Roseann Kennedy traz os bastidores da política e da economia. Com Eduardo Barretto e Iander Porcella

Invasão de área da Embrapa dá combustível para CPI do MST


Cúpula da Comissão já prometia um agosto tenso para o governo Lula, agora vai votar convocação do ministro Paulo Teixeira e prorrogação dos trabalhos

Por Roseann Kennedy
Atualização:

A cúpula da CPI do MST já havia prometido um agosto tenso para o governo Lula, como antecipou a Coluna, e a ideia ganhou ainda mais combustível após a invasão de uma área da Embrapa, no último domingo. A primeira reunião da comissão, marcada para esta terça (1), prevê a votação de 11 requerimentos, sendo três deles para convocação do ministros do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira.

Ricardo Salles, Evair e Zucco CPI do MST Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

A CPI havia aprovado convite para Teixeira comparecer. Mas, além de não ter confirmado agenda, declarações do ministro incomodaram integrantes da comissão que fazem oposição ao governo Lula. Ao participar da Feira da Reforma Agrária, por exemplo, ele ironizou a comissão. “Vão encontrar coisas gravíssimas. Suco de uva feito sem trabalho escravo, arroz integral, milho, soja não transgênica”, afirmou.

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“A invasão da Embrapa em Petrolina (PE) derruba a falsa narrativa de que o MST só invade área improdutiva”, afirmou o relator da CPI, deputado Ricardo Salles (PL-SP).

Prorrogação dos trabalhos

A reunião da CPI do MST está marcada para a tarde desta terça. O presidente da CPI, deputado Luciano Zucco (Republicanos-RS), apresentou requerimento para prorrogar por mais 60 dias os trabalhos da comissão. Inicialmente, o colegiado funcionaria até três de setembro. E esse é um dos pontos que vão gerar embate imediato com a base aliada ao governo Lula.

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O deputado Alencar Santana (PT-SP) avalia que não havia motivo sequer para instalar a CPI, quanto mais para prorrogar o seu funcionamento. “A atuação da base do governo na CPI quer que os debates sejam feitos de maneira séria e a CPI não seja usada de maneira equivocada, sendo desmoralizada e enfraquecida. O que vemos por ora é que não há nada concreto que justifique sua criação, muito menos sua prorrogação. O funcionamento dela é um desperdício de tempo e dinheiro”, afirmou à Coluna.

Relator quer ouvir pessoas ligadas ao MST que ganharam cargos no governo

O relator e outros parlamentares da oposição apostam na votação de requerimentos para ouvir pessoas que são ligadas aos movimentos de sem-terra e que ganharam cargos na estrutura de governo. É uma investida para deixar ainda mais tenso o mês de agosto.

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Um dos alvos é o superintendente regional do Incra no Rio Grande do Sul, Nelson José Grasselli. Os pedidos foram protocolado pelo relator, deputado Ricardo Salles, e pelo deputado Lucas Redecker (PSDB-RS), que afirma ser necessário ouvi-lo para “prestar esclarecimentos acerca das informações contidas em seu currículo disponibilizado em site do governo federal, no qual informa participação em invasão de fazenda”.


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Outro pedido de Salles é para ouvir José Valdir Misnerovicz, que foi nomeado para coordenador do escritório estadual de Desenvolvimento Agrário de Goiás, da Secretaria-Executiva do Ministério do Desenvolvimento Agrário. Também tem requerimento para tomar depoimento do ex-deputado estadual do PT, Edegar Pretto, que assumiu a presidência da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

“O movimento dos sem-terra é um fato social, é algo que o PT apoia não é de hoje. Então, porventura, pode ser que haja pessoas do movimento que têm competência para colaborar no governo. Vai ter gente que representa o agro e gente que representa a agricultura familiar. Se fosse só de um lado, seria problema”, defendeu Alencar Santana.

A cúpula da CPI do MST já havia prometido um agosto tenso para o governo Lula, como antecipou a Coluna, e a ideia ganhou ainda mais combustível após a invasão de uma área da Embrapa, no último domingo. A primeira reunião da comissão, marcada para esta terça (1), prevê a votação de 11 requerimentos, sendo três deles para convocação do ministros do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira.

Ricardo Salles, Evair e Zucco CPI do MST Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

A CPI havia aprovado convite para Teixeira comparecer. Mas, além de não ter confirmado agenda, declarações do ministro incomodaram integrantes da comissão que fazem oposição ao governo Lula. Ao participar da Feira da Reforma Agrária, por exemplo, ele ironizou a comissão. “Vão encontrar coisas gravíssimas. Suco de uva feito sem trabalho escravo, arroz integral, milho, soja não transgênica”, afirmou.

“A invasão da Embrapa em Petrolina (PE) derruba a falsa narrativa de que o MST só invade área improdutiva”, afirmou o relator da CPI, deputado Ricardo Salles (PL-SP).

Prorrogação dos trabalhos

A reunião da CPI do MST está marcada para a tarde desta terça. O presidente da CPI, deputado Luciano Zucco (Republicanos-RS), apresentou requerimento para prorrogar por mais 60 dias os trabalhos da comissão. Inicialmente, o colegiado funcionaria até três de setembro. E esse é um dos pontos que vão gerar embate imediato com a base aliada ao governo Lula.

O deputado Alencar Santana (PT-SP) avalia que não havia motivo sequer para instalar a CPI, quanto mais para prorrogar o seu funcionamento. “A atuação da base do governo na CPI quer que os debates sejam feitos de maneira séria e a CPI não seja usada de maneira equivocada, sendo desmoralizada e enfraquecida. O que vemos por ora é que não há nada concreto que justifique sua criação, muito menos sua prorrogação. O funcionamento dela é um desperdício de tempo e dinheiro”, afirmou à Coluna.

Relator quer ouvir pessoas ligadas ao MST que ganharam cargos no governo

O relator e outros parlamentares da oposição apostam na votação de requerimentos para ouvir pessoas que são ligadas aos movimentos de sem-terra e que ganharam cargos na estrutura de governo. É uma investida para deixar ainda mais tenso o mês de agosto.

Um dos alvos é o superintendente regional do Incra no Rio Grande do Sul, Nelson José Grasselli. Os pedidos foram protocolado pelo relator, deputado Ricardo Salles, e pelo deputado Lucas Redecker (PSDB-RS), que afirma ser necessário ouvi-lo para “prestar esclarecimentos acerca das informações contidas em seu currículo disponibilizado em site do governo federal, no qual informa participação em invasão de fazenda”.


Outro pedido de Salles é para ouvir José Valdir Misnerovicz, que foi nomeado para coordenador do escritório estadual de Desenvolvimento Agrário de Goiás, da Secretaria-Executiva do Ministério do Desenvolvimento Agrário. Também tem requerimento para tomar depoimento do ex-deputado estadual do PT, Edegar Pretto, que assumiu a presidência da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

“O movimento dos sem-terra é um fato social, é algo que o PT apoia não é de hoje. Então, porventura, pode ser que haja pessoas do movimento que têm competência para colaborar no governo. Vai ter gente que representa o agro e gente que representa a agricultura familiar. Se fosse só de um lado, seria problema”, defendeu Alencar Santana.

A cúpula da CPI do MST já havia prometido um agosto tenso para o governo Lula, como antecipou a Coluna, e a ideia ganhou ainda mais combustível após a invasão de uma área da Embrapa, no último domingo. A primeira reunião da comissão, marcada para esta terça (1), prevê a votação de 11 requerimentos, sendo três deles para convocação do ministros do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira.

Ricardo Salles, Evair e Zucco CPI do MST Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

A CPI havia aprovado convite para Teixeira comparecer. Mas, além de não ter confirmado agenda, declarações do ministro incomodaram integrantes da comissão que fazem oposição ao governo Lula. Ao participar da Feira da Reforma Agrária, por exemplo, ele ironizou a comissão. “Vão encontrar coisas gravíssimas. Suco de uva feito sem trabalho escravo, arroz integral, milho, soja não transgênica”, afirmou.

“A invasão da Embrapa em Petrolina (PE) derruba a falsa narrativa de que o MST só invade área improdutiva”, afirmou o relator da CPI, deputado Ricardo Salles (PL-SP).

Prorrogação dos trabalhos

A reunião da CPI do MST está marcada para a tarde desta terça. O presidente da CPI, deputado Luciano Zucco (Republicanos-RS), apresentou requerimento para prorrogar por mais 60 dias os trabalhos da comissão. Inicialmente, o colegiado funcionaria até três de setembro. E esse é um dos pontos que vão gerar embate imediato com a base aliada ao governo Lula.

O deputado Alencar Santana (PT-SP) avalia que não havia motivo sequer para instalar a CPI, quanto mais para prorrogar o seu funcionamento. “A atuação da base do governo na CPI quer que os debates sejam feitos de maneira séria e a CPI não seja usada de maneira equivocada, sendo desmoralizada e enfraquecida. O que vemos por ora é que não há nada concreto que justifique sua criação, muito menos sua prorrogação. O funcionamento dela é um desperdício de tempo e dinheiro”, afirmou à Coluna.

Relator quer ouvir pessoas ligadas ao MST que ganharam cargos no governo

O relator e outros parlamentares da oposição apostam na votação de requerimentos para ouvir pessoas que são ligadas aos movimentos de sem-terra e que ganharam cargos na estrutura de governo. É uma investida para deixar ainda mais tenso o mês de agosto.

Um dos alvos é o superintendente regional do Incra no Rio Grande do Sul, Nelson José Grasselli. Os pedidos foram protocolado pelo relator, deputado Ricardo Salles, e pelo deputado Lucas Redecker (PSDB-RS), que afirma ser necessário ouvi-lo para “prestar esclarecimentos acerca das informações contidas em seu currículo disponibilizado em site do governo federal, no qual informa participação em invasão de fazenda”.


Outro pedido de Salles é para ouvir José Valdir Misnerovicz, que foi nomeado para coordenador do escritório estadual de Desenvolvimento Agrário de Goiás, da Secretaria-Executiva do Ministério do Desenvolvimento Agrário. Também tem requerimento para tomar depoimento do ex-deputado estadual do PT, Edegar Pretto, que assumiu a presidência da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

“O movimento dos sem-terra é um fato social, é algo que o PT apoia não é de hoje. Então, porventura, pode ser que haja pessoas do movimento que têm competência para colaborar no governo. Vai ter gente que representa o agro e gente que representa a agricultura familiar. Se fosse só de um lado, seria problema”, defendeu Alencar Santana.

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