O deputado federal Kim Kataguiri (União-SP) afirmou à Coluna do Estadão que mantém sua pré-candidatura à Prefeitura de São Paulo. Ele disse que apresentará seu nome na convenção municipal e só vai se retirar da corrida se a chance de vencer a disputa interna do partido “se tornar zero”.
O diretório paulistano do União, comandado pelo vereador Milton Leite, fechou acordo para apoiar a reeleição do prefeito Ricardo Nunes (MDB). No último sábado, o vereador Milton Leite afirmou à Coluna que pretende trabalhar para Kataguiri ser o nome do União em 2028. “Se Kim quiser disputar a convenção, respeitarei. Somos democráticos”, destacou.
Kim Kataguiri é um dos líderes do Movimento Brasil Livre (MBL) e aparece com 7% de intenção de voto na mais recente pesquisa AtlasIntel. Seu ativo eleitoral na direita é disputado pelos aliados de Ricardo Nunes, que mira o eleitorado de centro e de direita. Segundo o levantamento, o prefeito aparece em segundo, com 23,4%. Desde que o empresário Pablo Marçal (PRTB) entrou na corrida e se consolidou com 12,6% de intenção de voto, a disputa por esse segmento do eleitorado passou a ser ainda mais acirrada.
Como mostrou a Coluna do Estadão, o União Brasil demorou a confirmar a aliança com Nunes por causa da insatisfação com a escolha do ex-comandante das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) e coronel da reserva da Polícia Militar (PM) Ricardo de Mello Araújo para a vice. Milton Leite também postulava a posição.
O presidente da Câmara de São Paulo aceitou a escolha, num acordo que envolve um revezamento com o PL no comando do Legislativo municipal em 2025. mas afirmou que o histórico na Rota pode ser um problema para a campanha entrar em algumas regiões da cidade. “Espero que ele consiga demonstrar, daqui até a eleição, que tenha a contribuir com votos. Ele não foi testado nas urnas. Cabe a ele agora fazer um grande trabalho e demonstrar que é merecedor desse cargo de vice”, disse Leite.