A partir de acordo com lideranças do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) definiu os quatro nomes que indicará para o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). A lista deve ser divulgada oficialmente ainda nesta sexta-feira e colocará fim no desfalque no órgão, disputado no mundo político por julgar casos de fusão e aquisição de grandes empresas.
Um dos indicados é José Levi, ex-ministro da Advocacia-Geral da União (AGU) de Jair Bolsonaro, e que atualmente é secretário-geral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Levi foi uma indicação direta do ministro Alexandre de Moraes, do STF, que também deve emplacar nos próximos dias seu candidato à Procuradoria-geral da República, Paulo Gonet.
O nome de Levi foi endossado pelo ministro da Justiça, Flávio Dino, que tinha como candidato original o advogado Mário Macieira, ex-presidente da OAB do Maranhão e seu amigo há décadas, que acabou fora da lista.
Outro escolhido por Lula para o Cade é consultor legislativo do Senado Carlos Jacques, nome apadrinhado pelo senador Davi Alcolumbre (União-AP) uma das figuras mais importantes do Congresso, e pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Fecham a lista Diogo Thomson, superintendente-adjunto do Cade e técnico do órgão desde 2007, e a economista Camila Cabral. Thomson já trabalhava no Cade na gestão de Vinícius de Carvalho, hoje ministro da Controladoria-Geral da União (CGU).
Com quatro das sete cadeiras de conselheiros vagas, o Cade está paralisado até que as nomeações sejam efetivadas.