguém, não temos que xingar ninguém”, afirmou o presidente.

É fato que a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, causou constrangimento à diplomacia brasileira ao xingar o empresário Elon Musk, futuro integrante do governo Donald Trump. Mas o impacto da sua declaração, por ora, ficará apenas no ambiente político e das redes sociais. Agentes que atuam na relações comerciais entre os dois países afirmam que o risco de reprimenda norte-americana por esse motivo, quando o novo presidente assumir, é zero. O ruído gerado por Janja não tem tamanho para isso.

O caso é tratado como “parte do pitoresco” dos eventos paralelos do G20 no Brasil e dará combustível para os embates entre esquerda e direita. Mas se converter em força motriz de política de governo americano é considerado impensável. Por mais que ações do empresário Elon Musk cheguem a ser consideradas imponderáveis entre integrantes do governo, predomina a leitura de que acordos de comércio jamais serão tratados na superficialidade. Eventuais medidas que prejudiquem o Brasil serão adotadas por outros fatores e critérios.

”O Brasil seguramente vai ter problemas com Donald Trump, mas em razão da aproximação com a China, da competição por mercados agrícolas, de tarifas sobre produtos relevantes. A lógica de Trump é muito transacional, enquanto ofensa gratuita é infelizmente aceita como um mecanismo político”, afirma o consultor em comércio internacional, PhD em Direito Internacional pela Universidade de São Paulo (USP), Welber Barral.

Ninguém tem dúvidas, também, de que haverá pressão em razão da relação do governo Lula com a Venezuela, pela aproximação de Trump com o ex-presidente Jair Bolsonaro e com o presidente da Argentina, Javier Milei.

Procurada pelo Estadão, a assessoria da primeira-dama informou que haverá qualquer comentário sobre o caso.

Primeira-dama Rosângela da Silva, Janja  Foto: Luis Robayo/LUIS ROBAYO

A ofensa de Janja, a resposta de Musk e a reação de Lula

No sábado 16, Janja participava de uma mesa de debates com o influenciador Felipe Neto sobre combate à desinformação no Cria G-20, um dos eventos paralelos à Cúpula de Líderes, quando pediu palavra para destacar a dificuldade de aprovação de leis para regulamentar plataformas de mídias sociais. Então, sem razão aparente, abaixou-se por causa do que parecia ser um ruído no ambiente onde estava. Ela interrompeu o discurso e disparou: “Acho que é o Elon Musk. Eu não tenho medo de você. Inclusive, fuck you, Elon Musk”, disse Janja.

O bilionário reagiu em seu perfil no X momentos depois, indicando por meio da sigla “lol” - “laughing out loud” - que estava rindo alto. Ao comentar outro post na plataforma, Musk afirmou que “eles”, em indicação ao governo atual, vão perder as próximas eleições.

O maior sinal de reprovação a Janja veio do próprio Lula. Horas depois da fala de sua mulher, ele a desautorizou em público, embora sem fazer uma menção direta a ela. “Eu queria dizer para vocês que essa é uma campanha em que a gente não tem que ofender ninguém, não temos que xingar ninguém”, afirmou o presidente.

É fato que a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, causou constrangimento à diplomacia brasileira ao xingar o empresário Elon Musk, futuro integrante do governo Donald Trump. Mas o impacto da sua declaração, por ora, ficará apenas no ambiente político e das redes sociais. Agentes que atuam na relações comerciais entre os dois países afirmam que o risco de reprimenda norte-americana por esse motivo, quando o novo presidente assumir, é zero. O ruído gerado por Janja não tem tamanho para isso.

O caso é tratado como “parte do pitoresco” dos eventos paralelos do G20 no Brasil e dará combustível para os embates entre esquerda e direita. Mas se converter em força motriz de política de governo americano é considerado impensável. Por mais que ações do empresário Elon Musk cheguem a ser consideradas imponderáveis entre integrantes do governo, predomina a leitura de que acordos de comércio jamais serão tratados na superficialidade. Eventuais medidas que prejudiquem o Brasil serão adotadas por outros fatores e critérios.

”O Brasil seguramente vai ter problemas com Donald Trump, mas em razão da aproximação com a China, da competição por mercados agrícolas, de tarifas sobre produtos relevantes. A lógica de Trump é muito transacional, enquanto ofensa gratuita é infelizmente aceita como um mecanismo político”, afirma o consultor em comércio internacional, PhD em Direito Internacional pela Universidade de São Paulo (USP), Welber Barral.

Ninguém tem dúvidas, também, de que haverá pressão em razão da relação do governo Lula com a Venezuela, pela aproximação de Trump com o ex-presidente Jair Bolsonaro e com o presidente da Argentina, Javier Milei.

Procurada pelo Estadão, a assessoria da primeira-dama informou que haverá qualquer comentário sobre o caso.

Primeira-dama Rosângela da Silva, Janja  Foto: Luis Robayo/LUIS ROBAYO

A ofensa de Janja, a resposta de Musk e a reação de Lula

No sábado 16, Janja participava de uma mesa de debates com o influenciador Felipe Neto sobre combate à desinformação no Cria G-20, um dos eventos paralelos à Cúpula de Líderes, quando pediu palavra para destacar a dificuldade de aprovação de leis para regulamentar plataformas de mídias sociais. Então, sem razão aparente, abaixou-se por causa do que parecia ser um ruído no ambiente onde estava. Ela interrompeu o discurso e disparou: “Acho que é o Elon Musk. Eu não tenho medo de você. Inclusive, fuck you, Elon Musk”, disse Janja.

O bilionário reagiu em seu perfil no X momentos depois, indicando por meio da sigla “lol” - “laughing out loud” - que estava rindo alto. Ao comentar outro post na plataforma, Musk afirmou que “eles”, em indicação ao governo atual, vão perder as próximas eleições.

O maior sinal de reprovação a Janja veio do próprio Lula. Horas depois da fala de sua mulher, ele a desautorizou em público, embora sem fazer uma menção direta a ela. “Eu queria dizer para vocês que essa é uma campanha em que a gente não tem que ofender ninguém, não temos que xingar ninguém”, afirmou o presidente.

É fato que a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, causou constrangimento à diplomacia brasileira ao xingar o empresário Elon Musk, futuro integrante do governo Donald Trump. Mas o impacto da sua declaração, por ora, ficará apenas no ambiente político e das redes sociais. Agentes que atuam na relações comerciais entre os dois países afirmam que o risco de reprimenda norte-americana por esse motivo, quando o novo presidente assumir, é zero. O ruído gerado por Janja não tem tamanho para isso.

O caso é tratado como “parte do pitoresco” dos eventos paralelos do G20 no Brasil e dará combustível para os embates entre esquerda e direita. Mas se converter em força motriz de política de governo americano é considerado impensável. Por mais que ações do empresário Elon Musk cheguem a ser consideradas imponderáveis entre integrantes do governo, predomina a leitura de que acordos de comércio jamais serão tratados na superficialidade. Eventuais medidas que prejudiquem o Brasil serão adotadas por outros fatores e critérios.

”O Brasil seguramente vai ter problemas com Donald Trump, mas em razão da aproximação com a China, da competição por mercados agrícolas, de tarifas sobre produtos relevantes. A lógica de Trump é muito transacional, enquanto ofensa gratuita é infelizmente aceita como um mecanismo político”, afirma o consultor em comércio internacional, PhD em Direito Internacional pela Universidade de São Paulo (USP), Welber Barral.

Ninguém tem dúvidas, também, de que haverá pressão em razão da relação do governo Lula com a Venezuela, pela aproximação de Trump com o ex-presidente Jair Bolsonaro e com o presidente da Argentina, Javier Milei.

Procurada pelo Estadão, a assessoria da primeira-dama informou que haverá qualquer comentário sobre o caso.

Primeira-dama Rosângela da Silva, Janja  Foto: Luis Robayo/LUIS ROBAYO

A ofensa de Janja, a resposta de Musk e a reação de Lula

No sábado 16, Janja participava de uma mesa de debates com o influenciador Felipe Neto sobre combate à desinformação no Cria G-20, um dos eventos paralelos à Cúpula de Líderes, quando pediu palavra para destacar a dificuldade de aprovação de leis para regulamentar plataformas de mídias sociais. Então, sem razão aparente, abaixou-se por causa do que parecia ser um ruído no ambiente onde estava. Ela interrompeu o discurso e disparou: “Acho que é o Elon Musk. Eu não tenho medo de você. Inclusive, fuck you, Elon Musk”, disse Janja.

O bilionário reagiu em seu perfil no X momentos depois, indicando por meio da sigla “lol” - “laughing out loud” - que estava rindo alto. Ao comentar outro post na plataforma, Musk afirmou que “eles”, em indicação ao governo atual, vão perder as próximas eleições.

O maior sinal de reprovação a Janja veio do próprio Lula. Horas depois da fala de sua mulher, ele a desautorizou em público, embora sem fazer uma menção direta a ela. “Eu queria dizer para vocês que essa é uma campanha em que a gente não tem que ofender ninguém, não temos que xingar ninguém”, afirmou o presidente.

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