Roseann Kennedy traz os bastidores da política e da economia, com Eduardo Gayer e Augusto Tenório

Fogo amigo vira regra na briga pela manutenção de ministérios no governo Lula


PSB vê digitais do PT em tentativas de derrubar Márcio França e fala em “cotovelada” petista para manter ministérios

Por Augusto Tenório e Roseann Kennedy
Atualização:

O chamado “fogo amigo” deixou de ser exceção e se tornou regra na disputa interna criada pela iminente reforma ministerial no governo Lula para acomodar o PP e o Republicanos. Neste momento, os principais alvos são os cargos ocupados pelo PSB de Márcio França (Portos e Aeroportos) e pelo PCdoB de Luciana Santos (Ciência e Tecnologia).

O PSB enxerga as digitais do PT e do PCdoB, que formam com PV uma federação, na ‘fritura’ de Márcio França. Lideranças avaliam que foi a maneira que essas legendas encontraram para desviar o foco das suas Pastas. Os petistas, por sua vez, mandam os recados de que o governo compraria briga interna se tirar espaço do partido nos ministérios.

O presidente Luís Inácio Lula da Silva posa com ministros de seu governo no Palácio do Planalto, em janeiro Foto: DANIEL TEIXEIRA/ESTADAO
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“O PT é na base da cotovelada”

“O PT apenas ameaça. Aprendi com um amigo petista que tudo, para eles, é na base da cotovelada. Mas depois se entendem e, pra fora, ficam unidos. A ala mais radical não aceita dividir poder, não entende que é minoria no Congresso”, diz uma liderança do PSB, sob reserva.

Vale lembrar que a base do PT já deu trabalho ao Governo Lula no primeiro semestre, como na votação do arcabouço fiscal. Na ocasião, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), inclusive avisou ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que estava disposto a acelerar a votação, mas que Lula precisava organizar o discurso do próprio partido. O presidente e o ministro precisaram intervir para frear as críticas da bancada petista ao texto.

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À Coluna, Carlos Siqueira, presidente nacional do PSB, diz que o PP e o Centrão desejarem participar do governo, com ministérios, não é fato novo. “A novidade seria trocar companheiros e parceiros de primeira hora (...) pela gana de poder daqueles que, sabendo do risco que corria a democracia, apoiaram Bolsonaro. (...) Isso, ainda estou acreditando que o presidente Lula não faria. Será?”, questiona.

Fogo amigo se expande contra PSD, União e MDB

Como mostrou a Coluna, há uma avaliação do Planalto que foi um erro dar três ministérios para PSD, União e MDB. Quem reverbera essa avaliação é o PP, que deve indicar o deputado André Fufuca (MA) para compor o governo.

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Uma liderança do partido, próxima ao presidente da Câmara Arthur Lira (AL), diz não fazer sentido essas siglas terem tantos ministérios, se entregam menos que o próprio PP em votações prioritárias para a agenda do Planalto.

“O PP tem ajudado nas pautas mais importantes, como a PEC da Transição, reforma tributária, a MP dos Ministérios. O governo sabe o valor que tem o PP e o poder de aglutinação de Lira. 95% têm garantido a governabilidade, sem ter espaço, sendo que quem tem espaço não dá voto”, avalia.

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Aqui não

O PSD se defende. À Coluna, um integrante do alto escalão da legenda diz ser impossível mexer na configuração atual do partido.

A liderança explica que os ministros Carlos Fávaro (Agricultura) e Alexandre Silveira (Minas e Energia) são indicações da bancada do Senado, onde o governo Lula não tem problemas. Sendo assim, somente o Ministério da Pesca, chefiado por André de Paula, atende à bancada da Câmara.

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Mexer nessa configuração para melhorar a vida do governo na Câmara, sendo assim, poderia acabar com a harmonia entre o Planalto e a bancada do PSD nas duas Casas.

“Não faz sentido essa crítica, a performance do PSD é melhor se comparada ao MDB e ao União Brasil. A complexidade de mexer é trazer o apoio que não tem, mas precisa ter cuidado de reduzir o prestígio de quem tem sido correto”, diz a liderança.

O chamado “fogo amigo” deixou de ser exceção e se tornou regra na disputa interna criada pela iminente reforma ministerial no governo Lula para acomodar o PP e o Republicanos. Neste momento, os principais alvos são os cargos ocupados pelo PSB de Márcio França (Portos e Aeroportos) e pelo PCdoB de Luciana Santos (Ciência e Tecnologia).

O PSB enxerga as digitais do PT e do PCdoB, que formam com PV uma federação, na ‘fritura’ de Márcio França. Lideranças avaliam que foi a maneira que essas legendas encontraram para desviar o foco das suas Pastas. Os petistas, por sua vez, mandam os recados de que o governo compraria briga interna se tirar espaço do partido nos ministérios.

O presidente Luís Inácio Lula da Silva posa com ministros de seu governo no Palácio do Planalto, em janeiro Foto: DANIEL TEIXEIRA/ESTADAO

“O PT é na base da cotovelada”

“O PT apenas ameaça. Aprendi com um amigo petista que tudo, para eles, é na base da cotovelada. Mas depois se entendem e, pra fora, ficam unidos. A ala mais radical não aceita dividir poder, não entende que é minoria no Congresso”, diz uma liderança do PSB, sob reserva.

Vale lembrar que a base do PT já deu trabalho ao Governo Lula no primeiro semestre, como na votação do arcabouço fiscal. Na ocasião, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), inclusive avisou ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que estava disposto a acelerar a votação, mas que Lula precisava organizar o discurso do próprio partido. O presidente e o ministro precisaram intervir para frear as críticas da bancada petista ao texto.

À Coluna, Carlos Siqueira, presidente nacional do PSB, diz que o PP e o Centrão desejarem participar do governo, com ministérios, não é fato novo. “A novidade seria trocar companheiros e parceiros de primeira hora (...) pela gana de poder daqueles que, sabendo do risco que corria a democracia, apoiaram Bolsonaro. (...) Isso, ainda estou acreditando que o presidente Lula não faria. Será?”, questiona.

Fogo amigo se expande contra PSD, União e MDB

Como mostrou a Coluna, há uma avaliação do Planalto que foi um erro dar três ministérios para PSD, União e MDB. Quem reverbera essa avaliação é o PP, que deve indicar o deputado André Fufuca (MA) para compor o governo.

Uma liderança do partido, próxima ao presidente da Câmara Arthur Lira (AL), diz não fazer sentido essas siglas terem tantos ministérios, se entregam menos que o próprio PP em votações prioritárias para a agenda do Planalto.

“O PP tem ajudado nas pautas mais importantes, como a PEC da Transição, reforma tributária, a MP dos Ministérios. O governo sabe o valor que tem o PP e o poder de aglutinação de Lira. 95% têm garantido a governabilidade, sem ter espaço, sendo que quem tem espaço não dá voto”, avalia.

Aqui não

O PSD se defende. À Coluna, um integrante do alto escalão da legenda diz ser impossível mexer na configuração atual do partido.

A liderança explica que os ministros Carlos Fávaro (Agricultura) e Alexandre Silveira (Minas e Energia) são indicações da bancada do Senado, onde o governo Lula não tem problemas. Sendo assim, somente o Ministério da Pesca, chefiado por André de Paula, atende à bancada da Câmara.

Mexer nessa configuração para melhorar a vida do governo na Câmara, sendo assim, poderia acabar com a harmonia entre o Planalto e a bancada do PSD nas duas Casas.

“Não faz sentido essa crítica, a performance do PSD é melhor se comparada ao MDB e ao União Brasil. A complexidade de mexer é trazer o apoio que não tem, mas precisa ter cuidado de reduzir o prestígio de quem tem sido correto”, diz a liderança.

O chamado “fogo amigo” deixou de ser exceção e se tornou regra na disputa interna criada pela iminente reforma ministerial no governo Lula para acomodar o PP e o Republicanos. Neste momento, os principais alvos são os cargos ocupados pelo PSB de Márcio França (Portos e Aeroportos) e pelo PCdoB de Luciana Santos (Ciência e Tecnologia).

O PSB enxerga as digitais do PT e do PCdoB, que formam com PV uma federação, na ‘fritura’ de Márcio França. Lideranças avaliam que foi a maneira que essas legendas encontraram para desviar o foco das suas Pastas. Os petistas, por sua vez, mandam os recados de que o governo compraria briga interna se tirar espaço do partido nos ministérios.

O presidente Luís Inácio Lula da Silva posa com ministros de seu governo no Palácio do Planalto, em janeiro Foto: DANIEL TEIXEIRA/ESTADAO

“O PT é na base da cotovelada”

“O PT apenas ameaça. Aprendi com um amigo petista que tudo, para eles, é na base da cotovelada. Mas depois se entendem e, pra fora, ficam unidos. A ala mais radical não aceita dividir poder, não entende que é minoria no Congresso”, diz uma liderança do PSB, sob reserva.

Vale lembrar que a base do PT já deu trabalho ao Governo Lula no primeiro semestre, como na votação do arcabouço fiscal. Na ocasião, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), inclusive avisou ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que estava disposto a acelerar a votação, mas que Lula precisava organizar o discurso do próprio partido. O presidente e o ministro precisaram intervir para frear as críticas da bancada petista ao texto.

À Coluna, Carlos Siqueira, presidente nacional do PSB, diz que o PP e o Centrão desejarem participar do governo, com ministérios, não é fato novo. “A novidade seria trocar companheiros e parceiros de primeira hora (...) pela gana de poder daqueles que, sabendo do risco que corria a democracia, apoiaram Bolsonaro. (...) Isso, ainda estou acreditando que o presidente Lula não faria. Será?”, questiona.

Fogo amigo se expande contra PSD, União e MDB

Como mostrou a Coluna, há uma avaliação do Planalto que foi um erro dar três ministérios para PSD, União e MDB. Quem reverbera essa avaliação é o PP, que deve indicar o deputado André Fufuca (MA) para compor o governo.

Uma liderança do partido, próxima ao presidente da Câmara Arthur Lira (AL), diz não fazer sentido essas siglas terem tantos ministérios, se entregam menos que o próprio PP em votações prioritárias para a agenda do Planalto.

“O PP tem ajudado nas pautas mais importantes, como a PEC da Transição, reforma tributária, a MP dos Ministérios. O governo sabe o valor que tem o PP e o poder de aglutinação de Lira. 95% têm garantido a governabilidade, sem ter espaço, sendo que quem tem espaço não dá voto”, avalia.

Aqui não

O PSD se defende. À Coluna, um integrante do alto escalão da legenda diz ser impossível mexer na configuração atual do partido.

A liderança explica que os ministros Carlos Fávaro (Agricultura) e Alexandre Silveira (Minas e Energia) são indicações da bancada do Senado, onde o governo Lula não tem problemas. Sendo assim, somente o Ministério da Pesca, chefiado por André de Paula, atende à bancada da Câmara.

Mexer nessa configuração para melhorar a vida do governo na Câmara, sendo assim, poderia acabar com a harmonia entre o Planalto e a bancada do PSD nas duas Casas.

“Não faz sentido essa crítica, a performance do PSD é melhor se comparada ao MDB e ao União Brasil. A complexidade de mexer é trazer o apoio que não tem, mas precisa ter cuidado de reduzir o prestígio de quem tem sido correto”, diz a liderança.

O chamado “fogo amigo” deixou de ser exceção e se tornou regra na disputa interna criada pela iminente reforma ministerial no governo Lula para acomodar o PP e o Republicanos. Neste momento, os principais alvos são os cargos ocupados pelo PSB de Márcio França (Portos e Aeroportos) e pelo PCdoB de Luciana Santos (Ciência e Tecnologia).

O PSB enxerga as digitais do PT e do PCdoB, que formam com PV uma federação, na ‘fritura’ de Márcio França. Lideranças avaliam que foi a maneira que essas legendas encontraram para desviar o foco das suas Pastas. Os petistas, por sua vez, mandam os recados de que o governo compraria briga interna se tirar espaço do partido nos ministérios.

O presidente Luís Inácio Lula da Silva posa com ministros de seu governo no Palácio do Planalto, em janeiro Foto: DANIEL TEIXEIRA/ESTADAO

“O PT é na base da cotovelada”

“O PT apenas ameaça. Aprendi com um amigo petista que tudo, para eles, é na base da cotovelada. Mas depois se entendem e, pra fora, ficam unidos. A ala mais radical não aceita dividir poder, não entende que é minoria no Congresso”, diz uma liderança do PSB, sob reserva.

Vale lembrar que a base do PT já deu trabalho ao Governo Lula no primeiro semestre, como na votação do arcabouço fiscal. Na ocasião, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), inclusive avisou ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que estava disposto a acelerar a votação, mas que Lula precisava organizar o discurso do próprio partido. O presidente e o ministro precisaram intervir para frear as críticas da bancada petista ao texto.

À Coluna, Carlos Siqueira, presidente nacional do PSB, diz que o PP e o Centrão desejarem participar do governo, com ministérios, não é fato novo. “A novidade seria trocar companheiros e parceiros de primeira hora (...) pela gana de poder daqueles que, sabendo do risco que corria a democracia, apoiaram Bolsonaro. (...) Isso, ainda estou acreditando que o presidente Lula não faria. Será?”, questiona.

Fogo amigo se expande contra PSD, União e MDB

Como mostrou a Coluna, há uma avaliação do Planalto que foi um erro dar três ministérios para PSD, União e MDB. Quem reverbera essa avaliação é o PP, que deve indicar o deputado André Fufuca (MA) para compor o governo.

Uma liderança do partido, próxima ao presidente da Câmara Arthur Lira (AL), diz não fazer sentido essas siglas terem tantos ministérios, se entregam menos que o próprio PP em votações prioritárias para a agenda do Planalto.

“O PP tem ajudado nas pautas mais importantes, como a PEC da Transição, reforma tributária, a MP dos Ministérios. O governo sabe o valor que tem o PP e o poder de aglutinação de Lira. 95% têm garantido a governabilidade, sem ter espaço, sendo que quem tem espaço não dá voto”, avalia.

Aqui não

O PSD se defende. À Coluna, um integrante do alto escalão da legenda diz ser impossível mexer na configuração atual do partido.

A liderança explica que os ministros Carlos Fávaro (Agricultura) e Alexandre Silveira (Minas e Energia) são indicações da bancada do Senado, onde o governo Lula não tem problemas. Sendo assim, somente o Ministério da Pesca, chefiado por André de Paula, atende à bancada da Câmara.

Mexer nessa configuração para melhorar a vida do governo na Câmara, sendo assim, poderia acabar com a harmonia entre o Planalto e a bancada do PSD nas duas Casas.

“Não faz sentido essa crítica, a performance do PSD é melhor se comparada ao MDB e ao União Brasil. A complexidade de mexer é trazer o apoio que não tem, mas precisa ter cuidado de reduzir o prestígio de quem tem sido correto”, diz a liderança.

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