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Lula aposta em ‘sinais positivos’ da Ucrânia e ensaia roteiro antes de reunião com Zelenski


Comitiva brasileira nega temer ‘climão’ se presidente ucraniano pedir armas ao petista; encontro será nesta quarta-feira em Nova York

Por Eduardo Gayer
Atualização:

Depois de uma espécie de treinamento com assessores diplomáticos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem um roteiro pronto para sua conversa com o presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski. Quer ouvir o que de novo o contraparte tem a dizer sobre o conflito e reiterar a posição brasileira no assunto - o País quer trabalhar pelo fim da guerra, mas sem tomar um lado. A reunião está marcada para esta quarta-feira (20), no hotel em que Lula está hospedado em Nova York.

O próprio fato de a reunião com Zelenski ter sido marcada no hotel de Lula é considerada, ao menos no entorno do presidente, como um sinal de que a relação entre Brasil e Ucrânia estaria mais azeitada. Em maio, durante a cúpula do G7 em Hiroshima, um dos impasses que inviabilizaram a reunião entre os dois presidentes foi justamente o local: Zelenski alegava riscos de segurança no deslocamento ao hotel do brasileiro, enquanto Lula temia uma mensagem equivocada de parcialidade caso se dirigisse ao presidente ucraniano, maior interessado na conversa.

O presidente do Brasil, Luiz Ignácio Lula da Silva (PT), e o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski. Foto: Ricardo Stuckert/PR e Oleg Petrasyuk/EPA/EFE Foto: Ricardo Stuckert/PR e Oleg Petrasyuk/EPA/EFE
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De acordo com negociadores diplomáticos, o petista quer “ouvir o que Zelenski tem a dizer” sobre a guerra, e obter atualizações - da perspectiva ucraniana - em torno do conflito iniciado pela Rússia. Depois do “desencontro” na cúpula do G7, em Hiroshima, Lula e Zelenski se encontrarão nos Estados Unidos às margens da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).

Um auxiliar de Lula ressalta que a posição do governo brasileiro, que condena a invasão feita pela Rússia, é a de “escutar as partes” e “entender as avaliações de momento de cada um”. “O Brasil está à disposição para falar de paz, quando as partes entenderem que é a hora”, afirmou à Coluna essa fonte diretamente envolvida com as conversas junto à Ucrânia.

Lula passa por ‘preparação’ antes de encontro com Zelenski

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Para a primeira reunião bilateral entre Lula e Zelenski, o presidente brasileiro - entre um compromisso e outro em Nova York - se prepara em conversas reservadas com o chefe da assessoria internacional da Presidência, Celso Amorim, e com o ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira. O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), articulou a confirmação da agenda junto ao cerimonial do presidente, e pode participar do encontro com Zelenski.

Integrantes da comitiva brasileira em Nova York nutrem boa expectativa para a agenda, combinada informalmente na ligação de vídeo entre os presidentes em março. Na semana passada, o chanceler ucraniano Dmytro Kuleba, telefonou para Mauro Vieira para reiterar o interesse na conversa, que então foi marcada após um quebra-cabeça de horários nesta semana entre os dois governos.

Pedido por armas pode azedar reunião? Comitiva minimiza hipótese

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Se entre integrantes do Palácio do Planalto comenta-se que o clima na reunião pode azedar se o presidente da Ucrânia fizer um pedido tácito a Lula por armas, na comitiva brasileira a hipótese é prontamente minimizada. Isso porque a posição do País seria conhecida, e contrária a qualquer ajuda bélica.

O presidente, desinteressado em qualquer participação bélica na guerra, costuma dizer a aliados que vê o contraparte mais interessado em rodar o mundo atrás de armas e recursos do que propriamente em buscar um caminho diplomático rumo a um cessar-fogo.

Não que Zelenski nutra esperança de que Lula ajudaria a Ucrânia com armas. Mas o ex-comediante pode acabar por criar uma saia-justa para o presidente, que - reconhecem até mesmo integrantes do Itamaraty - costuma derrapar ao defender a posição de “neutralidade” e “não-alinhamento” do Brasil.

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Relembre o desencontro entre Lula e Zelenski no G7, no Japão, em maio

Em maio, no G-7 em Hiroshima, a delegação brasileira chegou a negociar o encontro com a contraparte ucraniana, mas as tratativas não prosperaram. O motivo dado pelos dois governos foi uma “incompatibilidade de agendas”.

Na cidade japonesa, jornalistas chegaram a ser convocados para uma sala em que havia duas bandeiras, uma do Brasil e outra da Ucrânia, uma sobre a outra, como registrou o Estadão naquela oportunidade. A principal hipótese é que elas foram sido postas sobre a mesa para desamassar antes de serem hasteadas na sala de reuniões de Lula.

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Um dia depois, em coletiva de imprensa, Lula afirmou que a proposta da Ucrânia era a rendição da Rússia. “Zelenski é maior de idade, ele sabe o que faz. Se não deu certo nessa oportunidade, vai dar certo em outra”, disse o presidente na ocasião. “Gostaria de encontrar com ele e discutir. Rússia e Ucrânia em algum momento vão saber que é preciso negociar”.

Depois de uma espécie de treinamento com assessores diplomáticos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem um roteiro pronto para sua conversa com o presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski. Quer ouvir o que de novo o contraparte tem a dizer sobre o conflito e reiterar a posição brasileira no assunto - o País quer trabalhar pelo fim da guerra, mas sem tomar um lado. A reunião está marcada para esta quarta-feira (20), no hotel em que Lula está hospedado em Nova York.

O próprio fato de a reunião com Zelenski ter sido marcada no hotel de Lula é considerada, ao menos no entorno do presidente, como um sinal de que a relação entre Brasil e Ucrânia estaria mais azeitada. Em maio, durante a cúpula do G7 em Hiroshima, um dos impasses que inviabilizaram a reunião entre os dois presidentes foi justamente o local: Zelenski alegava riscos de segurança no deslocamento ao hotel do brasileiro, enquanto Lula temia uma mensagem equivocada de parcialidade caso se dirigisse ao presidente ucraniano, maior interessado na conversa.

O presidente do Brasil, Luiz Ignácio Lula da Silva (PT), e o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski. Foto: Ricardo Stuckert/PR e Oleg Petrasyuk/EPA/EFE Foto: Ricardo Stuckert/PR e Oleg Petrasyuk/EPA/EFE

De acordo com negociadores diplomáticos, o petista quer “ouvir o que Zelenski tem a dizer” sobre a guerra, e obter atualizações - da perspectiva ucraniana - em torno do conflito iniciado pela Rússia. Depois do “desencontro” na cúpula do G7, em Hiroshima, Lula e Zelenski se encontrarão nos Estados Unidos às margens da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).

Um auxiliar de Lula ressalta que a posição do governo brasileiro, que condena a invasão feita pela Rússia, é a de “escutar as partes” e “entender as avaliações de momento de cada um”. “O Brasil está à disposição para falar de paz, quando as partes entenderem que é a hora”, afirmou à Coluna essa fonte diretamente envolvida com as conversas junto à Ucrânia.

Lula passa por ‘preparação’ antes de encontro com Zelenski

Para a primeira reunião bilateral entre Lula e Zelenski, o presidente brasileiro - entre um compromisso e outro em Nova York - se prepara em conversas reservadas com o chefe da assessoria internacional da Presidência, Celso Amorim, e com o ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira. O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), articulou a confirmação da agenda junto ao cerimonial do presidente, e pode participar do encontro com Zelenski.

Integrantes da comitiva brasileira em Nova York nutrem boa expectativa para a agenda, combinada informalmente na ligação de vídeo entre os presidentes em março. Na semana passada, o chanceler ucraniano Dmytro Kuleba, telefonou para Mauro Vieira para reiterar o interesse na conversa, que então foi marcada após um quebra-cabeça de horários nesta semana entre os dois governos.

Pedido por armas pode azedar reunião? Comitiva minimiza hipótese

Se entre integrantes do Palácio do Planalto comenta-se que o clima na reunião pode azedar se o presidente da Ucrânia fizer um pedido tácito a Lula por armas, na comitiva brasileira a hipótese é prontamente minimizada. Isso porque a posição do País seria conhecida, e contrária a qualquer ajuda bélica.

O presidente, desinteressado em qualquer participação bélica na guerra, costuma dizer a aliados que vê o contraparte mais interessado em rodar o mundo atrás de armas e recursos do que propriamente em buscar um caminho diplomático rumo a um cessar-fogo.

Não que Zelenski nutra esperança de que Lula ajudaria a Ucrânia com armas. Mas o ex-comediante pode acabar por criar uma saia-justa para o presidente, que - reconhecem até mesmo integrantes do Itamaraty - costuma derrapar ao defender a posição de “neutralidade” e “não-alinhamento” do Brasil.

Relembre o desencontro entre Lula e Zelenski no G7, no Japão, em maio

Em maio, no G-7 em Hiroshima, a delegação brasileira chegou a negociar o encontro com a contraparte ucraniana, mas as tratativas não prosperaram. O motivo dado pelos dois governos foi uma “incompatibilidade de agendas”.

Na cidade japonesa, jornalistas chegaram a ser convocados para uma sala em que havia duas bandeiras, uma do Brasil e outra da Ucrânia, uma sobre a outra, como registrou o Estadão naquela oportunidade. A principal hipótese é que elas foram sido postas sobre a mesa para desamassar antes de serem hasteadas na sala de reuniões de Lula.

Um dia depois, em coletiva de imprensa, Lula afirmou que a proposta da Ucrânia era a rendição da Rússia. “Zelenski é maior de idade, ele sabe o que faz. Se não deu certo nessa oportunidade, vai dar certo em outra”, disse o presidente na ocasião. “Gostaria de encontrar com ele e discutir. Rússia e Ucrânia em algum momento vão saber que é preciso negociar”.

Depois de uma espécie de treinamento com assessores diplomáticos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem um roteiro pronto para sua conversa com o presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski. Quer ouvir o que de novo o contraparte tem a dizer sobre o conflito e reiterar a posição brasileira no assunto - o País quer trabalhar pelo fim da guerra, mas sem tomar um lado. A reunião está marcada para esta quarta-feira (20), no hotel em que Lula está hospedado em Nova York.

O próprio fato de a reunião com Zelenski ter sido marcada no hotel de Lula é considerada, ao menos no entorno do presidente, como um sinal de que a relação entre Brasil e Ucrânia estaria mais azeitada. Em maio, durante a cúpula do G7 em Hiroshima, um dos impasses que inviabilizaram a reunião entre os dois presidentes foi justamente o local: Zelenski alegava riscos de segurança no deslocamento ao hotel do brasileiro, enquanto Lula temia uma mensagem equivocada de parcialidade caso se dirigisse ao presidente ucraniano, maior interessado na conversa.

O presidente do Brasil, Luiz Ignácio Lula da Silva (PT), e o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski. Foto: Ricardo Stuckert/PR e Oleg Petrasyuk/EPA/EFE Foto: Ricardo Stuckert/PR e Oleg Petrasyuk/EPA/EFE

De acordo com negociadores diplomáticos, o petista quer “ouvir o que Zelenski tem a dizer” sobre a guerra, e obter atualizações - da perspectiva ucraniana - em torno do conflito iniciado pela Rússia. Depois do “desencontro” na cúpula do G7, em Hiroshima, Lula e Zelenski se encontrarão nos Estados Unidos às margens da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).

Um auxiliar de Lula ressalta que a posição do governo brasileiro, que condena a invasão feita pela Rússia, é a de “escutar as partes” e “entender as avaliações de momento de cada um”. “O Brasil está à disposição para falar de paz, quando as partes entenderem que é a hora”, afirmou à Coluna essa fonte diretamente envolvida com as conversas junto à Ucrânia.

Lula passa por ‘preparação’ antes de encontro com Zelenski

Para a primeira reunião bilateral entre Lula e Zelenski, o presidente brasileiro - entre um compromisso e outro em Nova York - se prepara em conversas reservadas com o chefe da assessoria internacional da Presidência, Celso Amorim, e com o ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira. O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), articulou a confirmação da agenda junto ao cerimonial do presidente, e pode participar do encontro com Zelenski.

Integrantes da comitiva brasileira em Nova York nutrem boa expectativa para a agenda, combinada informalmente na ligação de vídeo entre os presidentes em março. Na semana passada, o chanceler ucraniano Dmytro Kuleba, telefonou para Mauro Vieira para reiterar o interesse na conversa, que então foi marcada após um quebra-cabeça de horários nesta semana entre os dois governos.

Pedido por armas pode azedar reunião? Comitiva minimiza hipótese

Se entre integrantes do Palácio do Planalto comenta-se que o clima na reunião pode azedar se o presidente da Ucrânia fizer um pedido tácito a Lula por armas, na comitiva brasileira a hipótese é prontamente minimizada. Isso porque a posição do País seria conhecida, e contrária a qualquer ajuda bélica.

O presidente, desinteressado em qualquer participação bélica na guerra, costuma dizer a aliados que vê o contraparte mais interessado em rodar o mundo atrás de armas e recursos do que propriamente em buscar um caminho diplomático rumo a um cessar-fogo.

Não que Zelenski nutra esperança de que Lula ajudaria a Ucrânia com armas. Mas o ex-comediante pode acabar por criar uma saia-justa para o presidente, que - reconhecem até mesmo integrantes do Itamaraty - costuma derrapar ao defender a posição de “neutralidade” e “não-alinhamento” do Brasil.

Relembre o desencontro entre Lula e Zelenski no G7, no Japão, em maio

Em maio, no G-7 em Hiroshima, a delegação brasileira chegou a negociar o encontro com a contraparte ucraniana, mas as tratativas não prosperaram. O motivo dado pelos dois governos foi uma “incompatibilidade de agendas”.

Na cidade japonesa, jornalistas chegaram a ser convocados para uma sala em que havia duas bandeiras, uma do Brasil e outra da Ucrânia, uma sobre a outra, como registrou o Estadão naquela oportunidade. A principal hipótese é que elas foram sido postas sobre a mesa para desamassar antes de serem hasteadas na sala de reuniões de Lula.

Um dia depois, em coletiva de imprensa, Lula afirmou que a proposta da Ucrânia era a rendição da Rússia. “Zelenski é maior de idade, ele sabe o que faz. Se não deu certo nessa oportunidade, vai dar certo em outra”, disse o presidente na ocasião. “Gostaria de encontrar com ele e discutir. Rússia e Ucrânia em algum momento vão saber que é preciso negociar”.

Depois de uma espécie de treinamento com assessores diplomáticos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem um roteiro pronto para sua conversa com o presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski. Quer ouvir o que de novo o contraparte tem a dizer sobre o conflito e reiterar a posição brasileira no assunto - o País quer trabalhar pelo fim da guerra, mas sem tomar um lado. A reunião está marcada para esta quarta-feira (20), no hotel em que Lula está hospedado em Nova York.

O próprio fato de a reunião com Zelenski ter sido marcada no hotel de Lula é considerada, ao menos no entorno do presidente, como um sinal de que a relação entre Brasil e Ucrânia estaria mais azeitada. Em maio, durante a cúpula do G7 em Hiroshima, um dos impasses que inviabilizaram a reunião entre os dois presidentes foi justamente o local: Zelenski alegava riscos de segurança no deslocamento ao hotel do brasileiro, enquanto Lula temia uma mensagem equivocada de parcialidade caso se dirigisse ao presidente ucraniano, maior interessado na conversa.

O presidente do Brasil, Luiz Ignácio Lula da Silva (PT), e o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski. Foto: Ricardo Stuckert/PR e Oleg Petrasyuk/EPA/EFE Foto: Ricardo Stuckert/PR e Oleg Petrasyuk/EPA/EFE

De acordo com negociadores diplomáticos, o petista quer “ouvir o que Zelenski tem a dizer” sobre a guerra, e obter atualizações - da perspectiva ucraniana - em torno do conflito iniciado pela Rússia. Depois do “desencontro” na cúpula do G7, em Hiroshima, Lula e Zelenski se encontrarão nos Estados Unidos às margens da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).

Um auxiliar de Lula ressalta que a posição do governo brasileiro, que condena a invasão feita pela Rússia, é a de “escutar as partes” e “entender as avaliações de momento de cada um”. “O Brasil está à disposição para falar de paz, quando as partes entenderem que é a hora”, afirmou à Coluna essa fonte diretamente envolvida com as conversas junto à Ucrânia.

Lula passa por ‘preparação’ antes de encontro com Zelenski

Para a primeira reunião bilateral entre Lula e Zelenski, o presidente brasileiro - entre um compromisso e outro em Nova York - se prepara em conversas reservadas com o chefe da assessoria internacional da Presidência, Celso Amorim, e com o ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira. O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), articulou a confirmação da agenda junto ao cerimonial do presidente, e pode participar do encontro com Zelenski.

Integrantes da comitiva brasileira em Nova York nutrem boa expectativa para a agenda, combinada informalmente na ligação de vídeo entre os presidentes em março. Na semana passada, o chanceler ucraniano Dmytro Kuleba, telefonou para Mauro Vieira para reiterar o interesse na conversa, que então foi marcada após um quebra-cabeça de horários nesta semana entre os dois governos.

Pedido por armas pode azedar reunião? Comitiva minimiza hipótese

Se entre integrantes do Palácio do Planalto comenta-se que o clima na reunião pode azedar se o presidente da Ucrânia fizer um pedido tácito a Lula por armas, na comitiva brasileira a hipótese é prontamente minimizada. Isso porque a posição do País seria conhecida, e contrária a qualquer ajuda bélica.

O presidente, desinteressado em qualquer participação bélica na guerra, costuma dizer a aliados que vê o contraparte mais interessado em rodar o mundo atrás de armas e recursos do que propriamente em buscar um caminho diplomático rumo a um cessar-fogo.

Não que Zelenski nutra esperança de que Lula ajudaria a Ucrânia com armas. Mas o ex-comediante pode acabar por criar uma saia-justa para o presidente, que - reconhecem até mesmo integrantes do Itamaraty - costuma derrapar ao defender a posição de “neutralidade” e “não-alinhamento” do Brasil.

Relembre o desencontro entre Lula e Zelenski no G7, no Japão, em maio

Em maio, no G-7 em Hiroshima, a delegação brasileira chegou a negociar o encontro com a contraparte ucraniana, mas as tratativas não prosperaram. O motivo dado pelos dois governos foi uma “incompatibilidade de agendas”.

Na cidade japonesa, jornalistas chegaram a ser convocados para uma sala em que havia duas bandeiras, uma do Brasil e outra da Ucrânia, uma sobre a outra, como registrou o Estadão naquela oportunidade. A principal hipótese é que elas foram sido postas sobre a mesa para desamassar antes de serem hasteadas na sala de reuniões de Lula.

Um dia depois, em coletiva de imprensa, Lula afirmou que a proposta da Ucrânia era a rendição da Rússia. “Zelenski é maior de idade, ele sabe o que faz. Se não deu certo nessa oportunidade, vai dar certo em outra”, disse o presidente na ocasião. “Gostaria de encontrar com ele e discutir. Rússia e Ucrânia em algum momento vão saber que é preciso negociar”.

Depois de uma espécie de treinamento com assessores diplomáticos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem um roteiro pronto para sua conversa com o presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski. Quer ouvir o que de novo o contraparte tem a dizer sobre o conflito e reiterar a posição brasileira no assunto - o País quer trabalhar pelo fim da guerra, mas sem tomar um lado. A reunião está marcada para esta quarta-feira (20), no hotel em que Lula está hospedado em Nova York.

O próprio fato de a reunião com Zelenski ter sido marcada no hotel de Lula é considerada, ao menos no entorno do presidente, como um sinal de que a relação entre Brasil e Ucrânia estaria mais azeitada. Em maio, durante a cúpula do G7 em Hiroshima, um dos impasses que inviabilizaram a reunião entre os dois presidentes foi justamente o local: Zelenski alegava riscos de segurança no deslocamento ao hotel do brasileiro, enquanto Lula temia uma mensagem equivocada de parcialidade caso se dirigisse ao presidente ucraniano, maior interessado na conversa.

O presidente do Brasil, Luiz Ignácio Lula da Silva (PT), e o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski. Foto: Ricardo Stuckert/PR e Oleg Petrasyuk/EPA/EFE Foto: Ricardo Stuckert/PR e Oleg Petrasyuk/EPA/EFE

De acordo com negociadores diplomáticos, o petista quer “ouvir o que Zelenski tem a dizer” sobre a guerra, e obter atualizações - da perspectiva ucraniana - em torno do conflito iniciado pela Rússia. Depois do “desencontro” na cúpula do G7, em Hiroshima, Lula e Zelenski se encontrarão nos Estados Unidos às margens da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).

Um auxiliar de Lula ressalta que a posição do governo brasileiro, que condena a invasão feita pela Rússia, é a de “escutar as partes” e “entender as avaliações de momento de cada um”. “O Brasil está à disposição para falar de paz, quando as partes entenderem que é a hora”, afirmou à Coluna essa fonte diretamente envolvida com as conversas junto à Ucrânia.

Lula passa por ‘preparação’ antes de encontro com Zelenski

Para a primeira reunião bilateral entre Lula e Zelenski, o presidente brasileiro - entre um compromisso e outro em Nova York - se prepara em conversas reservadas com o chefe da assessoria internacional da Presidência, Celso Amorim, e com o ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira. O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), articulou a confirmação da agenda junto ao cerimonial do presidente, e pode participar do encontro com Zelenski.

Integrantes da comitiva brasileira em Nova York nutrem boa expectativa para a agenda, combinada informalmente na ligação de vídeo entre os presidentes em março. Na semana passada, o chanceler ucraniano Dmytro Kuleba, telefonou para Mauro Vieira para reiterar o interesse na conversa, que então foi marcada após um quebra-cabeça de horários nesta semana entre os dois governos.

Pedido por armas pode azedar reunião? Comitiva minimiza hipótese

Se entre integrantes do Palácio do Planalto comenta-se que o clima na reunião pode azedar se o presidente da Ucrânia fizer um pedido tácito a Lula por armas, na comitiva brasileira a hipótese é prontamente minimizada. Isso porque a posição do País seria conhecida, e contrária a qualquer ajuda bélica.

O presidente, desinteressado em qualquer participação bélica na guerra, costuma dizer a aliados que vê o contraparte mais interessado em rodar o mundo atrás de armas e recursos do que propriamente em buscar um caminho diplomático rumo a um cessar-fogo.

Não que Zelenski nutra esperança de que Lula ajudaria a Ucrânia com armas. Mas o ex-comediante pode acabar por criar uma saia-justa para o presidente, que - reconhecem até mesmo integrantes do Itamaraty - costuma derrapar ao defender a posição de “neutralidade” e “não-alinhamento” do Brasil.

Relembre o desencontro entre Lula e Zelenski no G7, no Japão, em maio

Em maio, no G-7 em Hiroshima, a delegação brasileira chegou a negociar o encontro com a contraparte ucraniana, mas as tratativas não prosperaram. O motivo dado pelos dois governos foi uma “incompatibilidade de agendas”.

Na cidade japonesa, jornalistas chegaram a ser convocados para uma sala em que havia duas bandeiras, uma do Brasil e outra da Ucrânia, uma sobre a outra, como registrou o Estadão naquela oportunidade. A principal hipótese é que elas foram sido postas sobre a mesa para desamassar antes de serem hasteadas na sala de reuniões de Lula.

Um dia depois, em coletiva de imprensa, Lula afirmou que a proposta da Ucrânia era a rendição da Rússia. “Zelenski é maior de idade, ele sabe o que faz. Se não deu certo nessa oportunidade, vai dar certo em outra”, disse o presidente na ocasião. “Gostaria de encontrar com ele e discutir. Rússia e Ucrânia em algum momento vão saber que é preciso negociar”.

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