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Lula cobra resposta do governo à ‘crise do arroz’, e Neri Geller fica na berlinda


Planalto avalia demissão de secretário de Política Agrícola após empresas sem afinidade com importação do produto vencerem certame que envolveu sócio de filho do ex-ministro

Por Eduardo Gayer e Isadora Duarte

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cobrou nesta segunda-feira, 10, uma resposta do governo federal à “crise do arroz”. Na reunião da coordenação política, que voltou a acontecer semanalmente, o presidente mostrou-se irritado com a repercussão negativa do leilão de arroz promovido pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), no qual até uma fabricante de sorvetes saiu vitoriosa. De acordo com interlocutores palacianos, o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, o ex-deputado e ex-ministro Neri Geller, está na berlinda e pode ser exonerado.

Na avaliação do presidente, uma pauta supostamente positiva — a compra direta de arroz pelo governo para evitar alta nos preços após as enchentes no Rio Grande do Sul — trouxe danos de imagem. Como mostrou o Estadão, firmas sem nenhuma afinidade com a importação do produto ganharam o certamente. Para Lula, o que era para ajudar o governo deu munição à oposição.

Geller entrou na mira do Planalto porque o diretor de Abastecimento da Conab, Thiago dos Santos, responsável pelo leilão, é uma indicação direta do secretário. Lula determinou uma apuração interna para decidir se vai demitir o diretor e o ex-ministro da Agricultura de Dilma Rousseff. Além disso, a FOCO Corretora de Grãos, principal corretora do leilão, é do empresário Robson Almeida de França. Ele foi assessor parlamentar de Geller na Câmara e é sócio de Marcello Geller, filho do secretário, em outras empresas.

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Segundo apurou a Coluna do Estadão, Geller esteve com o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro nesta segunda-feira para responder aos questionamentos sobre a participação do sócio do filho no certame. Ele negou qualquer envolvimento no leilão e disse ao ministro que França trabalhou com ele apenas até 2020. A interlocutores, Geller tem dito que Marcello saiu da empresa justamente por não poder participar de leilões públicos.

O secretário de Política Agrícola Neri Geller. Foto: André Dusek/Estadão

O secretário de Política Agrícola reforçou a ponte entre Lula e o agronegócio durante a campanha eleitoral e integrou o governo de transição. Ex-deputado, foi candidato ao Senado em 2022, mas teve a candidatura barrada pela Justiça Eleitoral após ser cassado por suposto abuso de poder econômico. Em dezembro do ano passado, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) reverteu a cassação e devolveu os direitos políticos de Geller, que só então pode integrar o governo Lula. Ao longo de 2023, ele despachou informalmente no Ministério da Agricultura.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cobrou nesta segunda-feira, 10, uma resposta do governo federal à “crise do arroz”. Na reunião da coordenação política, que voltou a acontecer semanalmente, o presidente mostrou-se irritado com a repercussão negativa do leilão de arroz promovido pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), no qual até uma fabricante de sorvetes saiu vitoriosa. De acordo com interlocutores palacianos, o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, o ex-deputado e ex-ministro Neri Geller, está na berlinda e pode ser exonerado.

Na avaliação do presidente, uma pauta supostamente positiva — a compra direta de arroz pelo governo para evitar alta nos preços após as enchentes no Rio Grande do Sul — trouxe danos de imagem. Como mostrou o Estadão, firmas sem nenhuma afinidade com a importação do produto ganharam o certamente. Para Lula, o que era para ajudar o governo deu munição à oposição.

Geller entrou na mira do Planalto porque o diretor de Abastecimento da Conab, Thiago dos Santos, responsável pelo leilão, é uma indicação direta do secretário. Lula determinou uma apuração interna para decidir se vai demitir o diretor e o ex-ministro da Agricultura de Dilma Rousseff. Além disso, a FOCO Corretora de Grãos, principal corretora do leilão, é do empresário Robson Almeida de França. Ele foi assessor parlamentar de Geller na Câmara e é sócio de Marcello Geller, filho do secretário, em outras empresas.

Segundo apurou a Coluna do Estadão, Geller esteve com o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro nesta segunda-feira para responder aos questionamentos sobre a participação do sócio do filho no certame. Ele negou qualquer envolvimento no leilão e disse ao ministro que França trabalhou com ele apenas até 2020. A interlocutores, Geller tem dito que Marcello saiu da empresa justamente por não poder participar de leilões públicos.

O secretário de Política Agrícola Neri Geller. Foto: André Dusek/Estadão

O secretário de Política Agrícola reforçou a ponte entre Lula e o agronegócio durante a campanha eleitoral e integrou o governo de transição. Ex-deputado, foi candidato ao Senado em 2022, mas teve a candidatura barrada pela Justiça Eleitoral após ser cassado por suposto abuso de poder econômico. Em dezembro do ano passado, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) reverteu a cassação e devolveu os direitos políticos de Geller, que só então pode integrar o governo Lula. Ao longo de 2023, ele despachou informalmente no Ministério da Agricultura.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cobrou nesta segunda-feira, 10, uma resposta do governo federal à “crise do arroz”. Na reunião da coordenação política, que voltou a acontecer semanalmente, o presidente mostrou-se irritado com a repercussão negativa do leilão de arroz promovido pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), no qual até uma fabricante de sorvetes saiu vitoriosa. De acordo com interlocutores palacianos, o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, o ex-deputado e ex-ministro Neri Geller, está na berlinda e pode ser exonerado.

Na avaliação do presidente, uma pauta supostamente positiva — a compra direta de arroz pelo governo para evitar alta nos preços após as enchentes no Rio Grande do Sul — trouxe danos de imagem. Como mostrou o Estadão, firmas sem nenhuma afinidade com a importação do produto ganharam o certamente. Para Lula, o que era para ajudar o governo deu munição à oposição.

Geller entrou na mira do Planalto porque o diretor de Abastecimento da Conab, Thiago dos Santos, responsável pelo leilão, é uma indicação direta do secretário. Lula determinou uma apuração interna para decidir se vai demitir o diretor e o ex-ministro da Agricultura de Dilma Rousseff. Além disso, a FOCO Corretora de Grãos, principal corretora do leilão, é do empresário Robson Almeida de França. Ele foi assessor parlamentar de Geller na Câmara e é sócio de Marcello Geller, filho do secretário, em outras empresas.

Segundo apurou a Coluna do Estadão, Geller esteve com o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro nesta segunda-feira para responder aos questionamentos sobre a participação do sócio do filho no certame. Ele negou qualquer envolvimento no leilão e disse ao ministro que França trabalhou com ele apenas até 2020. A interlocutores, Geller tem dito que Marcello saiu da empresa justamente por não poder participar de leilões públicos.

O secretário de Política Agrícola Neri Geller. Foto: André Dusek/Estadão

O secretário de Política Agrícola reforçou a ponte entre Lula e o agronegócio durante a campanha eleitoral e integrou o governo de transição. Ex-deputado, foi candidato ao Senado em 2022, mas teve a candidatura barrada pela Justiça Eleitoral após ser cassado por suposto abuso de poder econômico. Em dezembro do ano passado, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) reverteu a cassação e devolveu os direitos políticos de Geller, que só então pode integrar o governo Lula. Ao longo de 2023, ele despachou informalmente no Ministério da Agricultura.

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