Roseann Kennedy traz os bastidores da política e da economia

Gasto com bets soma mais que o dobro aplicado em pesquisa e inovação no Brasil, calcula economista


Marcos Troyjo fez uma análise comparativa dos dados do Banco Central com o PIB e os valores de investimentos públicos e privados em PD&I no País

Por Roseann Kennedy
Atualização:

O gasto brasileiro em apostas esportivas online e jogos de azar já representa mais que o dobro dos recursos aplicados em PD&I (Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação) em todo o País. Enquanto dados do Banco Central apontam que, no período de um ano, as bets devem movimentar R$ 240 bilhões — considerando a média de transferências mensais no ano de 2024 — , os investimentos totais em PD&I ficarão na faixa de R$ 110 bilhões. Os cálculos são do economista Marcos Troyjo, ex-presidente do Banco dos Brics e criador do BRICLab na Universidade de Columbia, e foram compartilhados com a Coluna do Estadão.

Troyjo considerou a análise técnica divulgada pelo Banco Central nesta semana sobre os valores repassados a empresas de apostas e comparou com o PIB - Produto Interno Bruto. Ele ressalta que, historicamente, o Brasil investe cerca de 1% do PIB em pesquisa, desenvolvimento e inovação. Como o PIB nominal do Brasil é de cerca de R$ 11 trilhões, isso significa que R$ 110 bilhões seria todo o investimento em PD&I este ano, incluindo verbas de governo, estatais, autarquias, universidades, centros de pesquisa e empresas privadas.

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“A partir do estudo do Banco Central, pode-se concluir que hoje a oitava maior economia do mundo — o Brasil — direciona mais do dobro de recursos a ‘bets’ do que à construção do futuro mediante investimento em PD&I”, lamenta. O economista ressalta que “PD&I é a antessala de aumentos de produtividade, que são antessala de aumentos de renda, que são antessala da prosperidade”.

Economista Marcos Troyjo, ex-presidente do Banco dos Brics e criador do BRICLab da Universidade de Columbia, em Nova York Foto: Alex Silva/Estadão

Banco Central faz análise técnica sobre mercado de apostas online

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Na última terça-feira, 24, o Banco Central divulgou uma Análise Técnica sobre o mercado de apostas online no Brasil. Em agosto, o BC identificou um total de 520 CNPJs ativos na Classificação Nacional das Atividades Econômicas (CNAE) correspondente a jogos de azar e apostas, que registraram uma média mensal em agosto de R$ 300 milhões. Mas o estudo também identificou 56 empresas de apostas e jogos de azar que não se identificam no CNAE adequado e totalizaram, no mês, R$ 20,8 bilhões de transferências recebidas.

Essas empresas, explica o Banco Central, foram identificadas com base em citações na internet e aplicação de filtros com características típicas de transferências de apostas. O estudo mostra a evolução das transferências para empresas de jogos de azar e apostas ao longo de 2024 e os valores mensais variaram entre R$ 18 bilhões e R$ 21 bilhões.

Businessman using smartphone against gambling app screen. Foto: vectorfusionart/Adobe Stock Foto: vectorfusionart/Adobe Stock
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O estudo especial foi realizado a partir de uma solicitação do senador Omar Aziz (PSD-AM). “O objetivo é o de mensurar o tamanho do mercado de jogos de azar e apostas online no Brasil”, diz o Banco Central. O estudo destaca que a análise apresenta desafios, pois “muitas empresas que operam jogos de azar e apostas online o fazem sob nomes que não correspondem aos divulgados na mídia e várias delas não estão corretamente classificadas no setor econômico apropriado”. Muitas dessas empresas também não atuam exclusivamente no setor de apostas, tornando a análise mais complexa.

“Deve-se realçar que os resultados são estimativas, sujeitas aos riscos dos pressupostos adotados, e são resultados preliminares, dado que o aprofundamento da análise ainda está em desenvolvimento.”

O gasto brasileiro em apostas esportivas online e jogos de azar já representa mais que o dobro dos recursos aplicados em PD&I (Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação) em todo o País. Enquanto dados do Banco Central apontam que, no período de um ano, as bets devem movimentar R$ 240 bilhões — considerando a média de transferências mensais no ano de 2024 — , os investimentos totais em PD&I ficarão na faixa de R$ 110 bilhões. Os cálculos são do economista Marcos Troyjo, ex-presidente do Banco dos Brics e criador do BRICLab na Universidade de Columbia, e foram compartilhados com a Coluna do Estadão.

Troyjo considerou a análise técnica divulgada pelo Banco Central nesta semana sobre os valores repassados a empresas de apostas e comparou com o PIB - Produto Interno Bruto. Ele ressalta que, historicamente, o Brasil investe cerca de 1% do PIB em pesquisa, desenvolvimento e inovação. Como o PIB nominal do Brasil é de cerca de R$ 11 trilhões, isso significa que R$ 110 bilhões seria todo o investimento em PD&I este ano, incluindo verbas de governo, estatais, autarquias, universidades, centros de pesquisa e empresas privadas.

“A partir do estudo do Banco Central, pode-se concluir que hoje a oitava maior economia do mundo — o Brasil — direciona mais do dobro de recursos a ‘bets’ do que à construção do futuro mediante investimento em PD&I”, lamenta. O economista ressalta que “PD&I é a antessala de aumentos de produtividade, que são antessala de aumentos de renda, que são antessala da prosperidade”.

Economista Marcos Troyjo, ex-presidente do Banco dos Brics e criador do BRICLab da Universidade de Columbia, em Nova York Foto: Alex Silva/Estadão

Banco Central faz análise técnica sobre mercado de apostas online

Na última terça-feira, 24, o Banco Central divulgou uma Análise Técnica sobre o mercado de apostas online no Brasil. Em agosto, o BC identificou um total de 520 CNPJs ativos na Classificação Nacional das Atividades Econômicas (CNAE) correspondente a jogos de azar e apostas, que registraram uma média mensal em agosto de R$ 300 milhões. Mas o estudo também identificou 56 empresas de apostas e jogos de azar que não se identificam no CNAE adequado e totalizaram, no mês, R$ 20,8 bilhões de transferências recebidas.

Essas empresas, explica o Banco Central, foram identificadas com base em citações na internet e aplicação de filtros com características típicas de transferências de apostas. O estudo mostra a evolução das transferências para empresas de jogos de azar e apostas ao longo de 2024 e os valores mensais variaram entre R$ 18 bilhões e R$ 21 bilhões.

Businessman using smartphone against gambling app screen. Foto: vectorfusionart/Adobe Stock Foto: vectorfusionart/Adobe Stock

O estudo especial foi realizado a partir de uma solicitação do senador Omar Aziz (PSD-AM). “O objetivo é o de mensurar o tamanho do mercado de jogos de azar e apostas online no Brasil”, diz o Banco Central. O estudo destaca que a análise apresenta desafios, pois “muitas empresas que operam jogos de azar e apostas online o fazem sob nomes que não correspondem aos divulgados na mídia e várias delas não estão corretamente classificadas no setor econômico apropriado”. Muitas dessas empresas também não atuam exclusivamente no setor de apostas, tornando a análise mais complexa.

“Deve-se realçar que os resultados são estimativas, sujeitas aos riscos dos pressupostos adotados, e são resultados preliminares, dado que o aprofundamento da análise ainda está em desenvolvimento.”

O gasto brasileiro em apostas esportivas online e jogos de azar já representa mais que o dobro dos recursos aplicados em PD&I (Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação) em todo o País. Enquanto dados do Banco Central apontam que, no período de um ano, as bets devem movimentar R$ 240 bilhões — considerando a média de transferências mensais no ano de 2024 — , os investimentos totais em PD&I ficarão na faixa de R$ 110 bilhões. Os cálculos são do economista Marcos Troyjo, ex-presidente do Banco dos Brics e criador do BRICLab na Universidade de Columbia, e foram compartilhados com a Coluna do Estadão.

Troyjo considerou a análise técnica divulgada pelo Banco Central nesta semana sobre os valores repassados a empresas de apostas e comparou com o PIB - Produto Interno Bruto. Ele ressalta que, historicamente, o Brasil investe cerca de 1% do PIB em pesquisa, desenvolvimento e inovação. Como o PIB nominal do Brasil é de cerca de R$ 11 trilhões, isso significa que R$ 110 bilhões seria todo o investimento em PD&I este ano, incluindo verbas de governo, estatais, autarquias, universidades, centros de pesquisa e empresas privadas.

“A partir do estudo do Banco Central, pode-se concluir que hoje a oitava maior economia do mundo — o Brasil — direciona mais do dobro de recursos a ‘bets’ do que à construção do futuro mediante investimento em PD&I”, lamenta. O economista ressalta que “PD&I é a antessala de aumentos de produtividade, que são antessala de aumentos de renda, que são antessala da prosperidade”.

Economista Marcos Troyjo, ex-presidente do Banco dos Brics e criador do BRICLab da Universidade de Columbia, em Nova York Foto: Alex Silva/Estadão

Banco Central faz análise técnica sobre mercado de apostas online

Na última terça-feira, 24, o Banco Central divulgou uma Análise Técnica sobre o mercado de apostas online no Brasil. Em agosto, o BC identificou um total de 520 CNPJs ativos na Classificação Nacional das Atividades Econômicas (CNAE) correspondente a jogos de azar e apostas, que registraram uma média mensal em agosto de R$ 300 milhões. Mas o estudo também identificou 56 empresas de apostas e jogos de azar que não se identificam no CNAE adequado e totalizaram, no mês, R$ 20,8 bilhões de transferências recebidas.

Essas empresas, explica o Banco Central, foram identificadas com base em citações na internet e aplicação de filtros com características típicas de transferências de apostas. O estudo mostra a evolução das transferências para empresas de jogos de azar e apostas ao longo de 2024 e os valores mensais variaram entre R$ 18 bilhões e R$ 21 bilhões.

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O estudo especial foi realizado a partir de uma solicitação do senador Omar Aziz (PSD-AM). “O objetivo é o de mensurar o tamanho do mercado de jogos de azar e apostas online no Brasil”, diz o Banco Central. O estudo destaca que a análise apresenta desafios, pois “muitas empresas que operam jogos de azar e apostas online o fazem sob nomes que não correspondem aos divulgados na mídia e várias delas não estão corretamente classificadas no setor econômico apropriado”. Muitas dessas empresas também não atuam exclusivamente no setor de apostas, tornando a análise mais complexa.

“Deve-se realçar que os resultados são estimativas, sujeitas aos riscos dos pressupostos adotados, e são resultados preliminares, dado que o aprofundamento da análise ainda está em desenvolvimento.”

O gasto brasileiro em apostas esportivas online e jogos de azar já representa mais que o dobro dos recursos aplicados em PD&I (Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação) em todo o País. Enquanto dados do Banco Central apontam que, no período de um ano, as bets devem movimentar R$ 240 bilhões — considerando a média de transferências mensais no ano de 2024 — , os investimentos totais em PD&I ficarão na faixa de R$ 110 bilhões. Os cálculos são do economista Marcos Troyjo, ex-presidente do Banco dos Brics e criador do BRICLab na Universidade de Columbia, e foram compartilhados com a Coluna do Estadão.

Troyjo considerou a análise técnica divulgada pelo Banco Central nesta semana sobre os valores repassados a empresas de apostas e comparou com o PIB - Produto Interno Bruto. Ele ressalta que, historicamente, o Brasil investe cerca de 1% do PIB em pesquisa, desenvolvimento e inovação. Como o PIB nominal do Brasil é de cerca de R$ 11 trilhões, isso significa que R$ 110 bilhões seria todo o investimento em PD&I este ano, incluindo verbas de governo, estatais, autarquias, universidades, centros de pesquisa e empresas privadas.

“A partir do estudo do Banco Central, pode-se concluir que hoje a oitava maior economia do mundo — o Brasil — direciona mais do dobro de recursos a ‘bets’ do que à construção do futuro mediante investimento em PD&I”, lamenta. O economista ressalta que “PD&I é a antessala de aumentos de produtividade, que são antessala de aumentos de renda, que são antessala da prosperidade”.

Economista Marcos Troyjo, ex-presidente do Banco dos Brics e criador do BRICLab da Universidade de Columbia, em Nova York Foto: Alex Silva/Estadão

Banco Central faz análise técnica sobre mercado de apostas online

Na última terça-feira, 24, o Banco Central divulgou uma Análise Técnica sobre o mercado de apostas online no Brasil. Em agosto, o BC identificou um total de 520 CNPJs ativos na Classificação Nacional das Atividades Econômicas (CNAE) correspondente a jogos de azar e apostas, que registraram uma média mensal em agosto de R$ 300 milhões. Mas o estudo também identificou 56 empresas de apostas e jogos de azar que não se identificam no CNAE adequado e totalizaram, no mês, R$ 20,8 bilhões de transferências recebidas.

Essas empresas, explica o Banco Central, foram identificadas com base em citações na internet e aplicação de filtros com características típicas de transferências de apostas. O estudo mostra a evolução das transferências para empresas de jogos de azar e apostas ao longo de 2024 e os valores mensais variaram entre R$ 18 bilhões e R$ 21 bilhões.

Businessman using smartphone against gambling app screen. Foto: vectorfusionart/Adobe Stock Foto: vectorfusionart/Adobe Stock

O estudo especial foi realizado a partir de uma solicitação do senador Omar Aziz (PSD-AM). “O objetivo é o de mensurar o tamanho do mercado de jogos de azar e apostas online no Brasil”, diz o Banco Central. O estudo destaca que a análise apresenta desafios, pois “muitas empresas que operam jogos de azar e apostas online o fazem sob nomes que não correspondem aos divulgados na mídia e várias delas não estão corretamente classificadas no setor econômico apropriado”. Muitas dessas empresas também não atuam exclusivamente no setor de apostas, tornando a análise mais complexa.

“Deve-se realçar que os resultados são estimativas, sujeitas aos riscos dos pressupostos adotados, e são resultados preliminares, dado que o aprofundamento da análise ainda está em desenvolvimento.”

O gasto brasileiro em apostas esportivas online e jogos de azar já representa mais que o dobro dos recursos aplicados em PD&I (Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação) em todo o País. Enquanto dados do Banco Central apontam que, no período de um ano, as bets devem movimentar R$ 240 bilhões — considerando a média de transferências mensais no ano de 2024 — , os investimentos totais em PD&I ficarão na faixa de R$ 110 bilhões. Os cálculos são do economista Marcos Troyjo, ex-presidente do Banco dos Brics e criador do BRICLab na Universidade de Columbia, e foram compartilhados com a Coluna do Estadão.

Troyjo considerou a análise técnica divulgada pelo Banco Central nesta semana sobre os valores repassados a empresas de apostas e comparou com o PIB - Produto Interno Bruto. Ele ressalta que, historicamente, o Brasil investe cerca de 1% do PIB em pesquisa, desenvolvimento e inovação. Como o PIB nominal do Brasil é de cerca de R$ 11 trilhões, isso significa que R$ 110 bilhões seria todo o investimento em PD&I este ano, incluindo verbas de governo, estatais, autarquias, universidades, centros de pesquisa e empresas privadas.

“A partir do estudo do Banco Central, pode-se concluir que hoje a oitava maior economia do mundo — o Brasil — direciona mais do dobro de recursos a ‘bets’ do que à construção do futuro mediante investimento em PD&I”, lamenta. O economista ressalta que “PD&I é a antessala de aumentos de produtividade, que são antessala de aumentos de renda, que são antessala da prosperidade”.

Economista Marcos Troyjo, ex-presidente do Banco dos Brics e criador do BRICLab da Universidade de Columbia, em Nova York Foto: Alex Silva/Estadão

Banco Central faz análise técnica sobre mercado de apostas online

Na última terça-feira, 24, o Banco Central divulgou uma Análise Técnica sobre o mercado de apostas online no Brasil. Em agosto, o BC identificou um total de 520 CNPJs ativos na Classificação Nacional das Atividades Econômicas (CNAE) correspondente a jogos de azar e apostas, que registraram uma média mensal em agosto de R$ 300 milhões. Mas o estudo também identificou 56 empresas de apostas e jogos de azar que não se identificam no CNAE adequado e totalizaram, no mês, R$ 20,8 bilhões de transferências recebidas.

Essas empresas, explica o Banco Central, foram identificadas com base em citações na internet e aplicação de filtros com características típicas de transferências de apostas. O estudo mostra a evolução das transferências para empresas de jogos de azar e apostas ao longo de 2024 e os valores mensais variaram entre R$ 18 bilhões e R$ 21 bilhões.

Businessman using smartphone against gambling app screen. Foto: vectorfusionart/Adobe Stock Foto: vectorfusionart/Adobe Stock

O estudo especial foi realizado a partir de uma solicitação do senador Omar Aziz (PSD-AM). “O objetivo é o de mensurar o tamanho do mercado de jogos de azar e apostas online no Brasil”, diz o Banco Central. O estudo destaca que a análise apresenta desafios, pois “muitas empresas que operam jogos de azar e apostas online o fazem sob nomes que não correspondem aos divulgados na mídia e várias delas não estão corretamente classificadas no setor econômico apropriado”. Muitas dessas empresas também não atuam exclusivamente no setor de apostas, tornando a análise mais complexa.

“Deve-se realçar que os resultados são estimativas, sujeitas aos riscos dos pressupostos adotados, e são resultados preliminares, dado que o aprofundamento da análise ainda está em desenvolvimento.”

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