Roseann Kennedy traz os bastidores da política e da economia, com Eduardo Gayer e Augusto Tenório

Governo vê Galípolo firme no páreo pelo BC; ala do PT quer Lara Resende


Nos bastidores, entorno de Lula reconhece que diretores do BC indicados pelo presidente não tinham outra saída a não ser manter a Selic em 10,50%; veja bastidores

Por Eduardo Gayer
Atualização:

A decisão unânime do Comitê de Política Monetária (Copom) de manter a taxa básica de juros do País em 10,50% não deve ter efeito substancial sobre a sucessão do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Na avaliação de ministros do governo ouvidos pela Coluna do Estadão, o diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo, segue firme nesse páreo — embora uma ala do PT tenha passado a defender que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva indique André Lara Resende para assumir a autoridade monetária.

É certo que Lula não gostou do fim do ciclo de cortes da Selic, opinião também vocalizada em público por lideranças do governo. Ainda assim, nos bastidores, a análise é de que é preciso separar retórica política de estratégia econômica. Para auxiliares do presidente, Galípolo não tinha saída a não ser votar para manter a taxa de juros, porque uma nova divisão do Copom iria desvalorizar ainda mais o real em relação ao dólar.

Justamente por isso, o raciocínio é que o voto de Galípolo para manter a Selic foi estratégico, inclusive para mostrar sua independência em relação ao governo, e não o inviabiliza para suceder Campos Neto. Se indicado, ele terá de passar por nova sabatina no Senado.

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Ex-secretário executivo do Ministério da Fazenda, o diretor tem boa relação não apenas com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, mas também com o chefe da Casa Civil, Rui Costa. Considerado um antípoda do chefe da equipe econômica no Palácio do Planalto, o ex-governador da Bahia, vale destacar, não seguiu a toada petista e evitou comentar a decisão de política monetária em suas redes sociais.

O diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, cotado para a presidência da autarquia a partir de 2025. Foto: FOTO: WILTON JUNIOR/ESTADÃO

Ainda assim, a ala mais à esquerda do PT viu no voto de Galípolo um espaço para fazer disputa política, e passou a ventilar o nome de André Lara Resende, que ajudou a formular o Plano Real, para comandar o BC. O economista, na avaliação desse grupo, teria o perfil descrito por Lula em uma recente entrevista: é “maduro” e iria “resistir às pressões do mercado”. Nesta semana, Lara Resende afirmou que a PEC de autonomia financeira do BC é um retrocesso.

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Segundo apurou a Coluna do Estadão, na noite de segunda-feira, Lula conversou sobre o impasse do Copom com Guido Mantega. De acordo com relatos, o ex-ministro da Fazenda compartilha da leitura de que há espaço para novos cortes na Selic. No dia seguinte, o presidente disparou críticas a Campos Neto em entrevista à CBN. Procurado, Mantega não comentou.

Lula deve indicar o próximo presidente do BC antes do fim do mandato de Campos Neto, avalia-se dentro do Palácio do Planalto. Se a escolha de Galípolo for confirmada, o presidente ainda deverá indicar um novo diretor de Política Monetária.

A decisão unânime do Comitê de Política Monetária (Copom) de manter a taxa básica de juros do País em 10,50% não deve ter efeito substancial sobre a sucessão do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Na avaliação de ministros do governo ouvidos pela Coluna do Estadão, o diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo, segue firme nesse páreo — embora uma ala do PT tenha passado a defender que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva indique André Lara Resende para assumir a autoridade monetária.

É certo que Lula não gostou do fim do ciclo de cortes da Selic, opinião também vocalizada em público por lideranças do governo. Ainda assim, nos bastidores, a análise é de que é preciso separar retórica política de estratégia econômica. Para auxiliares do presidente, Galípolo não tinha saída a não ser votar para manter a taxa de juros, porque uma nova divisão do Copom iria desvalorizar ainda mais o real em relação ao dólar.

Justamente por isso, o raciocínio é que o voto de Galípolo para manter a Selic foi estratégico, inclusive para mostrar sua independência em relação ao governo, e não o inviabiliza para suceder Campos Neto. Se indicado, ele terá de passar por nova sabatina no Senado.

Ex-secretário executivo do Ministério da Fazenda, o diretor tem boa relação não apenas com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, mas também com o chefe da Casa Civil, Rui Costa. Considerado um antípoda do chefe da equipe econômica no Palácio do Planalto, o ex-governador da Bahia, vale destacar, não seguiu a toada petista e evitou comentar a decisão de política monetária em suas redes sociais.

O diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, cotado para a presidência da autarquia a partir de 2025. Foto: FOTO: WILTON JUNIOR/ESTADÃO

Ainda assim, a ala mais à esquerda do PT viu no voto de Galípolo um espaço para fazer disputa política, e passou a ventilar o nome de André Lara Resende, que ajudou a formular o Plano Real, para comandar o BC. O economista, na avaliação desse grupo, teria o perfil descrito por Lula em uma recente entrevista: é “maduro” e iria “resistir às pressões do mercado”. Nesta semana, Lara Resende afirmou que a PEC de autonomia financeira do BC é um retrocesso.

Segundo apurou a Coluna do Estadão, na noite de segunda-feira, Lula conversou sobre o impasse do Copom com Guido Mantega. De acordo com relatos, o ex-ministro da Fazenda compartilha da leitura de que há espaço para novos cortes na Selic. No dia seguinte, o presidente disparou críticas a Campos Neto em entrevista à CBN. Procurado, Mantega não comentou.

Lula deve indicar o próximo presidente do BC antes do fim do mandato de Campos Neto, avalia-se dentro do Palácio do Planalto. Se a escolha de Galípolo for confirmada, o presidente ainda deverá indicar um novo diretor de Política Monetária.

A decisão unânime do Comitê de Política Monetária (Copom) de manter a taxa básica de juros do País em 10,50% não deve ter efeito substancial sobre a sucessão do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Na avaliação de ministros do governo ouvidos pela Coluna do Estadão, o diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo, segue firme nesse páreo — embora uma ala do PT tenha passado a defender que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva indique André Lara Resende para assumir a autoridade monetária.

É certo que Lula não gostou do fim do ciclo de cortes da Selic, opinião também vocalizada em público por lideranças do governo. Ainda assim, nos bastidores, a análise é de que é preciso separar retórica política de estratégia econômica. Para auxiliares do presidente, Galípolo não tinha saída a não ser votar para manter a taxa de juros, porque uma nova divisão do Copom iria desvalorizar ainda mais o real em relação ao dólar.

Justamente por isso, o raciocínio é que o voto de Galípolo para manter a Selic foi estratégico, inclusive para mostrar sua independência em relação ao governo, e não o inviabiliza para suceder Campos Neto. Se indicado, ele terá de passar por nova sabatina no Senado.

Ex-secretário executivo do Ministério da Fazenda, o diretor tem boa relação não apenas com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, mas também com o chefe da Casa Civil, Rui Costa. Considerado um antípoda do chefe da equipe econômica no Palácio do Planalto, o ex-governador da Bahia, vale destacar, não seguiu a toada petista e evitou comentar a decisão de política monetária em suas redes sociais.

O diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, cotado para a presidência da autarquia a partir de 2025. Foto: FOTO: WILTON JUNIOR/ESTADÃO

Ainda assim, a ala mais à esquerda do PT viu no voto de Galípolo um espaço para fazer disputa política, e passou a ventilar o nome de André Lara Resende, que ajudou a formular o Plano Real, para comandar o BC. O economista, na avaliação desse grupo, teria o perfil descrito por Lula em uma recente entrevista: é “maduro” e iria “resistir às pressões do mercado”. Nesta semana, Lara Resende afirmou que a PEC de autonomia financeira do BC é um retrocesso.

Segundo apurou a Coluna do Estadão, na noite de segunda-feira, Lula conversou sobre o impasse do Copom com Guido Mantega. De acordo com relatos, o ex-ministro da Fazenda compartilha da leitura de que há espaço para novos cortes na Selic. No dia seguinte, o presidente disparou críticas a Campos Neto em entrevista à CBN. Procurado, Mantega não comentou.

Lula deve indicar o próximo presidente do BC antes do fim do mandato de Campos Neto, avalia-se dentro do Palácio do Planalto. Se a escolha de Galípolo for confirmada, o presidente ainda deverá indicar um novo diretor de Política Monetária.

A decisão unânime do Comitê de Política Monetária (Copom) de manter a taxa básica de juros do País em 10,50% não deve ter efeito substancial sobre a sucessão do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Na avaliação de ministros do governo ouvidos pela Coluna do Estadão, o diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo, segue firme nesse páreo — embora uma ala do PT tenha passado a defender que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva indique André Lara Resende para assumir a autoridade monetária.

É certo que Lula não gostou do fim do ciclo de cortes da Selic, opinião também vocalizada em público por lideranças do governo. Ainda assim, nos bastidores, a análise é de que é preciso separar retórica política de estratégia econômica. Para auxiliares do presidente, Galípolo não tinha saída a não ser votar para manter a taxa de juros, porque uma nova divisão do Copom iria desvalorizar ainda mais o real em relação ao dólar.

Justamente por isso, o raciocínio é que o voto de Galípolo para manter a Selic foi estratégico, inclusive para mostrar sua independência em relação ao governo, e não o inviabiliza para suceder Campos Neto. Se indicado, ele terá de passar por nova sabatina no Senado.

Ex-secretário executivo do Ministério da Fazenda, o diretor tem boa relação não apenas com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, mas também com o chefe da Casa Civil, Rui Costa. Considerado um antípoda do chefe da equipe econômica no Palácio do Planalto, o ex-governador da Bahia, vale destacar, não seguiu a toada petista e evitou comentar a decisão de política monetária em suas redes sociais.

O diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, cotado para a presidência da autarquia a partir de 2025. Foto: FOTO: WILTON JUNIOR/ESTADÃO

Ainda assim, a ala mais à esquerda do PT viu no voto de Galípolo um espaço para fazer disputa política, e passou a ventilar o nome de André Lara Resende, que ajudou a formular o Plano Real, para comandar o BC. O economista, na avaliação desse grupo, teria o perfil descrito por Lula em uma recente entrevista: é “maduro” e iria “resistir às pressões do mercado”. Nesta semana, Lara Resende afirmou que a PEC de autonomia financeira do BC é um retrocesso.

Segundo apurou a Coluna do Estadão, na noite de segunda-feira, Lula conversou sobre o impasse do Copom com Guido Mantega. De acordo com relatos, o ex-ministro da Fazenda compartilha da leitura de que há espaço para novos cortes na Selic. No dia seguinte, o presidente disparou críticas a Campos Neto em entrevista à CBN. Procurado, Mantega não comentou.

Lula deve indicar o próximo presidente do BC antes do fim do mandato de Campos Neto, avalia-se dentro do Palácio do Planalto. Se a escolha de Galípolo for confirmada, o presidente ainda deverá indicar um novo diretor de Política Monetária.

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