Roseann Kennedy traz os bastidores da política e da economia, com Eduardo Gayer

Lula conversa com Múcio após fala sobre veto a blindado de Israel; demissão está fora do radar


Setores do PT voltaram a pressionar por saída do ministro; procurados, ministro e Planalto não comentaram

Por Roseann Kennedy
Atualização:

Após declarar num evento a empresários, nesta semana, que “questões ideológicas” interferem nos negócios da Defesa e impediram, até o momento, a compra de veículos blindados de Israel para o Exército brasileiro, o ministro José Múcio voltou a ser alvo de setores do PT que pedem sua saída do governo. Mas, por ora, a demissão não está no radar. Segundo interlocutores, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro já conversaram sobre o episódio. Procurados, o Múcio e o Planalto não comentaram.

Fato é que o incômodo de Múcio sobre o tema não foi surpresa para Lula. O próprio ministro havia procurado o presidente para falar do assunto, sugerir uma proposta intermediária para resolver o impasse da compra dos obuseiros 155 mm e falar dos questionamentos do Ministério da Defesa ao Tribunal de Contas da União (TCU).

Em abril passado, a empresa israelense Elbit Systems venceu uma licitação para fornecer 36 veículos blindados. Mas o negócio ficou travado por pendências internas. Uma delas é a resistência de Celso Amorim, assessor-chefe de Assuntos Internacionais da Presidência da República, com o argumento de que seria incoerente o governo brasileiro adquirir equipamentos militares de Israel, cujas ações na Faixa de Gaza são criticadas pelo presidente Lula.

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Em resposta a Múcio, o TCU afirmou que as leis brasileiras não impedem as Forças Armadas de comprarem material de empresas sediadas em países que estejam em guerra e que não há tratados internacionais de que o Brasil seja signatário que criem empecilhos a esse respeito. Além disso, segundo o ministro, a Corte de Contas não permitiu que o contrato “fosse dado ao segundo colocado”, a empresa tcheca Excalibur.

Nos últimos dois dias, houve quem apostasse na Esplanada dos Ministérios que Múcio teria decidido falar em público sobre o assunto para “cavar” a própria demissão, pois já está cansado desse e outros embates ideológicos na atual gestão. As pessoas mais próximas ao ministro, entretanto, ressaltam que esse não é seu modo de agir. E, se decidir deixar o governo, o presidente Lula será o primeiro a ser comunicado.

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Defesa, José Múcio  Foto: WILTON JUNIOR/Estadão

Após declarar num evento a empresários, nesta semana, que “questões ideológicas” interferem nos negócios da Defesa e impediram, até o momento, a compra de veículos blindados de Israel para o Exército brasileiro, o ministro José Múcio voltou a ser alvo de setores do PT que pedem sua saída do governo. Mas, por ora, a demissão não está no radar. Segundo interlocutores, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro já conversaram sobre o episódio. Procurados, o Múcio e o Planalto não comentaram.

Fato é que o incômodo de Múcio sobre o tema não foi surpresa para Lula. O próprio ministro havia procurado o presidente para falar do assunto, sugerir uma proposta intermediária para resolver o impasse da compra dos obuseiros 155 mm e falar dos questionamentos do Ministério da Defesa ao Tribunal de Contas da União (TCU).

Em abril passado, a empresa israelense Elbit Systems venceu uma licitação para fornecer 36 veículos blindados. Mas o negócio ficou travado por pendências internas. Uma delas é a resistência de Celso Amorim, assessor-chefe de Assuntos Internacionais da Presidência da República, com o argumento de que seria incoerente o governo brasileiro adquirir equipamentos militares de Israel, cujas ações na Faixa de Gaza são criticadas pelo presidente Lula.

Em resposta a Múcio, o TCU afirmou que as leis brasileiras não impedem as Forças Armadas de comprarem material de empresas sediadas em países que estejam em guerra e que não há tratados internacionais de que o Brasil seja signatário que criem empecilhos a esse respeito. Além disso, segundo o ministro, a Corte de Contas não permitiu que o contrato “fosse dado ao segundo colocado”, a empresa tcheca Excalibur.

Nos últimos dois dias, houve quem apostasse na Esplanada dos Ministérios que Múcio teria decidido falar em público sobre o assunto para “cavar” a própria demissão, pois já está cansado desse e outros embates ideológicos na atual gestão. As pessoas mais próximas ao ministro, entretanto, ressaltam que esse não é seu modo de agir. E, se decidir deixar o governo, o presidente Lula será o primeiro a ser comunicado.

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Defesa, José Múcio  Foto: WILTON JUNIOR/Estadão

Após declarar num evento a empresários, nesta semana, que “questões ideológicas” interferem nos negócios da Defesa e impediram, até o momento, a compra de veículos blindados de Israel para o Exército brasileiro, o ministro José Múcio voltou a ser alvo de setores do PT que pedem sua saída do governo. Mas, por ora, a demissão não está no radar. Segundo interlocutores, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro já conversaram sobre o episódio. Procurados, o Múcio e o Planalto não comentaram.

Fato é que o incômodo de Múcio sobre o tema não foi surpresa para Lula. O próprio ministro havia procurado o presidente para falar do assunto, sugerir uma proposta intermediária para resolver o impasse da compra dos obuseiros 155 mm e falar dos questionamentos do Ministério da Defesa ao Tribunal de Contas da União (TCU).

Em abril passado, a empresa israelense Elbit Systems venceu uma licitação para fornecer 36 veículos blindados. Mas o negócio ficou travado por pendências internas. Uma delas é a resistência de Celso Amorim, assessor-chefe de Assuntos Internacionais da Presidência da República, com o argumento de que seria incoerente o governo brasileiro adquirir equipamentos militares de Israel, cujas ações na Faixa de Gaza são criticadas pelo presidente Lula.

Em resposta a Múcio, o TCU afirmou que as leis brasileiras não impedem as Forças Armadas de comprarem material de empresas sediadas em países que estejam em guerra e que não há tratados internacionais de que o Brasil seja signatário que criem empecilhos a esse respeito. Além disso, segundo o ministro, a Corte de Contas não permitiu que o contrato “fosse dado ao segundo colocado”, a empresa tcheca Excalibur.

Nos últimos dois dias, houve quem apostasse na Esplanada dos Ministérios que Múcio teria decidido falar em público sobre o assunto para “cavar” a própria demissão, pois já está cansado desse e outros embates ideológicos na atual gestão. As pessoas mais próximas ao ministro, entretanto, ressaltam que esse não é seu modo de agir. E, se decidir deixar o governo, o presidente Lula será o primeiro a ser comunicado.

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Defesa, José Múcio  Foto: WILTON JUNIOR/Estadão

Após declarar num evento a empresários, nesta semana, que “questões ideológicas” interferem nos negócios da Defesa e impediram, até o momento, a compra de veículos blindados de Israel para o Exército brasileiro, o ministro José Múcio voltou a ser alvo de setores do PT que pedem sua saída do governo. Mas, por ora, a demissão não está no radar. Segundo interlocutores, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro já conversaram sobre o episódio. Procurados, o Múcio e o Planalto não comentaram.

Fato é que o incômodo de Múcio sobre o tema não foi surpresa para Lula. O próprio ministro havia procurado o presidente para falar do assunto, sugerir uma proposta intermediária para resolver o impasse da compra dos obuseiros 155 mm e falar dos questionamentos do Ministério da Defesa ao Tribunal de Contas da União (TCU).

Em abril passado, a empresa israelense Elbit Systems venceu uma licitação para fornecer 36 veículos blindados. Mas o negócio ficou travado por pendências internas. Uma delas é a resistência de Celso Amorim, assessor-chefe de Assuntos Internacionais da Presidência da República, com o argumento de que seria incoerente o governo brasileiro adquirir equipamentos militares de Israel, cujas ações na Faixa de Gaza são criticadas pelo presidente Lula.

Em resposta a Múcio, o TCU afirmou que as leis brasileiras não impedem as Forças Armadas de comprarem material de empresas sediadas em países que estejam em guerra e que não há tratados internacionais de que o Brasil seja signatário que criem empecilhos a esse respeito. Além disso, segundo o ministro, a Corte de Contas não permitiu que o contrato “fosse dado ao segundo colocado”, a empresa tcheca Excalibur.

Nos últimos dois dias, houve quem apostasse na Esplanada dos Ministérios que Múcio teria decidido falar em público sobre o assunto para “cavar” a própria demissão, pois já está cansado desse e outros embates ideológicos na atual gestão. As pessoas mais próximas ao ministro, entretanto, ressaltam que esse não é seu modo de agir. E, se decidir deixar o governo, o presidente Lula será o primeiro a ser comunicado.

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Defesa, José Múcio  Foto: WILTON JUNIOR/Estadão

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