O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio e Serviços, Geraldo Alkmin, se comprometeu a levar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) um pedido para incluir bancos estaduais e cooperativas do Rio Grande do Sul nas linhas de subvenção anunciadas pelo governo federal com o objetivo de mitigar os efeitos das enchentes no Estado. A demanda foi entregue a ele nesta quarta-feira, 15, por representantes de frentes parlamentares ligadas ao setor produtivo.
Medida provisória editada pelo governo nesta semana garante a liberação de R$ 2 bilhões de reais em créditos via via Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) e Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Atualmente a operação desse montante é exclusiva para instituições federais como o Banco do Brasil e a Caixa Econômica.
Os parlamentares argumentaram a Alckmin que a exclusividade da operação reduz o alcance da medida provisória, “uma vez que os bancos oficiais federais possuem baixa presença física em vários municípios afetados” pela tragédia, como diz o documento entregue ao vice-presidente.
A equipe do ministro afirmou à Coluna do Estadão que Alckmin “considera as cooperativas de crédito e os bancos estaduais agentes importantes para essa reconstrução, sobretudo, pela grande capilaridade que possuem” e que ele levará a proposta apresentada pelas frentes parlamentares à discussão do governo.
Participaram da reunião com Alckmin: o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, Pedro Lupion (PP-PR), o presidente da Frente de Comércio e Serviços, Domingos Savio(PL-MG), o presidente da Frente Parlamentar Mista do Biodiesel, Alceu Moreira (MDB-RS), o presidente da Frente do Cooperativismo, Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), e o vice-presidente da FPE, Zé Neto (PT-BA).