Roseann Kennedy traz os bastidores da política e da economia, com Eduardo Gayer e Augusto Tenório

Itamaraty orienta embaixadora na Venezuela a não comparecer à proclamação de vitória de Maduro


Para diplomatas, ausência é uma mensagem à ditadura do país vizinho de que pleito não será reconhecido automaticamente pelo Brasil; Planalto cobra publicação de atas de votação

Por Roseann Kennedy e Eduardo Gayer
Atualização:

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, orientou a embaixadora do Brasil na Venezuela, Glivânia Maria de Oliveira, a não comparecer à proclamação de vitória do ditador Nicolás Maduro. Apesar de não endossar as suspeitas de fraude acerca do pleito venezuelano, o governo brasileiro quer esperar a publicação das atas antes de um novo contato com o regime.

A ausência de Glivânia, afirmam diplomatas, é uma sinalização à ditadura da Venezuela de que o Brasil não vai reconhecer automaticamente a reeleição de Maduro. Mais cedo, o Itamaraty emitiu nota oficial em que chamou a publicação das atas como “passo indispensável para a transparência, credibilidade e legitimidade do resultado do pleito”.

No sábado, um dia antes da eleição no país vizinho, Glivânia participou de uma reunião com Maduro — o que atestaria a mudança de postura da diplomacia brasileira.

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O ditador Maduro, declarado reeleito pela autoridade eleitoral da Venezuela, controlada pelo regime chavista.  Foto: Fernando Vergara/AP

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva escalou seu assessor internacional, Celso Amorim, para acompanhar in loco as eleições venezuelanas. O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, ficou em Brasília e designou um auxiliar de confiança para trabalhar junto à embaixada durante o período eleitoral. Ainda assim, asseguram pessoas próximas, ele tem atuado nos bastidores dentro da lógica discreta da diplomacia e não teve a atuação esvaziada pela presença de Amorim.

Para Denilde Holzhacker, professora de Relações Internacionais da ESPM e especialista em América Latina e Estados Unidos, a falta de transparência na divulgação dos resultados na Venezuela coloca o Brasil em uma posição delicada

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“A cautela demonstrada pelo governo ao longo do processo reflete temores de legitimar um processo questionado que pode gerar mais instabilidade. Apesar de a estratégia de não pressionar o governo Maduro ter se mostrado ineficaz, os sinais do Governo brasileiro não indicam uma mudança de abordagem”, afirmou a docente.

Denilde avalia que a estratégia de aguardar os resultados visa encontrar um argumento que justifique o reconhecimento dos resultados. “Em vez de alcançar o objetivo de ser um ator capaz de construir estabilidade na Venezuela, o Governo brasileiro corre o risco de ver sua liderança regional enfraquecida e se alinhar a países como Honduras, Cuba e Nicarágua. Os riscos para a imagem externa do Brasil podem ser significativos em sua busca por protagonismo internacional e regional”.

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, orientou a embaixadora do Brasil na Venezuela, Glivânia Maria de Oliveira, a não comparecer à proclamação de vitória do ditador Nicolás Maduro. Apesar de não endossar as suspeitas de fraude acerca do pleito venezuelano, o governo brasileiro quer esperar a publicação das atas antes de um novo contato com o regime.

A ausência de Glivânia, afirmam diplomatas, é uma sinalização à ditadura da Venezuela de que o Brasil não vai reconhecer automaticamente a reeleição de Maduro. Mais cedo, o Itamaraty emitiu nota oficial em que chamou a publicação das atas como “passo indispensável para a transparência, credibilidade e legitimidade do resultado do pleito”.

No sábado, um dia antes da eleição no país vizinho, Glivânia participou de uma reunião com Maduro — o que atestaria a mudança de postura da diplomacia brasileira.

O ditador Maduro, declarado reeleito pela autoridade eleitoral da Venezuela, controlada pelo regime chavista.  Foto: Fernando Vergara/AP

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva escalou seu assessor internacional, Celso Amorim, para acompanhar in loco as eleições venezuelanas. O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, ficou em Brasília e designou um auxiliar de confiança para trabalhar junto à embaixada durante o período eleitoral. Ainda assim, asseguram pessoas próximas, ele tem atuado nos bastidores dentro da lógica discreta da diplomacia e não teve a atuação esvaziada pela presença de Amorim.

Para Denilde Holzhacker, professora de Relações Internacionais da ESPM e especialista em América Latina e Estados Unidos, a falta de transparência na divulgação dos resultados na Venezuela coloca o Brasil em uma posição delicada

“A cautela demonstrada pelo governo ao longo do processo reflete temores de legitimar um processo questionado que pode gerar mais instabilidade. Apesar de a estratégia de não pressionar o governo Maduro ter se mostrado ineficaz, os sinais do Governo brasileiro não indicam uma mudança de abordagem”, afirmou a docente.

Denilde avalia que a estratégia de aguardar os resultados visa encontrar um argumento que justifique o reconhecimento dos resultados. “Em vez de alcançar o objetivo de ser um ator capaz de construir estabilidade na Venezuela, o Governo brasileiro corre o risco de ver sua liderança regional enfraquecida e se alinhar a países como Honduras, Cuba e Nicarágua. Os riscos para a imagem externa do Brasil podem ser significativos em sua busca por protagonismo internacional e regional”.

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, orientou a embaixadora do Brasil na Venezuela, Glivânia Maria de Oliveira, a não comparecer à proclamação de vitória do ditador Nicolás Maduro. Apesar de não endossar as suspeitas de fraude acerca do pleito venezuelano, o governo brasileiro quer esperar a publicação das atas antes de um novo contato com o regime.

A ausência de Glivânia, afirmam diplomatas, é uma sinalização à ditadura da Venezuela de que o Brasil não vai reconhecer automaticamente a reeleição de Maduro. Mais cedo, o Itamaraty emitiu nota oficial em que chamou a publicação das atas como “passo indispensável para a transparência, credibilidade e legitimidade do resultado do pleito”.

No sábado, um dia antes da eleição no país vizinho, Glivânia participou de uma reunião com Maduro — o que atestaria a mudança de postura da diplomacia brasileira.

O ditador Maduro, declarado reeleito pela autoridade eleitoral da Venezuela, controlada pelo regime chavista.  Foto: Fernando Vergara/AP

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva escalou seu assessor internacional, Celso Amorim, para acompanhar in loco as eleições venezuelanas. O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, ficou em Brasília e designou um auxiliar de confiança para trabalhar junto à embaixada durante o período eleitoral. Ainda assim, asseguram pessoas próximas, ele tem atuado nos bastidores dentro da lógica discreta da diplomacia e não teve a atuação esvaziada pela presença de Amorim.

Para Denilde Holzhacker, professora de Relações Internacionais da ESPM e especialista em América Latina e Estados Unidos, a falta de transparência na divulgação dos resultados na Venezuela coloca o Brasil em uma posição delicada

“A cautela demonstrada pelo governo ao longo do processo reflete temores de legitimar um processo questionado que pode gerar mais instabilidade. Apesar de a estratégia de não pressionar o governo Maduro ter se mostrado ineficaz, os sinais do Governo brasileiro não indicam uma mudança de abordagem”, afirmou a docente.

Denilde avalia que a estratégia de aguardar os resultados visa encontrar um argumento que justifique o reconhecimento dos resultados. “Em vez de alcançar o objetivo de ser um ator capaz de construir estabilidade na Venezuela, o Governo brasileiro corre o risco de ver sua liderança regional enfraquecida e se alinhar a países como Honduras, Cuba e Nicarágua. Os riscos para a imagem externa do Brasil podem ser significativos em sua busca por protagonismo internacional e regional”.

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, orientou a embaixadora do Brasil na Venezuela, Glivânia Maria de Oliveira, a não comparecer à proclamação de vitória do ditador Nicolás Maduro. Apesar de não endossar as suspeitas de fraude acerca do pleito venezuelano, o governo brasileiro quer esperar a publicação das atas antes de um novo contato com o regime.

A ausência de Glivânia, afirmam diplomatas, é uma sinalização à ditadura da Venezuela de que o Brasil não vai reconhecer automaticamente a reeleição de Maduro. Mais cedo, o Itamaraty emitiu nota oficial em que chamou a publicação das atas como “passo indispensável para a transparência, credibilidade e legitimidade do resultado do pleito”.

No sábado, um dia antes da eleição no país vizinho, Glivânia participou de uma reunião com Maduro — o que atestaria a mudança de postura da diplomacia brasileira.

O ditador Maduro, declarado reeleito pela autoridade eleitoral da Venezuela, controlada pelo regime chavista.  Foto: Fernando Vergara/AP

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva escalou seu assessor internacional, Celso Amorim, para acompanhar in loco as eleições venezuelanas. O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, ficou em Brasília e designou um auxiliar de confiança para trabalhar junto à embaixada durante o período eleitoral. Ainda assim, asseguram pessoas próximas, ele tem atuado nos bastidores dentro da lógica discreta da diplomacia e não teve a atuação esvaziada pela presença de Amorim.

Para Denilde Holzhacker, professora de Relações Internacionais da ESPM e especialista em América Latina e Estados Unidos, a falta de transparência na divulgação dos resultados na Venezuela coloca o Brasil em uma posição delicada

“A cautela demonstrada pelo governo ao longo do processo reflete temores de legitimar um processo questionado que pode gerar mais instabilidade. Apesar de a estratégia de não pressionar o governo Maduro ter se mostrado ineficaz, os sinais do Governo brasileiro não indicam uma mudança de abordagem”, afirmou a docente.

Denilde avalia que a estratégia de aguardar os resultados visa encontrar um argumento que justifique o reconhecimento dos resultados. “Em vez de alcançar o objetivo de ser um ator capaz de construir estabilidade na Venezuela, o Governo brasileiro corre o risco de ver sua liderança regional enfraquecida e se alinhar a países como Honduras, Cuba e Nicarágua. Os riscos para a imagem externa do Brasil podem ser significativos em sua busca por protagonismo internacional e regional”.

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