Roseann Kennedy traz os bastidores da política e da economia. Com Eduardo Barretto e Iander Porcella

Destino do Manto Tupinambá gera disputa entre ministros de Lula e museu; veja bastidores


Governador tem apoio de ministro para levar o artefato, ao menos por um tempo, para a Bahia; vestimenta sagrada estava na Dinamarca desde o século 17 e foi repatriada ao País

Por Eduardo Gayer

O retorno ao Brasil do Manto Tupinambá, vestimenta sagrada para o Povo Tupinambá, virou assunto das principais rodas de conversa do governo federal. O artefato estava na Dinamarca desde o século 17, e foi doado ao Museu Nacional do Rio como reparação histórica. Nesta quinta-feira, 12, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai participar da cerimônia de instalação do Manto no local. Mas uma ala poderosa do PT e da Esplanada dos Ministérios quer levar o deus dessa população indígena à Bahia, origem do Povo Tupinambá.

O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), manifestou a aliados que vai trabalhar em parceria com os Tupinambás da Serra do Padeiro para expor o artefato em sua terra originária, ao menos por um período de tempo. Para a empreitada, o governador petista tem apoio do ministro da Casa Civil, Rui Costa, ex-governador da Bahia. A ministra da Cultura, Margareth Menezes, que também é baiana, foi acionada para ajudar nas negociações. Procurados via assessoria de imprensa, Costa e Margareth não comentaram.

Uma transferência definitiva do Manto Tupinambá para a Bahia, embora sonhada pelos petistas baianos, seria mais complexa. Isso porque a repatriação da Noruega para o Brasil foi acordada selando o Museu Nacional como destino, inclusive considerando a capacidade de preservação e proteção. Pelo valor histórico e cultural, a vestimenta tem valor incalculável, e qualquer trânsito pelo País requer uma série de protocolos a seguir.

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Os ministros Rui Costa, Margareth Menezes e Jerônimo Rodrigues Foto: Casa Civil/Pedro Kirilos/Divulgação

O Manto Tupinambá é uma vestimenta de 1,80 metro de altura, confeccionada com penas vermelhas de guará sobre uma base de fibra natural, e chegou ao Museu Nacional da Dinamarca (Nationalmuseet) há mais de três séculos, em 1689. Provavelmente, foi produzido quase um século antes e chegou ao Brasil em 11 de julho, após intensas negociações comandadas pelo Ministério dos Povos Indígenas e o Itamaraty.

Além do valor estético e histórico para o Brasil, a doação da peça representa o resgate de uma memória transcendental para o povo tupinambá, já que eles consideram o manto um material vivo, capaz de conectá-los diretamente com os ancestrais e as práticas culturais do passado.

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Acredita-se que o povo tupinambá não confeccione esse manto há alguns séculos, já que ele só aparece nas imagens dos cronistas do século 16.

manto tupinambá Foto: Museu Nacional da Dinamarca

O retorno ao Brasil do Manto Tupinambá, vestimenta sagrada para o Povo Tupinambá, virou assunto das principais rodas de conversa do governo federal. O artefato estava na Dinamarca desde o século 17, e foi doado ao Museu Nacional do Rio como reparação histórica. Nesta quinta-feira, 12, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai participar da cerimônia de instalação do Manto no local. Mas uma ala poderosa do PT e da Esplanada dos Ministérios quer levar o deus dessa população indígena à Bahia, origem do Povo Tupinambá.

O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), manifestou a aliados que vai trabalhar em parceria com os Tupinambás da Serra do Padeiro para expor o artefato em sua terra originária, ao menos por um período de tempo. Para a empreitada, o governador petista tem apoio do ministro da Casa Civil, Rui Costa, ex-governador da Bahia. A ministra da Cultura, Margareth Menezes, que também é baiana, foi acionada para ajudar nas negociações. Procurados via assessoria de imprensa, Costa e Margareth não comentaram.

Uma transferência definitiva do Manto Tupinambá para a Bahia, embora sonhada pelos petistas baianos, seria mais complexa. Isso porque a repatriação da Noruega para o Brasil foi acordada selando o Museu Nacional como destino, inclusive considerando a capacidade de preservação e proteção. Pelo valor histórico e cultural, a vestimenta tem valor incalculável, e qualquer trânsito pelo País requer uma série de protocolos a seguir.

Os ministros Rui Costa, Margareth Menezes e Jerônimo Rodrigues Foto: Casa Civil/Pedro Kirilos/Divulgação

O Manto Tupinambá é uma vestimenta de 1,80 metro de altura, confeccionada com penas vermelhas de guará sobre uma base de fibra natural, e chegou ao Museu Nacional da Dinamarca (Nationalmuseet) há mais de três séculos, em 1689. Provavelmente, foi produzido quase um século antes e chegou ao Brasil em 11 de julho, após intensas negociações comandadas pelo Ministério dos Povos Indígenas e o Itamaraty.

Além do valor estético e histórico para o Brasil, a doação da peça representa o resgate de uma memória transcendental para o povo tupinambá, já que eles consideram o manto um material vivo, capaz de conectá-los diretamente com os ancestrais e as práticas culturais do passado.

Acredita-se que o povo tupinambá não confeccione esse manto há alguns séculos, já que ele só aparece nas imagens dos cronistas do século 16.

manto tupinambá Foto: Museu Nacional da Dinamarca

O retorno ao Brasil do Manto Tupinambá, vestimenta sagrada para o Povo Tupinambá, virou assunto das principais rodas de conversa do governo federal. O artefato estava na Dinamarca desde o século 17, e foi doado ao Museu Nacional do Rio como reparação histórica. Nesta quinta-feira, 12, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai participar da cerimônia de instalação do Manto no local. Mas uma ala poderosa do PT e da Esplanada dos Ministérios quer levar o deus dessa população indígena à Bahia, origem do Povo Tupinambá.

O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), manifestou a aliados que vai trabalhar em parceria com os Tupinambás da Serra do Padeiro para expor o artefato em sua terra originária, ao menos por um período de tempo. Para a empreitada, o governador petista tem apoio do ministro da Casa Civil, Rui Costa, ex-governador da Bahia. A ministra da Cultura, Margareth Menezes, que também é baiana, foi acionada para ajudar nas negociações. Procurados via assessoria de imprensa, Costa e Margareth não comentaram.

Uma transferência definitiva do Manto Tupinambá para a Bahia, embora sonhada pelos petistas baianos, seria mais complexa. Isso porque a repatriação da Noruega para o Brasil foi acordada selando o Museu Nacional como destino, inclusive considerando a capacidade de preservação e proteção. Pelo valor histórico e cultural, a vestimenta tem valor incalculável, e qualquer trânsito pelo País requer uma série de protocolos a seguir.

Os ministros Rui Costa, Margareth Menezes e Jerônimo Rodrigues Foto: Casa Civil/Pedro Kirilos/Divulgação

O Manto Tupinambá é uma vestimenta de 1,80 metro de altura, confeccionada com penas vermelhas de guará sobre uma base de fibra natural, e chegou ao Museu Nacional da Dinamarca (Nationalmuseet) há mais de três séculos, em 1689. Provavelmente, foi produzido quase um século antes e chegou ao Brasil em 11 de julho, após intensas negociações comandadas pelo Ministério dos Povos Indígenas e o Itamaraty.

Além do valor estético e histórico para o Brasil, a doação da peça representa o resgate de uma memória transcendental para o povo tupinambá, já que eles consideram o manto um material vivo, capaz de conectá-los diretamente com os ancestrais e as práticas culturais do passado.

Acredita-se que o povo tupinambá não confeccione esse manto há alguns séculos, já que ele só aparece nas imagens dos cronistas do século 16.

manto tupinambá Foto: Museu Nacional da Dinamarca

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